Ao defrontar um modelo "clássico" com um modelo "moderno" de Direito Penal e de política criminal, percebe-se que o período de liminaridade pelo qual passamos revela o nítido esgotamento do paradigma passado, mas, ao mesmo tempo, a imprevisão quanto ao modelo que se anuncia. Nesse cenário em que as novas concepções ainda não estão amadurecidas para oferecer respostas desejáveis, o aspecto positivo da crise sistêmica do Direito Penal é a exigência de reflexões e mudanças de conceitos, o que revela que as ciências humanas são dinâmicas e, via de consequência, trabalham com conceitos transitórios, o que implica, em uma concepção mais radical, alterações não só da metodologia, mas também do próprio objeto de estudo. Por isso, tem-se por incontestável a complexidade e atualidade da discussão concernente à política criminal adotada na sociedade de risco, em um contexto de crise de legitimidade do Direito Penal, questão que está a demandar uma ampla interdisciplinaridade, principalmente entre o Direito Penal, a Sociologia, a Antropologia, a História, a Filosofia e a Criminologia.
Ao defrontar um modelo "clássico" com um modelo "moderno" de Direito Penal e de política criminal, percebe-se que o período de liminaridade pelo qual passamos revela o nítido esgotamento do …