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Os 2 inibidores da Anidrase Carbônica mais estudados são e que tem sido mais utilizado
são a ACETAZOLAMIDA e BENZOLAMIDA. O primeiro devido a sua solubilidade
em lipídios, atravessa a membrana celular, enquanto a outra fica retida ao espaço extra
celular, devido a baixa permeabilidade celular.
Mecanismo de ação
A anidrase carbônica é encontrada nas células do túbulo proximal, tanto no citoplasma
quando nas membranas apical e basolaterias. No espaço intracelular essa enzima
catalisa a reação CO2 + H2O H2CO3 HCO3- , o íon de H+ é secretado para a
luz do tubular, em troca pelo íon Na+. Na luz tubular os H+ reage com o HCO3- ,
resultando na formação H2CO3 na presença da anidrase carbônica CO2 + H2O.
O CO2 sendo lipofílico, rapidamente se difunde para o interior da célula, reagindo com a
água, isso resulta na reabsorção tubular do bicarbonato de sódio (NaHCO3) e de água.
Os Inibidores da anidrase carbônica disponíveis para uso clinico inibem tanto a enzima
citossolíca quando a enzima ligada à membrana tubular.
Assim ocorrem:
1. A diminuição da produção intracelular de H+ disponíveis para a troca com o íon de
Na+;
2. Inibição da desidratação do acido carbônico, resultando em acidificação do liquido
intratubular;
3. Redução da secreção de íons H+.
Desta forma, indiretamente os Inibidores da Anidrase Carbônica bloqueiam o sistema
de transporte Na+ - H+ da orla em escova da membrana apical da célula tubular proximal
que media a reabsorção do bicarbonato de sódio filtrado.
Diuréticos de Alça
FUROSEMIDA = Bumetamida; Torsemida; ácido etacrínico
Ação Venodilatadora – estimula a produção de Prostaglandina E2 – Diminuição do
preenchimento do VE
Indicação para EDEMA AGUDO do PULMÃO
Hipertensão arterial – paciente que não respondem a antihipertensivos ou associados à
insuficiência renal;
Insuficiência renal Aguda - Induz ao aumento da produção de urina;
Síndromes Edematosas – insuficiência cardíaca congestiva; Síndrome Nefrótica; Cirrose
Hepática; Edema Idiopático.
Local de ação para os diuréticos de ALÇA:
Sistema de Co-transporte Na+/ K+/ Cl++ e em menor extensão nos TCP e TCD;
Impede a reabsorção de Na+ e Cl- ;
Cai Pressão Osmótica no sentido da reabsorção de água e aumenta a excreção de H2O.
Mecanismo de ação
Embora a furosemida causa uma leve inibição da anidrase carbônica no túbulo proximal
e o acido etacrínico tenha algu, ejeito inibidor da absorção de sódio nesse segmento do
néfron, este efeito inibidor deve-se basicamente a inibição do transporte Na+-K+-Cl++ na
porção espessa do ramo ascendente da alça de Henle. A inibição do transporte sódio –
potássio – cloreto diminui o gradiente elétrico o que favorece o transporte de Ca++ ao
nível da alça de Helne. Isso explica por que diuréticos de alça são usados para tratar
hipercalcêmica.
Efeito
Diminuem a resistência vascular renal e consequentemente aumentam o fluxo
plasmático renal e isso favorece o aumento da filtração glomerular.
A furosemida e o ácido etacrínico não diminuem o ritmo de filtração glomerular,
desde que se evite a depleção do volume. Inibem o feedback tubuloglomerular,
provavelmente pela inibição do fluxo de cloreto de sódio para a macula densa.
Estes diuréticos aumentam de forma dose-dependente a excreção de água, sódio,
potássio, cloreto e magnésio, porém apenas a furosemida aumenta a excreção
urinária de fosfato e bicarbonato através do bloqueio da reabsorção de cloreto de
sódio no segmento espesso do ramo descendente da alça de Henle, esses diuréticos
interferem na manutenção da reabsorção de cloreto de sódio, paralelamente inibe a
reabsorção de cálcio.
Tanto a furosemida quanto o acida etacrínico aumentam a excreção de ácido úrico,
embora durante a administração crônica cause hiperuricemia.
Os diuréticos de alça, principalmente a furosemida, de modo geral, aumentam a
capacidade venosa, diminuindo a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo.
Esse efeito justifica o uso deste medicamento no tratamento do edema agudo do
pulmão.
Diuréticos Tiazida
Ação
Inibe o Co-transporte Na+ - Cl-
Composição básica de:
Bendroflumetiazida
Politiazida
Clorotiazida
Hidroclorotiazida
Uso:
Edema associado insuficiência cardíaca congestiva;
Síndrome nefrótica;
Hipertensão.
Os tiazidicos e similares são ácidos orgânicos, ligam-se as proteínas plasmáticas e para
alcançar os locais de ação, dependem da secreção tubular proximal através do sistema
de transporte de ácidos orgânicos.
Com exceção da metolazona, os tiazidicos e similares são ineficazes na presença da
insuficiência renal. Exceto pela indapamida (metabolizada primariamente pelo fígado)
os tiazidicos são eliminados, não modificados pelos rins.
Mecanismos de ação
A maioria desses agentes inibe parcialmente a anidrase carbônica no túbulo proximal,
porém, o mecanismo de ação principal esta relacionado com a inibição do co-transporte
eletroneutro Na+ - Cl- na porção mais próxima do túbulo distal.
Competem com o cloro pelo local de inibição no co-transporte.
Efeito
Aumentam a resistência vascular renal;
Diminuem o fluxo plasmático e o ritmo de filtração glomerular;
Aumentam a excreção de água, sódio, potássio, cloro (cloreto), bicarbonato e
fosfato;
São diuréticos de potência moderada;
Os diuréticos desse grupo causam aumento da excreção urinária de uratos, porém com o
uso continuo ocorre hipercalcêmica, redução do volume urinário e da excreção urinária
de cálcio.
Os bendroflumetiazida são ácidos orgânicos e assim competem com o ácido úrico
pela secreção tubular;
Inibem a fosfodiesterase, podendo, por isso aumentar a reabsorção de cálcio e de
água na vigência de depleção de volume extracelular;
Aumentam a reabsorção de cálcio no túbulo distal.
Diuréticos Osmóticos
Manitol (endovenosa); Isosorbida (oral)
Livremente filtrados e não reabsorvidos;
Fármacos estruturalmente inespecíficos.
Efeitos Renais:
Aumentam volume liquido extracelular devido ao aumento da perda de água pelos
compartimentos intracelulares Inibe liberação de RENINA = reduz a viscosidade
sanguínea aumento do fluxo sanguíneo renal.
Efeitos Extra-Renais:
Aumento da pressão osmótica do plasma Movimento da água para fora do olho e do
cérebro Indicação terapêutica para Glaucoma e redução da Pressão intracraniana
(edema cerebral)
Mecanismo de ação
O local de ação mais importante do manitol, ocorre na ALCA de Henle, após a infusão
venosa da droga ocorre uma expansão do volume do liquido extracelular à custa da
retirada de água do espaço intracelular. Isso é seguido de aumento do fluxo plasmático
renal (fluxo sanguíneo medular e papilar).
Essas alterações explicam o aumento da remoção do cloreto de sódio e úreia da medula
renal, particularmente, do fluxo sanguíneo medular e papilar, a consequente redução da
tonacidade medular. Isso acarreta a diminuição da redução de água do ramo
descendente da alça de Henle.
Efeito do mantinol
Aumento do fluxo plasmático renal e do fluxo plasmático medular e papilar;
Dilatação da arteríola aferente;
Aumento da pressão hidrostática intracapilar;
Diminuição da pressão oncótica e o aumento da pressão intratubular limita o ritmo
de filtração glomerular;
Após a infusão de mantinol, há aumento do volume urinário e da excreção de sódio,
potássio, cloro, bicarbonato, cálcio, magnésio e fosfato;
Indicação:
No pré-oporeatorio de cirurgias oftalmológicas, reduz a pressão intra-ocular e o
humor vítreo;
Na redução da pressão intracraniana (edema cerebral);
Na profilaxia da insuficiência renal aguda
Indicações:
Edema associado ICC (Amilorida e Triantereno em associação com Tiazidas e D.
Alça);
Síndrome de Conn (Aldosteronismo Primário) – Tumor adrenal;
Aumento da secreção de aldosterona = hipertensão, hipocalemia;
ESPIROLONOLACTONA + restrição de Na+ na Dieta;
Aldosteronismo Secundário: por estimulação do Sistema Renina Angiotensina.
Síndromes edematosas
As situações de edema mais responsivas aos diuréticos são aquelas que se caracterizam pelo
acúmulo generalizado de sódio e de água nos espaços extracelulares.
O edema generalizado geralmente ocorre devido a um aumento da reabsorção de Na+ e de H2O
através dos túbulos renais em respostas a uma diminuição do debito cardíaco ou
hipoalbuminemia (síndrome nefrótica, cirrose hepática). Geralmente em mulher a causa de
edema pode não ser detectada, o que justifica a denominação de edema idiopático.
Embora o edema possa ser reduzido com o uso de diuréticos, esses medicamentos agem apenas
como sintomáticos e, portanto, não são capazes de reverter em definitivo à causa básica do
distúrbio.
Síndromes edematosas
Insuficiência cardíaca congestiva; Cirrose hepática;
Síndrome nefrótica; Edema idiopático.
Bibliografia:
PENELUC, Taíse. fármaco que atuam no sistema renal – aula de ciência morfofuncionais, 2009
– <contato taisepeneluc@hotmail.com>.