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DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
SEGURANÇA PÚBLICA
JOÃO PESSOA - PB
2006
Glayson Jean Moreno Dantas
Fabiano Mendes de Medeiros
JOÃO PESSOA – PB
2006
ESTA FICHA CATALOGRÁFICA DEVE SER
IMPRESSA NO VERSO DA FOLHA DE ROSTO (APAGAR ESTA
OBSERVAÇÃO)
356.35:342.7
D21u Dantas, Glayson Jean Moreno.
A utilização da arma não letal TASER pela
Polícia Militar da Paraíba: Parecer do Conselho
Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do
Cidadão./ Glayson Jean Moreno Dantas; Fabiano
Mendes de Medeiros – João Pessoa:CE/PMPB, 2006.
56 p.
Monografia (Especialização em Segurança
Pública) – CE/PMPB.
1. Polícia Militar 2. Direitos Humanos 3. TASER
I. Medeiros, Fabiano Mendes de. II. Título.
Glayson Jean Moreno Dantas
Fabiano Mendes de Medeiros
Aprovada em ____/____/_____
Nota: _______ (________________)
__________________________________________
Presidente
__________________________________________
Membro
__________________________________________
Membro
JOÃO PESSOA – PB
2006
Aos nossos pais, filhos, esposas e aos
policiais que sacrificaram e sacrificam,
cotidianamente, suas vidas no
cumprimento do dever, protegendo e
servindo à sociedade.
Dedicamos.
AGRADECIMENTOS
Ao nosso Deus todo poderoso, que sempre está presente em todas as nossas
ações e iluminações intelectuais.
Aos nossos pais, filhos, irmãos e, em especial, esposas, que, sem dúvida
alguma, são nossas maiores companheiras nas durezas da vida, pelas expressivas
demonstrações de amor e compreensão diante de nossa ausência para elaboração
deste trabalho monográfico.
Ao governador do Estado do Acre, Exmº Sr. Jorge Ney Viana Macedo Neves,
pela oportunidade concedida ao Oficial acreano para realização desta pesquisa
monográfica.
Ao nosso orientador, Professor Mestre Josinaldo Malaquias, que nos doou seu
tempo e experiência para construção deste trabalho monográfico.
Ao Professor Doutor Pierre Normando, que não mediu esforços para que este
trabalho monográfico fosse construído.
Ao Advogado e amigo Dr. Ruy Alberto Duarte, incansável defensor dos direitos
humanos e dos policiais acreanos.
O presente trabalho teve como objetivo apresentar a tecnologia da arma não letal
Taser aos gestores da Segurança Pública do Estado da Paraíba e ao Conselho
Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão - CEDDHC, solicitando
daquele órgão deliberativo parecer sobre a utilização dessa inovadora tecnologia
pela Polícia Militar do Estado da Paraíba. Realizamos uma pesquisa do tipo
descritiva, mediante pesquisa bibliográfica, com uma abordagem qualitativa. Foi
apresentado um seminário sobre o tema pesquisado a fim de subsidiar o CEDDHC
na emissão do parecer, que se apresentou totalmente favorável à implementação
dessa tecnologia pelos órgãos de Segurança Pública deste Estado. Constatou-se,
então, que a utilização da tecnologia não letal Taser pela Polícia Militar da Paraíba
consistirá em medida de extremo impacto positivo nos resultados do trabalho
policial, apresentando, como efeito direto e imediato, a diminuição da violência
policial e a conseqüente elevação dos níveis de satisfação da população em relação
ao desempenho da polícia.
The aim of the present work was to introduce the Taser non-lethal Gun Technology
to the Public Security Managers of State of Paraíba and to the Human and Citizens
Rights State Defense Council – (HCRSDC), asking them an opinion about the use
of the technology by the State Military Police. We realized a descriptive
bibliographical research, with a qualitative approach. It was presented a seminar on
the searched theme in order to give to the HCRSDC the support to give their opinion.
They seemed totally favorable to the implementation of that technology in the Public
Security Sector of the State. It was realized that the use of the Taser non-lethal Gun
Technology will give a very positive effect on the results of the Police Work,
presenting as a direct and immediate effect, the decrease of the police violence and
hence the increase of population satisfaction with the Police performance.
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 13
2 A TECNOLOGIA NÃO LETAL TASER................................................................ 18
2.1 CONCEITOS.......................................................................................................18
2.1.1 Armas menos letais..........................................................................................19
2.1.2 Armas não letais...............................................................................................19
2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TECNOLOGIA NÃO LETAL TASER.............. .....20
2.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA TASER............................................. ...21
2.4 MODELOS DA TASER................................................................................. ......23
2.4.1 O modelo M26..................................................................................................23
2.4.2 O modelo X26............................................................................................ . .....26
2.5 SISTEMA DE MUNICIAMENTO DAS ARMAS TASER................................. . ....27
2.5.1 Micro confetes e número de série do cartucho Taser......................................28
2.5.2 Cartuchos Taser...............................................................................................29
2.5.3 Dardos do cartucho Taser............................................................................... 32
2.6 CARREGADORES E BATERIAS DAS ARMAS TASER M26 E X26..................33
2.6.1 Carregador e bateria da arma Taser M26........................................................33
2.6.2 Recarregador de bateria da arma Taser M26..................................................33
2.6.3 Carregador digital da arma Taser X26.............................................................34
2.7 DATAPORT E CABOS DA ARMA TASER M26 E X26.......................................34
2.8 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA ARMA NÃO LETAL TASER M26..............35
2.9 AVALIAÇÃO DOS RISCOS À SAÚDE PELA APLICAÇÃO DA TASER............ 36
2.9.1 Estudo norte-americano do ano 2000..............................................................36
2.9.2 Parecer de cardiologista brasileiro do ano de 2004.........................................37
3 METODOLOGIA....................................................................................................38
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................40
4.1 SEÇÃO 1 - APRESENTAÇÃO............................................................................40
4.2 SEÇÃO 2 – AMPARO LEGAL.............................................................................42
4.3 SEÇÃO 3 – PLANO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS.........................
....................................................................................................................................44
4.4 SEÇÃO 4 – VIOLÊNCIA POLICIAL NO BRASIL.............................................
....................................................................................................................................46
4.5 SEÇÃO 5 – TECNOLOGIA NÃO LETAL TASER............................................
....................................................................................................................................48
4.6 SEÇÃO 6 - RECOMENDAÇÃO...........................................................................50
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 52
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 55
ANEXOS................................................................................................................... 56
1 INTRODUÇÃO
Essa arma foi inicialmente projetada em 1960, mas só foi aceita para
utilização pelo Departamento de Policia de Los Angeles em 1980.
( ALEXANDER, 2003. p. 97)
A utilização por parte de alguns estudiosos dos termos “ARMA NÃO LETAL”
(ANL) e “ARMA MENOS LETAL” (AML) causa dúvidas conceituais sobre a real
definição do que seja uma e outra, considerando-se que durante várias décadas
utilizou-se da nomenclatura “não letal” para identificar as munições e armas que
teriam uma carga de letalidade muito baixa, ou seja, que na verdade são “menos
letais”. No entanto, a tecnologia de “arma não letal” tem menos de duas décadas de
existência.
A evolução das armas não letais (ANL) e armas menos letais (AML) no
mundo segue uma trajetória histórica crescente, se pensarmos que há quase 2000
anos os chineses já se utilizavam de tecnologia de armas menos letais para
combater contra revoltosos em seus territórios, ou mesmo, que entre os anos de
1200 a 1500 DC, um grupo de mercenários, conhecido como os condottieri,
conduziu, na península italiana, o que tem sido considerado uma forma de guerra
menos letal. Eles eram contratados por diversas cidades-estados mercantis para
proteger interesses vitais. Muitos dos principais confrontos entre os condottieri,
nessas cidades-estados, foram marcados pela ausência de baixas.
No Brasil, como não existem políticas de integração tecnológica dos órgãos
de segurança pública com os centros de pesquisa das universidades, ou ainda, não
existem investimentos direcionados para a criação e desenvolvimento de novas
tecnologias “não letais”, a fim de serem utilizadas pelos órgãos de segurança
pública, percebe-se a enorme dificuldade de se efetivar a utilização, pela polícia, de
uma tecnologia “não letal” existente no mundo.
2.1 CONCEITOS
Trataremos de definir agora o que são armas “não letais” e armas “menos
letais” no âmbito da ação policial, considerando que existem definições sobre as
tecnologias não letais de cunho militares (Forças Armadas) e que são confundidas
com as terminologias não letais utilizadas pela polícia.
2.1.1 Armas menos letais
Polícia diz que choques da TASER estão substituindo tiros mortais. Muitas
agências de manutenção da lei estão creditando isso ao uso de TASERS,
armas que usam energia elétrica no lugar de balas para deter um suspeito.
A arma contribui na redução do número de disparos fatais efetuados pela
polícia. ( USA TODAY, junho 2004 ).
A arma Taser tem diversos dispositivos de identificação para impedir que ela
seja usada de forma indevida e ou indiscriminada, buscando com isso, estar em
sintonia com as legislações de proteção à vida e à integridade física da pessoa
humana, conforme normas e resoluções dos órgãos de direitos humanos nacionais e
internacionais.
A arma Taser possui inúmeros tipos de cartuchos a serem utilizados nas mais
diversas situações, variando tanto no alcance quanto no poder de perfuração dos
dardos, além de cartuchos específicos para treinamento.
Em seu interior, além dos dardos, há também uma quantidade indeterminada
de confetes marcados com o número serial da munição. Ao contrário das munições
das armas letais, a munição do TASER permite a imediata identificação do autor do
disparo. Todos os cartuchos do TASER são PRODUTOS CONTROLADOS, estando
listados na R-105 (Legislação Brasileira de Produtos Controlados) do Ministério da
Defesa.
Nas cores amarela e preta, também com alcance de 6,4 metros, este
cartucho apresenta uma característica especial. Com dardos mais longos, possui
maior poder de penetração, sendo indicado em situações onde a pessoa a ser
imobilizada, além de estar próxima do policial, encontra-se vestida com roupas
espessas, típicas daquelas utilizadas nos países de clima mais frio.
Acontece que, como o Conselho é eleito para um período de dois anos, nos
termos do art. 2º, § 3º da Lei nº 5.551/92, o mandato dos membros do Conselho
termina no 01 de agosto de 2006, e não haverá mais reuniões do Pleno do
Conselho, neste mandato.
Considerando que o processo de formação dos membros do Conselho é lento
e, às vezes, dura meses, pois depende de que as Entidades que compõem o
Conselho façam a indicação dos seus representantes e, assim, seja formada a lista
que será enviada ao Governador do Estado para publicação no diário oficial do
estado.
Desta forma, se formos esperar a eleição da nova composição do Conselho,
os alunos teriam que elaborar uma outra proposta de projeto monográfico, devido
aos prazos estabelecidos.
Considerando, principalmente, a relevância do tema, diante dos dispositivos
constitucionais e legais a seguir referidos, o Presidente do Conselho resolve emitir o
presente parecer, devendo ele, posteriormente, ser referendado pelo Pleno do
Conselho, nos termos do art. do Regimento Interno.
Caso o presente parecer seja ratificado ou referendado pelo Pleno do
Conselho, tornar-se-á uma Recomendação ao Governo do Estado da Paraíba e aos
seus órgãos de segurança.
Análise da Seção 1
Análise da Seção 2
Análise da Seção 3
“Uma polícia violenta, com alto índice de letalidade em suas ações, é prova
inconteste do despreparo de seus integrantes, bem como, do Estado que
esta representa, pois todos sabem que o cidadão infrator não precisa morrer
para que a polícia possa obter êxito e reconhecimento social em suas
ações.”
Análise da Seção 4
Análise da Seção 5
Análise da Seção 6
SKOLNICK, Jerome. BAYLEY, David. Nova Polícia. São Paulo. EDUSP, 2002.
CLANCY, Tom. ALEXANDER, John. Armas não letais. São Paulo: Ática, 2002.
COUTO, Márcio S. H. Munições Não Letais. Revista Magnum, São Paulo, ano 13,
n. 79, p. 54-61, Jun/Jul 2002.
_______________________________________________
Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos
ANEXO 2
PARECER DO CONSELHO ESTADUAL DE DEFESA DOS DIREITOS
DO HOMEM E DO CIDADÃO DO ESTADO DA PARAÍBA
Estado da Paraíba
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão
CEDDHC - Lei nº 5.551/92
PARECER Nº 001/2006