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ANALISES DE SOLO, PLANTAS E OUTROS MATERIAIS MARINO JOSE TEDESCO CLESIO GIANELLO CARLOS ALBERTO BISSANT HUMBERTO BOHNEN SERGIO JORGE VOLKWEISS! BOLETIM TECNICO N° 5 (28 edicdo revisada e ampliada) DEPARTAMENTO DE SOLOS FACULDADE DE AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE 1995 Tiragem : 300 exemplares CIP . CATALOGAGAO INTERNACIONAL NA PUBLICACAO, Andlises de solo, plantas € outros materiais / Marino José Te- desco.., jet al.] — 2. ed rev. ¢ ampl. — Porto Alegre: Departa- mento de Solos, UFRGS, 174p, : il. (Boletim Técnico [de Solos] / UFRGS, Departamento de Solos: n. 5) Co-autoria: Clesio Gianello, Carlos Alberto Bissani, Humberto Bohnen, Sérgio Jorge Volieweiss, 1, Solo : + Andlise quimica. 2. Solo : analise fisica. 3. Adubos orgé- nicos : Analise quimica, 4. Agua : Anélise quimica. 5. Planta : Andlise quimica. 1. Tedesco, Marino José, . Gianello, Clesto. Ill Bissani, Carlos Alberto, IV Bohnen, Humberto, V-Volleweiss, Sérgio Jorge. VI. Titulo. Vit. Série CDD 631.4 Catalogacao na publicacdo: Biblio‘eca Setorial da Faculdade de Agronomia da UPRGS 1- 2 2a INDICE APRESENTAGAO wrropucao ~ ANALISES DE SOLO Preparacao das amostras 2.2 —Determinacao da umidade do solo 2.3 — Avaliagao da acidez ativa e potencial do solo 2.4 - Avaliagao de fosforo € potassio “disponiveis” € sédio no solo 2.8 ~ Avaliagao da matéria organica do solo 2.6 - Avallagao da argila do sole 2.7 - Aluminio, calcio, magnésto ¢ manganés no solo 2.8 - Zinco € cobre no solo 2.9 ~ Ferro (amorfo) no solo 2.10-Borono solo... 2.11 ~ Enxofre no solo 2.12 ~ Cloro no solo 2.13 - Capacidade de troca de cétions no solo 2.14 ~ Nitrogénio total no solo 2.15 ~ Nitrogenio mineral no solo 2.16 ~ Carbono organico do solo 2.17 ~ Molibdénio no solo 2.18 - Outros metais no solo 2.19 - Condutividade eletrica do solo 2.20 ~ Andllise granulométrica do solo ANALISES DE PLANTAS E RESIDUOS ORGANICOS 3.1 ~Introdugao . 3.2. Preparo das amostras : 3.3 ~ Teor de umidade de plantas e residuos organicos 3.4 ~ Determinagao do pH em residuos organicos ~ Macronutrientes (N, P, K, Ca ¢ Mg) em plantas € residuos organices 3.6 - Micronustrientes (2n, Cu, Mn Fe), enxofre ¢ s6dio em plantas e residuos organicos 3.7 ~ Carbono organico em plantas e residuos organicos 3.8 — Nitrogenio mineral cm plantas ¢ residuos organicos 3.9 ~ Boro em plantas ¢ residuos or 3.10 ~ Molibdénio em plantas e residues organicos 20 25, 28 30 40 42 45 48 51 54 62 68 7 72 73 77 a3 85 87 88 89 98 106 109 un m4 4 ~ ANALISES DE AGUA 4.1 = Coleta ¢ watamento das amostras 4.2 — Determinagées de pl ¢ condutividade elétviea 4.3 — Beterminagdes de séclio ¢ potassio 4.4 ~ Determinagoes de calcio ¢ magnésia 4.5 ~ Delerminagsio de sulfate 4.6 - Deter 4.7 ~ Determinacio de clareto 4.8 ~ Determinagio de bore nacdes de carbonate € bicarhonato 4.9 — Determinagiio de carbono organico 4.10 — Deterninagae de fosforo 4.11 = Determinagies de amonio ¢ nitrito + mitrato 5 ~ ANALISES DE CORRETIVOS DP ACIDEZ 5.1 Determinacao da eficiencia retativa 5.2 ~ Delerminacao do valor de neutralizagae 5.3 — Determinagao dos tcores de calcio e magnésio 5.4 — Determinacao do poder de neutralizagao 6 - OUTRO METAIS 6.1 Metais para determinacao em forno de grafite 6.2 — Mercurio 7 — BIBLIOGRAFIA 8 — ANEXOS . 8.1 -Qualidade da agua 8.2 ~ Formulas para calculo da molaridade de 4cidos 8.3 - Expressao dos resultados de analises de re: organicos . juos 8.4 — Necessidade de caledrio para corre¢ao do solo 8.5 ~ Inlerpretacao das analises de solo 8.6 ~ Determinagao de P, K, Ca ¢ Mg em solos atilizando resinas de Lroca em laminas 8.7 ~ Nem so de analise se vive 7 ns 120 a 122 128 124 126 127 128, 13) 133 145 147 150 159 162 162 163 164 165 167 172 APRESENTAGAO 0 laboratério de analises da Faculdade de Agronomia da UFRGS initiou suas alividades de presiacao de servigos 4 comunidade em 1966. com os programas de melhoramenio da (ertilidade do solo (Operagao Tatu), adotando a metodologia de analises répidas, enm equipamento automatizado. © mapeamento ¢ a classificagao dos solos de determinada regido possibitita a escollia dos métodos mais adequados para a caracterzacao dos mesmos sob 0 aspecto de Sua fertilidade € necessidade de adubac3o. Um laboratério de andlise de solos com esta finatidade utiliza portante um néimero minimo de determinagoes, (de fAcil execugao) para atingir seus objetivos, Nos estados do RS e SC os solos sao em geral Acidos, com baixos teores de fosforo, nivels médios a altos de potassio. com quantidade variavel de matéria organica (DRESCHER et al., 1995), e suprimento adeguado de enxofce ¢ micronu- trientes. Para a avaliacao da fertilidade destes solos s4o necessarias portanto as determinagoes de pli, necessidade de calcario para a correcao do pH a niveis ade- quados para as culturas, fosforo € potassio “disponiveis’ ¢ matéria organica. A correcao dos solos acidos com caledrio dolomitico, necessaria na maior Parte dos casos. supre as quantidades de calcio ¢ magnésio absorvidos pelas cul- turas, neutralizando ao mesmo tempo o Al* trocavel (toxico). A necessidade de vnifermizagan da metodologia analitica proporcionou a criagéo da Rede Oficial de Laboratérios de Analise de Solos dos estados do Rio Grande do Sui ¢ Santa Catarina (ROLAS) em 1969, com reuniées anuais em que so discutidos: metodologia de andlise, interpretagées de resultados analiticos, Fecomendagdes de adubagao ¢ control de qualidade intra e inter laboratérios por amostras padrao. Com a criagdo do Nacleo Regional Sul da Sociedade Brasileira de Ciéncia do Solo as Reunides da ROLAS passaram a secdo de Fertilidade do referide Nticleo. A metodologia adotada para a caracterizagao da fertilidade do solo fol padro- nizada para os laboratérios que constituem a ROLAS conforme a ata da V Reunfao Anual dos Laboratorios integrantes da mesma (ulho de 1973), com base na pro- posi¢ao de métodos de andlise de MIFLNICZUK et al. (1969). Alguns anos mais tarde fol introduzida a avaliacao da textura do solo (pelo. tato) para interpretacao da andlise de fésforo “disponivel”. A partir de 1987 esta determinacao fol automatizada (TEDESCO, 1984) Os teores de calcio e magnésio trocaveis foram incluidos nos laudos de anilise dos laboratérios integrantes da ROLAS a partir de 1995, Devido as caracteristicas dos solos da regiao sul do Brasil, outras determi- nacées (enxolre, cobre, zinco, calcio, magnésio, etc) eram pouco solicitadas, sendo restritas a trabalhos de pesquisa. A demanda destas andlises entretanto cresecu, face a intensidade de uso dos solos © a expansdo da rea cultivada. A analise de tecido de plantas também esta sendo utilizada em maior escala no diagnostico do estado nutricional de plantas frutiferas e perenes, © laboratério de anatises da Faculdade de Agronomia da UFRGS em decor véneia desta demanda ampliou suas atividades incluindo andlises de elementos secundarios © micronutrientes no solo, macro ¢ micronu(rientes em plantas, em adubos orginicos ¢ em compostos, andlises de agua (de lixiviagao ¢ escorrimento) € avaliagdo da qualidade de caleario Os métodos adotados neste laboratério, descrilos a seguir, foram previa mente (estados € adaptados {em alguns casos) da bibliografia para atender as possibilidades € equipamentos disponiveis no laboralorio, Detalhes como eurvas de calibragao, limites de deteecdo, faixa de trabalho. digitos significantes e diluigoes foram incluidos com fins didaticos. Neste boletim s4o utilizadas unidades do Systéme International d’Unités proposto pela Conferéncia Geral de Pesos € Medidas de 1960 ¢ oficializado 0 Brasil (Resolugao n* 14/88 de 12/10/88) Na andlise para fins de diagnéstico da fertilidade sao medidos volumes de solo, sendo entao utllizadas unidades em massa por volume (mg. dm, g dm3, 9% Im w!}, cmol, dm’ ). No caso de andlises de tecide de plantas, em que a amostra para andlise ¢ pesada, as unidades s80 expressas em massa por massa (mg kg"), g kg! % (mm, cmol, kg), Palavras freqientemente repetidas s€o abreviadas neste texto. As abrevia turas utiliZadas sao: ~ aproximadamente (~ 40 ml de ...) AA = espectrofotémetro de absorgao atomica abs ac = acido am = amostra (s) ‘aprox = aproximadamente aut absorbancia automatico (a) br = (prova em branco) calib = calibrada (0) CE = condutividade elétrica cent = centésimo cf conforme cone = concentrado (a) determ = determinagio d = densidade des = descartavel (eis) deion = deionizada (gua) dest = destilada (agua) dil = dituido (a) ext rlenmaier (irasco de] fe = fator de concentragao

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