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Equipe Teologia do

Corpo – Brasil
Curso Virtual em
Teologia do Corpo
Citações retiradas das
catequeses do
Papa João Paulo II
A LEI DA VIDA
COMO
HERANÇA
INTRODUÇÃO
 “Pode-se dizer que todas as reflexões
concernentes à ‘Redenção do Corpo e
Sacramentalidade do Matrimônio’ [Teologia do
Corpo] parecem constituir um extenso comentário
sobre a doutrina contida precisamente na
Humanae Vitae”
 “Se eu chamo particular atenção precisamente a
essas catequeses finais, faço-o não somente
porque o tópico discutido nelas está conectado
mais de perto com nosso tempo presente, mas
primeiramente porque é desse tópico que surgem
as questões que, de algum modo, percorrem o
todo de nossas reflexões”
HUMANAE VITAE
 A Encíclica Humanae vitae (Sobre a Vida
Humana) foi publicada pelo Papa Paulo VI em
25 de julho de 1968
 “Pressão” para que a Igreja Católica
“aceitasse” os anticoncepcionais
 Paulo VI reafirmou o perene ensinamento da
Igreja Católica de que a contracepção
deliberada não é moralmente correta
 Oposição mesmo dentro da Igreja –
desobediência
A NORMA MORAL
 A Igreja ensina que qualquer ato matrimonial
deve permanecer [em si mesmo] aberto à
transmissão da vida
 Dois significados do ato conjugal: o
significado unitivo e o significado procriador
 Conexão inseparável que Deus quis e que o
homem não pode alterar por sua iniciativa
 Não se trata, aqui, de outra coisa senão de ler
na verdade a "linguagem do corpo", como foi
dito diversas vezes nas precedentes análises
bíblicas
A RETIDÃO E A “VIABILIDADE”
DA NORMA
 Tal norma pertence à "lei natural", quer dizer,
que ela é conforme à razão como tal.
 Esta norma corresponde [também] ao conjunto da
doutrina revelada contida nas fontes bíblicas
 Não seria de fato viável sem
o auxílio de Deus, que apóia
e corrobora a boa vontade
dos homens. Mas, para quem
refletir bem, não poderá
deixar de aparecer como
evidente que tais esforços
enobrecem o homem, e são
benéficos para a comunidade
humana.(HV 20).
PATERNIDADE RESPONSÁVEL
 Exclui-se previamente a sua redução a um dos
aspectos "parciais", como fazem aqueles que
falam exclusivamente de controle de natalidade.
 Dimensão dos processos biológicos- regulação da
natalidade
 Dimensão psicológica das
“tendências do instinto e
das paixões” - paternidade
responsável significa o
necessário domínio que a
razão e a vontade devem
exercer sobre elas (HV 10)
PATERNIDADE RESPONSÁVEL
 A paternidade responsável se
exerce tanto com a deliberação
ponderada e generosa de fazer
crescer uma família numerosa,
como com a decisão, tomada por
motivos graves e com respeito
pela lei moral, de evitar
temporariamente, ou mesmo por
tempo indeterminado, um novo
nascimento" (HV 10).
 Os esposos cumprem, neste
âmbito, "os próprios deveres para
com Deus, para consigo próprios,
para com a família e para com a
sociedade, numa justa hierarquia
de valores" (HV 10).
PATERNIDADE RESPONSÁVEL
 São moralmente ilícitos: "a interrupção
direta do processo generativo já
iniciado" ("aborto" – HV 14), a
"esterilização direta" e "toda a ação
que, ou em previsão do ato conjugal, ou
durante a sua realização, ou também
durante o desenvolvimento das suas
conseqüências naturais, se
proponha, como fim ou como
meio, tornar impossível a
procriação" (HV 14)
 Moralmente lícito, pelo contrário, é
"o recurso aos períodos inférteis" (HV 16).
O MAL DA CONTRACEPÇÃO
 O problema consiste em manter a adequada
relação entre o que é definido como
"domínio... das forças da natureza" (HV 2) e o
"domínio de si" (HV 21)
 A transposição dos "meios artificiais" [para a
pessoa] quebra a dimensão constitutiva da
pessoa, priva o homem da subjetividade que
lhe é própria e torna-o um objeto de
manipulação.
 Por conseguinte, em tal caso, quando o ato
conjugal se encontra destituído da sua
verdade interior por estar privado
artificialmente da sua capacidade
procriadora, ele deixa também de ser um
ato de amor.
REGULAÇÃO ÉTICA DA FERTILIDADE
 [A Humanae vitae] aprova plenamente a
regulação natural da fertilidade e, neste
sentido, aprova a paternidade e a maternidade
responsáveis.
 A prática honorável de regular a taxa de
natalidade demanda primeiramente e acima de
tudo que marido e mulher adquiram e possuam
sólidas convicções acerca dos verdadeiros
valores da vida e da família, e que se esforcem
para adquirir um perfeito auto-domínio.
 Aqui não se trata só de uma determinada
"técnica", mas da ética, no sentido estrito do
termo, como moralidade de um certo
comportamento. (TdC 124)
PESSOA, NATUREZA E MÉTODO
 O conceito de uma regulação da fertilidade
moralmente correta nada mais é do que
reler a “linguagem do corpo” na verdade.
 Quando se separa o “método natural” da
dimensão ética, não se pode mais ver a
diferença entre este e outros “métodos”
(meios artificiais), e acaba se falando
sobre ele como se fosse apenas outra
forma de contracepção.
 É essa teologia do corpo que na verdade
constitui o “método” honorável de
regulação de natalidade compreendido no
sentido mais profundo e completo.
ESPIRITUALIDADE CONJUGAL
 A paternidade-maternidade responsável,
entendida integralmente, nada mais é que uma
importante componente de toda a
espiritualidade conjugal e familiar.
 É o sacramento do Matrimônio que os fortalece e
como que os consagra para atingir tal perfeição.
 Esse é o “poder” essencial e fundamental: o
amor infundido no coração ("derramado nos
corações") pelo Espírito Santo.
 Eucaristia e Penitência: estes são os meios —
infalíveis e indispensáveis — para formar a
espiritualidade cristã da vida conjugal e
familiar.
A VIRTUDE DA CONTINÊNCIA
 Não se deve falar aqui de "contradição" [entre o aspecto
unitivo e o procriativo], mas apenas de "dificuldade". E
esta dificuldade deriva do fato de que a força do amor é
inserida no homem ameaçado pela concupiscência
 A castidade, por sua vez, se manifesta como auto-
domínio ou continência: em particular, como continência
periódica.
 O sujeito deve empenhar-se numa progressiva educação
no autocontrole da vontade, dos sentimentos, das
emoções, que deve desenvolver-se a partir dos gestos
mais simples
 Esta virtude não aparece e não atua
abstratamente e, portanto, isolada-
mente, mas sempre em conexão com
as outras virtudes, sobretudo com
o amor.
A VIRTUDE DA CONTINÊNCIA
 Se a castidade conjugal (e a castidade em geral) se
manifesta primeiro como habilidade de resistir à
concupiscência da carne, ela subseqüentemente se
revela como uma singular habilidade de perceber, amar
e pôr em prática aqueles significados da "linguagem do
corpo" que permanecem inteiramente desconhecidos à
própria concupiscência e que progressivamente
enriquecem o diálogo esponsal dos cônjuges,
purificando-o, aprofundando-o e, ao mesmo tempo,
simplificando-o.
 Por essa razão, a ascese da continência, de que fala a
Encíclica (ver HV 21), não empobrece as "manifestações
afetivas", pelo contrário, torna-as mais intensas
espiritualmente, e, por conseguinte, enriquece-as.
 Quando examinamos a continência desse modo, a aparente
“contradição” desaparece
A CONTINÊNCIA ENTRE A
“EXCITAÇÃO” E A “EMOÇÃO”
 A excitação procura, antes de tudo, exprimir-se na forma do
prazer sensual e corpóreo, ou seja, tende para o ato
conjugal que (dependendo dos "ritmos naturais de
fecundidade") traz consigo a possibilidade de procriação.
 A emoção provocada por outro ser humano como pessoa,
mesmo que no seu conteúdo emotivo seja condicionada pela
feminilidade ou pela masculinidade do "outro", não tende de
per si para o ato conjugal, mas limita-se a outras
"manifestações de afeto", nas quais o significado esponsal do
corpo se expressa, e que, todavia, não incluem o seu
significado (potencialmente) procriador.
 A continência é a habilidade de orientar as respectivas
reações, seja quanto ao seu conteúdo, seja quanto ao seu
caráter - tem a tarefa essencial de manter o equilíbrio
entre a comunhão em que os cônjuges desejam exprimir
reciprocamente apenas a sua união íntima e a comunhão em
que (pelo menos implicitamente) aceitam a paternidade
responsável.
CONTINÊNCIA ENTRE
“EXCITAÇÃO E EMOÇÃO”
 Pensa-se que a continência causa tensões
interiores, quando, à luz do que vimos, vê-se
que ela é o único caminho para se libertar de
tais tensões.
O DOM DA REVERÊNCIA
 No centro da espiritualidade conjugal, está,
pois, a castidade, não só como virtude moral
(formada pelo amor), mas igualmente como
virtude ligada aos dons do Espírito Santo —
antes de tudo, com o dom da reverência pelo
que vem de Deus— ("donum pietatis").
 Toda a prática da honorável regulação da
fertilidade, tão estreitamente unida à
paternidade e à maternidade responsáveis, é
parte da espiritualidade conjugal e familiar
cristã; e só vivendo "segundo o Espírito" se
torna interiormente verdadeira e autêntica.
O DOM DA REVERÊNCIA
 A reverência pelos dois sentidos do ato conjugal
só pode se desenvolver plenamente tendo como
base uma profunda orientação para a dignidade
pessoal naquilo que é intrínseco à
masculinidade e feminilidade na pessoa
humana, e inseparavelmente com referência à
dignidade pessoal da nova vida que pode brotar
da união conjugal de homem e mulher.
NOSSA SENHORA, Rainha da
família, ROGAI POR NÓS!

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