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Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos

ÁGORA
Em Agenda
162
Março 2011

27 de Março
Feira das Velharias

Todas as 4ªs
Feiras
Feira do Vende
Tudo

Dar Voz à Memória


Um Prior Construtor
de Comunidades

A caminho da Certificação

Q
uem tem frequentado o Centro Comunitário neste último ano
tem ouvido falar frequentemente do processo de Certificação
de Qualidade pelo qual temos passado. Todos os colabora-
dores trabalharam arduamente no
sentido de desenvolver

Distribuição
e sistematizar métodos de traba-
lho que estivessem de acordo com
a Certificação de Qualidade. Che-
À venda na secretaria do
Centro Comunitáro - 15€
gou a altura de pormos à prova o
nosso sistema. (mais na pág. 3).
Gratuita
Visite-nos em www.centrocomunitario.net e em http://centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com
Agenda 2011 agora apenas 3€!

3€
A Agenda está ainda à venda no Centro Comunitário,
Paróquia de Carcavelos, livraria Bulhosa no Oeiras Parque
e em vários pontos do comércio local.
De formato A5 e organização semanal esta agenda é uma forma de
homenagearmos e agradecermos a todos os voluntários que têm con-
tribuído para que o Centro cresça e diversifique os seus serviços em
prol da comunidade. Compre a sua e contribua para esta obra que é
de todos!o

Visão, Missão e Política de Qualidade


Visão: a Missão do CCPC - Centro Comunitário da Paróquia de Car- Missão: o CCPC - Centro Comuni-
cavelos inspira-se na Doutrina Social da Igreja e obedece aos seguintes tário da Paróquia de Carcavelos - é
valores: uma Instituição Particular de Solida-
- O respeito pela dignidade humana e o dever de contribuir para o seu riedade Social, que pretende ser
desenvolvimento moral, espiritual e cultural; atenta, inovadora, proactiva, dinâmi-
- O fortalecimento do sentido comunitário, de modo que os indivíduos, ca projectada essencialmente
as famílias e os demais agrupamentos da Paróquia, empenhando-se num para o desenvolvimento social
trabalho comum, se tornem promotores da sua própria valorização; das populações na sua esfera
- A criação de estruturas de comunicação cristã de bens de ajuda mútua, geográfica de actuação. Procura
bem como o apoio aos mais carenciados, mobilizando para o efeito os ser uma Instituição de excelência
indispensáveis recursos; no seu quadro de actividade.

Política da Qualidade:
No desenvolvimento da sua Missão, o CCPC determina a sua Política da Qualidade:
- Realização das suas actividades e prestação dos serviços aos seus Clientes/Utentes no quadro de referência do
seu Sistema de Gestão da Qualidade, seguindo a inspiração da doutrina social da
Igreja;
- Prossegue a melhoria contínua e sustentada dos processos organizacionais,
Ficha Técnica: a utilização dos recursos disponíveis promovendo a melhoria das condições
Coordenação: de vida dos mais desfavorecidos;
Natércia Martins - A eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade assenta no desenvolvimento
Redacção:
Susana Teodoro dos conhecimentos, das competências e do potencial de todos os seus co-
Layout e Grafismo: laboradores, fornecedores, voluntários, optimizando o serviço social;
Susana Teodoro -Sendo assumido como objectivo de todos os colaboradores a prestação
Revisão:
Mário Marfim, Conceição Fernando de níveis de serviço elevados e adequados às características e necessi-
Colaboraram neste número: dades específicas dos Clientes/Utentes, a avaliação regular da sua satis-
Ana Guimarães, do blog Pés na relva
e Fernando Fradique. fação constitui uma ferramenta essencial para o progresso institucional
Propriedade: e para o equilíbrio social e bem-estar da comunidade;
Centro Comunitário da Paróquia de
Carcavelos - O CCPC garante o cumprimento da legislação em vigor aplicável às suas
Av. do Loureiro, 394 actividades e requisitos, a confidencialidade, respeito e compromisso pelos
2775-599 Carcavelos
Tel: 214 578t 952 seus Clientes/Utentes;
Fax: 214 576 768 - A direcção assume o compromisso da monitorização do seu Sistema de
Email: ccpc@netcabo.pt Gestão da Qualidade com vista à melhoria contínua.
Visite-nos em
www.centrocomunitario.net
centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com Carcavelos, 15 Fevereiro 2011

2
Cá em casa
A caminho da Certificação

Q
uem tem frequentado o destas auditorias tinha sido
Centro Comunitário neste positivo.
último ano tem ouvido fa- No dia 22 o auditor foi Ri-
lar frequentemente do processo cardo Rodrigues, Licenciado
de Certificação de Qualidade pelo no Instituto Superior de Hu- Fernando Chasqueira no banco Alimentar
qual temos passado. Todos os co- manidades e tecnologias, com o
laboradores trabalharam ardua- curso Superior de Biotecnologia como formação um Mestrado
mente no sentido de desenvolver (ramo de Engenharia Alimentar), em Gestão e em Sustentabilidade
e sistematizar métodos de traba- com formação na área da Quali- Empresarial no ISCTE, uma Licen-
lho que estivessem de acordo com dade e em Auditoria na empresa ciatura em Gestão estratégica na
a Certificação de Qualidade. Che- Perry Johnson Inc., e de HACCP na Universidade Atlântica e Curso
gou a altura de pormos à prova o Fábrica Nestlé em Aveiro. Técnico Superior de Higiene e Se-
nosso sistema. Ricardo Rodrigues é o actual au- gurança na TUV Portugal.
Nos dias 22 e 25 de Fevereiro to- ditor coordenador de Sistemas de Fernando Chasqueira foi consul-
das as áreas foram alvo de audito- Gestão da Qualidade e HACCP na tor desde 2008 em questões de
rias internas. O mesmo é dizer que Det Norske Veritas Portugal, desde Gestão da Qualidade e Sustenta-
dois auditores voluntários vieram 2004. Entre 2000 e 2002 foi res- bilidade, trabalhou sete anos
ao Centro verificar os procedi- ponsável pela implementação do antes na Amorim Industrial
mentos aplicados. Estas audito- Sistema de Gestão da Qualidade Solutions como Director Cor-
rias, apesar de terem um carácter na Perry Johnson Inc. Assumiu porativo da Qualidade e Am-
mais pedagógico, serão tidas em também funções de Controlo de biente. Foi ainda consultor na
consideração quando uma empre- Qualidade e de Higiene na Nestlé empresa Metodologias e Forma-
sa externa vier auditar o Centro Portugal entre os anos de 1988 e ção em Qualidade. Passou ainda
no sentido de nos atribuir a Cer- 1998. por diversas funções na Renault
tificação de Qualidade. Até à hora Fernando Chasqueira foi o audi- Portuguesa de 1981 a 1994. o
de fecho do ÁGORA o feedback tor do dia 25 de Fevereiro, tendo

Ajude-nos com os seus impostos!


Sabia que uma parte dos impostos que paga pode ser utilizado para apoiar instituições?

Sem qualquer agravamento nos seus impostos pode optar por oferecer ao Centro Comunitário da Paróquia
de Carcavelos 0,5% do valor do seu IRS, relativo à colecta de 2010, a liquidar em 2011. O Centro está devidamente
registado (Art. 32, nº6 da Lei nº16/2001 de 22 de Junho) para receber do Estado, sem quaisquer encargos para
os doadores, 0,5% do imposto liquidado por cada agregado familiar.
Isto pode ser feito de uma forma muito simples: na sua declaração de IRS, basta inscrever no Quadro 9 do Anexo
H da sua declaração o NIPC 502127600.

Ajude-nos a terminar o novo edifício e a creche para 60 crianças, contribua para a nossa acção em favor das famí-
lias mais carenciadas, dos idosos mais desprotegidos, das crianças com menos condições, da comunidade com
mais dificuldades. o

3
Vidas com história
“Peço a Deus que me deixe cá estar...”

A
ntónia, nome fictício, ac- anos onde Antónia e o irmão nasceu com morte aparente. É o
tualmente avó “de pro- prosseguiram os estudos. Con- mesmo que dizer que não respi-
fissão” e o pilar fundamen- tudo, quis o destino que o irmão rava quando nasceu, apesar de
tal que une a família. Já passou mais novo fizesse uma pausa da Antónia ter tido um parto apa-
por algumas fortes provações e, escola para ir para o exército. rentemente normal. Percebeu
já na casa dos 70, continua a ser “Ele foi para Angola em Agosto de que a filha tinha problemas quan-
o familiar a quem toda a gente 1960 e faleceu em Maio de 1961. do ela entrou na pré-primária
recorre. Foi um golpe muito duro nessa al- e os professores começaram a
Antónia nasceu na Beira Baixa, tura”. A agravar a situação, nessa compreender que não retinha
numa aldeia chamada Fratel, no altura, o Exército Português não tão bem os ensinamentos. Pas-
distrito de Castelo Branco. Cres- tinha condições para trazer para sou por inúmeras escolas, umas
ceu com uma irmã mais velha e Portugal os corpos dos soldados. me-lhores, outras piores, que
um irmão mais novo puxa-vam mais ou
que os deixou cedo menos por ela. A
por causa da Guerra única direccionada
do Ultramar. para crianças
“Com 22 anos foi com
morto em Angola. problemas foi
E só não soube da aquela em que
notícia pelos jornais Antónia sentiu
porque não calhou, a filha regredir
mas a maioria das mais. O ensino regu-
pessoas era assim lar acabava por fazer
que descobria quan- mais por Maria. E
do um familiar mor- acabou por
ria...” prosseguir a escola
Quando perdeu o até a Antónia se re-
Operadoras dos Telefones de Lisboa e Porto nos anos 50; Tirado do
irmão Antónia já livro “Portugal Século XX, Crónica em Imagens, 1950-1960” de Joa- formar dos Telefones
morava em Lisboa. O quim Vieira. de Lisboa e Porto
Fratel ficou para trás com 58 anos.
quando entrou para Com a mudança
o segundo ano do Liceu, altura “Levámos quase um ano de luto. para Carcavelos em 1983 ini-
em que o pai de Antónia decidiu Até que foi para lá um amigo dele ciou-se a ligação ao Centro.
vir morar para o Entroncamento que mexeu céus e terra até o con- Uma amiga disse-lhe que no
para evitar que os filhos ficassem seguir trazer para cá.” Centro havia a possibilidade de
todos em escolas diferentes e Na altura já Antónia trabalhava enquadrarem a Maria. Quando
distantes umas das outras. desde os 18 anos nos telefones Antónia se reformou em 1993 o
No Entroncamento Antónia e o de Lisboa e Porto, mesmo contra Centro foi a ajuda que precisava
irmão mais novo estudavam, a vontade do pai que queria que para poder continuar a desen-
irmã mais velha aprendia borda- ela seguisse os estudos e fosse volver algumas capacidades.
dos e costura e o pai abriu um co- professora. Casou-se com 22 Entretanto as dificuldades chega-
mércio de alfaiataria. “Estivemos anos, mudou-se para a linha de ram também com uma doença
lá dois anos mas depois o meu Sintra e teve o primeiro filho um terminal do filho mais velho de
pai decidiu que era melhor irmos ano depois. A Maria nasceu pas- Antónia. Há cinco anos foi-lhe
todos para Almada”. sados quatro. detectado um cancro no estôma-
Aqui ficaram durante alguns Maria, também nome fictício, go e em apenas seis meses su-

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cumbiu à doença. Com 48 anos já problemas de saúde ao marido problemas de saúde, dois netos
tinha dado dois netos a Antónia de Antónia. Teve o primeiro AVC com namoradas, duas noras com
do primeiro casamento e uma (Acidente Vascular Cerebral) em quem mantém amizade, uma
menina do segundo. 1996 mas conseguiu recuperar. neta pequena, um marido doente
O filho não tinha tido uma vida Foi o segundo AVC em 1998 que e uma filha com problemas. A
muito fácil: problemas finan- lhe tirou grande parte da mo- matriarca da família mantém os
ceiros e dificuldades no primeiro bilidade. Ainda assim conseguiu eixos desta família que apesar de
casamento, que fizeram com que recuperar um pouco, até lhe ser tudo se mantém unida.
o neto mais novo viesse morar diagnosticada a doença de Al- “Ao fim de semana vêm todos! A
com a avó logo desde a primei- zheimer há sete anos. “E eu aí mesa de jantar nunca é fechada!
ra classe. “O mais velho esteve tive mesmo de pedir ajuda. Já Somos 10 no total quando nos
sempre dentro e fora. Mas hoje não aguentava mais”. O contacto reunimos todos.”
já tem a casa dele”. A ligação dos com o Centro já existia e recorreu
netos à avó foi sendo fortalecida ao serviço de Apoio Domiciliário. Onde vai buscar a força? “Peço
ao longo dos anos e ainda hoje é Desde há cinco anos que usufrui a Deus que me deixe cá estar
a quem recorrem quando a vida deste serviço. porque nesta altura se eu faltas-
dá mais voltas do que é suposto. Hoje em dia vai aguentando como se…”o
A idade foi trazendo também pode, gerindo os seus próprios

Aconteceu
Conversas à Tarde: Decoração e Culinária
Professor Fernando Catarino anima Salão do Espaço Sénior
dentes. ados a comer fartamente?
O salão do Espaço Sénior Dos pratos “pingados” (porque a
recebeu à justa as cerca de pouca comida vem sempre com
trinta pessoas que, tam- “pingos” de qualquer iguaria re-
bém movidas pela curio- quintada), como lhes apelidou o
sidade, esperavam ansio- professor Catarino, passámos para
samente por saber o que a arte que agora se faz
trazia esta conversa. E foi com as frutas e ve-
assim que Fernando Catari- getais. Esculturas em
no “arrancou”: também ele frutas, recriações de
iria falar de um assunto que cenas em vegetais e
era uma forma de atrair flores e ramalhetes

L
pessoas para o que não era a partir de qualquer
ançado o desafio, o professor
necessário atrair - a comida. fruta ou tubérculo…
Fernando Catarino soube res-
“Os olhos também comem mas não As criações são várias.
ponder prontamente: “Aceito
enchem barriga”, foi mote do pro- Terminada a con-
retomar as Conversas à Tarde!”. E
fessor para falar na decoração de versa, ficamos na ex-
o tema lançado surpreendeu to-
que agora os alimentos são alvo pectativa quanto ao
dos: “Decoração e Culinária – Os
para atrair novos clientes. Isto veri- próximo tema que este professor
olhos também comem!”. O profes-
fica-se na chamada comida “gour- biólogo nos vai trazer. As Conversas
sor Fernando Catarino é conhecido
met”, com os alimentos cuidadosa à Tarde retomam agora o seu ritmo
pela sua ligação à Biologia e por
e elaboradamente dispostos como normal.
longos anos de experiência no en-
verdadeiras obras de arte. Con- Não perca a nossa divulgação! Caso
sino da Área. Porquê “Decoração e
tudo… será que a quantidade de queira fazer parte da nossa mail-
Culinária”? Nem nos atrevemos a
comida disponibilizada enche as ling list envie-nos um e-mail para
perguntar porque sabemos que os
barrigas dos portugueses habitu- ccpc@netcabo.pto
resultados são sempre surpreen-

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Lançamento da biografia do Pe. Aleixo Cordeiro
“Dar voz à memória” reencontra amigos e profissionais

V
árias vezes se ouviu na Cascais, a colaboração da Junta
sala que, mesmo já não de Freguesia de Carcavelos e o
estando entre nós, o Padre bom trabalho dos autores e coor-
Aleixo ainda tinha o dom de con- denadores do livro.
seguir reunir todos os seus ami- “Este livro é essencialmente uma
gos e seguidores. Foi o que acon- memória e não uma estória”, as-
teceu no 95º aniversário do seu sinalou o Pe. Manuel Gonçalves,
nascimento, no dia 29 de Janeiro. uma vez que é uma narração de
O salão paroquial da Igreja de “acontecimentos em que se par-
Carcavelos, tão frequentemente ticipou directamente”. O actual
utilizado para reunir os grupos de prior de Carcavelos referiu ainda
jovens orientados pelo Pe Aleixo, que “na igreja tudo é memória e
recebeu o lançamento da sua não estória”, uma vez que o “Pas-
biografia, “Dar Voz à Memória – sado se torna presente e o Pre-
Um prior construtor de comuni- sente Passado”.
dades”. Isabel Figueiredo Canotilho, a
Os convidados foram recebidos coordenadora da obra, foi quem
com um Carcavelos de honra se seguiu na linha de oradores,
providenciado pela Junta de Fre- relembrando a diversidade de Pe. Manuel Gonçalves e Mon. Feytor
Pinto, na apresentação do livro
guesia de Carcavelos, com um acontecimentos que já se tinham
Carcaveló (variante do “Pão de passado naquele mesmo salão. considerando que “a vida, obra e
Ló de Ovar” feito com vinho de “Estas portas estavam sempre sonho do Pe. Aleixo está “muito
Carcavelos) oferecido pela “Casa abertas. Sentíamo-nos sempre para além das 222 páginas” que
Favinha” e com queijadas de ce- bem-vindos e sentíamos que o compõem o livro. Isto porque “os
noura, as chamadas “Queijadas Pe. Aleixo precisava de nós”. Des- grandes vultos” não cabem em
da Barra” da pastelaria Chá da tacou ainda Conceição Fernando, tão pouco espaço. Feytor Pinto
Barra. a actual directora técnica do Cen- assinalou que o Pe Aleixo Cor-
Foi o actual pároco de Carcavelos, tro Comunitário, considerando-a deiro “tinha a sabedoria de quem
o Pe. Manuel Marques Gon- a “Mãe” desta obra, pela insistên- sonhava que podia construir
çalves, que teve honras de aber- cia com que levou o projecto alguma coisa muito grande”
tura da cerimónia, agradecendo avante. Congratulou também o e brincou com o facto de
o apoio da Câmara Municipal de Pe. Manuel Marques Gonçalves o Pe. Aleixo ter uma certa
pelo entusiasmo com “manha” para conseguir al-
que recebeu o projecto cançar grandes profissionais.
e referiu-se ao Pe. Aleixo Vitor Feytor Pinto lembrou ainda
como alguém que lhes ter conhecido o Pe. Aleixo nos
mostrara a “experiência cursilhos de cristandade na Guar-
que é viver todos com da, tendo esse encontro marcado
amor e em comunidade”. profundamente o orador. O Pe.
Coube ao Monsenhor Ví- Aleixo foi ainda o seu professor
tor Feytor Pinto, actual de filosofia no Seminário de Al-
Administrador Paroquial mada, considerando Feytor Pinto
do Campo Grande e San- que era um professor que “não
to Anjo de Portugal (entre debitava lições, antes caminhava
A assistência contava com Carlos Carreiras, muitos outros cargos que ao lado dos seus discípulos.”
recentemente nomeado Presidente da Câmara acumula), fazer a apre- Antes da cerimónia o ÁGORA teve
Municipal de Cascais e com Zilda Costa da Silva,
sentação formal do livro, oportunidade de falar com o ora-
Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos.

6
eu posso seguir caminhos de Henrique Mota, o editor do
idênticos”. livro, com a chancela da editora
Acrescentou ainda: “há Lucerna, que recordou que deve
três coisas que ele real- ao Pe Aleixo o seu início na área
mente tinha no seu editorial. Henrique Mota trata-
caminho de trabalho pas- va de pequenas publicações da
toral - Primeiro era a fi- Igreja, como a Folha Informativa.
delidade ao Vaticano II, e O editor recorda com saudade e
isto é extremamente im- um sorriso, uma pergunta em es-
portante para a renova- pecial do Pe. Aleixo: “sabes andar
ção da Igreja. Depois a de bicicleta? Ainda bem, porque
Pe. Manuel Gonçalves, Mon. Feytor Pinto, e Isabel
Canotilho, coordenadora da obra ideia vincada da vida co- é preciso ir à Parede imprimir a
munitária. Ele não fazia folha Informativa!”
dor, que referiu o Pe Aleixo como trabalho pastoral sem Foi em 2008, com o Pe. Ildo Fortes
“um padre apóstolo, fiel à sua envolver uma dinâmica comuni- como pároco da Igreja, que surgiu
missão, ao serviço que prestou tária. E a terceira, era o sentido a ideia de” tornar as memórias e
e à abertura da igreja ao mundo de responsabilidade para formar acções numa lembrança palpável
como linha de força para toda cristãos para poderem intervir na que podíamos ter em nossa casa”,
uma actividade pastoral”. política, na economia, no mun- tal como referiu Isabel Canotilho
Feytor Pinto salientou que do… Estas são linhas de força que na sua intervenção. Assim sur-
apresentar este livro era “uma eu considero essenciais para o gem as memórias da vida rica
emoção muito grande porque trabalho que um padre quer de- do Pe. Aleixo Cordeiro. Agora
reconhecer as virtudes maravi- senvolver”. à venda na secretaria do Cen-
lhosas de um padre que me pre- A cerimónia de apresentação tro por 15€. o
cedeu no sacerdócio é dizer que contou ainda com o testemunho

Ajac participa em projecto de artesanato social


sana António e com foram criados pela designer Susana
a parceria de diversas António, e são manufacturados pe-
instituições conce- los utentes das instituições parcei-
lhias. ras, que para além do Centro
O Centro Comunitário englobam: o Lar Casa da Ala-
de Carcavelos com o praia, a CERCICA - Cooperati-
AJAC (Associação de va para a Educação e Reabili-
Jovens Artesãos de tação Cidadãos Inadaptados
Carcavelos) foi uma de Cascais, o Centro de Apoio
das instituições con- Social do Pisão, a ARIA - Associação
vidadas para este pro- de Reabilitação e Integração Ajuda,
jecto que pretende o Lar da Boa Vontade, o CRID - Cen-

C
criar e pôr à venda tro de Reabilitação e Integração de
hama-se “Toma Lá” e pre-
uma colecção de peças de design Deficientes, e a AFID - Associação
tende descobrir novos
originais, cuja receita irá reverter Nacional de Famílias para a Inte-
artesãos entre a popula-
para financiar as instituições. gração da Pessoa Deficiente. o
ção com deficiência, colocando à
As peças (um relógio de cuco, um
venda o produto do seu trabalho
mealheiro Matrioska, uma pro-
numa lógica de economia social.
tecção para computadores portá-
A iniciativa é da Comissão para a
teis, um bloco de notas e uma toa-
Pessoa com Deficiência e conta
lha de mesa pintada à mão com
com o apoio da Câmara Municipal
o mapa topográfico de Cascais)
de Cascais, da designer social Su-

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Vidas que fazem a diferença
Luís Lufinha Professor de informática voluntário

“H
oje em dia, não sa- tempo depois.
ber trabalhar com De regresso
um computador é A dificuldade em arranjar
quase como ser analfabeto” resi- emprego faz com que o vo-
dente Casa Jubileu (Jorge Bento). luntariado seja uma opção
válida para muitos que não
Foi uma necessidade que o Cen- querem ficar desocupados
tro reconheceu nos residentes em casa. Foi a pensar nisto
da Casa Jubileu - residência para que Luís Lufinha regressou
pessoas em situação de exclusão ao Centro e ofereceu os
Luis Lufinha (foto de Nazaret Nascimento)
social. Para apoiar na procura seus préstimos.
de emprego era necessário con- “A minha vida teve uma volta
vel, sentir que estava a ser útil.
seguir-lhes competências infor- grande. Trabalhei 30 anos na IBM
E sinto que eles vêm com agrado
máticas. Foi o desafio lançado e depois mais 12 como director
para as aulas”.
a Luís Lufinha, que já conhecia de informática de um grupo de
Do outro lado
o Centro Comunitário de Car- automóveis. Não estou refor-
E foi o mesmo que o ÁGORA
cavelos desde a sua fundação. mado porque dos meus anos de
ouviu quando falou com os
“Fui regimentado para aqui pelo trabalho, 4 foram passados em
alunos de Luís Lufinha:
Pe. Aleixo. Faço parte daqueles Espanha. E por falta de 30 dias
“[As aulas de informática]
«voluntários à força». Com ele de desconto para a Segurança
são de grande importância na
era assim: «é giro não é? Olha, Social Portuguesa não me posso
actualidade e uma mais-valia na
amanhã vais fazer!», confessa en- reformar. Fiquei de repente com
minha procura de emprego”, Bru-
tre sorrisos. muito tempo livre”.
no, residente Casa Jubileu
Desde a fundação do Centro As aulas de informática para os
“Boa pessoa, com carácter, com-
Há quase 30 anos, Luís Lufinha residentes da Casa Jublileu eram
preensivo e amigo”, residente
dava catequese e pertencia ao um projecto já tentado mas não
Casa Jubileu (Jorge Bento), so-
grupo de casais das Equipas de Nª muito bem sucedido. Com Luís
bre Luís Lufinha
Senhora que acompanhavam gru- Lufinha funcionou. Começaram
“As aulas de informática são
pos de vida com os jovens daqui. em Janeiro de 2010 e Luís tem
as mais importantes de to-
O nome Lufinha já nos é familiar tido uma impressão positiva:
das”, residente Casa Jubileu,
pelo seu parentesco com João Lu- “tem corrido bem”. A principal
Vitaly
finha, que ajudou a desbloquear dificuldade é o facto de serem
“Sem a sua disponibilidade [do
as burocracias que eram impedi- “um público muito flutuante”,
voluntário Luís Lufinha] eu estaria
mento à compra da vivenda que tornando-se difícil “fazer uma
privado desta mais-valia” Bruno,
é hoje o Centro. Com a fundação coisa continuada, começar num
residente Casa Jubileu
do Centro Luís Lufinha ajudava lado e acabar no outro”, admite.
na organização e nas actividades Ainda assim não tem dúvidas
Para luís Lufinha a iniciativa é
dos grupos de vida. que seja recompensador: “vale a
para continuar: “Enquanto me
A ligação ao Centro foi-se man- pena porque eles aprendem”. E
quiserem, por aqui fico. E posso
tendo sempre mas mais atenu- Luís relembra especialmente um
também ajudar noutras coisas”.
ada a partir de 2003, quando episódio: “no ano passado houve
Luís Lufinha passa pela provação um que disse «isto não interessa
Está já também prevista uma for-
de ficar sem a esposa. Um casa- para nada!». Os outros atiraram-
mação de Excel, realizada por Luís
mento volta a acontecer em 2009 -se logo a ele: «isso também eu
Lufinha para os colaboradores do
mas quis a ironia do destino que julgava! Mas isto faz muita falta!»
Centro.o
ficasse desempregado pouco E esse foi um momento agradá-

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Agenda Cultural
Rango
Estreia a 3 de Março

M6 - Animação |Realização: Gore Verbinski | Vozes: Bill Nighy, Isla

Cinema Fisher, Johnny Depp, Timothy Olyphant | Argumento: John Logan

Sinopse: Rango é um camaleão com uma certa crise de identi-


dade, depois viver no luxo como um bichinho de estimação. Na
busca pelas suas origens, ele chega a uma espécie de velho oeste
onde encontrará coisas que jamais imaginou.

Festival 5 Elementos - Oeiras


18, 19 e 20 de Março - entrada gratuita

O Festival 5 elementos nasceu e celebra o equinócio da Prima-


Música vera, tendo como os seus elementos naturais Ambiente, Solida-
riedade, Desporto, Saúde e Música. Uma sinergia de elementos
que resulta num festival para netos, filhos, pais e avós.
Local: Jardim de Oeiras | Horário: 6ª 17h às 2h, Sáb 9h às 2h
e Dom 10h às 24h

Peddy-paper para famílias


Que animais se escondem em Cascais?
até 30 de Junho
Estes percursos levam a uma viagem de caça e pesca
Crianças pelos museus de Cascais. Começando em qualquer um
dos museus, as famílias partem sozinhas em busca de
vários animais de diferentes espécies e feitios. Um pré-
mio aguarda os resistentes que passem pelos seis museus envolvidos.
Mais informações: m.ines.brandao@cm-cascais.pt |
Horário: de 3ª feira a sábado das 10h às 13h00 e das 14h às 17h00

Abstracção - Arte Partilhada - Oeiras


19 de Fevereiro a 30 de Abril

O Centro Cultural Palácio do Egipto, em parceria com a


Exposição Fundação Millennium BCP, exibe cerca de setenta obras do
abstraccionismo português. Uma selecção cuidada e per-
tinente que coloca à disposição dos olhares os clássicos do
abstraccionismo que irrompeu em Portugal na década de 30.
Horário: de 3ª a Domingo, das 11h30 às 18h00.
Encerra à 2ª feira. ENTRADA GRATUITA

9
É obra!
Como estão as obras no Centro?

A
Cá estamos de novo a lançar um olhar so- serviços de apoio.
bre a obra de todas as nossas atenções: a Estão em montagem o
ampliação do CCPC. elevador e a plataforma
Com a montagem das caixilharias, portas e portões de carga e muito avançada a montagem dos qua-
exteriores o aspecto que o edifício oferece a quem dros eléctricos e armaduras de iluminação.
por lá passa, já dá para ter uma ideia do que vai Foi iniciada este mês a montagem das loiças sani-
ficar, e muitos têm sido os comentários de agrado tárias.
que têm chegado. Mas…não há bela sem senão! A falta de verbas
Pelo interior, com as pinturas já executadas, res- continua a ser uma preocupação de todos os que
salta a forte luz natural que invade todos os es- estão mais diretamente envolvidos neste pro-
paços, nomeadamente na zona da creche. Nesta jecto. Em seu nome, mais uma vez, apela-se à ge-
fase, em que tudo está amplo e livre, é visível a di- nerosidade de todos, quer em donativos, quer nas
mensão e funcionalidade dos espaços o que muito iniciativas de angariação de fundos como feira do
tem agradado a todos os que por lá têm passado vende tudo, espectáculos ou sugerindo acções
nas várias visitas efectuadas este mês. com esse fim.
Para além das salas de trabalho e da creche foram Fevereiro 2011
muito apreciadas as dimensões do salão poliva-
lente, as condições do espaço do Esperança de Re- Fernando Fradique
começar, da Bolsa de Alimentos, assim como dos Membro da Direcção do Centro

“Make a Diference Day”


Barclays oferece aula de surf a crianças apoiadas pelo Centro
clays, através do com alguns dos colaboradores do
seu programa de banco que participaram no
Res-ponsabilidade projecto. Ficou a promessa
Social “Make a de uma segunda aula de
Diference Day”, surf, caso todas as crianças
que permite a to- passem de ano!
dos os colabora- Fica a mensagem de Miguel
dores do banco a Correia para as crianças:
possibilidade de “Na vida há momentos para tudo,
apresentar os seus para a família, para os amigos,
projectos. Foi o para as brincadeiras e para os es-
que Miguel Cor- tudos. Na sociedade em que esta-
reia (Gestor de mos hoje inseridos só aqueles que

N
Eventos e Comu- se aplicam conseguem alcançar os
o dia 13 de Dezembro as nicação) fez. Sendo praticante da melhores resultados e para isso é
crianças que frequentam modalidade, considerou que esta essencial aproveitarem ao máxi-
as aulas de apoio escolar seria uma boa oportunidade de mo o tempo que passam nas aulas
do Centro foram até à praia para proporcionar um dia diferente, a e as sessões de apoio que têm aos
ter um dia diferente: uma aula de um grupo de jovens. Sábados, no Centro Comunitário”.
surf. O Centro foi a instituição esco-
A iniciativa veio do Banco Bar- lhida pela proximidade geográfica Obrigado Barclays!o

10
SOS Terra
Reciclar na cozinha
Batatinhas na Sertã

A
ideia era publicar uma receita que incluísse
um ou mais ingredientes que fizessem parte
das sobras de outra refeição, acompanhan-
do-a de uma pequena introdução/opinião sobre a
importância de reciclar comida nos dias que correm.
Falei nisto à M. e à C. e elas gritaram logo ao mesmo tempo:
“Siiiim!”. Gostaram muito da ideia, porque gostam de co-
zinhar e também gostam de participar em desafios.
A verdade é que cá em casa, reciclamos a comida com al-
guma frequência: porque ninguém gosta especialmente de
restos reaquecidos (embora por vezes também os coma-
mos). Mas também é verdade que damos alguns aos ani-
mais: cães, ovelhas, patos e galinhas, sendo que não deixa
de ser, igualmente, reciclagem: em carne e em ovos!
Mas voltando ao desafio, começámos por discutir entre
nós se é ou não importante reciclar a comida. Não parecia
haver dúvidas. Porquê? – perguntei. “Porque não devemos
deitar a comida para o lixo”, respondeu prontamente a mais
pequena. E a mais velha: “porque, por exemplo, matámos
um frango para o comermos, portanto não podemos dei- Autora com a filhas
tar nada fora, se não, não era justo ele ter morrido! Se ele Ana Guimarães, do blog Pés na relva
morreu, então temos que aproveitar tudo, como tu fazes http://pesnarelva.wordpress.com
quando fazes a massa do Tonton.” “Poisjé”, concordou a
mais pequena. (a massa do Tonton, é uma receita do tio Ingredientes:
francês, em que usamos restos de carne – frango, cordeiro, • Restos de batatas e couves cozidas (para
vitela… – juntamente com um grande molho à base de to- quatro pessoas, chegam 4 batatas médias e o
mate e aromatizado com um pouco de chouriço, e que de- triplo do volume em couves cozidas),
pois é envolvido em esparguete cozido, de que a M. gosta • 1 cebola grande,
especialmente). • 4 dentes de alho
Como já perceberam, as duas também nutrem um carinho • Azeite e sal
especial por frangos e galinhas. Aos argumentos das mais
pequenas, eu juntei o do lixo que se faz em excesso (em- Preparação:
bora no nosso caso, com os animais, isto nunca se aplique à Cortar a cebola às rodelas fininhas e o
comida) e o do dinheiro, trabalho e energia que se gasta a alho em fatias finas e refogar ligeiramente
produzir qualquer alimento. numa quantidade generosa de azeite, numa
Posto isto, resolvi então fazer as “batatinhas na sertã” da sertã (frigideira larga e pouco funda). Juntar
minha avó, um óptimo acompanhamento para uma bela as batatas e as couves cortadas em pedaços
alheira grelhada. pequenos, envolver com a cebola e o alho e
rectificar o sal.

O
Projecto Reciclagem na Cozinha foi um desafio lançado no Blog Delícias e Talentos (http://delici-
asetalentos.blogspot.com). Houve um total de 47 participações, sendo que as 13 mais votadas serão
publicadas. 9 juris escolheram 12 receitas, o que deu origem a um “top 13” de aproveitamento de
comida.
11
Jovens Activos 2011
Estágios para jovens residentes no Concelho Cascais
www.geracao-c.com), cópia do documento de iden-
tificação e cartão de contribuinte, certificado de ha-
bilitações (original e cópia), comprovativo de mora-
da (recibo da água, luz, telefone, carta de condução,
etc.), Curriculum Vitae e foto tipo passe.
O que se prentende é que estes jovens tenham a
possibilidade de realizar um estágio em contexto de
trabalho, adequado às suas qualificações. Ao mes-
mo tempo participam num programa de formação
e de acompanhamento permanente. Ao fim de 9
meses existe a possibilidade de serem integrados na
entidade onde estagiaram.
Empreendedorismo, Inteligência Emocional e Rela-

A
ções Interpessoais, Pensamento Criativo, Criação
té dia 11 de Março decorrem as candidaturas do próprio emprego e Técnicas de Procura Activa de
para os estágios “Jovens Activos”. O programa Emprego são alguns dos módulos que compõem o
destina-se a jovens residentes no Concelho programa de formação.
de Cascais com idades compreendidas entre os 18 As entidades que pretendam integrar novos cola-
e os 30 anos que terminaram o 12º ano ou Curso de boradores, jovens e qualificados, podem apresentar
Ensino Superior (Bacharelato ou Licenciatura). a sua candidatura à Divisão de Juventude e Conheci-
Para a inscrição é necessário: ficha de incrição já mento, da Câmara Municipal de Cascais, na respec-
preenchida (podem fazer download da mesma em tiva fase de candidatura.o

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