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PROJETO EMPRESA – EMPREENDEDOR E ADMINISTRADOR ......................................................

ATIVIDADE I............................................................................................................................................ 3 

1 – O Contrato Social .............................................................................................................................. 4 

ATIVIDADE - II ........................................................................................................................................ 7 

2 – Funcionamento da Empresa ............................................................................................................. 8 


2.1 – Documentação ........................................................................................................................... 8 
Principais Atos Cambiários ................................................................................................................. 9 
Principais Títulos de Crédito ........................................................................................................... 9 

ATIVIDADE - III ..................................................................................................................................... 11 

3 – Tributos............................................................................................................................................ 12 
3.1 – Tipos de Tributos ..................................................................................................................... 13 
3.2 – Elementos da Obrigação Tributária ......................................................................................... 13 
3.3 – Competência Tributária............................................................................................................ 14 
3.4 – Impostos que Incidem Quando da Emissão da Nota Fiscal .................................................... 14 

ATIVIDADE - IV ..................................................................................................................................... 15 

4 – Contabilidade ................................................................................................................................. 16 


4.1 – Principais Ramos da Contabilidade ......................................................................................... 16 
4.2 – Campo de Atuação da Contabilidade ...................................................................................... 16 
4.3 – Finalidade da Informação Contábil .......................................................................................... 16 

ATIVIDADE - V ...................................................................................................................................... 17 

5 – O Patrimônio.................................................................................................................................... 18 
5.1 – Controlando o Patrimônio ........................................................................................................ 18 
5.2 – Aspectos Qualitativos e Quantitativos do Patrimônio .............................................................. 18 
5.3 – A Representação Gráfica do Patrimônio (Balanço Patrimonial).............................................. 19 
5.4 – Patrimônio Líquido ................................................................................................................... 19 
5.5 – Situações Líquidas Patrimoniais Possíveis ............................................................................. 20 
5.6 – Formação do Patrimônio Líquido ............................................................................................. 21 
5.7 – Origens e Aplicações de Recursos .......................................................................................... 22 

ATIVIDADE - VI ..................................................................................................................................... 22 

6. Empresa ............................................................................................................................................ 23 

Os fatores de Produção são: Trabalho e Capital .................................................................................. 23 


1.2 Conceito de Empresa e Entidade ............................................................................................... 23 

7. Administração .................................................................................................................................... 26 


7.1 A Técnica Administrativa nas Empresas .................................................................................... 26 
7.2 CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO.......................................................................................... 26 
7.3 PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................ 26 
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ATIVIDADE – VIII .................................................................................................................................. 27 

8. Planejamento (Parte I) ...................................................................................................................... 28 


8.1 Conceito de Planejamento .......................................................................................................... 28 
8.2 Tipos de Planejamento Administrativo ....................................................................................... 28 
8.3 Metas do Planejamento .............................................................................................................. 29 
ATIVIDADE - IX................................................................................................................................. 29 

9. Planejamento (Parte II) ..................................................................................................................... 30 


9.1 Os Projetos ................................................................................................................................. 30 
9.2 Tipos de Projetos ........................................................................................................................ 30 
9.3 Fases dos Projetos ..................................................................................................................... 31 
9.4 Elaboração e Avaliação de Projetos ........................................................................................... 31 

ATIVIDADE-X ........................................................................................................................................ 32 

10. Organização (Parte I) ...................................................................................................................... 33 


10.1 Estrutura Organizacional .......................................................................................................... 33 
10.2 Tipos de Estrutura ..................................................................................................................... 33 
10.2.1 Estrutura de Organização Formal ..................................................................................... 33 
10.2.2 Estrutura de Organização Informal.................................................................................... 35 
10.3 AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE ................................................................................. 35 
10.4 DIVISÃO DO TRABALHO......................................................................................................... 35 

ATIVIDADE - XI ..................................................................................................................................... 36 

11. ORGANIZAÇÃO (PARTE II) ........................................................................................................... 37 


11.1 GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO.............................................................................................. 37 
11.1.2 ORGANOGRAMAS ........................................................................................................... 37 
11.1.3 FLUXOGRAMAS ............................................................................................................... 37 

ATIVIDADE – XII ................................................................................................................................... 37 

12. DIREÇÃO ........................................................................................................................................ 38 


12.1 PRINCIPAIS MEIOS DE DIREÇÃO EMPRESARIAL ............................................................... 38 
12.2 EMISSÃO DE ORDENS ........................................................................................................... 38 
12.3 MOTIVAÇÃO E COMUNICAÇÃO............................................................................................. 38 
12.4 COORDENÇÃO E LIDERANÇA ............................................................................................... 39 

ATIVIDADE - XIII ................................................................................................................................... 40 

13 CONTROLE...................................................................................................................................... 41 
13.1 IMPORTÂNCIA E CONCEITO DE CONTROLE ...................................................................... 41 
13.2 CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES DO CONTROLE ADMINISTRATIVO ................. 41 
13.3 TIPOS DE PADRÕES ............................................................................................................... 41 

ATIVIDADE - XIV .................................................................................................................................. 42 

14. Administração da produção............................................................................................................. 43 

15. Administração de Recursos Humanos ............................................................................................ 46 


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PROJETO EMPRESA – EMPREENDEDOR E ADMINISTRADOR


 

ATIVIDADE I
 
 

Inicie o Projeto desenvolvendo um CONTRATO SOCIAL de uma empresa tipo SOCIEDADE


LIMITADA (dois ou mais sócios).

Obs: O Ramo do Negócio deve abranger:

Comercio de Mercadorias e Prestação de Serviços. (qual tipo de mercadoria ou serviço?)

Exemplos:

1. Comércio de Computadores e Equipamentos de Informática em Geral, Acessórios e


Assistência Técnica em Geral para Informática.
2. Comércio de Peças e Acessórios para veículos em Geral e Assistência Técnica em Geral
para Autos.

Escolha a Razão Social. – Ex: MCB Comércio de Computadores Ltda.

Escolha o Nome Fantasia. – Ex: MCB COMPUTADORES

Desenvolva um Logotipo ou Logomarca para a empresa.

Desenvolva o Contrato Social. (MODELO NAS PÁGINAS SEGUINTES)

Depois desses procedimentos estudaremos como Administrar a Empresa.

Na próxima um modelo de contrato social, sendo assim podemos iniciar a elaboração do


CONTRATO SOCIAL.

* O modelo do Contrato Social foi elaborado conforme Lei 10.406/02 novo Código Civil.
* Art.1.052 - CAPÍTULO IV ‐ Da Sociedade Limitada
* A formatação da página do Contrato deverá ter a seguinte formatação:
Margem Superior 6 cm, Esquerda 3 cm, Direita 2 cm e Margem Inferior 2 cm.
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1 – O Contrato Social

INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA 

MCP CORPORATION LTDA

MARCOS CESAR ALBUQUERQUE, brasileiro, casado, natural de


Araçatuba/SP, empresário, portador da Cédula de Identidade RG. nº 12.473.238-SSP-SP, e do
C.P.F. nº 123.123.123-12, residente e domiciliado a Rua Cussy de Almeida, nº 1000, Bairro Centro,
CEP 16.018-100, na cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo, e PAULO DE FIGUEIREDO,
brasileiro, natural de Araçatuba/SP, casado, empresário, portador da Cédula de Identidade RG. nº
14.740.238-SSP-SP, e do C.P.F. nº 123.123.123-12, residente e domiciliada a Rua Marechal
Deodoro, nº 1200, Bairro Centro, CEP 16.02-100, na cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo,
ÚNICOS, sócios componentes da sociedade limitada MCP CORPORATION LTDA, com sede na
cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo a Av. Brasília, nº 1.000, Bairro Nova Iorque, CEP 16.018-
000, resolvem assim constituir o referido contrato social de acordo com as cláusulas e condições a
seguir:

I – DO TIPO JURÍDICO DA SOCIEDADE 

Conforme Lei 10.406/02, a sociedade é EMPRESÁRIA do tipo SOCIEDADE LIMITADA, fazendo 
parte como integrantes os senhores devidamente nomeados e qualificados. 

II ‐ DA DENOMINAÇÃO SOCIAL 

A sociedade gira sob o nome empresarial MCP CORPORATION


LTDA.

III ‐ DA SEDE SOCIAL 

A sociedade tem a sua sede na cidade de Araçatuba, Estado de São


Paulo a Av. Brasília, nº 1.000, Bairro Nova Iorque, CEP 16.018-000, podendo, entretanto, abrir filiais
em qualquer parte do território nacional, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios.

IV ‐ DO OBJETO SOCIAL 

O objeto social é o de Construção civil, construção de pontes,


estradas e pavimentações aos órgãos governamentais e autarquias, empresas de economia mista,
etc, projetos de obras civis, bem como objetivando a expansão nos setores comercial, industrial, de
fabricação, venda e revenda de materiais de construção e produtos próprios ou de terceiros,
terraplenagem, enleiramento e desmatamento.

                             V ‐ DA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS 

A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas


todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
 
                                      VI ‐ DA RETIRADA DO SÓCIO DA SOCIEDADE 
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No caso de um dos sócios desejar retirar-se da sociedade, deverá


notificar ao outro, por escrito com antecedência de 60 (sessenta) dias, e seus haveres serão
reembolsados dentro das possibilidades financeiras da empresa, após ter sido levantado um balanço
na época de sua retirada.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando de eventual e futura exclusão de


qualquer membro do quadro social, o sócio retirante, após quitar todas as suas obrigações com a
pessoa jurídica da qual foi integrante, sendo estas decorrentes de seu período de participação na
sociedade, fica livre e desembaraçado de quaisquer responsabilidades posteriores à data de
averbação de sua saída.
             VII ‐ DAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS 

Segundo remissão determinada pelo artigo 1.054 da Lei 10.406/02 ao


artigo 997 da mesma legislação, fica expresso que os sócios não respondem subsidiariamente pelas
obrigações sociais.

VIII - DA DELIBERAÇÃO DOS SÓCIOS

Os sócios reunir-se-ão sempre que for necessário, mediante


convocação do sócio majoritário, ou pelos sócios minoritários cujas quotas formem pelo menos um
quinto do capital social, e as suas resoluções ou decisões constarão no livro de “Atas de Reuniões da
Diretoria”. Para deliberação válida será necessária a presença da maioria societária e o “quorum”
para decisão será a maioria simples. No caso de empate, o sócio majoritário terá o direito do segundo
voto de desempate.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - As reuniões serão dispensadas quando


todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas, conforme permite o
parágrafo 3º do artigo 1.072 da lei 10.406/02 (Código Civil).

PARÁGRAFO SEGUNDO - Os sócios que representam a maioria do


capital social poderão promover a alteração do contrato social, independentemente do consentimento
expresso ou tácito, por parte dos demais sócios, especialmente no que tange a exclusão de sócio que
passe a colocar em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade.

PARÁGRAFO TERCEIRO - A exclusão somente poderá ser


determinada em reuniões especialmente convocadas para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil
para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.

IX - DA ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE E DO USO

A administração da sociedade caberá a MARCOS CESAR


ALBUQUERQUE e PAULO DE FIGUEIREDO, que recebe poderes e atribuições de representar a
empresa ativa, passiva, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe o uso do nome empresarial,
podendo assinar pela mesma, ficando vedado, no entanto, em atividades estranhas ao interesse
social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como
onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio.

X - DA RETIRADA DE PRO-LABORE

Os sócios MARCOS CESAR ALBUQUERQUE e PAULO DE


FIGUEIREDO poderá efetuar uma retirada mensal a título de pró-labore e/ou dividendos, de acordo
com a legislação vigente e a conveniência da empresa e dos sócios.
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PARÁGRAFO ÚNICO - Os valores de retirada de pró-labore ou


dividendos serão determinados mensalmente de acordo com a capacidade financeira da sociedade e
os resultados apurados pela mesma.

XI - DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS

Dos lucros apurados nos balanços encerrados anualmente em 31 de


dezembro, terão o destino que melhor convier aos sócios. No caso de verificarem prejuízos, serão
eles mantidos em conta especial, para serem cobertos em lucros futuros.

§ PRIMEIRO - A sociedade poderá, no curso do exercício, distribuir


lucros por conta do mesmo período, mediante levantamento de balanços intermediários para esse
fim, conforme determina o artigo 204 da Lei 6.404/1976.

§ SEGUNDO - Os lucros ou prejuízos serão distribuídos ou


suportados pelos sócios na proporção de sua participação no capital social ou através de acordo
firmado entre os sócios.

XII - DO CAPITAL SOCIAL

O capital social é de R$ 200.000,00 (Duzentos Mil Reais), dividido em


200.000,00 (Duzentas Mil) quotas, no valor de R$ 1,00 (um real), cada uma, totalmente integralizado
pelos sócios, em moeda corrente do País, e distribuído da seguinte forma:

MARCOS CESAR ALBUQUERQUE 100.000 QUOTAS R$ 100.000,00


PAULO DE FIGUEIREDO 100.000 QUOTAS R$ 100.000,00
TOTAL DO CAPITAL SOCIAL 200.000 QUOTAS R$ 200.000,00

XIII - DA DURAÇÃO DA SOCIEDADE

A sociedade iniciou suas atividades em 31 de janeiro de 2009, e seu


prazo de duração é por tempo indeterminado.

XIV - DA CESSÃO E TRANSFERÊNCIA DE QUOTAS

As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas


a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições
e preço direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a
cessão delas, a alteração contratual pertinente.

                                                   XV ‐ DO FALECIMENTO 

Dando-se o falecimento de qualquer dos sócios a sociedade não se


dissolverá, cabendo ao sócio remanescente, determinar o levantamento de um Balanço Especial na
data do falecimento ocorrido. Os herdeiros do sócio falecido, em 90 (noventa) dias da data do
Balanço Especial, manifestarão a sua vontade de serem integrados ou não na mesma sociedade,
recebendo os direitos e as obrigações contratuais do sócio falecido, ou então, receberão todos os
seus haveres até o balanço Especial, em 12 (doze) parcelas sendo a primeira vencendo em 90
(noventa) dias após o Balanço Especial.

“Os Administradores declaram, sob as penas da lei, de que não estão impedidos de exercer a
administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se
encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
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públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a
economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência,
contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade”.

Fica eleito o foro desta comarca de Araçatuba, Estado de São Paulo,


para nele serem dirimidas as duvidas porventura surgidas no fiel cumprimento deste instrumento.
E assim, por se acharem justos e contratados, assinam o presente
instrumento, lavrado em 03 (três) vias de igual teor e forma, na presença de 02 (duas) testemunhas a
tudo presentes.

Araçatuba-SP, 31 de janeiro de 2009.

______________________________________________
MARCOS CESAR ALBUQUERQUE

______________________________________________
PAULO DE FIGUEIREDO

TESTEMUNHAS:

______________________________________________
MARCELO RIBEIRO QUEIROZ
RG. 15.085.010 - SSP/SP

_________________________________________
WELLINGTON VIEIRA JUNQUEIRA
RG. 14.724.0307-7 - SSP/SP

 
 
 
 
 

ATIVIDADE - II

1-) Qual o valor jurídico de um contrato social?

2-) Qual a importância em definir com cautela o objeto social da empresa?

3-) Explique a cláusula do contrato, onde está escrito Administração da Sociedade.

4-) Explique a cláusula do contrato, onde está escrito Retirada dos Sócios da Sociedade.

5-) Elaborar CNPJ – INSCRIÇÃO ESTADUAL – DOCUMENTO DA PREFEITURA (serão fornecidos


pelo professor o arquivo .doc).

 
 
 
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2 – Funcionamento da Empresa

Antes de a empresa iniciar qualquer atividade é necessário fazer o registro do contrato e


registrar a empresa nos órgãos competentes como vimos no início.
O primeiro passo agora, para o bom funcionamento da empresa é verificar se todas as
exigências legais tenham sido cumpridas junto aos órgãos competentes quando de sua abertura.
É muito importante que se observe a empresa como um todo. Ela não é somente uma porção
de dinheiro, papéis, mercadorias. É formada por pessoas que serão as responsáveis pelo bom
andamento da empresa.
O empresário deve então procurar formar uma boa equipe, que unida e bem entrosada,
trabalhará com seriedade e vontade, trazendo benefícios para todos.
Para que a empresa funcione bem trazendo ao empresário o retorno desejado, é preciso que
haja uma boa organização.
Inicialmente é preciso que haja organização das tarefas a serem cumpridas na empresa para
que o tempo disponível seja utilizado por cada funcionário de maneira a evitar desgaste ou prejuízo.
Adote o hábito de utilizar-se de uma agenda para organizar seus compromissos e tarefas
diárias.
É muito importante que o empresário tenha uma atitude positiva em relação aos seus
empregados, enxergando em cada um de seus colaboradores, não simples executores de ordens e
tarefas, mas seres humanos com sentimentos, anseios e ambições, diferentes entre si. Respeitar
estas diferenças no seu desenvolvimento profissional.
Pense nisto! A qualidade de sua empresa depende do produto com o qual você trabalha, da
organização e administração dos documentos, do bom atendimento e principalmente, da maneira
como são tratadas e consideradas as relações humanas entre dos membros de sua equipe.
Da boa relação existente ente os membro da empresa, depende também o sucesso e
crescimento da mesma.
Para que a empresa cresça é necessário que saiba a cada dia, de onde vem, como está e
para onde ela está indo, em termos financeiros.

2.1 – Documentação
Quando a empresa começar a funcionar, você vai entrar em contato com vários documentos,
muitos dos quais talvez você nunca tenha visto.
Vamos então conhecer quais são os documentos que provavelmente teremos em mãos no
funcionamento da empresa, na aplicação da Contabilidade.
Nos TÍTULOS DE CRÉDITO que contém promessa de pagamento implica que o mesmo seja
efetuado pelo próprio emitente e não por terceiros. É o caso da NOTA PROMISSÓRIA. Nela
Observamos que está escrito “Pagarei” e não “Pague” como nos cheques. Na promessa de
pagamento, por exemplo a Nota Promissória, observa dois personagens cambiários.

Emitente: é a pessoa que emite a promessa de pagamento em seu próprio nome. O emitente é
sempre o devedor da obrigação.
Beneficiário: é a pessoa que vai receber o título. Chama-se credor do título.
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Os títulos de crédito podem ainda ser ao portador ou nominativo.

Título ao Portador: Não consta neste título o nome da pessoa beneficiada. Por este motivo, seu
portador é seu proprietário. Por exemplo: cheque ao portador.

Título ao Nominativo: É um título emitido em nome de determinada pessoa. Por Exemplo o cheque
nominal

Principais Atos Cambiários

Saque – É o ato cambiário cuja finalidade é criar um título de crédito. Saque é sinônimo de emissão.

Aceite – É o ato de reconhecimento da validade de um título a pagar.

Endosso – É o ato cambiário que transfere o direito documentado no título de crédito de um credor
para outro. Pode ser:
a) Em Branco – é aquele em que o endossante (pessoa que dá o endosso) não identifica a
pessoa do endossário (pessoa que recebe o endosso). A assinatura do endossante
transforma o título nominal em título ao portador. O endosso deve ser conferido na parte de
trás do título.
b) Em Preto – é aquele em que o endossante especifica expressamente o nome do endossário.
Esse tipo de endosso pode ser conferido na frente ou atrás do título.
Aval – é o ato pelo qual uma terceira pessoa, o avalista, garante o pagamento do título de crédito. A
pessoa que presta o aval é o avalista. Quem se beneficia do aval é o avalizado. Se o avalizado não
pagar o título, o avalista terá que faze-lo, pois com o aval assumiu a responsabilidade solidária pelo
pagamento da obrigação.

Principais Títulos de Crédito


Existem muitos títulos de crédito, mas os mais importantes e que serão normalmente mais
utilizados na empresa são:
Cheque: É uma ordem de pagamento a vista. Seu beneficiário pode ser o emitente ou terceiros.
Encontramos no cheque três personagens cambiários:
Sacador: é o emitente, quem passa ou saca o cheque
Sacado: é o banco que recebe o cheque, devendo pagá-lo de acordo com a disponibilidade do
sacador.
Tomador: é a pessoa a favor de quem foi emitido. Pode ser o próprio sacador ou um terceiro.

Comp Banco Agência C1 Conta C2 Chequen° C3 R$


018 275 0767 1 2 53636 3 CB 1505 1
Pague por este cheque a quantia de __________________________________________
_________________________________________________________e centavos acima.
a ________________________________________________________ ou a sua ordem.

PARA FINS DIDÁTICOS  ________________, ______ de ___________ de 200X.


***********
*************** 27507677 013010445954 2000670894091

Quanto ao modo de circulação existem dois tipos de cheques:

Ao Portador – é aquele em que não á indicação do nome do beneficiário (pessoa que irá descontar o
cheque no banco), devendo manter o campo destinado ao nome do beneficiário em branco.
Nominal – é aquele que indica expressamente o nome do beneficiário.
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Cheque Pré-Datado – segundo a Lei Uniforme sobre Cheques a data futura não é considerada e o
cheque sempre é pagável quando apresentado ao banco.

Cheque Cruzado – é o cheque no qual são feitas duas linhas paralelas, pelo emitente ou pelo
portador do cheque, e, sai face (frente do cheque). O cruzamento indica que o cheque somente
poderá ser depositado em sua conta corrente, não podendo ser descontado junto ao caixa do banco.

Cheque Administrativo – é o cheque em que o banco coloca o seu “visto”, indicando que existe
dinheiro disponível na conta do emitente (quem emitiu o cheque).

Nota Fiscal: é um documento obrigatório emitido toda vez em que haja operação comercial
envolvendo comercialização de mercadorias ou serviços.
A nota fiscal é dividida em duas partes:

1 – Cabeçalho: nele constará a identificação da empresa que adquiriu a mercadoria ou serviço,


endereço completo, CNPJ e Inscrição Estadual.

2 – Corpo: nele serão relacionados os dados referentes à empresa para quem está sendo emitida a
Nota Fiscal e especificações da venda realizada.

Duplicata: é um título de crédito emitido baseado em obrigação proveniente de compra e venda


comercial ou de prestação de serviços, no qual é emitida uma Nota Fiscal Fatura. A partir deste
documento a empresa emitirá uma duplicata que será assinada pelo comprador sendo um documento
de comprovação da dívida.

HOJE já temos a implantação da Nota Fiscal Eletrônica por algumas grandes empresas.

Com o desenvolvimento da tecnologia, já estamos trabalhando com Notas Fiscais Eletrônicas, BITS
eletrônicos, o que gera uma grande economia para as grandes empresas e facilita a fiscalização dos
órgãos competentes.
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ATIVIDADE - III

1-) Defina JUCESP? Qual a função deste órgão?

2-) O que é CNPJ? Qual órgão que expede este documento?

3-) Defina I.E. – Qual órgão que expede este documento?

4-) Que documento a Prefeitura Municipal expede quando ocorre a abertura da empresa?

5-) Porquê é necessário alvará do corpo de bombeiros?

6-) O que é uma Nota Promissória?

7-) Explique: Título ao Portador e Título Nominativo.

8-) Quais são os principais atos cambiários? Explique cada um.

9-) Explique os modos de circulação dos cheques.

10-) Explique a divisão da nota fiscal. Cabeçalho e Corpo.

11-) O que é uma duplicata?

12-) O que é um título de Credito ?

13-) Pesquise sobre Nota Fiscal Eletrônica – NF-e.


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2.2 – Empresas – Classificação

Podemos definir empresa como uma unidade de produção, ou seja, uma combinação de
trabalho, capital e recursos naturais, destinada à produção de mercadorias ou serviços constituída
para desenvolver determinada atividade econômica, visando principalmente o lucro.
Uma empresa não é formada apenas de recursos materiais (dinheiro, máquinas,
equipamentos, etc.) mas também de recursos humanos, as pessoas que vão trabalhar para que o
objetivo da empresa seja alcançado.
Quando uma empresa é constituída, escolhe-se o ramo de atividade em que ela irá atuar,
qual será sua forma de atuação, quantidade de empregados necessária pra o funcionamento, seu
tamanho, enfim como será esta empresa, como podemos classificá-la perante o mercado?

Classificação das Empresas Quanto ao Setor da Economia


a) Setor Primário – quando uma empresa atua em atividades primárias, ou seja, ligada a
exploração de recursos naturais. Por exemplo: agricultura, pecuária, pesca, reflorestamento,
etc.
b) Setor Secundário – quando uma empresa transforma os recursos naturais obtidos do setor
primário, através da industrialização em matérias primas ou produtos acabados destinados ao
consumo. Por exemplo: indústria de alimentos, medicamentos, metalúrgica, etc.
c) Setor Terciário – quando uma empresa nada produz, mas presta serviços colocados a
disposição do consumidor dos bens produzidos pelas empresas do setor primário e
secundário. Por exemplo: comércio em geral, escolas, hospitais, empresas de
telecomunicação, etc.

Classificação das Empresas Quanto ao Setor de Atividade


a) Agrícola – destinada à exploração de produtos hortigranjeiros e da agricultura, tais como a
cultura de grãos, algodão, etc.
b) Pecuária – destinada à criação de animais, como carneiros, bois, cavalos, porcos, aves, etc.
c) Industrial – dedica-se à atividade de:
- extração: caça, pesca, mineração, vegetação, etc.
- transformação: indústrias em geral, metalúrgicas, mecânicas, madeireiras, têxteis, de
bebidas, de alimentos, etc.
d) Comercial – a empresa que compra e vende mercadorias;
e) Prestadora de Serviços: empresas que prestam serviços aos consumidores, como hotéis,
turismo, hospitais, escolas, etc.
f) Financeira – empresas que operam no mercado financeiro, tais como: bancos, companhias
de seguros, financeiras, etc.
g) Transportes e Comunicações – empresas aéreas, rodoviárias, ferroviárias ou marítimas e
as empresas de rádio, televisão, jornal, etc.

Classificação das Empresas Quanto a Forma


a) Privada ou particular – quando o capital de constituição da empresa vem de particulares.
b) Pública – quando o capital de constituição dessas empresas vem do governo. Essas
empresas são conhecidas como empresas Estatais ou Governamentais e geralmente
exercem funções de caráter coletivo ou de utilidade pública. Pode ser Federal, Estadual ou
Municipal.
c) Mista – quando a participação no capital da empresa estiver dividida entre organismos
públicos e privados.

3 – Tributos

Definição: Segundo o artigo 3° do Código Tributário Nacional, “Tributo é toda contribuição


pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
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sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”
Em outras palavras, o tributo é um valor a ser pago de forma obrigatória em dinheiro ou em
bens, por particulares para o Estado. O Estado somente criará um tributo através de lei, onde deverá
essa lei ser apreciada pelo Legislativo, pois o tributo não poderá ser ilegal. E sua cobrança deverá ser
feita pelo órgão da Administração que está vinculado ao tributo.

3.1 – Tipos de Tributos

Imposto: é um tributo que é cobrado de modo genérico, não obrigando o Estado a uma
contraprestação específica em prol do contribuinte, porque se destina de um modo geral ao bem
comum.
IPI
ICMS
Tributos PIS
COFINS
ISS
Impostos

Taxa: é um tributo que está vinculado a uma contraprestação direta do Estado em benefício do
contribuinte.
.
Taxa de Emissão de Certidão Negativa
Taxas Taxa para obtenção de um serviço

Contribuição de Melhoria: é um tributo cobrado pelo Estado dos proprietários de imóveis


beneficiados por determinada obra. Ela terá como limite total a despesa realizada na construção da
obra em questão.
Contribuição para reforma ou construção
Contribuição de Melhoria de uma praça em frente de sua empresa

3.2 – Elementos da Obrigação Tributária

Obrigação Tributária: relação jurídica onde o Estado tem o direito de exigir do contribuinte uma
prestação ou um tributo.

Legislação Tributária: principal fonte da obrigação tributária, pois sem a lei não existe tributo. A
legislação tributária compreende a Constituição, as leis, os tratados e as convenções internacionais,
os decretos e as normas complementares que tratem de tributos.

Fato Gerador: é o acontecimento discriminado na lei que, ao ser praticado por alguém, dá origem à
obrigação de pagar um tributo. Por exemplo: O ICMS tem como fato gerador a emissão da Nota
Fiscal de Venda de Mercadorias e/ou Prestação de Serviços, isto é a circulação de mercadorias e/ou
prestação de serviços.

Sujeito Ativo: é a pessoa jurídica de direito público; a União, Estados, Municípios e Distrito Federal,
que têm competência para exigir o cumprimento da obrigação tributária.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 14

Sujeito Passivo: é a pessoa que tem o dever de pagar o tributo. Normalmente é o contribuinte que
ao praticar o fato gerador dá origem ao tributo.

3.3 – Competência Tributária

Impostos da União
- imposto de importação
- imposto de renda
- imposto sobre produtos industrializados – IPI
- imposto territorial rural - ITR

Impostos dos Estados


- imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – ICMS
- imposto sobre a propriedade de veículos automotores – IPVA

Impostos dos Municípios


- imposto sobre a propriedade territorial urbana – IPTU
- imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS

3.4 – Impostos que Incidem Quando da Emissão da Nota Fiscal

ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de


Transporte Interestadual e de Comunicação
Este imposto é de Competência Estadual e sua alíquota varia de 7% a 25% de acordo como
o Estado e a mercadoria ou serviço tributado.
O valor do ICMS já vem incluído no valor das mercadorias / serviços constantes na Nota
Fiscal, tanto das compras fitas pela empresa coma das vendas por ela efetuadas.
A empresa deve recolher ao governo mensalmente, o valor do ICMS apurado, destacados
nas Notas Fiscais. As datas de recolhimento são preestabelecidas pelo próprio Governo Estadual.
Esta apuração é feita pela diferença entre o valor do ICMS que cobramos do cliente nas
vendas, menos o valor do ICMS que pagamos quando compramos.
Assim, nas compras a empresa tem o direito de recuperar o valor do ICMS pago ao
fornecedor, e nas vendas tem a obrigação de recolher ao governo o respectivo valor do ICMS
destacado na Nota Fiscal.
A apuração do imposto é feita segundo o princípio da não cumulatividade do imposto, ou seja,
não podemos somar o valor do ICMS de compras com o valor do ICMS de vendas, pois os mesmos
não se acumulam.

IPI – Imposto sobres Produtos Industrializados


Este imposto é de competência da União e a sua alíquota é de acordo como a necessidade dos
consumidores, ou seja, se o produto não for de extrema necessidade de consumo, terá uma alíquota
mais alta. Todos os produtos considerados como supérfluos terão suas alíquotas maiores, enquanto
que produtos considerados necessários ao consumo terão suas alíquotas mias baixas.
O valor do IPI já vem destacado na Nota Fiscal, tanto das compras feitas pela empresa como
das vendas por ela efetuadas.
A empresa deve recolher ao governo decendialmente, ou seja, a cada 10 (dez) dias, o valor
do IPI apurado destacado nas Notas Fiscais. As datas de recolhimento são preestabelecidas pelo
próprio Governo Federal. Esta apuração é feita pela diferença entre o valor do IPI que cobramos do
cliente nas vendas, menos o valor do IPI que apagamos quando compramos.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 15

Assim, nas compras a empresa tem o direito de recup0erar o valor do IPI pago ao
fornecedor, e nas vendas tem a obrigação de recolher aos governo o respectivo valor do IPI
destacado na Nota Fiscal.
A apuração do imposto é feita segundo o princípio da não cumulatividade do imposto, ou seja,
não podemos somar o valor do IPI de compras com o valor do IPI de vendas, pois os mesmos não se
acumulam.

DARF-SIMPLES – Imposto recolhido pelas empresas optantes pelo regime SIMPLES, sendo
Micro Empresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte EPP.

Este imposto incide sobre o valor total de faturamento das empresas, vendas de mercadorias
e serviços, conforme Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996 e subseqüentes alterações e instrução
normativa n o 355, de 29 de agosto de 2003 que dispõe sobre o Sistema Integrado de Pagamento
de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
A partir do segundo semestre do ano de 2007 foi introduzida a lei do Simples Nacional
(Alunos Æ pesquisar sobre a lei).

ATIVIDADE - IV

01 – Qual a alíquota do ICMS, PIS e COFINS? (Estado de São Paulo).

02 – ICMS destacado na Nota Fiscal deve ser somado no total da nota? Sim ou Não? Porque?

03 – Quais os códigos de recolhimento do PIS, COFINS e DARF-SIMPLES?

04 – O Que significa PIS?

05 – O que significa COFINS?

06 – O que significa DARF-SIMPLES?.

07 – O GARE serve para pagar que tipo de tributo ou imposto?

08 – Como podemos classificar as empresas quanto ao setor da economia?

09 – Como podemos classificar as empresas quanto ao setor da atividade?

10 – Quais são as alíquotas de contribuição da ME na Receita Federal?

11 – Quantas faixas de contribuição tem a EPP na Receita Federal?

12 – Quais são as competência tributárias do Estado, da União, do Município?

13 – Explique o que é obrigação tributária?

14 – Explique o que é fato gerador?

15 – O que é sujeito ativo e sujeito passivo dentro da obrigação tributária?

16 – Como são classificadas as empresas quanto à forma? Explique.

17 – Segundo o código tributário nacional, defina o que é tributo?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 16

4 – Contabilidade

Agora vamos ver rapidamente um pouco de contabilidade para facilitar a


Administração, pois o Tema Contabilidade será ministrado em curso específico.

CONTABILIDADE – é a ciência que nos permite através de técnicas próprias manter um


controle permanente do patrimônio da empresa, dispondo de recursos que permitem registrar dados
(fatos), levantar posições e apresentar demonstrações de resultados da empresas (lucro ou prejuízo).
Este controle é importante, pois se não for feito pode acarretar prejuízo financeiros,
problemas com atuações (multas) fiscais, má repercussão para o seu negócio, além de dificuldades
na detecção e solução de problemas.
O desenvolvimento econômico de um país, requer o trabalho de profissionais com
conhecimentos específicos em determinada área, como é o caso do profissional de contabilidade que
cuida do controle patrimonial das empresas. É esse profissional que demonstra através de relatórios
específicos como está o patrimônio da empresa.
Assim, milhares de auxiliares de contabilidade, analistas contábeis, contadores, trabalham na
ária contábil de diversas empresas privadas e públicas.

4.1 – Principais Ramos da Contabilidade

Contabilidade Comercial – utilizada por todas as empresas que operam no comércio.

Contabilidade Industrial – utilizada pelas empresas industriais, que no geral não difere muito da
contabilidade comercial.

Contabilidade Agrícola – utilizada somente pelas empresas agrícolas, que no geral, também não é
muito diferente da contabilidade industrial, apenas possui algumas particularidades devido ao seu
ramo de negócio.

Contabilidade Bancária – utilizada pelas empresas do chamado mercado financeiro.

Contabilidade Pública – utilizada pelas empresas públicas. Possui características peculiares das
entidades públicas.

4.2 – Campo de Atuação da Contabilidade

A contabilidade, na qualidade de metodologia especialmente concebida para captar, registrar,


acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e
econômicas de qualquer empresa, tem campo de atuação muito amplo.
Na verdade, o desenvolvimento inicial do método contábil esteve intimamente ligado ao
surgimento do capitalismo, como forma quantitativa de mensurar os acréscimos ou decréscimos dos
investimentos iniciais alocados a alguma exploração comercial o industrial.

4.3 – Finalidade da Informação Contábil

A contabilidade tem duas finalidades básicas:

1 – Finalidade de Controle
2 – Finalidade de Planejamento
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1 – Controle – pode ser conceituado como um processo pelo qual a administração se certifica, na
medida do possível, de que a organização está agindo de conformidade com os planos e políticas
traçadas pela administração. Esse processo de controle pode ser feito das seguintes formas:
1.1 – Como meio de comunicação – os relatórios contábeis podem ser de grande a auxílio ao
informar a organização a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das formas
de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir à organização.
1.2 – Como meio de verificação – periodicamente a administração necessita avaliar a qualidade dos
serviços executados pelos seus funcionários. A apreciação desse desempenho pode resultar em
acréscimos de salários, promoções, readmissões, ações corretivas as mais variadas, ou, em
casos extremos, demissões. A informação contábil pode auxiliar esse processo de avaliação,
embora o desempenho humano não possa ser julgado apenas através da informação contida nos
registros contábeis.
2 – Planejamento – por sua vez é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para
o futuro. Normalmente, o processo de planejamento consiste em considerar vários cursos
alternativos de ação e decidir qual é o melhor. O planejamento pode abranger um segmento da
empresa ou a empresa como um todo. A informação contábil, principalmente no que refere ao
estabelecimento de padrões orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial.
Mesmo no caso de decisões isoladas, normalmente utiliza-se grande parte de informação
contábil.

ATIVIDADE - V

1-) Defina o que é Contabilidade?

2-) Porquê o controle efetuado através da contabilidade é importante para as empresas?

3-) Quais são os principais ramos da contabilidade?

4-) Qual é o campo de atuação da contabilidade?

5-) Qual a finalidade da informação contábil?

6-) Como calcular índices de liquidez nas empresas, através da contabilidade?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 18

5 – O Patrimônio

5.1 – Controlando o Patrimônio

5.1.1 – Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa (física ou jurídica)
avaliado em moeda.

5.1.2 – Bens - constitui-se em tudo o que é capaz de satisfazer às necessidades humanas e possa
ser avaliado economicamente, tenha valor de troca ou venda. Por exemplo: uma máquina, um carro,
uma casa, um terreno, um computador, dinheiro, etc.
Podemos classificar os bens como:
9 Bens Móveis – são aqueles que podem ser levados de um lugar para outro sem perder suas
características. Exemplo: máquinas, móveis, veículos, etc.
9 Bens Imóveis – são aqueles que não podem ser movidos sem perder as suas características.
Exemplo: terrenos, edifícios, casas, etc.
9 Bens Materiais – como o próprio nome diz, são aqueles que possuem formos ou corpo-matéria.
Exemplo: máquinas, equipamentos veículos, mercadorias, etc.
9 Bens Imateriais – são bens que não possuem matéria, ou seja, não podem ser tocados. Exemplo:
marcas, patentes, direitos autorais, etc.

5.1.3 – Direitos – são valores que a empresa tem a receber de terceiros, em decorrência de
transações comerciais.
- duplicatas a receber (clientes)
- notas promissórias a receber
- aluguéis a receber
- juros a receber

5.1.4 – Obrigações – são valores que a empresa assume como existência de dívidas,
comprometendo-se a pagá-las a terceiros, ou seja, os seus credores.
- duplicatas a pagar (fornecedores)
- impostos a pagar
- salários a pagar
- empréstimos a pagar

5.2 – Aspectos Qualitativos e Quantitativos do Patrimônio


 
- Aspecto Qualitativo – consiste em qualificar o Patrimônio. Diz respeito à espécie e natureza dos
bens, direitos e obrigações da empresa. Por exemplo, qual é o Patrimônio da empresa, "o que” ela
possui de bens, direitos e obrigações.

- Aspecto Quantitativo – consiste em quantificar, dar valores ao Patrimônio, pois no controle


patrimonial da empresa, não basta só informar o que ela possui, mas também “o quanto” ela possui
de bens, direitos e obrigações.

Aspectos Qualitativo Quantitativo


Bens Dinheiro R$ 10.000,00
Veículos R$ 50.000,00
Máquinas R$ 75.000,00
Terrenos R$ 90.000,00
Direitos Duplicatas a Receber R$ 15.000,00
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Promissórias a Receber R$ 5.000,00


Aluguéis a Receber R$ 1.500,00
Juros a Receber R$ 2.500,00
Obrigações Duplicatas a Pagar R$ 12.000,00
Impostos a Pagar R$ 25.000,00
Salários a Pagar R$ 18.000,00
Empréstimos a Pagar R$ 194.000,00

5.3 – A Representação Gráfica do Patrimônio (Balanço Patrimonial)


 
Os bens e direitos, por constituírem valores que acrescentam, aumentam o Patrimônio da
empresa, são chamados de elementos positivos. São também denominados componentes que
formam o conjunto do ATIVO.
As obrigações, por representarem o que a empresa tem a pagar, são chamadas de
elementos negativos. São também denominadas componentes que formam o PASSIVO.
A representação gráfica do Patrimônio será feita da seguinte forma: um gráfico em forma de
“T”, no qual do lado esquerdo teremos o lado POSITIVO, onde relacionamos todos os elementos
positivos (BENS E DIREITOS) formando o ATIVO; e do lado direito teremos o NEGATIVO, onde
relacionamos os elementos negativos (OBRIGAÇÕES) formando o PASSIVO.

PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro Duplicatas a Pagar
Veículos Impostos a Pagar
Máquinas Salários a Pagar
Terrenos Empréstimos a Pagar

DIREITOS
Duplicatas a Receber
Promissórias a Receber
Aluguéis a Receber
Juros a Receber

5.4 – Patrimônio Líquido


 
Como já conhecemos o aspecto qualitativo do Patrimônio, agora vamos conhecer seu
aspecto quantitativo, ou seja, a quantidade de cada um dos componentes patrimoniais, que é
representada monetariamente. Para que a representação gráfica do Patrimônio seja completa temos
que representar os elementos que compõem os seus valores. Com isso iremos conhecer um novo
grupo de elementos que fará parte da representação gráfica: o Patrimônio Líquido.

O Patrimônio Líquido é o quarto grupo de elementos que, juntamente com os Bens, Direitos e
Obrigações completará a Representação Gráfica do Patrimônio. Com isto o lado esquerdo, o ATIVO
será igual ao lado direito, o PASSIVO, dando à representação uma forma de equação (IGUALDADE).
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 20

ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro .................................150,00 Duplicatas a Pagar ....................... 190,00
Veículos ................................. 50,00 Impostos a Pagar .......................1.500,00
Máquinas ..............................250,00 Salários a Pagar ......................2.000,00
Terrenos................................ 800,00 Empréstimos a Pagar.. ................. 900,00
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a Receber ..........1.000,00
Promissórias a Receber.......... 500,00 Situação Líquida Positiva ............. 660,00
Aluguéis a Receber .............2.000,00
Juros a Receber ..................... 500,00
TOTAL ........................................ 5.250,00 TOTAL .......................................... 5.250,00

Denominamos Situação Líquida Patrimonial, o total dos BENS e DIREITOS menos o total das
OBRIGAÇÕES. No exemplo acima, temos:

BENS + DIREITOS 5.250,00


( – ) OBRIGAÇÕES 4.590,00
( = ) SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL 660,00

No gráfico representativo do Patrimônio, a situação Líquida é colocada do lado direito, pois


ela será somada ou subtraída das Obrigações de modo a igualar o lado do PASSIVO com o lado do
ATIVO.

BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL

5.5 – Situações Líquidas Patrimoniais Possíveis


 
A partir da Equação Patrimonial, podemos encontrar três tipos de situação líquida:

SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA – quando o ATIVO for maior que o PASSIVO (Bens e Diretos
superam as Obrigações). Também conhecida como sItuação ATIVA ou SUPERAVITÁRIA.

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Bens .............................................250,00 Obrigações .................................... 370,00
Direitos.......................................... 320,00 ( + ) Situação Líquida .................... 200,00
Total ............................................. 570,00 Total .............................................. 570,00
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SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA – quando o ATIVO for menor que o PASSIVO (Bens e Diretos são
superados pelas Obrigações). Também conhecida como sItuação PASSIVA ou DEFICITÁRIA e
também Passivo a Descoberto.

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Bens ...............................................240,00 Obrigações..................................... 630,00
Direitos ........................................... 170,00 ( – ) Situação Líquida ................... 220,00
Total ............................................... 410,00 Total .............................................. 410,00

SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA – quando o ATIVO for igual ao PASSIVO (Bens e Diretos anulam as
Obrigações).

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Bens ...............................................370,00 Obrigações..................................... 720,00
Direitos............................................ 350,00 Situação Líquida ........................... 0,00
Total ............................................... 720,00 Total .............................................. 720,00

QUADRO RESUMO DAS SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS

ATIVO PASSIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA


Bens + Direitos Obrigações POSITIVA

ATIVO PASSIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA


Bens + Direitos Obrigações NEGATIVA

ATIVO PASSIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA


Bens + Direitos Obrigações NULA

5.6 – Formação do Patrimônio Líquido

O Patrimônio Liquido é composto por três elementos:

1 – CAPITAL: É a principal fonte do grupo e representa os elementos disponíveis pelos proprietários.


O capital pode ser composto de dinheiro ou bens.

2 – LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS: O principal objetivo das empresas é a obtenção de


lucros. No final de cada ano a empresa poderá ter lucro ou prejuízo. Tendo lucro a empresa poderá
distribuir aos sócios, não distribuindo aos sócios ficará retido numa conta denominada “Lucros
Acumulados”, para investir no Capital de Giro da Empresa. Se houver PREJUÍZO, o mesmo ficará no
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 22

Patrimônio Liquido em uma conta denominada “Prejuízos Acumulados” a ser compensado com
resultados positivos futuros.

3 – RESERVAS: Correspondem a partes do lucro retiradas ou reservadas para fins específicos.


Exemplo: Reserva Legal para aumento de capital.

5.7 – Origens e Aplicações de Recursos


 
O capital que vemos no Patrimônio Líquido representa os bens com os quais o proprietário
inicia as suas atividades. Ele é chamado de Capital Inicial ou Capital Nominal. Este valor inicial será
sempre a parcela que pertence aos sócios e que lhes caberá em caso de liquidação ou paralisação
das atividades da empresa.
Chamamos de Capital Total o montante de capital que está a disposição da empresa,
representando os recursos totais que a empresa dispõe.
O Passivo mostra a Origem de Capitais, ou como a empresa conseguiu os recursos que
possui. Enquanto o Passivo mostra a Aplicação destes capitais, ou onde a empresa aplicou os
recursos provenientes do Passivo.

PASSIVO – Origem de Recursos: o Passivo representa a origem dos recursos da empresa.

CAPITAL PRÓPRIO – aquele originário e pertencente aos proprietários da empresa, o qual sofrerá
modificações conforme o desenvolvimento das atividades da empresa, porque a ele serão somados
os lucros ou subtraídos os prejuízos. Exemplo: Lucro do Exercício – Aumento de Capital

CAPITAL DE TERCEIROS – é a parte correspondente às obrigações que a empresa assume com


terceiros. Exemplo: empréstimos e financiamentos.

ATIVO – Aplicação de Recursos: chamamos o Ativo de aplicação dos recursos porque todo o capital
é aplicado no Ativo. Exemplo: máquinas, equipamentos, veículos, imóveis, estoques.

OBS: Portanto, o Ativo nos mostra onde a empresa aplicou seus recursos ou o seu
capital. O passivo nos mostra onde a empresa conseguiu estes recursos ou capital.

ATIVIDADE - VI

1-) Defina o que é Patrimônio?

2-) Defina o que são os Bens da empresa?

3-) O que são Direitos dentro da Contabilidade empresarial?

4-) O que são Obrigações no Balanço das empresas?

5-) Diferencie aspectos Qualitativos e Quantitativos do Patrimônio.

6-) Faça um layout (representação gráfica) do Patrimônio.

7-) Explique o que é Patrimônio Líquido?

8-) Explique Situação Líquida Positiva, Negativa e Nula.


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 23

A partir de agora vamos estudar as Empresas, seus Fatores de Produção e suas Técnicas e
Processos Administrativos.

6. Empresa
6.1 Fatores de Produção
Produção é o fenômeno econômico que cria ou gera mercadorias ou serviços para a troca ou
permuta.
A Produção só pode ser de duas coisas: mercadorias e/ou serviços.

Os fatores de Produção são: Trabalho e Capital

•Trabalho
Podemos dizer que constitui trabalho todo esforço humano destina à produção de
mercadorias e/ou serviços. Quando falamos em trabalho no terreno econômico, queremos dizer o
trabalho humano, da população economicamente ativa – PEA, e não o desempenho mecânico,
eletrônico, etc., tampouco o esforço dos animais que parecem trabalhar.

•Capital
O Capital, como fator de produção representa os recursos disponíveis e aplicados.

ÆCapital Financeiro: dinheiro ou crédito.


ÆCapital Econômico: equipamentos de produção.
PIB
Quando falamos em PIB (Produto Interno Bruto) de um País, queremos referi-nos à sua produção
interna bruta de mercadorias e/ou serviços de todas as empresas.

1.2 Conceito de Empresa e Entidade


Empresa é um organismo econômico destinando à produção de mercadorias e/ou serviços,
com o objetivo de LUCRO para o empresário.

Nos sistemas econômicos capitalistas (Brasil) também é chamado de livre-empresa ou livre-


mercado, onde são constituídas para obtenção de lucro. (Nestlé – Philips – GM – VW – Sadia, etc.).

Lucro é a diferença entre o menor custo de produção (custo do trabalho e do capital) e o


maior preço de vendas das mercadorias e/ou serviços.

Quando o preço de venda das mercadorias e/ou serviços for menor que o custo da produção
a empresa terá prejuízo.

Exemplo de Cálculos de Custo de Mercadorias

Aquisição de Mercadorias Æ Total 05 Micros

10.000,00 – Preço Aquisição


500,00 – Frete
10.500,00 – Valor Custo Total Aquisição
2.100,00 – Valor Custo Unitário Aquisição
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 24

Sabendo-se que na venda de mercadorias paga-se 3% de impostos e temos que garantir


também uma média de 25 a 30% de lucro. Qual seria o preço de venda proposto?

Exemplo de Cálculos de Preço de Vendas

Venda de Mercadorias Æ 13.520,00 - Total 05 Micros


Custo Total de Aquisição Æ 10.500,00/5 = 2.704,00

A – Venda Total 13.520,00


B – Valor Compra 10.500,00
C – Lucro Bruto 3.020,00 (C=A-B)
D – Impostos 3% s/A ( 405,60)
E – Lucro Líquido Total 2.614,40 (E=C-D)

Para calcular percentual: dividi-se Preço de Venda/Preço de Aquisição %.

Resultado Lucro Bruto Æ 28,76%


Resultado Lucro Líquido Æ 24,90%

O Lucro nas empresas tem dois destinos:

• Ser distribuídos entre os sócios (Ltda - Limitadas) ou acionistas (S.A. Sociedades Anônimas -
Ações).

• Permanecer no Capital de Giro dos negócios, figurando como reserva ou acréscimo de capital.
(Este seria o destino mais correto, principalmente para novas empresas no período (6 a 12 meses)
sem fazer retirada).

Entidade é um organismo econômico destinando à produção de mercadorias e/ou serviços,


sem objetivo de LUCRO para a entidade, com objetivos filantrópicos (religiosos, culturais, educativos,
etc.).

Os resultados alcançados pelas entidades são chamados de Superávits ou Déficits.

Superávits Æ Excesso de Receitas sobre as Despesas, são incorporados ao patrimônio da


Entidade.

Déficits Æ Excesso de Despesas sobre as Receitas, o seu total permanece em suspenso


para serem amortizados com superávits futuros. (Igrejas, Associações, Escolas, Clubes, etc.).

Logotipos ou LogoMarcas
Utilizados como sinônimos dos nomes das empresas ou entidades, pois são indicativos de
suas marcas, com ou sem nomes dão distinção entre eles.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 25

ATIVIDADE ‐ VII 

Responda as questões, dentro do conteúdo trabalhado.

1-) Quais são os fatores de produção em uma empresa de Tecnologia?

2-) Defina o que é Empresa.

3-) Defina o que é Entidade.

4-) A produção em qualquer empresa só pode ser de duas coisas. Quais?

5-) Explique o que significa a sigla PEA.

6-) Dentro do principio econômico explique o que é trabalho.

7-) Quais são os tipos de Capital e o que representa cada um.

8-) Explique o que significa a sigla PIB.

9-) Quais são os destinos dos Lucros nas Empresas? Explique.

10-) Explique o que é Superávits e Déficits nas Entidades.

11-) Qual é o sistema econômico no Brasil ?

12-) Calcule o custo e preço Mark-Up de 10 micro computadores a 1.500,00 valor unitário, tendo 12%
ICMS + Frete 1% sobre o total da NF. O preço de venda é 25% sobre o custo de compra.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 26

7. Administração

7.1 A Técnica Administrativa nas Empresas

A Administração é uma das vias que conduzem as empresas ao objetivo, usando os meios
para se alcançar o fim.
Os Administradores são pessoas importantes em qualquer empresa ou entidade Æ
(Presidente-Diretores-Gerentes-Chefes de Departamentos, etc), pois são encarregados de fazer os
PLANOS, ORGANIZAR, DIRIGIR E CONTROLAR as operações através do esforço conjuntos da
equipe – Empresários e Funcionários.

* Importante
Quando uma pessoa tem capacidade administrativa adquirida através dos estudos e da
prática e também através da Escola Empírica, terá maiores chances de sucesso.

7.2 CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO


Administração procura fazer alguma coisa com e por meio de pessoas.
Conceitos de Autores Norte-Americanos
• HAROLD KOONTZ Æ Administração é arte de realizar coisas com e por meio de pessoas em
grupos formalmente organizados.
• WILLIAM H. NEWMAN Æ Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de
um grupo de indivíduos para um objetivo comum.

Áreas da Administração Empresarial seja ela Comércio, Indústria ou Prestação de


Serviços.

- Administração Geral
- Administração de Pessoal (RH – Recursos Humanos)
- Administração Financeira
- Administração de Marketing
- Administração da Produção

7.3 PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO

Ao coordenar o trabalho das pessoas o Administrador de Empresas desempenha suas


funções através de QUATRO PROCESSOS ADMINISTRATIVOS:

• PLANEJAMENTO Æ Determina antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer e quais


as metas que devem ser atingidas.

• ORGANIZAÇÃO Æ Estrutura a empresa, reunindo pessoas e os equipamentos necessários ao


trabalho de acordo com o planejamento efetuado.

•DIREÇÃO Æ Conduz e coordena o trabalho do pessoal.


•CONTROLE Æ Verifica se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e as ordens
dadas.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 27

PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO

DESEMPENHO DO ADMINISTRADOR

C O

ATIVIDADE – VIII

Responda as questões, dentro do conteúdo trabalhado.

1-) O que significa Controle dentro do processo administrativo?


2-) Como os autores americanos definem a administração? Faça uma fusão das duas teorias.
3-) Defina Administração de acordo com seu entendimento.
4-) É importante a técnica administrativa nas empresas? Por quê?
5-) Quais são os quatro processos Administrativos? Descreva em ordem lógica. .
6-) Quando um administrador coordena o trabalho das pessoas, ele está empregando que processo
administrativo?
7-) Estruturar a empresa, reunindo pessoas e equipamentos necessários ao trabalho está focado em
qual processo administrativo?
8-) Defina o que é Planejamento?
9-) Defina o que é Organização?
10-) Defina o que é Direção e o que é Controle?
11-) Quais são as áreas da Administração?
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 28

8. Planejamento (Parte I)

8.1 Conceito de Planejamento


O primeiro processo de administração é o PLANEJAMENTO.
Planejamento é o processo administrativo que determina antecipadamente o que um grupo
de pessoas deve fazer e quais as metas que devem ser atingidas.
Os administradores alem de planejar, organizam, dirigem e controlam as atividades do pessoal que
trabalha sob sua orientação e coordenação.

8.2 Tipos de Planejamento Administrativo

™Planejamento Especial
™Planejamento Geral
Planejamento Especial
É aquele que, atingindo o seu objetivo, deixa de ser utilizado. Não tem mais razão de ser,
porque o programa foi cumprido e alcançado o objetivo desejado. Ex. Lançamento de um novo
equipamento, assim que ficar conhecido pelo público, deixa de ser especial. Novo modelo de Veículo.

Planejamento Geral
É usado muitas vezes de forma permanente. (Todos os produtos são lançados no mercado
consumidor) sem distinção especial.

 SEp

OS DOIS TIPOS DE PLANEJAMENTO

1. Especial 2. Geral

Meios Meios

Objetivo Específico Objetivo Permanente


Metas da Empresa
•Produção Solidez
•Lucro Imagem
•Prosperidade Papel Social

Empreendedor de terceira divisão, não admitem brincadeiras com planejamento fraco. 
 
Comentário  de   Mauro  Calil:  Na  escala  de  risco  de  investimentos  o 
empreendedorismo é o que apresenta maior grau, precedido pelo investimento em ações de 
boas empresas (risco médio) e da renda fixa (risco baixo). Segundo pesquisa do Sebrae, 64% 
das  empresas  fecham  as  portas  nos  seis  primeiros  anos  de  atividade.  Se  você  pensa  em 
empreender,  saiba  que  é  necessário  muito  mais  que  uma  ideia  e  dinheiro  no  bolso.  É 
necessário  "ser  do  ramo".  Caso  não  tenha  conhecimento  sobre  como  tocar  um  negócio, 
prefira  tornar‐se  sócio  de  uma  grande  empresa  brasileira  com  ações  na  Bovespa.  Para  o 
investidor  de  longo  prazo,  essa  alternativa  é  menos  arriscada.  Seu  maior  cuidado  será 
verificar se os lucros da empresa continuam crescentes a cada trimestre. 
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 29

8.3 Metas do Planejamento


Afora os objetivos específicos e os objetivos permanentes, todo planejamento de uma
(Comércio – Indústria – Prestação de Serviços) procura alcançar a meta principal para a qual ela foi
constituída. Trata-se de produzir mercadorias e/ou serviços e obter boa margem de lucro.
Além do LUCRO, as empresas destacam outras metas:
Ô Produzir mercadorias e/ou serviços para o consumo.
Ô Prosperidade nos negócios.
Ô Solidez econômica e financeira.
Ô Boa imagem perante o público consumidor.
Ô Papel social no meio onde atua.
ATIVIDADE - IX

Responda as questões, dentro do conteúdo trabalhado.

1-) Como denominamos a remuneração do capital investido numa empresa?

2-) Quais são os tipos de planejamento administrativo?

3-) Dê três exemplos de outras metas da empresa que não seja o lucro?

4-) O planejamento é um ato praticado somente por administradores de empresas? Por quê?

5-) A distribuição de amostras grátis de um novo produto se enquadra em que tipo de planejamento?

6-) Qual é a meta principal de um planejamento empresarial?

7-) Dê exemplos de um planejamento Especial com meios e Objetivo específico e um planejamento


Geral com meios e objetivo permanente.

8-) Defina Planejamento.

9-) Defina o que é Logística Empresarial?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 30

9. Planejamento (Parte II)

9.1 Os Projetos
No terreno do planejamento das empresas, existe um instrumento que possibilita avaliar as
vantagens e desvantagens de reunir ou combinar os fatores de produção num investimento
empresarial, bem como aferir a capacidade dos administradores e empresários.

Este instrumento é conhecido pelo nome de PROJETO

•Um país deixa de ser considerado subdesenvolvido quando aumenta a produção de mercadorias e
serviços de consumo.

•E para produzir mais, necessita de muitos projetos de implantação de empresas (tanto privadas
como públicas) com qualidade e eficiência em seu território, aumento seu PIB.

•O desenvolvimento econômico de um país depende muito dos projetos públicos (governo –


Educação – Saúde – Transporte – etc) ou privados (empresas particulares). Pois além de aumentar a
produção, proporciona mais emprego aos trabalhadores disponíveis.

•Com o aumento da produção de um país, aumenta também a exportação, elevando a balança


comercial com superávits.

•O PROJETO representa uma forma de planejamento de constituição, implantação ou expansão de


uma empresa que se propõe a produzir ou a aumentar a produção de mercadorias ou serviços de
consumo.

•OS PROEJTOS VISAM à montagem, instalação ou expansão das unidades produtoras (empresas)
nos sistemas econômicos.

O VALOR DOS PROJETOS


PONTO DE VISTA SOCIAL (macroeconomia)
Acelera o desenvolvimento econômico do país.
Proporciona maior número de emprego aos trabalhadores disponíveis.

PONTO DE VISTA EMPRESARIAL (microeconomia)


Justifica um programa de produção e a reunião dos fatores de produção.
Permite reduzir os riscos de investimentos.
Avalia a capacidade técnico-administrativa dos empresários e administradores.

9.2 Tipos de Projetos

Os Projetos variam conforme os objetivos da produção

1. COMERCIAIS
2. INDUSTRIAIS (Extrativos, Transformação, Constr. Civil e Utilidade Pública).
3. AGRICOLAS
4. PECUÁRIOS
5. FINANCEIROS (bancários e não bancários)
6. TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES (Estradas – Telefone – Internet – etc)
7. SERVIÇOS
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 31

9.3 Fases dos Projetos

•Anteprojeto
•Projeto Final
•Implantação
•Funcionamento Operacional
Anteprojeto
Procura-se em linhas gerais, estabelecer um confronto entre as vantagens e desvantagens de
se realizar um investimento empresarial.

Projeto Final
Deve conter todos os dados (econômicos, técnicos, financeiros, administrativos e legais) para
a instalação ou expansão da empresa.

Implantação
Significa construir e instalar a empresa de acordo com as especificações constantes no
projeto final devidamente aprovado.

Funcionamento Operacional
Consiste em entrar em pleno desenvolvimento das operações, ou seja, produzir mercadorias
e/ou serviços de consumo para atender ao mercado consumidor.

9.4 Elaboração e Avaliação de Projetos

A realização da elaboração de projetos receber a contribuição de todas as áreas


(administrativa – econômica – financeira – contábil – jurídica – produção – marketing -engenharia –
Direito – etc).
O projeto elaborado por uma equipe competente e dinâmica terá a contribuição de todos os
especialistas colaborando com seus conhecimentos especializados. Sendo assim fica mais dinâmico
e conclusivo a elaboração de projetos.

O segundo aspecto, avaliação de projetos é tarefa mais difícil (mas não impossível), porque
muitas previsões falham devido a variações de toda ordem (mercado interno e mercado internacional
– bolsas de valores – dólar – etc). Não será fácil descobrir um critério 100% positivo para avaliação
de projetos ou planos de qualquer natureza, mas a avaliação tem que estar dentro dos critérios da
elaboração.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 32

ATIVIDADE-X

Responda as questões, dentro do conteúdo trabalhado.

1-) Um programa visando à constituição de uma empresa para explorar a produção industrial de
vestuário seria enquadrado em que tipo de projeto?

2-) Que significa implantação de um Projeto?

3-) Qual o aspecto mais difícil da técnica de elaboração e avaliação de projetos? Por quê?

4-) De acordo com as finalidades de produção de uma empresa, como classificamos os tipos de
projetos?

5-) Os projetos econômicos podem ser encarados por dois pontos de vista diferentes. Quais são
eles?

6-) Como denominamos a técnica que possibilita o preparo de projetos econômicos?

7-) Existem projetos que não tem características econômicos, normalmente são projetos públicos ou
de órgãos não governamentais. Dê dois exemplos.

8-) Quais são as fases dos Projetos? Descreva em ordem lógica e explique cada um deles.

9-) Quais são as ramificações dos projetos industriais?

10-) Defina: PROJETO representa o quê? PROJETOS visam o quê?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 33

10. Organização (Parte I)

10.1 Estrutura Organizacional


 
O segundo processo de administração é a ORGANIZAÇÃO, pois visa à estruturação da
empresa, reunindo pessoas e os equipamentos necessários de acordo com o planejamento efetuado.

A palavra organização é usada comumente como sinônimo de empresa. Ao dizermos, por exemplo,
que a “Nestlé” é uma organização modelar.

Estrutura Organizacional segundo a teoria organicista, considera a empresa como sendo um


organismo e segundo a teoria comportamentista, entende a empresa como sendo a reunião de
pessoas.

10.2 Tipos de Estrutura

•Estrutura de Organização Formal Æ Deliberada pelos administradores, segundo o planejamento


efetuado.

• Estrutura de Organização Informal Æ Iniciativa das pessoas, de acordo com seus interesses ou
conveniências.

10.2.1 Estrutura de Organização Formal


 
É o estabelecimento da linha de autoridade (quem tem autoridade sobre os subordinados) e a
linha de responsabilidade (quem tem de prestar obediência a determinada autoridade).
A Estrutura de Organização Formal obedece aos seguintes tipos tradicionais de organização:

•Organização ou Estrutura Linear


•Organização ou Estrutura Funcional
•Organização ou Estrutura de Linha e Assessoria
Organização ou Estrutura Linear
Neste tipo de estrutura organizacional a disciplina está em primeiro lugar, pois a autoridade
vai em linha reta, desde o superior até o subordinado, incluindo todos nos diversos órgãos. O
executor recebe ordens de um único chefe.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 34

Organização ou Estrutura Funcional


Cada dirigente terá um número limitado de funções ou atribuições, de conformidade com as
suas qualidades e aptidões.
Devido a media de economia, alguns funcionários executam serviços diferentes, prestando contas
e recebendo ordens de duas ou mais pessoas do mesmo ou de outros departamentos. Eis aí, embora
informalmente, um caso típico de organização funcional e subordinação funcional.

Organização ou Estrutura de Linha e Assessoria


Na escala hierárquica, acrescentam-se órgãos assessores (chamados de consultores,
orientadores, técnicos especializados em áreas específicas).
Esses órgãos formam linhas paralelas para assessorar os diretores, gerentes, supervisores ou
chefes que lutam com a falta de tempo e de conhecimentos especializados, tais como técnicos,
econômicos, financeiros, legais e jurídicos, contábeis, etc.
Este tipo de organização tem, ainda, a grande vantagem de respeitar o princípio da
“UNIDADE DE COMANDO”.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 35

10.2.2 Estrutura de Organização Informal


 
Este tipo de estrutura não é visível nas empresas, ocorre por conveniência ou por interesse de
uma pessoa ou um grupo de pessoas.
• Relação Informal Subordinado/Superior e Superior/Subordinado.
Este fenômeno é comum em todas as organizações.

10.3 AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE


 
AUTORIDADE Æ É o direito de mandar e o poder se fazer obedecer.
Podemos dizer que autoridade é delegada de cima para baixo na linha hierárquica da
empresa. A autoridade é caracteristicamente FORMAL, mas pode ocorrer na informalidade pela
característica de personalidade “LIDER” ou posição, cargo que ocupa.

RESPONSABILIDADE Æ É a obrigação de fazer e prestar conta do que foi feito.


Todos os funcionários têm suas obrigações, até os empresários têm obrigações perante a
sociedade, aos órgãos Municipais, Federais, Estaduais e União.

10.4 DIVISÃO DO TRABALHO


 
É considerada como sendo o princípio fundamental da organização.
A divisão do trabalho decorre da distribuição da autoridade e da responsabilidade nas empresas.

Dividindo o trabalho de acordo com a natureza das funções (ou serviços) e o grau de autoridade e
responsabilidade, o fazemos de tal maneira que acabamos estabelecendo a
DEPARTAMENTALIZAÇÃO, isto é criando vários departamentos.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 36

Apesar da GLOBALIZAÇÃO e das múltiplas funções que um profissional tem que desenvolver nas
empresas, devemos estar aprendendo todos os dias. Pois tudo que aprendermos será de grande
utilidade para melhorar e incorporar as nossas obrigações. Pois assim seremos UM nas empresas e
não + UM.
“Pois a capacidade é adquirida através do tempo”.

DEPARTAMENTO
“Significa cada setor ou unidade da empresa sobre a qual um administrador tem autoridade para
execução de funções (ou serviços) determinadas”.

CRITÉRIOS PARA CRIAÇÃO OU FUSÃO DE DEPARTAMENTOS

•As funções (ou serviços) executados.


•As mercadorias e/ou serviços de consumo produzidos.
•O processo (ou equipamento) de produção.
•As áreas geográficas de atuação da empresa.
•Os clientes da empresa.
•A combinação dos critérios anteriores.
•A reengenharia.

ATIVIDADE - XI

Responda as questões, dentro do conteúdo trabalhado.

1-) Qual o princípio fundamental da organização?


2-) Apresente a definição de responsabilidade.
3-) A forma pela qual uma empresa está estruturada costuma ser alterada. Como denominamos esta
nova forma de estrutura de organização?
4-) Quais são os tipos tradicionais de organização ou estruturação de empresas?
5-) Que se entende por “departamentalização”?
6-) Os órgãos assessores têm função de comandar ou recomendar o que deve ser feito?
7-) Numa organização formal quais são os sentidos das linhas de autoridade e de responsabilidade?
8-) De acordo com a teoria comportamentista, como devemos considerar a empresa?
9-) Que significa o princípio da “UNIDADE DE COMANDO”?
10-) Apresente a definição de autoridade.
11-) A delegação de autoridade pode ser informal. Cite alguns exemplos que motivam tal delegação a
uma pessoa.
12-) Os recebimentos e pagamentos são funções de que órgão empresarial?
13-) Qual é a origem e o significado básico da palavra estrutura?
14-) Dentro do organograma de Estrutura Funcional, qual desses departamentos que você mais se
identifica para trabalhar? Por quê?
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 37

11. ORGANIZAÇÃO (PARTE II)

11.1 GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO

Os Gráficos de organização apresentam a estrutura organizacional da empresa com todos os


órgãos, indicando a hierarquia, ou, então, o movimento ou série de operações de um serviço; daí a
sua classificação em dois grandes tipos:

• Organogramas
• Fluxogramas

11.1.2 ORGANOGRAMAS

É o gráfico que representa os órgãos da empresa e as suas relações de autoridade e de


responsabilidade existentes entre si.

11.1.3 FLUXOGRAMAS

É o gráfico que representa o fluxo ou rotina de um serviço, mostrando todas as suas fases ou
etapas.

ATIVIDADE – XII

1-) Quais são os Gráficos de Organização?

2-) Defina Organograma empresarial.

3-) Defina Fluxograma empresarial.


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 38

12. DIREÇÃO

É o terceiro processo administrativo, pois conduz e coordena o pessoal na execução das


tarefas antecipadamente planejadas.
O trabalho de Direção é um dos mais importantes, pois o sucesso ou fracasso de um
empreendimento está na razão direta das pessoas que o conduzem.

12.1 PRINCIPAIS MEIOS DE DIREÇÃO EMPRESARIAL


1. Ordens ou Instruções (transmitir decisões aos subordinados)
2. Motivação (convencer as pessoas a trabalhar)
3. Comunicação (transmitir as informações dentro e para fora da empresa)
4. Coordenação (conjugar todos os atos e esforços do pessoal)
5. Liderança (conduzir as pessoas para um trabalho eficiente e eficaz)

12.2 EMISSÃO DE ORDENS


Via de regra, as ordens ou instruções são dadas ou emitidas pelos encarregados da direção,
enquanto que ao empregado cumpre obedecer, executando o que lhe foi determinado.
Dois aspectos principais devem ser levados em consideração quanto as ordens:

• QUANTO A AMPLITUDE
1-) Ordens Gerais Æ Obrigações de todos os empregados
2-) Ordens Específicas Æ Competência de um ou de poucos empregados

• QUANTO A FORMA
1-) Ordens Orais (ou Verbais) Æ Ordens dadas de viva voz aos executores
2-) Ordens Escritas Æ Ordens dadas por escritos aos executores

12.3 MOTIVAÇÃO E COMUNICAÇÃO


Para bem dirigir seus subordinados um administrador deve motivar, comunicar, coordenar e
liderar. Esses quatro comportamentos são importantes no desempenho do pessoal que está sob suas
ordens.

MOTIVO Æ é qualquer coisa que leva a pessoa a praticar uma ação.


MOTIVAÇÃO Æ é proporcionar um motivo a uma pessoa, estimulando-a a agir de maneira desejada.

Pelos mesmos motivos as pessoas reagem diferentemente, assim vamos classificar alguns
motivos que levam os homens a praticar determinados atos ou ações:

• SOBREVIVÊNCIA Æ (continuar a viver)


• SEGURANÇA Æ (manter-se protegido)
• SATISFAÇÃO Æ (sentir-se saciado, contente, realizado, etc)
• ESTIMULAÇÃO Æ (buscar novos estímulos)

Destacamos aqui alguns princípios de motivações no trabalho.

• MAIOR REMUNERAÇÃO (BONS SALÁRIOS, SALÁRIOS JUSTOS E


COMPATÍVEIS)
• PROJEÇÃO E PRESTÍGIO SOCIAL
• OPORTUNIDADE DE PROGREDIR
• TRABALHO INTERESSANTE
• TRATAMENTO HUMANO
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 39

12.4 COORDENÇÃO E LIDERANÇA


Quando algum dirigente está desempenhando seu papel, não deixa de executar ao mesmo
tempo a função de coordenação, pois o trabalho em equipe é muito importante.
Quanto a liderança, podemos dizer que ela faz parte da personalidade de um administrador,
pois é um meio de direção.
A liderança está baseada no prestígio pessoal do administrador e na aceitação pelos dirigidos
ou subordinados

FATORES DE LIDERANÇA

1-) Posição Hierárquica (ou “Status”) Æ decorrente de sua função de autoridade (direito de mandar
e de se fazer obedecer.
2-) Competência Funcional Æ resultante de seus conhecimentos gerais e especializados (cultura
geral e técnica).
3-) Personalidade Dinâmica Æ produto de suas características e qualidades pessoais (aspecto
físico, temperamento, caráter, etc.).

As seis características de um líder

Um líder pode ser definido em seis Ds. Seis Dimensões? Seis Desejos? Seis Dogmas? Nada disso.
Apenas uma forma fácil de memorizarmos como atua um líder moderno. Já que a missão do novo
líder é motivar, capacitar e inspirar, veja como os princípios abaixo - todos começando com a letra D
– pontuam suas atividades:

Descontração
A empresa precisa de colaboradores criativos, certo? Portanto rigidez e autoritarismo nem pensar. É
importante a equipe estar solta, à vontade para criar, opinar, discordar. Uma piada, ou uma
brincadeira feita na hora certa pode ajudar e muito. Seja gente, seja sincero, seja agradável. Uma
decoração leve também ajuda. E bom humor é fundamental.

Direcionamento
Pode parecer um paradoxo, mas paralelamente à descontração, é preciso foco. Ao direcionar, o líder
ajuda seus colaboradores a incorporar a missão da empresa, harmonizar objetivos e estabelecer
prioridades.

Desafio
Por meio do desafio, trabalho deixa de significar sacrifício ou tortura (como já foi em sua origem
etimológica) e passa a ser sinônimo de criatividade, realização, aprendizado e, sobretudo, prazer.
Esta motivação é adquirida aos poucos, cada vez que uma pessoa se percebe mais capaz.
O psicólogo organizacional Mihaly Csikszentmihaly, em seu livro A Psicologia da Felicidade mostra
como administrar desafios para obtermos bons resultados e prazer: quando uma pessoa está
aprendendo uma nova tarefa, ela tem pouca aptidão e provavelmente alto grau de ansiedade. Com o
tempo, ela aprende a realizar a tarefa, e sua ansiedade chega a um ponto ótimo de fluidez, prazer e
resultados.
Mais tempo passa e nosso personagem já “tira de letra” a aptidão para a tarefa. Nesse momento, seu
desafio será pequeno. Se a tarefa se tornar repetitiva, a
conseqüência será o tédio. Antes que ele se instale, é hora do novo desafio!

Diferenciação
É ótimo reconhecer e valorizar as diferenças entre cada membro da equipe. Ajuda e motiva aproveitar
as características individuais de cada um, tanto de personalidade como de experiência profissional. A
pessoa se sente respeitada, passa a ousar mais, sem medo de ser diferente dos outros. Só com a
aceitação das diferenças acontece a verdadeira inclusão.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 40

Desapego
Uma equipe é mais produtiva quando seus membros estão realmente voltados para a melhor solução
e conseguem se desapegar de idéias e paradigmas anteriores. É preciso abandonar o ego, as
certezas, a noção de uma única alternativa. Às vezes é difícil, mas a conscientização do
comportamento, a mudança de valores e principalmente o treino podem ajudar muito.
Juntado esses 5 Ds com uma boa dose de motivação e comprometimento, o líder consegue o que é
mais importante em uma equipe:

Determinação. E se ele mesmo a tiver, será um líder querido, eficaz e inspirador.

ATIVIDADE - XIII

1-) Como podemos conceituar a motivação?

2-) Quais são os meios de direção empresarial?

3-) Quais são os fatores que influem na liderança de um administrador?

4-) Defina com suas palavras DIREÇÃO.

5-) A sobrevivência constitui um motivo para as ações humanas. Que significa esse motivo?

6-) A coordenação é um processo administrativo? Por quê?

7-) Quais são os principais meios de direção empresarial?

8-) Quais são os dois aspectos principais que devem ser mencionados quanto as ordens?

9-) Defina o que é motivo?

10-) Quais são as motivações para um melhor desempenho dos funcionários?

11-) Como podemos classificar os motivos que levam os homens a praticarem determinados atos ou
ações?

12-) Defina o que é ser um Líder?

13-) Quais são as características de um Líder?

14-) O que são organogramas e fluxogramas empresarias?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 41

13 CONTROLE

13.1 IMPORTÂNCIA E CONCEITO DE CONTROLE

Controle é o quarto e último processo administrativo.


A importância do controle é verificar se o planejamento e as ordens dadas estão sendo
obedecidos e assinalar as faltas e os erros cometidos, assim como reparar as faltas e os erros e não
permitir a sua repetição.

13.2 CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES DO CONTROLE ADMINISTRATIVO

CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE ADMINISTRATIVO

1-) Maleabilidade Æ Possibilitar a introdução de mudanças decorrentes de alterações nos


planos e nas ordens.
2-) Instantaneidade Æ Acusar o mais depressa possível as faltas e os erros verificados.
3-) Correção Æ Permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua repetição.

FASES DO CONTROLE ADMINISTRATIVO

QUANTO AO TEMPO
• Controle antecedente (antes do serviço)
• Controle concomitante (durante o serviço)
• Controle subseqüente (depois do serviço)

QUANTO A DURAÇÃO
• Controle permanente (execução constante)
• Controle temporário (execução variável)

QUANTO AO PROCESSO (quanto a forma de exercê-lo)


• Estabelecimento de padrões (critérios ou normas de serviços)
• Avaliação do desempenho (comparar, medir, ou verificar resultados com o padrão)
• Correção dos desvios (corrigir os planos, modificar objetivos e mudar o pessoal)

13.3 TIPOS DE PADRÕES

O número de padrões varia muito de empresa para empresa. Ainda mais, à medida que o
tempo vai passando, com as novas tecnologias, novos tipos de padrões vão surgindo.

• PADRÕES FÍSICOS Æ eles são expressos e estão ligados à produção das empresas e
podem ser quantitativos (homens-hora por unidade de produção, unidade de produção por
máquinas-hora, etc.) ou qualitativos (firmeza de cor em tecidos, sabor em certos produtos ou
mercadorias, durabilidade de determinados artigos de consumo, etc.).

• PADRÕES DE CUSTO Æ são expressos em termos monetários (ou dinheiro) e estão


diretamente ligados à produção. Usa-se em contabilidade, o chamado custo “standard” ou
custo-padrão.
• PADRÃO DE CAPITAL Æ Refere-se ao lucro líquido da empresa (os resultados globais
alcançados no exercício) que proporciona o capital investido na empresa. Para verificar este
padrão é necessário elaboração do balanço geral da empresa. Total do Ativo Circulante
dividido pelo Passivo Circulante, obtem-se o quociente. Uma análise do balanço de uma
empresa revela a saúde da empresa.
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 42

• PADRÕES DE RECEITA Æ São os que resultam da atribuição de valores monetários às


vendas realizadas por uma empresa. Determinar um padrão, uma meta para vendas de um
determinado ano.

ATIVIDADE - XIV

1-) O Balanço Geral de uma empresa pode ser considerado como sendo um padrão de controle?
Explique.

2-) Qual a importância do controle administrativo nas empresas em geral?

3-) Quais são as características do controle administrativo? Explique cada característica.

4-) Quais são as três fases do controle?

5-) Como é dividido o controle quanto ao tempo?

6-) Como é dividido o controle quanto a duração?

7-) Como é dividido o controle quanto ao processo?

8-) Quais são os tipos de padrões de controle administrativo?


Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 43

14. Administração da produção

Administração da produção é a especialização administrativa que trata do planejamento,


organização, direção e controle do setor de produção de uma empresa.
Quando falamos em produção, do ponto de vista econômico, tanto podemos nos referir as
empresas que produzem mercadorias como aquelas que produzem serviços de consumo.
A administração da produção está mais voltada para as empresas industriais.
Podemos classificar em duas categorias:
• De produção contínua (ou por processo)
• De produção descontínua (ou por encomenda)
Nas indústrias de produção contínua a matéria prima passa por várias fases de produção,
sofrendo transformações contínuas até o acabamento final do produto ou mercadoria. Exemplos:
Indústrias de tecidos e Indústrias de papel.
Nas indústrias de produção descontínuas, os produtos se constituem de partes separáveis e
distintas. Exemplos: Indústrias automobilísticas e Indústrias locomotivas.
Em se tratando de um produto padronizado, como por exemplo, produção de tecido, fabricar
o bem índigo, torna-se bem importante o controle de fluxo fabril. Esse controle revela o grau de
produtividade da unidade fabril.
No que diz respeito as indústrias de produção descontínua, o controle de produção toma por
base a existência de um pedido, resultante de encomendar de um cliente.
Administração da produção é aquela que se diz respeito aos custos industriais.
A expressão custos industriais muitas vezes é substituídas por outras denominações como:
gastos de fabricação ou custo de produção.
A palavra custo tem dignificado diverso e seu conceito depende de seus propósitos que se
tem em vista e das pessoas que fazem uso da expressão como administradores, economistas,
engenheiros, contadores, etc.
Custo de um produto ou mercadoria é o valor total de tudo quanto a indústria dependeu
para produzi-lo.
Podemos classificar os custos industriais em dois grupos principais são eles:
• Custo primário, que compreende a utilização de materiais diretos e mais a mão de obra
direta.
• Custos gerais, que reúne os materiais indiretos, a mão de obra indireta e mais despesas
indiretas.
A denominação materiais diretos compreende todo material que faz parte integrante do
produto acabado. O valor da matéria prima direta pode ser incluído diretamente no calculo do custo
do produto.
A mão de obra direta corresponde ao pagamento de salários a operários ocupados
diretamente na produção. O valor do salário desses operários pode ser apropriado diretamente nas
unidades produzidas nessas indústrias.
A denominação materiais indiretos diz respeito ao material necessário à construção do
produto. O valor desses materiais secundários recai sobre cada unidade produzida, razão pela qual
ele é rateado pela produção global.
A mão de obra indireta compreende o valor dos salários pagos aos empregados que
desempenham funções que não afetam diretamente a produção ou os produtos.
Os salários dos mestres, dos supervisores, apontadores, e outros são rateados por toda a
produção, e não pelas unidades produzidas.
Outras despesas indiretas, tais como o aluguel, o seguro, os impostos, a força e outras
também são incorporadas ao custo industrial de forma indireta porque elas abrangem a produção
como um todo e não de forma individual.
Surgiu recentemente a quarterização dos serviços auxiliares. No processo de quarterização,
os serviços executados por terceiros são administrados por uma empresa criada exclusivamente para
esse fim.
Segundo os autores da moderna contabilidade gerencial, o sistema de cálculos ABC é muito
melhor do que o outro, por ser mais exato. Com o uso do ABC, em maior escala no processo
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 44

produtivo, resultantes ou não das modernas técnicas administrativas, como a reengenharia, qualidade
total e outras, dizem eles, os administradores terão melhores condições de poder tomar suas
decisões, cujo objetivo é a sua preocupação principal da moderna contabilidade gerencial quando
procura dar novo tratamento às demonstrações e análises contábeis.
O administrador da produção responde por um dos setores das empresas industriais: o
setor de produção.
O setor de produção depende dos seguintes valores:
• As instalações dos equipamentos industriais
• O processo de produção vigente
• A procura ou demanda do produto
• As exigências dos consumidores
Existem três responsabilidades relacionadas com a produção:
• Produzir a quantidade exigida pela procura ou demanda do mercado consumidor
• Produzir dentro dos prazos estabelecidos e padrões de qualidades satisfatórios
As oito áreas do setor de produção são:
• Planejamento da produção
• Controle da produção
• Aos controle de qualidade
• Movimentações de materiais e peças
• Layout
• Controle de estoque
• Manutenção

Planejamento da produção: significa decidir antecipadamente o que deve ser feito para
alcançar determinado fim. O planejamento da produção compreende decidir sobre a produção a ser
efetivada pela empresa industrial.
A J/T visa produzir as unidades necessárias, em quantidade necessária e no tempo
necessário. A JOT permite o abastecimento unitário na hora exata de sua necessidade pelo setor de
produção.
A implementação da J/T acaba despertando também vontade de se colocar em prática outra
técnica de administração, tqc, desenvolvida no Japão em 1950.
A filosofia de TQC visa, entre outros pontos, manter constantemente a intenção de melhorar
os produtos e serviços produzidos, a empresa sempre ativa e com ampla possibilidade de empregar
mais trabalhadores e torná-la altamente competitiva.

Controle de produção : tem por finalidade verificar se que foi planejado está sendo
realmente executado; daí a necessidade de um perfeito trabalho de acompanhamento de todas as
operações industriais.
O controle da produção deve responder às seguintes questões:
- Os insumos de produção estão sendo entregues dentro dos prazos certos?
- A mão-de-obra está sendo realmente empregada?
- Os equipamentos de produção são adequados e estão sendo utilizados eficientemente?
- Os estoques de produtos acabados estão em níveis planejados?
- O ritmo de produção está sendo desenvolvido de acordo com o planejamento?
Controle de qualidade: o administrador também responde pela qualidade do produto.
O controle de qualidade tem por finalidade principal determinar as causas são chamadas
acidentais, não provocando maiores conseqüências, porquanto as variações são insignificantes na
qualidade do produto.
A inspeção tem por objetivo separar os produtos bons dos ruins, enquanto o controle da
qualidade procura descobrir os defeitos e suas causas, a fim de evitar a produção de produtos de
qualidade inferior .
Em países desenvolvidas esse problema da qualidade dos bens já está resolvido, mas
sempre surgem novas normas ou técnicas de melhoria da qualidade e de produtividade.
Movimentação de materiais e peças
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 45

Em todas as indústrias, durante o período de trabalho, ocorre a movimentação de materiais


e peças.
Durante essa movimentação o seu ritmo diminui.
Alguns princípios devem ser lembrados, tais como:
- Os materiais e as peças devem estar nos lugares certos, no tempo marcado e nas
quantidades exatas.
- Os movimentos devem ser feitos, pelo caminho mais certo e sempre que possível em
linha reta.
- As peças e mesmo as ferramentas devem ser devidamente adequadas ao tipo de
operação em curso.
- Os materiais e as peças devem ser movimentados uma única vez e não mais.
O fluxograma de processo representa todas as operações para se obter um produto e quais
unidades estão encarregadas de fabricá-lo por meio da transformação dos materiais.

Layout
O custo de um produto ou mercadoria é o valor total de tudo quanto a indústria gastou para
produzi-la.
A maneira como estão localizados os departamentos ou o interior das instalações
industrializadas pode ser visualizada por meio de um Layout.
O Layout se parece com uma planta de engenharia e é chamado de planta por
alguns autores que preferem esta denominação ao invés de aportuguesar a expressão inglesa:
leiaute.
No Layout de industrias de produção contínua, os departamentos devem ser localizados
segundo o produto que elas fabricam diariamente. Geralmente , nessas industrias a maquinaria é
permanente. O arranjo dessa maquinaria deve levar em conta o que se produz continuamente.

Controle de estoques
A expressão controle de estoque tem duplo significado:
- Controle dos materiais (ou insumos)
- Controle de produtos fabricados
Em face dessa duplicidade do controle, não está fora de propósito dizemos que é grande a
responsabilidade do administrador da produção em decidir qual deve ser o nível satisfatório dos
materiais e dos produtos acabados e prontos para o consumo final.

Estudo do trabalho
Quando o trabalhador produz mais e melhor dentro de seu horário normal de trabalho, o que
se verifica é a redução dos custos unitários dos produtos. O contrário se dá quando ele leva mais
tempo para produzi-los.
Na prática diária ou mensal de nossas indústrias, a política salarial se desdobra em dois
aspectos:
- Política salarial obrigatória
- Política salarial facultativa

Manutenção
Esta é uma área de atividade que existe em muitas industrias, principalmente nas grandes e
em algumas de médio porte. A área ou departamento de manutenção tem por finalidade prestar
alguns serviços que poderíamos chamar de "serviços auxiliares" do processo de produção.
Esses serviços auxiliares podem ser:
a) Mecânicos
b) Elétricos
c) Construção
d) Geral
A técnica TPM foi criada no Japão, e vem tendo ampla aceitação em muitos países,
inclusive no Brasil, onde livros japoneses dessas e de outras técnicas de produção.
Existem alguns princípios onde os especialistas em TPM devem levar em conta:
Administração, Organização e Normas – Prof. Marcos César Bottaro 46

a) Respeitar as instruções e as condições de uso dos equipamentos.


b) Cuidar constantemente da manutenção da maquinaria, com a execução de serviços de
limpeza, lubrificação e reaperto do que for necessário.
c) Recuperar as perdas das qualidades originais dos equipamentos.
d) Desenvolver a capacidade técnica dos encargos do serviço de manutenção e também
dos operadores.
e) Revisar o plano de manutenção e conservação industrial para excluir o desnecessário e
impraticável, dadas as circunstâncias da organização ou da indústria.

ATIVIDADE - XVI

1-) Pesquise sobre ISSO 9000 ao 14.000 (somente os mais importantes).

2-) Pesquise sobre normas de segurança nas empresas.

3-) Pesquise sobre CIPA na empresas.

15. Administração de Recursos Humanos


 
  Neste  tópico  vamos  estudar  e  pesquisar  sobre  a  responsabilidade  e  atividade  do 
Administrador de Recursos Humanos nas empresas. 

“Deus abençoe a todos, que esse material possa te ajudar e ter luz nas dificuldades”
“Seja sempre Luz com toda humildade, pois as estrelas se apagam diante da luz”

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