A dieta enteral pode ser administrada por método intermitente ou contínuo:
Administração intermitente: o volume a ser administrado varia em torno de 350
ml/vez, de 4 a 6 vezes ao dia. A introdução da alimentação pode ser feita com uma seringa, com fluxo lento, para evitar a ocorrência de náuseas, diarréia, aspiração, distensão e cólicas. A melhor forma desse tipo de administração é o gotejamento por gravidade, num período de 20 a 30 minutos, ou por bomba de infusão. A administração contínua pode ser feita por meio de gotejamento gravitacional. Neste caso, deve-se estabelecer rigoroso controle do gotejamento (aproximadamente a cada 30 minutos). A maneira mais segura é a administração por meio de bomba de infusão, com fluxo de gotejamento constante - mais indicada quando do uso de sondas enterais transpilóricas, haja vista que o duodeno e o jejuno são mais sensíveis à concentração e ao volume do que o estômago.
Os cuidados de enfermagem consistem em:
Realizar a limpeza e a desinfecção do balcão;
Conferir o rótulo da nutrição enteral; Verificar a integridade da embalagem e o aspecto da solução; Agitar o frasco antes de administrá-la para homogeneizar a dieta; Lavar as mãos; Calçar luvas de procedimento; Checar as condições de limpeza e funcionamento da bomba de infusão, antes de usá-la; Testar o posicionamento da sonda e sua permeabilidade, antes de instalar a nutrição enteral; Conectar o equipo de infusão no recipiente de nutrição enteral; A dieta e o equipo usado para instalação tem validade de 24 horas(identificar com data e horário da instalação; Ao manipular o paciente fechar bomba de infusão.
Ressalte-se que todo esse processo exige higiene e limpeza rigorosas.
O paciente deve ser posicionado - e mantido - com o tórax mais elevado que o resto do corpo, o que evita a ocorrência de refluxo gástrico e aspiração. Lembrar sempre que os pacientes muito debilitados e inconscientes apresentam maiores riscos de broncoaspiração. Após a alimentação intermitente, lave a sonda com 30 a 50ml de água, para remover os resíduos aderidos à parede interna, evitando sua obstrução. A observação de sinais, sintomas de intercorrências e complicações e o adequado registro dos dados são outros cuidados indispensáveisa serem observados pela enfermagem.