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Na literatura o Cubismo nasceu com o manifesto-síntese assinado pelo francês


Guillaume Apollinaire (1880-1918), publicado em 1913, influenciando toda a poesia
cubista contemporânea. Seus versos, em linhas curvas, torna-o precursor do
concretismo.
A literatura cubista valorizava a proposta da vanguarda europeia: aproximar ao
máximo as várias manifestações artísticas como a pintura, a música, a literatura e a
escultura. Daí, a preocupação dos poetas cubistas com a construção do texto. Os
versos eram compostos em linhas curvas, os espaços brancos entre as palavras eram
usados de tal maneira a criar (com formas geométricas, tipo poema figurado) imagens.
Preocupavam-se, também, com a impressão tipográfica.
Apollinaire defendia a liberdade das palavras e a invenção de palavras, O resultado
são palavras soltas, escritas tanto na vertical, como na horizontal, sem a continuidade
tradicional. Propunha a destruição das sintaxes já condenadas pelo uso criando um
texto de substantivos desprendidos, em desordem, jogados de forma anárquica no
texto. Incentivava o menosprezo por verbos, adjetivo e pontuação. Pregava a
utilização dos versos livres, ou seja, sem a necessidade da estrofe, da rima e da
harmonia. Assim, como na pintura, as colagens passaram a ser incorporadas pelos
textos poéticos.
O Cubismo no Brasil só ressoa após a Semana de Arte Moderna (1922). Mesmo
assim, é considerado apenas um exercício técnico. Portanto, não tivemos cubistas
brasileiros, embora quase todos os modernistas recebessem influencia do movimento.
É o caso de Osvaldo de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.
Em 1918 o arquiteto francês Le Corbusier e o pintor francês Ozenfant (1886-1966)
decretam o fim do movimento com a publicação do manifesto Depois do
Cubismo. ®Sérgio.
Na pintura, as formas geométricas e os objetos vistos sob vários
ângulos simultaneamente caracterizam oCubismo.

Veja as características do Cubismo na literatura:


Ilogismo = Os textos cubistas são marcados pela supressão da
lógica formal. O pensamento não é racional, ele aparece entre o
consciente e o inconsciente do escritor.
Linguagem caótica= Como não há uma lógica, as palavras são
soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória.
Tempo presente= Para o escritor cubista, ansioso por viver o
seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema para poesia, como
por exemplo: viagens, paisagens e visões exóticas.
Humor = Muito comum nos textos cubistas, provocado não só
pelas ironias, mas pela própria disposição gráfica das palavras

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