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Cidadania e Profissionalidade

Formanda – Ana Lúcia Fernandes Paias Gomes

Formador – Vítor Dourado

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INTRODUÇÃO
Este trabalho foi pedido pelo formador Vítor Dourado do módulo Cidadania e
Profissionalidade sendo um dos objectivos, descrever e analisar a constituição
da União Europeia. Dentro deste mesmo trabalho mencionarei a importância e
os objectivos do Tratado de Maastricht e do Tratado de Lisboa. Descrevo os
direitos dos Cidadãos Europeus e explico em que consiste a livre circulação
dos cidadãos dentro da União Europeia, seja em trabalho, residência ou até
mesmo estudar.

Com a adesão de Portugal na União Europeia explicarei quais as vantagens e


desvantagens que trouxeram para o País.

Descrição e Análise da Constituição da União Europeia


A União Europeia foi criada com o objectivo de pôr termo às inúmeras e
frequentes guerras sangrentas entre os países vizinhos que surgiram na
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. A Comunidade Europeia DO CARVÃO E DO
AÇO começaram a unir económica e politicamente Países Europeus querendo
assegurar uma paz enorme.

A Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxemburgo e os Países Baixos


foram os seis países fundadores. A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido
também aderiram à União Europeia em 1 de Janeiro de 1973. A Grécia aderiu
em 1981, a Espanha e Portugal aderiram em 1986, a Finlândia, a Áustria e a
Suécia aderiram em 1995. A Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Republica,
Hungria, Estónia, Eslovénia, Eslováquia e Chipre aderiram em 2004 e, por
último, os Países que aderiram foram a Roménia e a Bulgária no ano de 2007.

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Tratado de Maastricht
Este Tratado foi um ponto importante no processo de unificação europeia,
fixando a integração económica, até então existente entre diversos países
europeus, se somaria uma unificação política. O resultado foi evidente sendo a
substituição da denominação Comunidade Europeia pelo actual termo União
Europeia.

Este tratado tem como objectivo:

A divulgação das perspectivas do processo da integração Europeia; promover


a unidade da Europa; melhorar as condições de vida e trabalho; fomentar o
desenvolvimento económico o comércio equilibrado e a livre concorrência;
reduzir as desigualdades económicas entre regiões; ajudar Países em vias de
desenvolvimento assim como garantir a paz e a liberdade.

Tratado de Lisboa
O Tratado de Lisboa é um documento, com mais de 300 páginas na versão
consolidada, incluindo os anexos e protocolos. Integra muitas disposições dos
Tratados anteriores da UE, alteradas e actualizadas.

O objectivo do Tratado de Lisboa consiste em tornar a União Europeia mais


democrática, eficiente e transparente, permitindo que os cidadãos e os
parlamentos prestem um contributo mais decisivo para o que se passa a nível
europeu e dar, ao velho continente, uma voz mais clara e mais forte no mundo,
protegendo simultaneamente os interesses nacionais.

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Direitos dos cidadãos europeus
Dignidade, Liberdade, Igualdade, Solidariedade, Cidadania e Justiça – e 54
artigos, definem-se os valores fundamentais da UE, os direitos cívicos,
políticos, económicos e sociais do cidadão comunitário, tendo como fontes a
Convenção Europeia dos Direitos Humanos, as Convenções internacionais do
Conselho da Europa, das Nações Unidas e da Organização Mundial do
Trabalho, constituições nacionais e a jurisprudência comunitária.

Os cidadãos da União Europeia gozam do direito de eleger ou mesmo de ser


eleitos nas eleições municipais e nas eleições para o Parlamento Europeu,
independentemente do país da União Europeia onde residem.

Todos os cidadãos comunitários residentes num país da União Europeia que


não tenham a nacionalidade, têm direito de voto e de elegibilidade nas eleições
autárquicas do seu país de residência, nas mesmas condições que os
nacionais deste país.

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Livre circulação de pessoas: residir, estudar e
trabalhar na Europa
Os cidadãos da União Europeia podem trabalhar, estudar e viajar em todo o
espaço comunitário. No entanto existem restrições, pois esses direitos podem
ser limitados por razões de ordem, segurança ou saúde pública.

Enquanto Estado da União Europeia, poderá residir em qualquer ponto do seu


território, independentemente da sua situação profissional, social e económica
e nos seguintes casos, passar férias/ser destacado pela empresa/ser
estudante, reformado ou inactivo.

A família de um cidadão de um Estado-membro também beneficia deste


mesmo direito de residência, independentemente da nacionalidade dos
membros que a compõem.

A livre circulação de trabalhadores implica a retirada de qualquer discriminação


em razão da nacionalidade, entre os trabalhadores dos Estados-membros, no
que diz respeito ao emprego, a remuneração e as condições de trabalho.

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Vantagens e desvantagens da adesão de Portugal
na União Europeia
O estado de evolução que a União Europeia atingiu, (livre circulação de
pessoas, bens e serviços, moeda única, mercado de livre concorrência), levou
ao aumento do comércio interno e ao aumento da concorrência e da
produtividade das empresas, mas também há cada vez maiores exigências
ambientais e ao desenvolvimento de energias alternativas, há um maior
controlo da qualidade e certificação dos produtos, há melhoria e modernização
dos serviços, ao aumento do investimento em ciência e investigação, ao
desenvolvimento da cooperação policial e judiciária e ao combate à fraude,
entre outros. O saldo global apresenta evidentes benefícios para os
consumidores e o aumento generalizado da qualidade de vida dos europeus
em geral e dos portugueses em particular.

Se compararmos o Portugal de hoje com o de há 20 anos atrás verificamos que


existem diferenças gigantescas e que as maiorias delas foram em grande parte
influenciadas por exigências ou investimentos provenientes da União Europeia
bem como pelo contacto e intensificação das relações com os restantes
Estados Membros. De salientar também os assinaláveis ganhos ao nível do
prestígio, que face aos exigentes e apertados controlos existentes através dos
diversos mecanismos da União Europeia, projectam Portugal à imagem de um
país moderno, competitivo e credível, com os imediatos reflexos ao nível
económico, do investimento estrangeiro, do turismo e das relações bilaterais e
internacionais.

Por um lado a adesão à União Europeia expôs o nosso mercado à


concorrência dos restantes países, mas por outro também aumentou o
mercado disponível para as nossas empresas, proporcionando maiores
oportunidades para estas, bem como para os trabalhadores, dependendo então
da maior ou menor capacidade das empresas em melhorar a sua oferta.
Devemos olhar para esta realidade como uma janela de oportunidades e não
de ameaças.

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A adopção da moeda única trouxe diversas vantagens ao nível do aumento das
transacções, do equilíbrio das taxas de juros e da facilidade de compreensão
de valores, mas retirou a cada um dos Estados - membros um importante
instrumento macroeconómico que era o poder de decisão sobre a valorização e
desvalorização da sua moeda que permitia aumentar pontualmente a
competitividade dos seus produtos no mercado externo, com vista ao equilíbrio
da sua balança comercial e com os evidentes ganhos ao nível do seu
crescimento económico.

Ao estar integrado numa União de 27 Estados-membros, Portugal partilha o


seu poder de decisão com os outros em diversas matérias. Por outro lado, por
força da participação dos 27 e pela complexidade dos temas em análise a nível
da União Europeia, foram criados mecanismos complexos e morosos de
decisão. Com a multiplicação dos centros de decisão política, criou-se de certa
forma uma distância entre os temas comunitários e o interesse dos cidadãos
europeus. Essa distância manifesta-se nomeadamente através das elevadas
taxas de abstenção nas eleições europeias com a consequente
desresponsabilização democrática. A falta de participação dos cidadãos e a
maior distância entre estes e os centros de decisão são aspectos negativos
que devemos assinalar e que temos a obrigação de tentar colmatar.

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CONCLUSÃO
Com este trabalho posso concluir que a União Europeia é de facto incrível na
cooperação. Todos os sistemas criados, os acordos existentes celebrados, o
caminharem num só rumo com imensas diferenças culturais, o diferente
desenvolvimento a nível nacional, a necessidade de colocar a realidade
nacional por detrás dos desejos, são conquistas diárias que a União Europeia
consegue, ultrapassando cada novo obstáculo, saboreando o seu valor e a sua
força lançando novos projectos.

Posso concluir também que este mesmo serviu-me para analisar a constituição
da União Europeia da qual desconhecia por completo.

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