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APOSTILA DO CURSO
TÉCNICO EM
IMOBILIZAÇÕES
ORTOPEDICAS
Francisco Sérgio de
Oliveira
Introdução
Uma fratura ou fratura óssea é uma situação em que há perda da continuidade óssea,
geralmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um
traumatismo.
Segundo a causa
Fraturas patológicas ocorrem num osso previamente fragilizado, por exemplo, por
osteoporose ou um tumor ósseo. Geralmente não há evidência de traumatismo que
justifique a fratura.
Nas fraturas simples não há perfuração da pele, ao contrário do que acontece nas fraturas
expostas, onde pode ocorrer uma infecção bacteriana, havendo por vezes a necessidade
de suturar a ferida.
Tratamento
Tratamento conservador
Este tipo de tratamento tenta otimizar as condições em que ocorre o processo natural de
reparação do osso sem infligir traumatismos adicionais geralmente associados a uma
cirurgia. O processo é variável consoante o osso atingido e o tipo de lesão em causa.
Geralmente envolve a redução da fratura, que pode ser feito com ou sem anestesia, e
consiste em exercer uma tração adequada sobre os membros afetados de forma a que os
topos da fratura fiquem alinhados, ou seja, regressem à sua posição anatômica. Uma
redução bem efetuada reduz o risco de consolidação viciosa, que é uma das seqüelas
mais freqüentes das fraturas e que ocorre quando o osso cicatriza numa posição
incorreta.
Após a redução há habitualmente uma diminuição importante da dor, que pode até
desaparecer por completo.
Tratamento Cirúrgico
Ilizarov
A cirurgia tem por objetivo restabelecer o alinhamento normal do osso, e manter esse
alinhamento até a reparação da fratura. Permite também corrigir algumas lesões das
partes moles, em especial vasos sanguíneos que possam ter rompido.
Seqüelas e Complicações
Uma grande parte das fraturas é curada sem deixar seqüelas, podendo desaparecer
qualquer vestígio da fratura após alguns meses. Noutras situações, o processo de
reparação óssea não é capaz de restabelecer por completo a forma ou função original do
osso fraturado, o que acontece mais freqüentemente quando há complicações associadas
à fratura.
Infecção
Necrose óssea
Pseudartrose
Ocorre a formação de uma articulação entre os topos da fratura, que não se juntam após
um determinado período de tempo. O diagnóstico de pseudartrose é feito quando deixa
de haver esperança que a fratura consolide naturalmente,
e implica correção através de cirurgia.
Consolidação viciosa
Uma fratura é exposta quando os ossos faturados estão fora do sitio, torcidos e
desalinhados. Os vasos sanguíneos e os nervos correm o risco de serem esmagados, e
os tendões danificados.
Numa fratura fechada, a pele sobre a fratura encontra-se intacta. Uma fratura fechada
pode tornar-se aberta se a pele for rasgada devido à disposição e ângulos dos ossos
fraturados.
Numa fratura aberta, existe um ferimento na pele sobre o local da fratura. O ferimento
pode ser profundo ou uma esfoladura. Numa fratura exposta e aberta, o osso fraturado
pode ser visto no ferimento. Existe um grande risco de infecção numa fratura aberta.
• Transversas;
• Oblíquas;
• Espiraladas;
energia.
• Cominutivas;
Diversos fragmentos, ou seja, quando o osso fratura em mais de dois fragmentos, pela
alta distribuição de energia e aplicação direta da força.
• Compressão;
• Afundamento;
Quando os fragmentos ósseos são forçados para o interior (observado nas fraturas de
crânio e face).
• Avulsão;
Quanto ao alinhamento
Permite saber quais os movimentos possíveis de serem realizados durante o cuidado com
o paciente.
• Sem desvio;
• Com desvio;
• Impactadas;
Quanto à estabilidade
• Fratura estável;
• Fratura instável;
Quanto à extensão
• Completa;
• Incompleta;
Costela fraturada no lado esquerdo inferior pode provocar hemorragias no baço, e no lado
inferior direito podem provocar hemorragias do fígado para a cavidade abdominal. Fratura
no crânio pode causar hemorragias arteriais entre as membranas do cérebro.
Sintomas de fratura
EXAME
Remova o vestuário que cobre o local da fratura. Se for necessário, use uma
tesoura.
Verifique se a posição do osso é normal, ou onde é que existe uma deslocação
ou rotação do osso.
Se não existirem sinais visíveis de fratura, verifique se o sinistrado consegue
mover e levantar os dedos dos pés, as pernas, os dedos e os braços.
Verifique se a pele está intacta ou se existem arranhões e feridas.
Se a pele não está intacta: existe hemorragia? Procure indicações de
hemorragia: está a pele descorada? Está a pele inchada e firme?
Procure dor direta.
Procure dor indireta.
Verifique o fornecimento de sangue (cor da pele, resposta capilar e pulsação) por
baixo do local da fratura.
Consolidação da Fratura
• A idade,
• Tipo de fratura;
• Estado nutricional;
• Fatores mecânicos.
• 1. Fase do hematoma:
É a fase precoce da reparação óssea. Formam um colar de tecido conjuntivo que envolve
• 3. Fase de calo:
Conforme o tecido celular cresce em cada fragmento, as células básicas dão origem aos
osteoblastos formando um tecido cartilaginoso.
• 4. Fase da consolidação:
• 5. Fase de remodelação:
• 1. Consolidação viciosa.
• 2. Retardo de consolidação.
Doenças Fraturarias
Em situação de paciente com fraturas múltiplas que exigem uma imobilização prolongada
no leito, as congestões e infecções pulmonares, as escaras de decúbito, as tromboses
venosas, infecção urinária e constipação intestinal são as mais comuns. A embolia
gordurosa também é observada, proveniente da medula óssea na corrente sanguínea,
causando um dano maior do tipo infarto do miocárdio, parada respiratória e problemas de
ordem vascular.
Atrofia muscular reflexa, por falta de uso, é ocasionada pela diminuição da força muscular
e da estabilidade articular, pelo posicionamento inadequado e falta de orientação com
relação aos exercícios ativos e passivos dos membros não comprometidos e isométricos
do comprometido.
Necrose óssea avascular pode estar presente quando existe o rompimento completo de
irrigação sanguínea de um fragmento ósseo, causando necrose. A região mais atingida é
a epífise proximal do fêmur.
Síndrome Compartimental
Oclusão arterial
Anóxia muscular
Liberação de histamina
Estase capilar
Aumento de pressão
Perfusão comprometida
Isquemia celular
Os sintomas são: dor, palidez com falta de perfusão das extremidades, paralisia e
ausência de pulso. No membro superior, a extensão passiva dos dedos da mão é
extremamente dolorosa.
LUXAÇÕES
É a perda total das relações anatômicas das superfícies ósseas que participam de uma
articulação, implicando lesões de partes moles adjacentes.
Num acidente em que exista um forte puxão ou empurrão pode originar uma luxação de
uma articulação. luxação do ombro (queda com o braço esticado ou encolhido), da
clavícula (queda com o braço esticado), da rótula (um toque lateral no joelho) e dedos
(dedos que ficaram presos em algo). Estas são as luxações mais comuns.
Nas luxações, as articulações deverão ser postas na posição correta o mais rapidamente
possível, de modo a evitarem-se mais estragos nessas articulações.
Tente ficar com uma idéia geral de como foi o acidente e da quantidade de energia que foi
libertada, pois assim poderá ficar com a noção do que o espera: uma distensão ou uma
luxação, ou mesmo a possibilidade de haver uma fratura envolvida.
Sintomas de luxação
Pode ser difícil distinguir uma luxação de uma fratura localizada perto de uma articulação.
Exame
Ocorre uma distensão, quando uma articulação é pressionada com uma força que leva a
que essa articulação passe os limites normais do movimento. Isto estica os ligamentos e
provoca uma acumulação de fluidos (edema) nos ligamentos e em torno destes.
Distensões nos tornozelos (pé torcido), nos polegares e nos outros dedos, no pulso
(queda com o braço esticado) são as mais freqüentes.
Poderão ocorrer mais lesões nos ligamentos se a força do acidente for tão grande que um
ou mais ligamentos se rompam.
Por vezes é difícil decidir se uma lesão é somente uma distensão, ou se existem também
rupturas de ligamentos. Pode também ser difícil descobrir se existe alguma fratura. Se
estiver com dúvidas, trate a lesão como se de uma fratura se tratasse.
Arrefecimento.
Imobilização.
Elevação.
A elevação, isto é, colocar a articulação acima do coração, faz com que o inchaço
diminua mais rapidamente e ajuda a aliviar a dor.
Obs.: Os ossos das crianças são mais maleáveis, pois possuem uma maior
quantidade de colágeno.
Esforço repetitivo
5) FRATURA PATOLÓGICA – Fratura que ocorre por uma fragilidade óssea gerada
por uma doença. É provocada por traumas banais ou mesmo de forma
espontânea. Exemplos de doenças ósseas: osteoporose, osteogênese imperfeita e
raquitismo.
6) LER/DORT
imobilizações ortopédicas.
IMOBILIZAÇÕES
O gesso mais comum é feito de sulfato de cálcio semi-hidratado que reagindo com
a água, forma sulfato de cálcio hidratado. A reação é exotérmica e é caracterizada pelo
aquecimento do gesso quando da sua aplicação. Daí que se não forem tomadas as
devidas precauções, podem surgir queimaduras.
CARACTERÍSTICAS DO GESSO
Gesso úmido
• cheiro próprio;
• maciço à percussão;
• aspecto cinzento
• frio.
Gesso Seco
• inodoro;
• ressonante;
• branco.
OBJECTIVOS
• O gesso tem como objetivos:
• Manter os fragmentos ósseos alinhados e imobilizados;
• Favorecer a cicatrização de partes moles;
• Prevenir e corrigir deformações;
• Imobilizar segmentos osteoarticulares com processo infeccioso;
• Profilaxia de faturas, proporcionando suporte e estabilidade nas
articulações enfraquecidas
• Prevenir complicações
• Promover a recuperação funcional
• Promover a integridade cutânea.
Luxação: é a perda total ou parcial do contacto das superfícies ósseas que formam a
articulação, com perda da sua função. Podem ser congênitas, patológicas ou traumáticas,
o indivíduo apresenta dor intensa com perda funcional, devendo a região ser reduzida e
imobilizada;
Entorse: é uma lesão nas partes moles que circunscrevem uma articulação, causada
por um movimento de rotação sobre o próprio eixo articular, podendo ocasionar uma
ruptura de grau variado, na continuidade dos ligamentos, desestabilizando a articulação,
com déficit da função, dor aguda e edema no local. Na entorse não há perda do contacto
das superfícies ósseas que formam a articulação.
Redução
Obs. Em alguns casos de cirurgias de cotovelo, após o procedimento cirúrgico pode ser
usado o enfaixamento para cotovelo, este enfaixamento serve para evitar o edema e
sangramento, pode ser usado também outros tipos de imobilizações, como. Tala Braquial
(Braquiopalmar), Braquial gessado.
Enfaixamento Torácico.
Velpeau de Crepom.
Tipóia simples.
Colar Cervical.
Tala de alumínio
Posição do paciente;
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não deixar a mão para baixo e mexer bastante os
dedos pra ajudar na circulação.
Posição do paciente;
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para pisar com o calcanhar para a imobilização não
desprender.
A imobilização dos segmentos corpóreos comprometidos passou por diversas fases ate
que Antonius Mathijsen, em 1852, introduziu a atadura gessada, método este que se
mostrou de tal maneira eficiente que ainda não encontrou substituto ideal ate nossos
dias.
O gesso é constituído por sulfato de cálcio, retirado da natureza, que por processo
especial o gesso em pó é distribuído entre as ataduras de malha que serve de suporte.
A água aquecida é ainda o processo acelerador de melhor resultado.
Indicações
O algodão ortopédico deve ser colocado ao nível das saliências ósseas, e em quantidade
suficiente para evitar a compressão.
Vários instrumentos, como tesoura, bisturi, serras elétricas, cortadores de gesso, etc.; são
utilizados tanto na confecção como na retirada dos aparelhos gessados.
Regras gerais
1. Escolher, antes de iniciar a imobilização, qual material vai usar, pois da pratica tira-se
uma regra importante “após terem sido postas as ataduras gessadas dentro da água,o
trabalho deve correr de modo único e sem improvisos.
3. Proteger com algodão ortopédico toda a extensão cutânea do membro lesado, com
especial interesse pelas saliências ósseas.
4. Colocar água dentro da pia ou bacia, enchendo-a de modo que a atadura fique
totalmente submersa quando colocada dentro da bacia.
a) Devemos iniciar o aparelho pela sua extremidade distal, pois isto facilita a sua
execução e o retorno da circulação.
b) A atadura gessada deve ser enrolada em espirais, observando-se as mudanças no
diâmetro do membro. A compressão uniforme é condição fundamental.
c) Em cada passagem da atadura devemos alisá-la para facilitar a adaptação dos cristais
com as camadas adjacentes.
d) Após envolvemos totalmente o membro com as camadas necessárias, inicia-se a fase
de modelagem, de muita importância, pois daremos ai estabilidade do gesso e do
segmento corpóreo comprometido.
e) O acabamento e feito com os recortes necessários, tornando o aparelho de bom
aspecto e boa função.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Posição do paciente;em pé ou sentado com ligeira inclinação para o lado lesado, com o
cotovelo em 90°,. O enfaixamento é uma calha gessada tipo U.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos e o cotovelo pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
3º aplicar tala gessada, 4º prender com crepom sempre começando de distal para
proximal.
Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o
gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o
gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e manter
o braço na tipóia pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado fletido
de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o
gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.
Inguinopalico
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o
gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e manter
o braço na tipóia pra ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
ósseas,
Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer
bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.
Posição do paciente; sentado com o cotovelo do membro lesado em 90º, colocar a mão
do membro oposto na cabeça.
Modo de confeccionar;
Orientação do paciente; pedir para mexer bastante o punho e os dedos das mãos pra
ajudar na circulação.
Modo de confeccionar;
1º pega uma malha tubular de 10cm corte do tamanho de toda extensão a ser
imobilizada,
2º coloque bastante algodão dentro da malha até ela ficar toda acolchoada, coloque-a no
paciente de modo que a parte dorsal fique parecendo um oito.
Orientação do paciente; se ele sentir dormência nos braços pedir para colocar as mãos na
cintura ou deitar de braços abertos.