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ADJETIVOS HIPERBÓLICOS

“Impressionante, a gente olhava a previsão e parecia que nunca mais ia chover”. Talvez em outros países, esta frase do enólogo Edegar Scortegagna, da vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha, poderia parecer ter um tom de alarmismo. Mas, na época da colheita na Serra Gaúcha, a expressão reflete um regozijo pelo excepcional clima que houve no período. “Assim você vinifica com tranquilidade, toma a decisão de colher com tranquilidade. O fruto está maduro, vai lá e simplesmente colhe, coisa que quase nunca acontece por aqui”, afirma.

Sim, o clima no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina, especialmente durante a vindima, fez com que quase todos os enólogos e produtores trabalhassem com o sentimento de estarem vivendo um momento ímpar na vitivinicultura brasileira. “Houve um índice de chuva muito baixo, inclusive causando problemas hídricos nas cidades, mas, para o vinho, foi fantástico. A safra 2005 foi muito boa, 2011 foi boa, 2018 foi boa, mas este ano impressionou em todas as variedades. Não choveu. Nos tintos houve maturação fenólica plena. Foi um

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