ALMA AMAZÔNICA
Não se deixe levar pelos cabelos loiros, os olhos claros e a pinta de alemão. Felipe Schaedler pode até ter nascido em Maravilha, Santa Catarina, mas é a Amazônia que faz seu coração bater mais forte. “Minha casa pode ser em vários lugares, mas o meu lar é o Amazonas. É aqui onde me encontro e consigo ser quem que eu gostaria de ser.” O contato com a natureza, dar um mergulho no rio e observar a dança das cores no céu durante o pôr do sol são algumas das ocasiões que fazem marejar os olhos do cozinheiro e lhe dão a certeza de que ali é o lugar no qual ele sempre vai querer estar. Mas até os 14 anos de idade, Felipe não imaginava que Maravilha não fosse seu real lugar no mundo. Afinal, era ali que vivia com sua família e onde mantinha seu círculo social. Tudo mudou quando seu pai foi transferido para Itacoatiara, interior do Amazonas. Quem olha de fora pode logo concluir que um adolescente, saindo de sua zona de conforto, rumo a uma cidade completamente diferente da anterior não estaria lá muito feliz, que teria crises de rebeldia ou algo do tipo. Mas a realidade foi totalmente diferente. A mudança foi sentida, claro. Porém, não durou muito.
“O Sul do país é mais desenvolvido do que o interior do Amazonas, então teve esse primeiro choque de ver uma cidade com menos estrutura. E ainda houve o grande lance do sotaque, de
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