MASSEIRAS
As chamadas “masseiras” constituem um tipo único no mundo de agricultura que se tornou tradição na zona de Póvoa de Varzim e Esposende. A ideia, dos monges beneditinos do mosteiro de Tibães, radica no século XVIII e nasce depois de escavar uma vala retangular junto a terrenos à beira-mar, de forma a criar uma espécie de berço que “embala” e protege o cultivo de legumes e de vinha. O resultado é um sabor intenso que atualiza o património cultural local mas que, infelizmente, corre risco de extinção.
Decerto algum monge gritou “Eureka” quando se lembrou de criar uma “masseira”. Isto porque estas escavações retangulares em solos arenosos, depressões cavadas junto à costa, na Póvoa de Varzim (Estela, Rio Alto, Aguçadoura) e Esposende (Apúlia e Fão) permite às culturas hortícolas e de vinha ficarem mais próximas do nível freático e, assim, desenvolverem-se facilmente em agro-sistemas implantados nas dunas secundárias.
De forma perfeitamente natural, conseguiu-se com este sistema implantado por um monge habilidoso transformar solos arenosos em solos
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