FLORIOGRAFIA A LINGUAGEM DAS FLORES

Nada mais gostoso do que mandar ou receber flores. Mas, como tudo que envolve a natureza, descobri outro dia que existe até uma palavra para designar esse estudo: floriografia. E não tem nada de recente: usar as flores como um código cifrado é algo que acompanha a humanidade desde sempre, está em toda a literatura.
Começa na Bíblia (Eu sou a rosa de sarom, o lírio dos vales, Cântico 2:1); passa por Shakespeare, que em Hamlet monta cenas em que nobres ingleses colhem rosas vermelhas ou brancas para simbolizar sua lealdade às Casas de Lancaster ou York; e chega à saga Harry Potter, de J. K. Rowling, que mostra, por exemplo, Severus Snape utilizando a linguagem das flores para expressar sua dor pela perda de Lily Potter.
Aliás, a floriografia viveu seu ápice na Era Vitoriana, na qual tudo era muito escondido. Rapazes e moças montavam verdadeiros diálogos só com o envio de flores, cada uma delas quase que compondo uma frase. Não só. A mania da floriografia foi introduzida na Europa pela inglesa Mary Wortley Montagu (1689-1762), e não foram poucos os livros que traduziram para os novatos o significado, como o famoso , de Kate Greenaway, publicado pela primeira vez em 1884 e reimpresso,
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