REFLEXÕES SOBRE O ACIDENTE EM CARATINGA

Acidentes aéreos ceifam vidas, aniquilam esperanças, causam perplexidades e deixam saudades. São episódios lamentáveis, tão terríveis quanto traumáticos. E o que é mais cruel: no fim, considerando a cadeia completa de acontecimentos que tem como desfecho o desastre, percebe-se que todos eles são, também, evitáveis.
Sim, a popularidade das vítimas não determina a importância de uma tragédia. Mas, quanto mais conhecidos do público são os ocupantes de uma aeronave acidentada, maior é o número de especialistas que se apresentam para explicar o que aconteceu nos diferentes veículos de comunicação. Apontam-se causas, motivos, teorias... montam-se desenhos, diagramas… e, invariavelmente, chega-se à conclusão de que aquela aeronave não deveria estar naquele ponto e naquela altitude. Ora, nada mais acaciano (isto é, sentencioso e oco).
As perguntas não deveriam se prender ao que aconteceu. Mais relevante é saber por que e como aconteceu, o que levou a isso, o que poderia ter sido feito ou evitado, quais os acontecimentos que poderiam ter sido diferentes. Ou seja, perguntas que buscam entender o que houve e, com isso, aperfeiçoar o sistema todo.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Culpar o piloto será sempre o caminho mais fácil e óbvio. Entretanto, a realidade dos fatos nem sempre está na facilidade ou na obviedade. Culpar o piloto sem entender as
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