
A apresentadora Xuxa Meneghel foi garota-propaganda do creme hidratante Monange por 12 anos. Apesar da parceria duradoura, não é possível dizer que as campanhas realizadas durante o período engajaram o público de fato, uma vez que faziam os brasileiros se questionarem com frequência se ela realmente usava o produto. O mesmo pode ser dito do vegetariano Roberto Carlos consumindo carne da Friboi e de Ivete Sangalo, que declarou não gostar de bebida alcoólica, recomendando cerveja Nova Schin – esta última, inclusive já falecida (por que será?).
A dinâmica vazia entre empresas e celebridades, no entanto, vem mudando – e muito – com o tempo. Hoje, as companhias buscam criar um vínculo real com os consumidores. E, para isso, recorrem cada vez mais à estratégia chamada de marketing de influência. Na prática, é quando as companhias criam campanhas em parceria com influenciadores digitais, tendo como objetivo aproveitar a autoridade online que aquelas pessoas têm sobre determinado público.
“Os influenciadores estão ganhando mais credibilidade e alcançando públicos gigantescos graças à facilidade de criar conteúdos humanizados, que chamam atenção da audiência e, assim, encurtam a jornada de consumo. Quando os creators (criadores) indicam um produto ou serviço, é quase certo que a marca vai atingir seu público-alvo”, explica Felipe Oliva, CEO e cofundador da plataforma de marketing de influência Squid.
Uma prova dessa mudança de mercado é que, atualmente, 71% das marcas brasileiras consideram o