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RETOMADA COM VIGOR

Aaviação por helicópteros no Brasil vive um novo momento de euforia. O ano de 2021 e o início de 2022 foram marcados por uma grande movimentação de aeronaves entrando no país e sendo entregues para os seus novos operadores, contrapondo o movimento experimentado no final da década de 2010, quando houve redução da frota devido à grave crise econômica experimentada pelo país.

Mesmo com a pandemia de covid-19, o mercado de aeronaves privadas como um todo reagiu positivamente para que seus usuários pudessem cumprir compromissos presenciais de maneira segura e eficiente e manter os investimentos previstos principalmente na expansão de seus negócios.

BENEFÍCIO FISCAL

Esse fenômeno pode ser observado mundialmente, com destaque para os Estados Unidos, que detém a maior frota mundial e vem oferecendo benefícios contábeis para a depreciação das aeronaves nos balanços das companhias, diminuindo, dessa maneira, o valor de impostos a serem pagos ao fisco norte-americano (o IRS).

O benefício fiscal oferecido pelo governo dos Estados Unidos, literalmente, aqueceu o mercado de aeronaves de negócios, o que incluiu também helicópteros. Até o final de 2022, as empresas poderão utilizar 100% do valor de suas aeronaves para fins fiscais, o que, de fato, é um benefício muito vantajoso.

Mas esse “presente” já tem dia e hora para ser encerrado. A partir de 2023, somente 80% do valor da aeronave poderá ser utilizado como benefício fiscal e esse valor vai diminuindo ano a ano, à taxa de 20%, até que se encerre em 2027.

Mas o que de fato ocorre e ocorrerá é que, até lá, muitas empresas daquele país continuarão a comprar aeronaves privadas, o que deixará o mercado aquecido e com a bola no campo dos vendedores, pois estes poderão oferecer suas aeronaves por valores até mesmo superiores aos que pagaram em sua aquisição pela simples lei da pouca oferta com muita procura.

MATÉRIA-PRIMA

Um caminho que os fabricantes teriam para reequilibrar o mercado seria produzir mais aeronaves. Porém, há um gargalo com os fornecedores de peças e equipamentos, que não conseguem dar vazão à atual demanda, fazendo com que o número possível de produção de aeronaves seja o que atualmente já é empregado.

O mercado aeronáutico também sofre com a falta de semi-condutores no mercado mundial e isso tem impacto direto no fornecimento de componentes eletrônicos, cada vez mais presentes nas aeronaves.

Completando o ciclo de fornecimento de matérias-primas, o valor dos metais também vem sofrendo grandes impactos, muito antes da deflagração da invasão russa à Ucrânia. A pandemia quebrou de maneira direta cadeias de exploração, produção, beneficiamento e logística, levando a atrasos nas entregas, queda de fornecimento e consequente inflação mundial.

Por mais avançada que esteja a tecnologia empregada na fabricação das aeronaves e o uso de materiais compostos, materiais como aço, ferro,

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