Adega

Além das festas

Vinhos espumantes estão no nosso imaginário como símbolos de celebração. Esse vínculo remonta às festas e jantares das nobrezas europeias cujos costumes ajudaram a infundir essa imagem nos espumantes, especialmente em Champagne. Depois ainda continuou ligado aos momentos vitoriosos com garrafas sendo espocadas em pódios de corridas automobilísticas, e tantos outros esportes. Por tudo isso, as borbulhas estão sempre ligadas à alegria.

Mas, para abrir um espumante, não precisamos necessariamente organizar uma festa ou ter uma conquista, apesar de momentos para celebrar não faltarem em nossas vidas. Diante de uma pandemia, estar vivo já pode ser um bom motivo, por exemplo. Mas não devemos esquecer que os espumantes, além de contemplar essa simbologia, certamente também são os vinhos mais adequados para acompanhar qualquer refeição. Seu ecletismo à mesa os torna coringas que se encaixam em todos os menus e receitas, acompanhando uma refeição do início ao fim.

Sendo assim, independentemente do momento, pode-se optar por um espumante. Para que você possa escolher o estilo que mais lhe agrada ou o mais interessante para a ocasião que elegeu, vamos elencar os tipos de espumantes e suas características.

As diferentes borbulhas

Tudo o que borbulha é espumante? Não. Há os frisantes e os espumantes. Eles se diferenciam pela quantidade de pressão interna na garrafa. Segundo a legislação brasileira, os frisantes contêm “de 1,1 até 2 atmosferas de pressão a 20ºC”. Já os espumantes precisam ter “uma pressão mínima de 4 atmosferas a 20ºC”. Ou seja, a diferença central não está no método de produção como muitos acreditam. Pois, sim, no caso dos frisantes, o gás carbônico, responsável pelas borbulhas, pode ser tanto natural quanto adicionado (gaseificado). Já nos espumantes ditos naturais, o gás deve ser resultado de um processo, que vamos ver a seguir.

Os métodos

Primeiramente, é preciso entender quais os métodos de produção dos espumantes. Não há apenas uma forma de produzir borbulhas e cada uma delas resulta em características diferentes. Confira.

Ancestral

Este é tido como o método usado nos primeiros espumantes feitos no mundo (daí o nome). Nele, o vinho base é fermentado até chegar a um nível de açúcar e então engarrafado, terminando a fermentação na garrafa. Esse método origina os vinhos chamados de pétillant naturel (efervescente ou espumante natural), ou Pét-Nat”.

Tradicional

Este método também é conhecido como Champenoise por, teoricamente, ter sido “criado” na região de Champagne. Fermentase o vinho base por completo e, no momento de engarrafar, acrescenta-se uma mistura de açúcares e leveduras (licor de tiragem) para que uma nova fermentação ocorra dentro

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