A biodinâmica como destino
DEPOIS DE TERMINAR SEUS estudos em enologia na Espanha, na Universidade de Valência, Noelia Orts passou algum tempo trabalhando em seu país, em vinícolas como Recaredo, Dominio de Valdepusa e Marqués de Griñon. Mas então decidiu que queria viajar. Nascida em uma cidade turística da costa espanhola chamada Benidorm, ela foi atrás de novas aventuras.
“Não sei porque fui para agricultura, acho que estava procurando o oposto do que tinha, que era praia”, diz. Assim, ela foi morar na Holanda, depois foi para a Nova Zelândia e, por fim, ao Chile. “Ser enólogo é como ser chef de cozinha, você tem um passaporte para viajar, pode ir a qualquer lugar do mundo e pode encontrar facilmente um emprego”.
Curiosamente, ela havia escrito para a Viña Emiliana, pois queria trabalhar em um vinhedo orgânico, mas nunca lhe responderam. Mesmo assim, decidiu ficar no Chile. “Não tinha nada para me amarrar na Espanha. Saí do meu apartamento, terminei com meu namorado, não queria nada de lá”, conta. Assim, fez mestrado em viticultura na Universidade do Chile e, de repente, quando Emiliana precisou de um assistente de enólogo, em 2011, um professor indicou seu nome. “No fim aconteceu. Eu sempre dizia que estava destinada”, aponta.
Noelia é hoje responsável pelos vinhos do maior produtor orgânico e biodinâmico do planeta. Ela se orgulha em fazer parte de uma equipe que serve de referência para o uso dessas técnicas em larga escala. Em recente passagem pelo Brasil,
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