

Onovo Need for Speed só foi anunciado apenas dois meses antes do lançamento e a EA não fez questão de promover o game com mais afinco para compensar tão pouco tempo de exposição. E olha que esse é o primeiro jogo novo da série em três anos, desde Heat, de 2019. São clássicos sinais de um jogo sem perspectiva de sucesso que é mandado para morrer na surdina. Por isso é surpreendente constatar que este é o melhor Need for Speed da última década.
Não que isso signifique tanto assim. Desde que a série sofreu um “reboot” na era PS4, a cargo do estúdio Ghost Games (criado especificamente para fazer novos NFS desde Rivais, de 2013), ela teve altos e baixos com o esforçado NFS de 2015, o terrível Payback e o decente Heat, mas nenhum que chegasse perto de grandes sucessos como o Hot Pursuit de 2010. Não por acaso, Unbound foi feito pelo mesmo estúdio: a Criterion Games, que, mesmo desfigurada em relação à era de ouro da série Burnoute Hot Pursuit (ultimamente o estúdio foi realocado como apoio de Battlefield), mostrou que ainda domina o gênero.

FICHA
. PS5
. CORRIDA. MUNDO ABERTO
. CRITERION GAMES. ELECTRONIC ARTS
.PORTUGUÊS (TEXTO/ÁUDIO)
. MÍDIAS FÍSICA E DIGITAL
CHEIO DE ESTILO
A estética de é o primeiro elemento que qualquer um vai reparar, e não tem como passar despercebido. Tudo é realista visualmente, exceto pelos personagens e uns efeitos diferentes que aparecem em volta do seu carro, que em estilo desenho animado (não chega a ser o “estilo anime” como muito se falou antes do lançamento). Assistindo, é meio esquisito, só que jogando é muito mais tranquilo e você acaba nem percebendo direito ou se importando com o estilo da fumaça ou os símbolos em volta da roda ao usar o nitro. Analisando os mods de PC que retiram essas coisas, fica claro que esses efeitos aumentam bastante a sensação de velocidade e que tudo seria um pouco mais chato sem eles.