NOS ÚLTIMOS 10 ANOS, o cenário vitivinícola argentino vem mudando para melhor em todos os sentidos, mas, sem dúvida, essas mudanças são mais percebidas com a Malbec, cepa originalmente francesa, que adotou a Argentina como seu lar. Quem tem aquela ideia de que a Malbec só dá vinhos bombados, alcoólicos e cheios de fruta sobremadura e em compota, precisa, seriamente, rever seus conceitos. O cenário argentino é bem outro, com uma ampla gama de estilos de Malbec vindos de diversas regiões, com muitos deles primando pelo equilíbrio, pelo frescor de fmta e pela aptidão gastronômica.
A degustação de 12 Malbec conduzida pelo enólogo da Kaiken Wines, Juan Pablo Solis, mostra, em termos gerais, mudanças gradativas das safras mais antigas para as mais recentes em direção a mais frescor, menos concentração e o uso mais parcimonioso da madeira, o que é muito bem-vindo.
Para elaborar esses Malbec, além de outros tantos vinhos, a Kaiken, fundada no início dos anos 2000 por Aurélio Montes, um dos mais aclamados enólogos chilenos, conta com três fincas próprias. Duas em Luján de Cuyo, sendo uma em Agrelo (primeira área adquirida pela chilena Vina Montes, na Argentina) e outra em