História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1946 a 1954
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Sobre este e-book
A mais completa obra sobre o futebol português em números.Este livro diz respeito ao período de 1946 a 1954, em que engloba todos os acontecimentos, histórias, finais, resultados e classificações das Ligas, Campeonatos Nacionais, Regional e Taças de Portugal. Este trabalho foi ganhando forma ao longo dos anos; posso mesmo afirmar que terá começado na minha adolescência, sem ter ideia que poderia algum dia tomar este rumo. Quando adolescente e amante do futebol, mostrei sempre interesse pelas estatísticas dos resultados e classificações, começando a apontar tudo o que dizia respeito ao tema e no seu passado histórico, decidi compor esta obra pessoal, o mais completo possível, da história dos campeonatos de futebol. Esta 3a parte diz respeito aos campeonatos da Liga, campeonatos nacionais, distritais e Taça de Portugal.
Giusepe Giorgio
Nasceu em Londres, Grâ-Bretanha, a 15 de Junho de 1968, formado em Engenharia Civil, do qual exerce a profissão, tem no desporto o complemento das suas necessidades. Gosto pelas histórias e estatísticas do futebol, acaba por ser um coleccionador de mesmo.
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História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1946 a 1954 - Giusepe Giorgio
Título: História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1934 a 1954
Published by Giusepe Giorgio
At Smashwords Edition.
Junho 2013
ISBN 978 130 135 8892
Reservado todos os direitos de acordo com a legislação em vigor.
Reprodução proibida por todos e quaisquer meios.
Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue as regras do Acordo Ortográfico.
Índice
Título
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
Época 1946-47 – um passeio para os leões
Época 1947-48 - O campeonato do pirolito
- O Sporting é campeão pela diferença de 1 golo!
Época 1948-49 - Sporting, primeiro tricampeão do futebol português
Época 1949-50 - Benfica vence Campeonato Nacional e Taça Latina
Época 1950-51 – Arranque demolidor do Sporting
Época 1951-52 - Um dos Campeonatos mais disputados de sempre
Época 1952-53 – Sporting, tri campeão
Época 1953-54 - Para o Sporting era o Tetra e o sétimo em oito anos
BIBLIOGRAFIA
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
As épocas seguintes (mencionadas neste 3º livro), coincide com grandes transformações que surgem no futebol português a nível estrutural; o Campeonato Nacional passa a ter descidas e subidas de divisão, o que cria outro interesse nos escalões inferiores, a 1ª divisão passa a ser composta por catorze equipas e surge a 3ª Divisão Nacional.
Estas épocas tiveram um novo ciclo, com o Sporting Clube Portugal, como intérprete, cuja equipa, que ficaria célebre sob designação da equipa dos violinos
, marcando um dos mais brilhantes período do futebol nacional. Essa equipa dos leões, realizou exibições inesquecíveis no plano interno e internacional e a sua hegemonia nos campeonatos nacionais foi de tal modo impressionante que permitiu uma série de sete triunfos em oito épocas, com duas séries de vitórias consecutivas, três de 1946/47 a 1948/49 e quatro de 1950/51 a 1953/54, separadas por uma vitória do Benfica que daria também a primeira vitória internacional. Aconteceu na época de 1949/50 e valeu ao clube encarnado a sua vitória na Taça Latina dessa época
Época 1946-47 – um passeio para os leões
O Campeonato Nacional alargado a 14 Clubes e que pela primeira vez contemplava descidas de divisão, foi um passeio para os Leões que se sagraram campeões nacionais pela 3ª vez, terminando a prova com 47 pontos, que correspondiam a 23 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, uma das quais frente ao Benfica, que tinha sido esfrangalhado no jogo da 1ª volta por 6-1, mas agora sem oito titulares, suspensos pela DGD, depois duma goleada de 10-0 sofrida pela Selecção Nacional frente à Espanha, o Sporting perdeu por 3-1. A outra derrota foi nas Salésias frente ao Belenenses, que repetiu assim o resultado de 2-0 conseguido no campeonato regional. Esta foi para muitos a melhor época da história do Sporting, em que finalmente se juntaram os famosos Cinco Violinos com a chegada de Vasques e Travaços ao Clube.
Esta edição marca uma nova era no futebol português, após algumas equipas terem-se qualificado pela última vez pelas respectivas Distritais como da AF Porto (Boavista) e Sanjoanense da AF Aveiro, juntamente com os primeiros classificados da 2ª Divisão Nacional da época passada (Estoril-Praia e Famalicão); as equipas irão disputar um campeonato em que no fim só os últimos é que deixam de disputar o Campeonato Nacional na época seguinte em troca dos melhores classificados da 2ª Divisão Nacional. Os campeonatos distritais passarão a ter outras equipas que lutarão entre si o direito a disputar a 2ª Divisão nacional. Esta modalidade faz com que as melhores equipas irão estar sempre presentes no escalão principal da época seguinte e um aliciante maior para o campeonato da 2ª divisão nacional.
O Sporting inicia o Campeonato Nacional com o estatuto de Campeão Lisboeta, com a vitória conquistada a quente na última jornada no campo do Benfica. Vence em Famalicão estreante por (9-5), após goleada ao Atlético por 9-2 o Sporting volta a perder nas Salésias com o Campeão Nacional Belenenses (0-2) e arranca para 16 vitórias seguidas, começando com vitória sobre o FC Porto (3-2) e goleada de 6-1 ao Benfica na 9ª jornada. Na segunda volta o Belenenses é definitivamente afastado do ttulo com derrota no Lumiar (0-3). O empate em Setúbal e a derrota no Campo grande com o Benfica foi para cumprir calendário. Peyroteo voltou a sagrar-se como o melhor marcador da prova, com 43 golos´, estabelecendo um novo recorde na prova que duraria até 1974.
O Benfica começa da pior maneira o Campeonato com derrota no Porto (2-3) e goleada na Amoreira com o Estoril-Praia por 3-6. Após quatro vitórias seguidas, volta a baquear em Lisboa com o Atlético (2-3) e com a goleada por 1-6 com o Sporting fica a 6 pontos e afastado do título ainda antes de acabar a primeira volta. O talento de Travaços era tão grande que, no primeiro jogo contra o grande rival Benfica, marcou 3 dos 6 golos do Sporting numa vitória histórica (6-1). Goleada ao Benfica no caminho para o título. Disputava-se a 9ª jornada e os leões já eram lideres com quatro pontos de avanço fruto de 7 vitórias e apenas uma derrota (nas Salésias). Entrava-se no 2/3 do campeonato e a vitória do Sporting representava um grande passo rumo ao título. De realçar que a semana que antecede o jogo foi de invernia, deixando o Campo do Lumiar pesado e encharcado, seria um jogo musculado e pouco técnico.
O Benfica entrou bem no jogo, querendo ter o controlo das operações, acerca-se da baliza de Azevedo no primeiro quarto de hora. O Sporting foi gerindo o jogo com algumas jogadas de contra-ataque que culminaria no 1-0 aos 7 minutos por Travassos. Merecidamente aos 17 minutos o Benfica empata, mas a frescura dos primeiros minutos já não é igual. O Sporting começa a pressionar e à passagem da meia-hora, depois de uma insistência de cantos Travassos assiste Peyroteo na marcação do 2-1. Passados 6 minutos o Sporting numa recuperação de bola, de uma marcação de canto por parte do Benfica, aumenta para 3-1 por Peyroteo a passo de Jesus Correia, terminando a 1ª parte em vantagem. Na 2ª parte começa com jogo aberto de parte a parte e o golo pode surgir para qualquer das partes. E seria para o Sporting por Albano aos 15 minutos, fazendo o 4-1. A partir daqui só deu Sporting e com o temporal a aumentar e o terreno pesado, as energias dos benfiquistas tinha se acabado. Nos últimos 10 minutos, mais dois golos a fechar a contagem em 6-1, com Travassos em destaque a apontar três golos.
Na 17ª jornada a diferença era abismal para o 2º lugar e a ida à Invicta poderia arrumar com o título. Os leões lideravam o campeonato e iam da 13ª vitória consecutiva (iniciado na 4ª jornada aquando da recepção a este mesmo FC Porto, com vitória por 3-2). Num jogo disputado, o FC Porto inaugura o marcador aos 6 minutos, resultado com termina a 1ª parte. Numa 2ª parte mais electrizante o Sporting empata ao quarto de hora e volta a marcar a um quarto de hora do fim, mas Boavida bisa para os portistas repondo o empate. Com uns últimos minutos alucinantes o Sporting marca dois golos aos 79 e 85 por Peyroteo e Jesus Correia, era a música a começar a ser tocada nesta primeira época.
Mais por percalço do Belenenses, o F. C. Porto acabaria por ficar em terceiro lugar, com os mesmos pontos do Belenenses e do Estoril (33), a oito do Benfica e a 14 do Sporting! Mas foi preciso protesto para que o 3.º lugar fosse atribuído ao F. C. Porto, já que, inicialmente, fazendo tábua rasa do goal-average entre os três, os portistas foram relegados para o quinto lugar, atrás do Belenenses e do Estoril. Era assim...
No arranque para o Campeonato 1946/47, no Estádio do Lima, vitória sobre o Benfica, por 3-2, e só passou para situação de vencedor quando o guarda-redes lisboeta, Pinto Machado, se lesionou, indo Corona para a baliza… Nas Salésias, regresso de Catolino a extremo-esquerdo. E vitória sobre o Belenenses por 2-0. Já se falava, outra vez, da magia de Szabo. Antes do Natal, portistas à beira de ataque de nervos. Em jogo particular, no Lima, o F. C. Porto perdeu com o Oriental por 1-6! Os críticos acusaram os jogadores de não se empenharem, exortando Szabo a agir e a castigar. Doesse a quem doesse… E, oito dias depois, a primeira derrota no Campeonato. No Lumiar, frente ao Sporting, 2-3. Os portistas estiveram a vencer por 2-1, acabando por sofrer o golo da derrota à beira dos 90 minuto. A derrapagem: Já em Março de 1947, no FC Porto era incontrolável derrapagem, empatou na 11.ª jornada do Nacional
da I Divisão, com o Famalicão, no Lima, a três golos, descendo para o terceiro lugar, a um ponto do Benfica e a sete do Sporting. No final do mês a queda para o 4.º lugar, após derrota, no Campo Grande, por 4-0, frente ao Benfica, em partida em que a estrela da tarde foi... Barrigana. Com a equipa do FC Porto em decréscimo de rendimento, escrevia-se na Stadium
: Na verdade, desde que o FC Porto, de um só golpe, se viu privado de uma série de bons jogadores, nunca mais conquistou lugares distintos no futebol
. O desgaste foi terrível: Acácio Mesquita, Carlos Pereira, Costuras, Bela Andrasik, Carlos Nunes, Kordrnya, Petrack — todos de enfiada. Depois, o grande Pinga. Ainda Manuel dos Anjos (Pocas), que atingiu o limite das suas forças. E, por último, a ausência temporária de Correia Dias e o abandono de Gomes da Costa. Tudo junto, em poucos anos, contribuiu para eliminar a força do team
, criando à sua volta uma atmosfera de descrença inevitável. As gerências que têm sido chamadas a orientar os destinos do primeiro clube portuense não tiveram ainda a sorte do seu lado, de modo que as equipas de futebol do clube têm baixado de categoria, a despeito de no princípio desta época se haver julgado o contrário". Os 5 golos do futuro ministro: Diógenes Boavida, angolano que