História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1980 a 1986
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Sobre este e-book
A mais completa obra sobre o futebol português em números.Este livro diz respeito ao período dos campeonatos de futebol, de 1980 e 1986, em que engloba todos os acontecimentos, histórias, finais, resultados e classificações das Ligas, Campeonatos Nacionais e Taças de Portugal. Este trabalho foi ganhando forma ao longo dos anos; posso mesmo afirmar que terá começado na minha adolescência, sem ter ideia que poderia algum dia tomar este rumo. Quando adolescente e amante do futebol, mostrei sempre interesse pelas estatísticas dos resultados e classificações, começando a apontar tudo o que dizia respeito ao tema e no seu passado histórico, decidi compor esta obra pessoal, o mais completo possível, da história dos campeonatos de futebol. Esta 8a parte diz respeito aos campeonatos da Liga, campeonatos nacionais, distritais e Taça de Portugal.
Giusepe Giorgio
Nasceu em Londres, Grâ-Bretanha, a 15 de Junho de 1968, formado em Engenharia Civil, do qual exerce a profissão, tem no desporto o complemento das suas necessidades. Gosto pelas histórias e estatísticas do futebol, acaba por ser um coleccionador de mesmo.
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História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1980 a 1986 - Giusepe Giorgio
Giusepe Giorgio
2013
Título: História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1980 a 1986
Published by Giusepe Giorgio
At Smashwords Edition.
Outubro 2013
ISBN 978 130 194 1155
Reservado todos os direitos de acordo com a legislação em vigor.
Reprodução proibida por todos e quaisquer meios.
Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue as regras do Acordo Ortográfico.
Índice
Título
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
Época 1980-81 – O Benfica abriu a década de 1980 com dobradinha
Época 1981-82 – Sporting, os últimos títulos antes do longo jejum
Época 1982-83 – Eriksson no Benfica, faz dobradinha e chega à final da Taça UEFA
Época 1983-84 – O último Bi-Campeonato do Benfica
Época 1984-85 – FC Porto Campeão no início de um novo ciclo
Época 1986-86 – FC Porto Bi-Campeão, num dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos
BIBLIOGRAFIA
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
Este oitavo livro diz respeito ao período de 1980 a 1986, com a transição futebolistica do poder; o título do Sporting (1982) a que se seguia um longo jejum sem vencer o campeonato, o última Benfica bicampeão (1983 e 1984), o surgimento do FC Porto, pós Basileia com o início do dominio a nível nacional.
Na época de 1980/81 o Benfica abriu a década de 1980 com novo pleno nacional: Campeonato, Taça de Portugal (3-1 ao FC Porto na final) e a Supertaça Cândido de Oliveira, pela 1ª vez na História do clube. Só faltou a Taça das Taças para fazer o pleno.
A época de 1981/82 é recordada por todos os sportinguistas como uma das melhores de sempre da história do Sporting. Com efeito, naquela época, o Sporting, treinado pelo, excêntrico e carismático, inglês Malcolm Allison (Big Mal
), conquistou a dobradinha
(Campeonato Nacional e Taça de Portugal). Os últimos títulos antes do longo jejum.
Na época de 1982/83 os encarnados fazem a dobradinha em Portugal e chegam à final da Taça UEFA. Eriksson chegaria a Portugal, ostentando já no currículo a conquista da Taça UEFA com o Gotemburgo. O Campeonato acabaria por se tornar facilitado mercê das 11 vitórias consecutivas logo a abrir.
Após o sucesso de que se tinha revestido a época anterior, o Benfica abriria a temporada de 1983/84 de forma auspiciosa. De uma assentada conquista a Taça de Portugal referente à temporada 82/83, em pleno Estádio das Antas contra o FC Porto. No campeonato, o domínio benfiquista seria bem marcado logo de início, com uma primeira volta em que apenas cedeu um empate.
Na época de 1984/85, o Porto sagrou-se Campeão Nacional ao fim de 6 anos de jejum. Para trás, ficava um período conturbado em que Américo de Sá deixara a liderança do clube e Jorge Nuno Pinto da Costa. É um título simbólico, o primeiro de Pinto da Costa na qualidade de presidente. A vitória na Luz com um golo de Fernando Gomes praticamente abriu as portas do campeonato.
Foi o segundo título de Artur Jorge como treinador, num dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos. Nessa época, o FC Porto foi campeão nacional com dois pontos de vantagem sobre o Benfica, com o título a decidir-se dramaticamente nas últimas jornadas.
Época 1980-81 – O Benfica abriu a década de 1980 com dobradinha
O Benfica abriu a década de 1980 com novo pleno nacional: Campeonato, Taça de Portugal (3-1 ao FC Porto na final) e a Supertaça Cândido de Oliveira, pela 1ª vez na História do clube. Só faltou a Taça das Taças para fazer o pleno. Fica também para a história as palavras que o treinador húngaro, amado por todo o plantel, utilizava nos balneários antes de começar um jogo: "Eu ter muito medo deste jogo". Com Lajos Baroti como treinador e o regresso de João Alves e Veloso, o Benfica teve no FC Porto grande adversário na luta pelo título, onde o Sporting apático cedo comprometeu a defesa do título conquistado e nunca soube encontrar-se. O FC Porto inicia a pré-época fragilizado, a direcção do Porto, presidida na altura por Américo de Sá, viu-se a braços com um motim, resultando na destituição de Pinto da Costa e depois Pedroto e restante equipa técnica por solidariedade.
Benfica Campeão Nacional
*Com o Espinho a vencer por 2-0, foi interrompido aos 84′ por força de uma invasão pacífica de campo, sendo o Benfica punido com derrota por 3-0.
O Sporting, campeão nacional entra mal na abertura do campeonato; a primeira jornada, dita um duelo entre os dois primeiros classificados da época passada, Sporting-FC Porto, mas ao contrário do previsto seria um FC Porto remendado devido à crise da pré-época e com um novo treinador (Herman Stessl, Austríaco), a vencer o jogo (2-1 em Alvalade); Adelino Teixeira abre o activo aos 27' para os portistas, na 2ª parte Manoel empataria aos 52' e Albertino volta a colocar o FC Porto em vantagem aos 60'. Ao contrário o Benfica, com novo treinador e reforços (regresso de João Alves), vence no Bessa (1-0). Na 2ª jornada, jogando em casa o Benfica e o FC Porto são os únicos invictos, os leões voltam a escorregar (empate em Viseu, 1-1). Na 3ª jornada, O FC Porto perde em Setúbal, o Benfica isola-se no primeiro lugar (3-0 em Braga), Sporting com primeira vitória (3-1 ao Marítimo) e os Vimarenses sobem ao 2º lugar.
Na jornada 4, enquanto o FC Porto volta às vitórias (2-1 ao Espinho), Benfica goleia (6-0 ao Penafiel) o Sporting aumenta a diferença para quatro pontos com empate em Guimarães (2-2) e os Encarnados sobem para dois pontos a vantagem sobre um trio, liderado por Portimonense (5-1 ao Boavista, 2-0 ao Braga e 2-0 na Póvoa), Guimarães e FC Porto. Nas jornadas seguintes o Benfica continua imparável e aproveita empate surpresa do Varzim nas Antas e novo empate do Sporting em Setúbal, depois dos leões terem ganho em Penafiel e ao Belenenses. E há 7ª jornada o Benfica estava isolado com três pontos sobre portistas e no 3º lugar, Portimonense e Sporting a cinco pontos! Penafiel estreia novo treinador e vence o Belenenses (1-0), Oliveira (ex FC Porto) também joga e faz o passo do golo. Na 8ª jornada o FC Porto trava o Benfica (2-1); o líder ainda não tinha sofrido qualquer golo no campeonato, mas Mike Walsh aos 5' inaugura o marcador, Shéu empata aos 11', com o 1º tempo a terminar 1-1. Na 2ª parte Costa coloca os portistas novamente em vantagem aos 55' e o Benfica perderia por 1-2 na primeira derrota da época. Reanima o campeonato com Sporting a aproveitar (4-1 ao Espinho), mas Portimonense cede em Coimbra (0-1). Jornada 9, volta a ser benéfica para o Benfica; enquanto os Encarnados batem o Ac. Viseu (3-0), Sporting perde no Bessa (1-2) e FC Porto perde em Portimão no grande jogo da jornada; de realçar os 4 pontos de intervalo entre o Guimarães (5º) e o trio em último lugar (Setúbal, Académico Coimbra e Penafiel). Com o primeiro terço do campeonato, de salientar a goleada invulgar de 6-3 do FC Porto sobre o Amora e o Benfica a passar na madeira (2-1, mas a lembrar fantasmas do passado). No 1º lugar o Benfica com 18 pontos, 2º FC Porto com 15 pontos, 3º lugar Sporting com 13 pontos e no 4º lugar, as equipas do Guimarães e Portimonense com 12 pontos.
Em vésperas de um Sporting-Benfica, os líderes voltam a aumentar a vantagem sobre FC Porto (empate em Coimbra) e Sporting (empate em Braga). No jogo grande Alvalade, o Benfica adianta-se no marcador por César aos 25' e o Sporting empataria já na 2ª parte por Freire aos 69'. O FC Porto estava à escuta, recebendo o Penafiel de Oliveira e as magias do treinador resultaram num empate a duas bolas em pleno Estádio das Antas, Oliveira regressava às Antas depois do Verão quente agitado que levou ao afastamento de Pinto da Costa de José Maria Pedroto do Clube. Em solidariedade a esses dois, Gomes e Oliveira também deixaram as Antas. Depois de um péssimo começo de época, com Oliveira, desde a 7.ª jornada, o Penafiel estava em plena e rápida, recuperação. Contudo, houve um outro indivíduo que reclamou como, em parte, da sua autoria esse empate nas Antas. Trata-se de Zandinga, um parapsicólogo, creio que espécie de vidente, que fazia parte da equipa técnica do Penafiel. Ao que consta, Zandinga preparou um feitiço atrás da baliza que Fonseca defendera na 2.ª parte, e foi aí que o Penafiel marcou os dois golos. Será que foi o feitiço do Zandinga, ou maestria e magia do Oliveira que resultaram no sucesso do Penafiel? Não beneficiando do empate no derbi Sporting-Benfica (1-1).
Depois do empate caseiro com o Benfica, o Sporting compromete definitivamente as aspirações à revalidação do título ao perder no Algarve, aumentando a distância para oito pontos, sendo ultrapassado pelo Portimonense; FC Porto mantém a distância de quatro pontos. Até ao fim da 1ª volta o FC Porto recupera um ponto, com o empate cedido pelo Benfica em Setúbal, vencendo na última jornada da 1ª volta ao SC Espinho (2-1); Portistas com dupla vitória, por 1-0 (na Madeira e com Guimarães) e o Sporting que regressa ao 3º lugar com goleada ao Amora (5-0) e vitória em Coimbra (2-1). O Portimonense termina a 1ª metade em 4º lugar com Bracarenses em 5º lugar e o sensacional Amora em 7º lugar a quatro pontos do Sporting. No fundo da tabela o Marítimo é o lanterna vermelha, seguindo-se um trio composto pelos dois Académicos e o Belenenses com mais um ponto e varzim e Setúbal acima da linha de água.
A 2ª volta inicia-se tal como a 1ª volta; Benfica bate Boavista por 3-0 e o FC Porto reforça o 2º lugar e mantém a pressão sobre os encarnados ao voltar a ganhar ao Sporting por 1-0 nas Antas, com o irlandês Walsh a marcar aos 19' da 1ª parte, um jogo sempre controlado pelo FC Porto; nos jogos de aflitos o Belenenses vence em Coimbra por 2-0. Na 16ª jornada, com os líderes a venceram, a sensação acontece em Alvalade com o Académico de Viseu a vencer por 1-0 e o Sporting começa a temer o 3º lugar, pois o Portimonense com menos um ponto, junta-se quatro equipas a dois pontos e Boavista em 9º lugar a três. Na 19ª jornada com o Sporting a estabilizar nos resultados (vence na Madeira e em casa ao Guimarães), o Benfica empata em Penafiel (0-0) e vê o FC Porto aproximar-se (1-0 em Espinho), reduzindo para dois pontos a diferença. No fecho do segundo terço do campeonato o Benfica ia a Portimão (4º lugar), num jogo dificílimo onde FC Porto e Sporting, tinham caído; o Benfica teve uma tarde endiabrada e vence por 5-1, (atirando o Portimonense para um 7º lugar); FC Porto mantém a pressão com 2-1 ao Boavista.
Com entrada no último terço do campeonato ninguém cedia e na 23ª jornada, o grande jogo do título com o Benfica-FC Porto; Os encarnados já não venciam ao FC Porto, desde o último título conquistado (3-1 em Maio de 1977, quase quatro anos). O Benfica vence com golo de João Alves por 1-0 e dá passo gigante rumo ao título, mas ainda em fase de descompressão vai empatar a Viseu (1-1) na 24ª jornada, com FC Porto a recuperar um ponto; Sporting e ressurgido Boavista, empatam em Alvalade (1-1) e a luta do 3º lugar parece ser entre ambos. Depois de golear o Marítimo por 6-1, o Benfica volta a jogar fora e volta a ceder outro ponto (0-0 em Guimarães), FC Porto tira vantagem cilindrando o condenado Académico de Coimbra por 7-0, Sporting volta a empatar em Alvalade, segundo jogo consecutivo (1-1 com Braga), Marítimo também compromete a manutenção (1-1 com Portimonense e a três pontos da linha de água), tal como Amora com mais um ponto e que depois dos 15 pontos conquistados na 1ª volta, só somou mais 4! e isto quando faltam quatro jornadas para terminar o campeonato.
Na 27ª jornada, surge o último clássico do campeonato, com um derbi Benfica-Sporting; Os encarnados estavam proibidos de perder, pois implicaria que o FC Porto se colaria no primeiro lugar e o Sporting queria segurar o 3º lugar com o Boavista a ameaçar. Com tantas situações em jogo mesmo na manutenção, seria uma jornada de empates; No jogo grande da zona dos aflitos, o Amora bate o Marítimo por 1-0 e condena os madeirenses; No jogo entre Académicos o de Viseu, vai ganhar a Coimbra, e ultrapassa os pressionados Espinho e Varzim. Na Luz o Sporting entra melhor no jogo contra um Benfica nervoso, mas a 1ª parte termina com o Benfica a vencer por 1-0, com golo de penalti duvidoso sem antes ter havido um golo invalidado pelo árbitro ao Sporting. O jogo terminaria empatado a uma bola com Jordão a marcar o golo do empate e assim a justiça no resultado. FC Porto não aproveita empatando em Penafiel e assim mantém-se os dois pontos com três jornadas para jogar. Na 28ª jornada ninguém cede e o Benfica pode festejar o título se vencer na Luz o Setúbal, pois mesmo que perca a vantagem na última jornada a diferença de golos entre marcados e sofridos era a favor do Benfica de 20 golos...
Benfica-Sporting 1-1
À penúltima jornada, a vitória esclarecedora no Estádio da Luz garantiu a conquista do campeonato ainda com uma jornada por disputar; O Benfica ganharia por 5-1 e ainda aumentava a vantagem após o empate caseiro do FC Porto com o condenado Marítimo. Na luta pelo 3º lugar o Sporting cede o lugar ao Boavista; os Leões são surpreendentemente goleados na Amora (0-3), mantendo assim a esperança na manutenção. E o Boavista vence na Póvoa de Varzim, complicando a vida à equipa Poveira. Beleneneses salva-se em definitivo ao vencer em Portimão (2-1) e o SC Espinho dá um grande passo ao vencer em Braga, pois a última jornada é em casa com o Benfica. Tendo em conta que nesta época só descem três automaticamente (o quarto vai disputar uma Liguilha), a decisão fica entre o SC Espinho (recebe o Benfica), Varzim (vai a Penafiel), Académico Viseu (Vai ao condenado Marítimo) e Amora que vai ao Restelo; um deles junta-se ao Marítimo e Académico de Coimbra e o outro 13º lugar vai jogar a Liguilha de manutenção com os vices das três zonas.
Na última jornada disputava-se apenas o prestígio do 3º lugar, o lugar de descida e do torneio de Liguilha. Enquanto o Boavista desesperava com o empate caseiro com o SC Braga (1-1), o Sporting segurava o 3º lugar por um ponto ao bater o Académico de Coimbra por 3-0 no jogo de despedida da 1ª Divisão. No jogo da festa do título de campeão o Benfica deslocava-se a Espinho e perde por 2-0; O jogo Espinho-Benfica, da 30ª jornada, foi interrompido aos 84′ por força de uma invasão de campo; o resultado era de 2-0. O Benfica foi subsequentemente punido com uma derrota de 3-0. No entanto, os golos marcados nesse jogo (SCE: Coelho, Vitorino) foram contabilizados. O Amora foi o grande beneficiado na luta pela manutenção, enquanto o Académico de Viseu perdia na Madeira (3-5), ficou na expectativa com o Varzim a empatar em Penafiel, mas a reviravolta final do Amora no Restelo (esteve a perder e virou o resultado), saldou-se, de uma hipotética descida automática para uma manutenção definitiva; o Académico acabaria por ocupar o 13º lugar tendo que disputar a liguilha e o Varzim que pensava contentar-se com a liguilha desceria na companhia do Marítimo e do Académico de Coimbra. Na liguilha o Académico de Viseu levaria a melhor sobre o Leixões (Norte), Os Nazarenos (Centro) e Juventude Évora (Sul), com os Viseenses a levar a melhor sobre a equipa da Nazaré na última jornada, num jogo em que o empate bastava, acabando por vencer.
Benfica, Campeão Nacional
Após três épocas consecutivas sem vencer o campeonato nacional, algo que não sucedia desde 1954/55, o Benfica voltaria aos títulos em 1980/81 e logo com uma dobradinha, a 7ª do seu historial. Aliás, logo em Outubro, o Benfica tinha já deixado bom prenúncio ao conquistar a Supertaça, na altura ainda sem o nome de Cândido de Oliveira, pelo que na prática a época se saldou por um tripleto de troféus. A única temporada, em toda a sua história, em que o Benfica venceria Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça. Foi um campeonato em que o Benfica apresentando um magnifico lote de jogadores, dentro os quais se destacavam Bento, Humberto Coelho, Shéu, Chalana, Carlos Manuel e Nené e se juntavam as aquisições de João Alves e Veloso e para os orientar tinha sido contratado o húngaro Lajos Baroti, ex-seleccionador magiar em 3 campeonatos do Mundo, para substituir Mário Wilson. O 24º título nacional do clube acabou por ser garantido de forma natural, afinal de contas a equipa esteve na frente do campeonato desde a 1ª jornada, venceu os primeiros 7 jogos sem sofrer qualquer golo, claudicando apenas à 8ª jornada na visita às Antas, e acabando a primeira volta com 3 pontos de avanço sobre o FC Porto. A segunda volta iniciou-se com 3 vitórias consecutivas, mas um empate a zero em Penafiel reduziria a vantagem para o segundo classificado para apenas 2 pontos. Mais três vitórias consecutivas permitiriam segurar a vantagem para a recepção ao FC Porto na 23ª jornada da prova. Naquela tarde de 14 de Março de 1981 pairavam fantasmas no ar, nas últimas 3 temporadas o Benfica não tinha ganho qualquer jogo contra os nortenhos em jogos a contar para o campeonato e na época de 77/78 tinha acabado o campeonato sem derrotas e em igualdade pontual com os portistas mas acabando por o perder na diferença de golos marcados quando tinha estado a vencer nas Antas durante 80 minutos na antepenúltima jornada do campeonato. Seria o Benfica capaz de sacudir a malapata? João Alves teria a palavra… O luvas pretas
acabaria por marcar o golo com que tinha sonhado. Aos 44 minutos, Chalana ganha a linha de fundo na esquerda, cruza, Freitas falha o corte e Alves chuta potentemente sem que Tibi pudesse sequer esboçar reacção. O génio de São João da Madeira poderia assim dedicar o golo que valeria um campeonato à sua filha Núria, nascida 24 horas antes e que, em virtude de se encontrar em estágio, não tinha ainda tido oportunidade de conhecer. Na segunda parte, não facilitando, o Benfica encostaria os portistas às cordas com Nené e César a enviariam bolas aos postes da baliza defendida por Tibi. Contudo, o jogo acabaria com a magra vitória do Benfica, alicerçada na grande exibição de Veloso a secar Costa e na inspiração de João Alves. Com todas as cartas na mão para vencer a prova, o Benfica acaba por inesperadamente escorregar logo na jornada seguinte, na deslocação a Viseu, concedendo um empate a 1, duas jornadas volvidas, nova escorregadela, agora com um nulo em Guimarães ao que se juntou a expulsão de João Alves, que assim não defrontaria o Sporting na jornada seguinte. O empate caseiro cedido ante os leões acabaria por ser um mal menor, uma vez que deixaria o Benfica com 2 pontos de avanço sobre o perseguidor portista. Seria um jogo marcado pela polémica arbitral devido a um golo invalidado a Jordão. Daí até ao final da prova, o Benfica não voltaria a facilitar e acabaria por celebrar a conquista, mais uma vez, na visita a Setúbal, com um categórico triunfo por 1-5. No dia 31 de Maio de 1981, na última jornada do Campeonato, a Luz renderia homenagem aos seus heróis e estes corresponderiam com uma vitória por 2-0 ante o Sporting de Espinho, numa época de pleno sucesso, onde a única mácula seria a eliminação nas meias-finais da extinta Taça das Taças, ante o hoje insignificante
Carl Zeiss Jena, da ex-RDA. Outra das curiosidades desta época seria que pela primeira vez um estrangeiro se tornaria campeão nacional de futebol pelo clube da Luz, precisamente, os brasileiros Jorge Gomes e César Martins de Oliveira. A célebre Assembleia Geral de 1 de Julho de 1979, presidida pelo juiz desembargador Adriano Afonso, abriria finalmente as portas há entrada de estrangeiros no futebol benfiquista e Jorge Gomes seria o primeiro de todos, seguido por César (Cirillo Miramon não entra nestas contas pois não há registos de que tenha actuado oficialmente pelo clube). Se Jorge Gomes, vindo de Braga, persiste na memória comum como o primeiro de todos, César ficaria para sempre recordado pelo golo marcado ante