Saga Azerbaijana: A Estória de Badam - Livro 1 da Série Contos Maravilhosos Caucasianos
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Saga do Azerbaijão é a história de um mendigo que, ao cavar a terra para fazer uma caverna onde pudesse se abrigar contra o frio e o mau tempo, descobre um imenso tesouro e torna-se milionário.
Manda construir um edifício que, por sua beleza e grandeza, ultrapassasse todos os de sua região e, ao lado desse edifício, outro edifício de caráter especial, contendo sete portas, através das quais ele passa a distribuir esmolas aos pobres diariamente.
Depois, ele deixa um dervixe em seu lugar, e empreende uma longa e complicada viagem, para ver se, nalgum lugar do mundo, havia alguém mais generoso do que ele.
A sua história torna-se então uma história no interior da qual se correlacionam várias outras histórias, cada qual com o seu próprio herói e narrador, narrando para Badam as peripécias de suas próprias aventuras.
Uma característica importante dessa narrativa está no fato de que o fim de cada história é sempre uma motivação em relação à história que vem depois. Razão pela qual o leitor, ao começar a leitura, não consegue interrompê-la.
Jose Fernandes da Silva
José Fernandes da Silva, nascido em 17 de dezembro de 1935, no município de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais, Fez curso de Mestrado em 1986, na Universidade de Estocolmo (Suécia), com a tese A CONSTRUÇÃO ARTÍSTICA EM SAGARANA: Uma Análise Estrutural Semiótica em João Guimarães Rosa; cursou Doutorado em 2002, pela Universidade Paulista de São José o Rio Preto, com a tese: A Semiótica do Texto Narrativo literário; foi professor de Literatura, Teoria Literária e Semiótica, na Universidade Católica de Goiás (hoje PUC-GOIÁS), durante 20 anos; e é atualmente professor aposentado, dedicado à tradução do sueco para o português e gravação de textos narrativos.
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Saga Azerbaijana - Jose Fernandes da Silva
BIOGRAFIA
José Fernandes da Silva, nascido em 17 de dezembro de 1935, no município de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais, Fez curso de Mestrado em 1986, na Universidade de Estocolmo (Suécia), com a tese A CONSTRUÇÃO ARTÍSTICA EM SAGARANA: Uma Análise Estrutural Semiótica em João Guimarães Rosa; cursou Doutorado em 2002, pela Universidade Paulista de São José o Rio Preto, com a tese: A Semiótica do Texto Narrativo literário; foi professor de Literatura, Teoria Literária e Semiótica, na Universidade Católica de Goiás (hoje PUC-GOIÁS), durante 20 anos; e é atualmente professor aposentado, dedicado à tradução do sueco para o português e gravação de textos narrativos.
APRESENTAÇÃO
I – O que são sagas?
SAGAS são narrativas épicas de caráter folclórico e, ao mesmo tempo, fantástico-realístico, em que se fala de acontecimentos relacionados com a vida, os costumes, as crenças e os anseios de determinados povos, num período referente geralmente à antiguidade. No presente caso, os povos do mundo caucásico.
Trata-se, na maioria delas, de narrativas heroicas, em que os heróis são tanto homens quanto mulheres; e em que fatores éticos como a coragem, a valentia, a lealdade, a honra, a fé etc., são os principais temas postos em destaque. Fatores que fazem de tais narrativas objetos de caráter não apenas estético como também pedagógico, no tocante ao modo como se deve viver em comunidade.
A narrativa publicada neste livro é parte de uma coleção de 17 narrativas, umas mais longas e outras mais curtas, denominada (em minha tradução do sueco para o português) Sagas Populares Caucasianas (kaukasiska Folksagor, em sueco), modificada depois para Contos Maravilhosos Caucasianos, em virtude de a denominação saga não ser muito comum em nosso país, e de elas serem de fato contos maravilhosos, num sentido próximo do que chamamos de contos de fada.
Aos títulos correspondentes aos diferentes capítulos, acrescentamos subtítulos, pondo em destaque os nomes dos principais figurantes e certos assuntos a eles relacionados.
II – O arranjo sequencial do texto
A forma na qual o texto aí aparece decorre de um arranjo sequencial, destinado a torná-lo mais fácil e mais agradável de ser lido, sem modificá-lo no entanto em sua originalidade. O processo de leitura num texto escrito desenvolve-se, simultaneamente, da esquerda para a direita (em sentido horizontal), e de cima para baixo (em sentido vertical), num ziguezague contínuo em que, partindo-se da margem esquerda, chega-se à margem direita e, em seguida, volta-se à margem esquerda, para, em continuidade, repetir o mesmo movimento,
através de uma linha que se quebra continuamente, formando segmentos particulares que se encadeiam através deste ziguezague.
Com isso, o leitor, queira ou não, é obrigado a fazer certos tipos de pausa, determinados justamente pelo tempo que se gasta na passagem do fim de um segmento ao início do segmento que vem depois; ou do fim de determinado conjunto de