Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

Encontro inesperado - Romantic Time 8
Encontro inesperado - Romantic Time 8
Encontro inesperado - Romantic Time 8
Ebook102 pages2 hours

Encontro inesperado - Romantic Time 8

Rating: 0 out of 5 stars

()

Read preview

About this ebook

O passado doloroso fez Dolores desistir do amor. Sua família a obrigou a abandonar seu primeiro amor e agora ela abdicou da felicidade - e de todas as possibilidades de sofrer uma desilusão - ao aceitar o pedido de casamento de um homem que satisfaz as exigências de sua família. Mas um encontro inesperado com um jovem e simpático médico pode mudar sua vida. Desde que ela tenha coragem para enfrentar tudo e todos em nome desse amor.

LanguagePortuguês
PublisherCandice Press
Release dateDec 23, 2014
ISBN9781507044230
Encontro inesperado - Romantic Time 8

Related to Encontro inesperado - Romantic Time 8

Related ebooks

Contemporary Romance For You

View More

Related articles

Reviews for Encontro inesperado - Romantic Time 8

Rating: 0 out of 5 stars
0 ratings

0 ratings0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    Encontro inesperado - Romantic Time 8 - Ellie Grow

    O passado doloroso fez Dolores desistir do amor. Sua família a obrigou a abandonar seu primeiro amor e agora ela abdicou da felicidade - e de todas as possibilidades de sofrer uma desilusão - ao aceitar o pedido de casamento de um homem que satisfaz as exigências de sua família. Mas um encontro inesperado com um jovem e simpático médico pode mudar sua vida. Desde que ela tenha coragem para enfrentar tudo e todos em nome desse amor.

    * * *

    Copyright © 2013 by Ellie Grow

    Tradução: Augusta Legat

    Todos os direitos reservados. Exceto para uso em qualquer análise, a reprodução ou utilização deste trabalho, no todo ou em parte, em qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos ou outros, atualmente conhecido ou futuramente inventado, incluindo xerografia, fotocópia e gravação, ou qualquer armazenamento de informação ou sistema de recuperação, é proibido sem a permissão escrita do autor.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, estabelecimentos comerciais, acontecimentos ou locais é mera coincidência.

    Publisher: Candice Press

    Capa: Sunshine Design

    CAPÍTULO 1

    Dolores contemplou-se ao espelho. Estava muito pálida. Decidiu pintar-se, pois não gostava dos comentários que costumavam fazer sobre a sua beleza. Era forte, não se recordava de ter estado doente nunca. Talvez apenas na infância. Conservava na memória uma vaga impressão de sofrimento. Era algo muito distante, quase esquecido, mas terrível.

    Tivemos de levá-la para o hospital a toda pressa. O médico disse que era muito grave.

    Ouvira aquilo muitas vezes, contado por seu pai e também por sua mãe. Até seus irmãos e sua irmã costumavam relembrar aquele acontecimento.

    — Quantos anos eu tinha naquele tempo? — perguntou uma vez.

    Sua mãe disse — dois, — o pai, — três. Estiveram recordando e calculando durante algum tempo e por fim chegaram a um acordo. Ia completar três.

    Só recordava a dor, aquela terrível sensação de dor.

    — Nem ao menos chorou — dizia sua mãe. — Os médicos estranharam.

    Dolores desabotoou o robe e contemplou o ventre. Uma leve mancha escura sobre a pele branca fora só o que restara daquela impressão de dor. Uma dor que não tinha nada a ver com outra dor que recordava: a que sentira ao afastar-se de Luiz. Fechou novamente o robe e tornou a olhar-se ao espelho — Onde estaria ele agora? Costumava escrever suas iniciais em todos os cadernos: L.S

    Luiz Soler. Fizera tantas tolices aos quinze anos... Mas como saber se eram realmente tolices?

    Sua família soubera que faltara dois dias ao colégio. Uma amiga contara ou sua mãe visitara as freiras por casualidade. Nunca chegara a sabê-lo ao certo. Tivera de respondê-las.

    — Onde esteve segunda e terça? — Perguntou sua mãe.

    Agora depois de algum tempo esquecera onde estivera. Haviam passeado, conversando... Deram as mãos, e até se beijaram. Um beijo rápido, temeroso. Vira Pepa e Raul beijando-se na sala, apaixonadamente. Sua mãe também vira e a retivera pelo braço no corredor enquanto tossia discretamente, Mas não ficara zangada, pelo contrário, em seus olhos brilhara uma luz uma luz de felicidade.

    — Como se amam esses dois — murmurara ao ouvido de Dolores.

    Raul e Pepa iam se casar dentro em pouco. O rapaz era um bom partido e os Goyena o haviam aceitado com prazer.

    — E por que não a Luís?

    — Não passam de dois pirralhos! — exclamara eu pai. — Isso tem de acabar de uma vez!

    E acabou. Enviaram-na à Inglaterra. Antes de partir, conseguiu escapar da vigilância materna e foi até a porta do colégio, esperar Luís. Aquela era uma sensação que também recordaria para sempre, apesar de ter esquecido completamente o rosto do rapaz. Podia ser alto ou baixo, moreno ou louro... Achava que era alto e moreno, mas não tinha muita certeza.

    Entretanto parecia-lhe estar vendo novamente a calçada em frente ao colégio, envolta numa névoa cinzenta e úmida. O solo estava escorregadio e havia pequenas poças d'água. Primeiro viu sair muita gente, meninas e meninos que riam entusiasmados. Subitamente todos os ruídos cessaram e só viu a névoa cinzenta ao redor da silhueta de um rapaz que descia as escadas. Uma silhueta que agora se apresentava vaga e disforme, sem rosto nem contornos. Tinha de fechar os olhos para percebê-lo em seu íntimo. Uma percepção dolorosa e triste. Não lhe restava senão a recordação da angústia

    — Meus pais vão me mandar para Londres — dissera.

    Sentia como se Londres estivesse do outro lado do mundo, do outro lado, da vida. A luz crua sobre o espelho refletia seu rosto sereno e pálido. Inclinou-se para frente e contemplou seus olhos com atenção — De que cor eram eles? — Como recordar os de Luis se não sabia exatamente nem de que cor eram os seus próprios? Seriam azuis, verdes, cinzentos? Eram olhos claros, simplesmente.

    O colégio para o qual a enviaram em Londres também era de freiras. Não usavam hábito, mas notava-se os seus votos nos seus gestos, no tom de sua voz. Falavam como se estivessem rezando. Sobres saltou-se ao ouvir a campainha. Ainda descalça, sem enxugar-se, correu ate o quarto. Sua mãe entrava naquele momento,

    — Meu Deus, você ainda não está pronta —- espantou-se.

    Dolores se encerrara no quarto e, respirava agitadamente. Em outros tempos compartilhara aquele quarto com Pepa. Então havia duas camas e uma mesinha entre ambas. Pepa costumava sonhar em voz alta e às vezes até se levantava da cama e passeava pelo quarto.

    Ao voltar de Londres, encontrara o quarto transformado. O papel das paredes era novo e uma das camas desaparecera, A única que restava se convertera num sofá e estava encostada à parede, num canto. Viu Pepa vestida de noiva num grande retrato pendurado na sala de estar. Não comparecera ao casamento. Seus pais lhe escreveram, relatando cerimônia em todos os seus detalhes.

    Pena que suas loucuras a tenham impedido de vir, dissera sua mãe. Entretanto, estivera no casamento de Carlos. Acabara de chegar da Inglaterra. Todos disseram que havia crescido e mudado muito, mas ninguém lhe dissera se estava feia ou bonita.

    Fizeram-lhe um vestido rosa. Aquela cor não lhe agradava, mas sua mãe dissera que o rosa ficava muito bem nas louras. Deixou-se convencer. Que lhe importava aquilo? Naquele momento só tinha um pensamento: — Que vou fazer agora? — perguntava-se.

    — Ainda bem que tenho Dolores para me fazer companhia — repetia sua mãe diante de todos. — Ê tão triste ver os filhos crescerem e deixarem

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1