O Enigma Do Assassino
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Claudio Ruggeri
Claudio Ruggeri, 30岁。出生于Grottaferrata (罗马)。现为从业人员,前裁判员。他遍游各地,在美国呆了很久,2007年回到意大利。写作是一直以来他的最大爱好。
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O Enigma Do Assassino - Claudio Ruggeri
Índice
Nota do autor
Este livro relata uma história fictícia.
Quaisquer referências a acontecimentos que tenham tido lugar e/ou a pessoas reais contidas nesta obra são consideradas como mera coincidência.
Índice
Costa Amalfitana, 17 de maio de 2012
18 de maio
Milão - Abril de 2010
Costa Amalfitana, 18 de maio de 2012
19 de maio
20 de maio
21 de maio
23 de maio
Roma, Cemitério de Prima Porta, pelas 23 horas
24 de maio
25 de maio
26 de maio
27 de maio
28 de maio, Esquadra da Polícia, às 8 horas
Costa Amalfitana, 2 de junho
Costa Amalfitana, 17 de maio de 2012
Já tinha escurecido. As luzes dos candeeiros de rua iluminavam as longas estradas irregulares que serpenteavam numa intrigante teia ao longo de cada um dos vilarejos da Costa.
O sol, acostumado a ausentar-se atrás da montanha logo após a hora do almoço, para não reaparecer senão antes da manhã do dia seguinte, conseguia dar ao entardacer matizes e tons quase impossíveis de descrever, de tão maravilhosos.
Inclinado sobre o parapeito da sua varanda, o Comissário Germano que já há tinha chegado aos arredores de Cetara com a família para passar uns dias de férias, apreciava aquele espectáculo.
Ele e a esposa Arianna tinham comprado aquele apartamento apenas uns dois meses antes quando num passeio por uma das muitas aldeias da região repararam um letreiro Vende-se e resolveram indagar.
O apartamento ficava no segundo e último andar de um edifício provavelmente construído pouco antes da segunda guerra. Como este precisava de obras de restauro eles tinham sido capazes de o comprar por um bom preço e secretamente o Germano ia já fantasiando sobre como seria maravilhoso viver ali quando deixasse a polícia.
Por agora tinha apenas de se contentar com alguns fins de semana mas eram sempre especiais estes fins de semana com vista para o mar, como ele lhes chamava.
Uns roncos vindos do seu estomâgo recordaram-lhe que os paccheri[1] já misturados com o peixe fresco comprado de propósito nessa manhã corriam o risco de ficar cozidos demais. Com a ajuda do filho Luca estava a acabar de pôr a mesa quando ouviu o barulho da porta de casa a fechar.
Cheguei!
.
"Já não era sem tempo, Arianna. As paccheri já estão prontas há um bocado. Encontraste o que procuravas?".
Por acaso, não. O fato de banho que tinha visto ontem já foi vendido mas em compensação encontrei outro ainda mais bonito...
.
Mostra-me...
.
Olha...
.
Arianna tirou-o da embalagem de plástico e apoiou-o sobre o corpo para mostrar ao marido como se o tivesse vestido. Isto quase que o fez rir mas para não quebrar o entusiasmo da mulher, fingiu um ar de aprovação.
Assim que todos estavam sentados à mesa, à excepção das bebés gémeas que dormiam profundamente no quarto dos pais, começou a tocar um telefone. Não podia ser o do Comissário pois ele nunca o ligava quando estava de férias. O trinado só podia vir da mala da sua mulher, pousada algures na sala de estar.
Deve ser a minha prima. Disse que me telefonava...
.
Mas despacha-te, senão a comida arrefece...
.
Sim. Um minuto! Estou...sim?
.
Não ouvindo a voz da esposa, Germano começou a comer imaginando que a conversa tivesse terminado. Mas uns minutos depois Arianna voltou para a cozinha com o telefone na mão e os olhos arregalados de espanto.
É para ti, Vincent
.
O Comissário, com um ar um pouco incrédulo, levou o aperelho junto do ouvido.
Fala Germano...
.
Olá Vincent, fala a Gianna
.
Olá Gianna, há quanto tempo...mas como...?
.
Sim, eu sei. Desculpa-me. Já há muito tempo que tenho o número da Arianna...aconteceu uma desgraça
.
Que desgraça?
.
O meu pai faleceu há umas duas horas...
.
Meu Deus...
Encontrei-o no meio da vinha. Enfarte ou uma coisa do género
.
Agora estou fora de Roma para uns dias de férias...que notícia desagradável...
.
Não o vimos à hora do almoço e por volta das quatro da tarde fomos à procura dele. Eu fui para os lados da vinha e encontrei-o ali...
.
Estou a ver. Sei que é difícil...mas tenta ficar calma
.
Já falei com o teu colega da esquadra, um tal De Giri...De Giari...
.
Di Girolamo
.
Sim, era esse o nome. A ambulância veio mas era já tarde demais. Puderam apenas constatar a morte. Vincent, foi horrível vê-lo ali caído no chão
.
Que coisa horrível. Quando regressarmos passo logo aí por casa
.
Está bem. Tenho de desligar. Já te incomodei demasiado
.
Mas qual incómodo...numa situação assim...os meus pêsames. Vemo-nos em breve
.
Até breve, Vincent
Quando desligou o telefone, o Comissário viu o olhar da esposa fixo nele, perscutando-o e decidiu dissipar aquele momento de constrangimento.
Que tragédia!
.
Qual tragédia, Vincent?
.
Como assim? Mas...ela não te disse nada?
.
Disse que queria falar contigo, que tinha acontecido uma desgraça e eu não...
.
Morreu o pai da Gianna. Ela encontrou-o no meio da vinha. Um enfarte
.
Que horror...quando é o funeral?
.
Esqueci-me de lhe perguntar...mas disse que já tinha ligado para a esquadra, que falou com o Di Girolamo. Se calhar pergunto-lhe a ele. Melhor, vou já telefonar-lhe
.
Metade da paccheri do jantar ficou nos pratos e para o Germano o jantar já tinha passado para segundo plano. Foi para a sala e pegou no telefone fixo que tinha sido instalado uns dias antes e ligou para a esquadra.
Esquadra da Polícia...
.
Fala Germano
.
Como está, Comissário? Fala Venditti
.
Olá, Marco. Como estás? Posso falar com o Di Girolamo?
.
Vou já passar a chamada. Boa noite
.
Boa noite. Até breve.
.
O inspector respondeu de imediato.
Di Girolamo
.
Fala Germano
.
Boa noite. Tudo bem, Comissário?
.
Comigo tudo bem. Há pouco telefonou-me a Gianna Venturi. Soube que o pai dela faleceu mas esqueci-me de perguntar-lhe quando será o funeral. Ela disse que ele falou contigo, por isso lembrei-me de ...
.
Fez bem. Mas ainda não sabemos quando é que o corpo será liberado da morgue. Vou tentar saber e depois digo-lhe
.
Obrigado
.
Ora essa, Comissário. Até breve
.
Soubeste alguma coisa?
.
Não, Arianna. Por enquanto, na esquadra ainda não sabem de nada. Vão tentar saber e depois comunicam-me
.
Mas que coisa horrível, quero dizer...encontrar o próprio pai morto
.
Deve ter sido um choque terrível. Quero ligar ao Angelo e pedir-lhe para ir a casa da Gianna para ver se ela precisa de alguma coisa...
.
Vincent, espera até depois do funeral. Neste momento, o que ela menos precisa é da polícia às voltas lá em casa
.
Talvez tenhas razão, mas...
e ainda nem tinha conseguido terminar e ouviu-se o telefone.
Estou?
.
Comissário, fala Di Girolamo
.
Diz
.
O funeral é depois de amanhã às dez da manhã. Sai desta igreja aqui mesmo ao pé da esquadra
.
Está bem. Mais uma curiosidade...".
Diga
.
"Como é que souberam que o falecido era Franco Venturi? Por acaso os tipos da