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As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI
As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI
As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI
Ebook211 pages1 hour

As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI

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About this ebook

Este livro é uma partilha com leitor alguma das experiências de vida fantástica de Lisa Gibson.
Ele é uma ferramenta de ensino e encorajamento sobre o verdadeiro caminho e atributos de líderes pelos quais todos devemos de lutar.

LanguagePortuguês
PublisherLisa Gibson
Release dateApr 27, 2015
ISBN9781507108840
As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI

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    As LIÇÕES DE LIDERANÇA QUE APRENDI COM MUAMMAR GADDAFI - Lisa Gibson

    Lições de Liderança aprendidas com Muammar Kaddaffi

    Lisa Gibson

    Lições de Liderança aprendidas com Muammar Kaddaffi

    © Lisa Gibson. Todos os direitos reservados

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, armazenada num sistema de recuperação ou transmitida através de qualquer meio ou forma – electrónica, mecânica, fotocópias, gravação, digitalização ou outro, exceptuando pequenas citações para revisões ou artigos críticos, sem uma autorização prévia da Editora.

    Publicado pela Aliança da Paz e Prosperidade. www.conflictcoach.biz

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    O livro é dedicado a todos aqueles que, por todo o mundo, são vítimas de opressão, injustiça e terrorismo às mãos de líderes. Que você possa continuar a remar contra a maré do mal e erguer-se e seguir por um caminho de justiça.

    Conteúdo

    Introdução

    Kaddafi

    Muammar

    Capítulo 1: Os Destinos Cruzam-se

    Interrompemos agora a nossa programação normal para lhe trazermos um anúncio importante disse o repórter.

    Sentada numa confortável cadeira a ver um dos meus programas preferidos fiquei um pouco irritada.

    Porque é que estas interrupções vêm sempre exactamente quando está a dar um dos meus programas favoritos e num momento importante dele?

    Acabou de chegar à redacção a notícia que um Boeing 747 se despenhou sobre a cidade de Lockerbie no Sul da Escócia.

    Saltei da cadeira enquanto ouvia atentamente a locutora a dar explicações mais detalhados sobre como o voo partido do Aeroporto de Londres Heathrow em Londres com destino a Nova Iorque e explodiu no ar logo acima da cidade. As imagens eram horríveis, causaram-me arrepios ao assistir a isso: destroços por todo o lado, edifícios em chamas e sirenes ligadas.

    Após um choque inicial, ao cair em mim mesma comecei a pensar nas pessoas pobres e suas famílias que perderam seus entes queridos, poucos dias antes do Natal, o meu coração estava com eles enquanto estava em frente do televisor, afundando-se na dor que estavam a sentir na altura.

    Por breves momentos, lembrei, enquanto estava deitada, da imagem que visualizara na noite anterior; da iminente chegada do meu irmão no dia seguinte. Ao estar lá vi uma imagem instantânea de um avião a explodir no ar.

    Por que é que estou a pensar numa coisa dessas? Questionei-me

    Forcei essa imagem que vinha da minha mente e ali fiquei deitada sentindo-me culpada por ter imaginado semelhante coisa.

    Fiquei completamente arrepiada só de ter imaginado isso.

    Oh meu Deus! Disse alto Quão estranho é ver que a imagem que vi na minha mente realmente acontecer na realidade.

    Todavia ninguém estava lá para ouvir-me.

    Ainda assim, quando estava sentada a ver o desenrolar dos acontecimentos na televisão, nem por um momento suspeitei que o meu irmão estivesse naquele avião. Afinal de contas vinha da Alemanha e não de Londres. Deste modo, naquele momento, o meu pensamento estava exclusivamente focado naquelas pessoas que, naquela fatídica noite, perderam os seus entes queridos.

    Tal como a maioria das pessoas, quando acontece uma tragédia, comecei a orar pelas vítimas e seus entes queridos e amados enquanto continuava empolgada de olhos postos na televisão a ver os desenrolar dos acontecimentos.

    Da mesma forma que o 11 de Setembro chocou o mundo anos mais tarde, todas as televisões estavam a fazer cobertura do atentado. Tem de haver algo inato dentro que nos torna humanos como, por exemplo, quando os condutores vêem um acidente abrandam sempre para verificarem se podem fazer alguma coisa. Não se trata de constatação mas sim de preocupação, por um lado, e, por outro, de curiosidade.

    Nesse dia a minha mãe tinha tirado o dia de férias e estava na cozinha a fazer o prato preferido do Ken – esparguete à moda da mamã.

    Entretanto ela entrou na sala-de-estar onde me encontrava sentada de olhos postos na televisão.

    Houve um acidente de avião, disse eu.

    Ao que a minha me responde que recebeu duas chamadas de amigas a contarem-lhe o sucedido. A primeira foi a de Olivia, uma amiga de longa data de infância.

    A que horas chega o Ken? perguntou a Olivia.

    Cerca das 16 disse a minha mãe. Não sei mais nada de concreto, no entanto planeia ligar quando chegar ao aeroporto. Porquê essa pergunta?

    Oh, por nada respondeu ela.

    Uma vez que morávamos a apenas cinco minutos de viagem do aeroporto, nem sequer passou pela cabeça dos meus pais que o Ken não lhes tinha dado um itinerário detalhado do voo. Sabíamos apenas que ele vinha de Berlim e a hora que era previsto ele chegar.

    Uma hora depois o telefonou tocou novamente. Desta vez era uma colega de trabalho da minha mãe de nome Patty Cooper. Aliás não era normal  que ela telefonasse para a minha mãe do escritório durante a semana.

    A que horas chega o Ken e em que voo ele vem?, perguntou a Patty.

    Porquê todas estas perguntas?, respondeu a minha mãe começando já estava a ficar preocupada.

    Patty explicou que recebera uma chamada do marido, enquanto estava a trabalhar no escritório, dizendo que estava a assistir a uma reportagem na televisão sobre um avião que se tinha despenhado na Grã-Bretanha. Todavia, logo de seguida, Patty tentou serenar a minha mãe dizendo que provavelmente o Ken não se encontrava naquele voo.

    Uma vez que estas eram as notícias que se sabia, antes da cobertura intensiva pela televisão, esperamos pelo meio-dia. Enquanto isso, fazia zapping até que me deparei com um bloco informativo. A notícia de abertura dava conta da ocorrência da queda de um avião em Lockerbie, todavia os detalhes eram escassos. Todos os passageiros e tripulantes a bordo tinham morrido.

    As notícias davam conta de uma aeronave Jumbo da Pan American, que fazia a ligação entre Londres e Nova Iorque, que se havia despenhado sobre uma bomba de gasolina e uma urbanização de uma pequena cidade com 2500 habitantes situada a 15 milhas da fronteira com a Inglaterra. O impacto resultante criou uma enorme bola de fogo com 300 pés de altura. A fuselagem do avião criou uma enorme cratera de 20 pés de profundidade e 100 de comprimento.

    A minha mãe procurava fazer mentalmente um cálculo, tendo em conta a duração do voo e a distância, para encontrar a probabilidade do Ken estar, ou não, naquele avião.

    Ele teria de ter apanhado um voo mais cedo para estar aqui às 16 horas, pensou a minha mãe.

    Os desenvolvimentos noticiosos davam conta de que avião fizera escala no aeroporto de Heathrow em Londres. Saiu do aeroporto às 18 horas e 25 minutos (hora local) e o último contacto da tripulação foi feito uma hora depois da partida quando viajavam a 31000 pés de altitude. O voo 103, vindo de Frankfurt, num Boeing 727, na sua escala em Heathrow passou para um Boeing 747 uma vez que aí entraram mais passageiros.

    O avião estava lotado a 50% com 243 passageiros e uma tripulação de 15 pessoas, e tinha chegada ao aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, marcada para as 21 horas e 19 minutos. Tinha como destino final a cidade Detroit.

    Estarrecida com o que estava a ver, sentei-me no sofá confusa. Apenas conseguia pensar na visão que tivera na noite anterior. Oh meu Deus, por favor! Sentia-me tão culpada. Oh meu Deus! Farei qualquer coisa que me peças se tu me assegurares de que isso não é verdade.

    Nos blocos informativos e à medida equipas de salvamento acorriam ao local do acidente, davam conta de existência sinais de explosão a bordo do avião. A cabine foi encontrada a 10 milhas de distância da restante aeronave. Já um dos motores foi encontrado numa auto-estrada fora da cidade. As únicas partes que ficaram intactas, apesar da queda, foram o cone do nariz, a parte do convés e a parte frontal da zona da primeira classe, a qual se havia separado da restante fuselagem pela força da explosão.

    Enquanto vacilava-mos de preocupação entre, por um lado, os familiares das vítimas e, por outro, o facto do Ken pode estar a bordo daquele voo, esperávamos por mais notícias mais detalhadas.

    A nossa pequena casa ficava na mesma rua do aeroporto metropolitano de Detroit. Crescemos habituados a ouvir o som de aviões voando baixo sobre a nossa casa quando eles se preparavam para aterrar. Mas hoje foi diferente. Gostaria de saber se isso é o voo de Ken. Cada avião que sobrevoou chamou, como nunca antes, a minha atenção.

    As quatro horas da tarde chegaram, passaram e nem um sinal de Ken. A minha caminhava nervosamente de um lado para o outro. Entretanto, os meus irmãos Eric e Jason chegaram a casa da escola e sentamo-nos todos no sofá, ansiosamente à espera, pelo bloco noticiário das 17. Todas as esperanças que tínhamos rapidamente estavam desaparecer à medida que o tempo passava.

    O meu pai chegou a casa do trabalho por volta das 17h30. A minha mãe contou-lhe as notícias do que estava a ocorrer e que o Ken não lhe tinha telefonado para ir buscá-lo.

    Era a primeira vez que o meu pai ouvia falar da tragédia. Na sua forma típica de assumir a liderança, enquanto chefe do lar, pegou no telefone e fez várias chamadas para a companhia aérea para tentar falar com alguma pessoa que lhe desse informações mais detalhadas do que estava a acontecer. Quando o meu pai conseguiu, finalmente, falar com uma representante do serviço de atenção ao cliente, ela confirmou que o Ken estava na lista de passageiros. Enquanto conversava com a senhora, todos nós estávamos de volta de telefone à espera de ouvir a resposta.

    Oh meu Deus ele estava no avião!, exclamou o meu pai antes de cair em lágrimas. A minha mãe e os meus dois irmãos mais novos começaram também a chorar.

    Todavia, eu permaneci sem esboçar uma reacção, recusava-me a aceitar a ideia de que ele estaria no avião. Talvez eles estejam errados, disse eu.

    O meu pai imediatamente telefonou de volta para a companhia aérea para obter mais detalhes. De algum modo, naquele espaço de cerca de cinco minutos, os chefes da empresa proibiram os funcionários de dar confirmações sobre que estava, ou não, a bordo do avião. Com efeito, o funcionário do serviço de atenção ao cliente que atendeu o meu pai da segunda vez, recusou-se a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o que estava a acontecer ou se o Ken estava, ou não, na lista de passageiros do voo.

    Perante esta situação, o meu pai ficou furioso: Acabaram de dizer-me que o meu filho se encontrava a bordo, gritou ele ao telefone.

    A notificação legal deve partir de um representante oficial da companhia, disse o agente.

    Isto deixou-nos confusos. O Ken estava, ou não, a bordo? Enquanto a minha família passava por uma torrente de emoções desde raiva a tristeza, eu mantive-me calma e esperançada. Nesse instante senti como se estivesse uma experiência fora do corpo, como se estivesse a viver a situação de fora, como um filme, e não a experienciar um pesadelo na vida real.

    Talvez ele tenha perdido o voo. Talvez ele esteja são e salvo e não tenha um telefone por perto para nos contactar. Tenho a certeza que ele está bem. Fiz uma imagem na minha mente na qual Ken estava nas ruas da Alemanha à procura de uma forma de entrar em contacto connosco.

    Quando estamos perante um cenário traumático, o nosso cérebro tem a capacidade de criar cenários alternativos como um mecanismo de proteção.

    À medida que a noite decorria, o meu pai ligou para o aeroporto umas nove ou dez vezes para conseguir informações. Entretanto, por volta da meia-noite recebemos notícias do que sucedera no voo 103 da Pan Am. Ken estava a bordo.

    Surpreendentemente a minha mãe estava calma, estava à procura de uma forma de responder. Todavia o meu pai exigia mais esclarecimentos. Pode-me confirmar se o meu filho Ken estava vestido com o seu uniforme militar?, perguntou ao representante da companhia aérea. Com efeito, meu pai pensava que assim iria confirmar se o Ken estava mesmo a bordo.

    O seu filho era militar?, perguntou ela. Oh não, peço desculpa mas não estou autorizada a notifica-lo. Nestes casos notificamos pessoalmente um representante oficial do exército.

    Apesar de termos visto confirmados os nossos piores receios, ficamos contentes que a representante da companhia nos tenha ligado uma vez que não havíamos recebido qualquer notificação da parte das Forças Armadas. Somente a meio da tarde do dia seguinte é que recebemos.

    Praticamente não dormi naquela noite. Sentia-me exausta e inquieta por tudo o que aconteceu naquele dia. Percorri mentalmente todas aquelas imagens que vi nesse dia. Era como se estivesse a ver tudo isso numa fita de cinema que estava sempre a rodar e a repetir as mesmas imagens vezes e vezes sem conta – as imagens do acidente de avião, o soar das sirenes e as ambulâncias acorrendo ao local daquela pequena cidade escocesa, os prédios a serem consumidos pelas chamas e as expressões de horror gravadas nas caras dos primeiros agentes da lei a chegar ao local dando conta do que estava a acontecer.

    Imagino como deve ter sido esse dia para o Ken. Quatro dias antes do Natal, o meu irmão de 20 anos, militar, terminou de empacotar os seus últimos pertences numa mala de tamanho médio. Certamente foi um dia de emoções fortes para ele. Durante quase dois anos, teve a oportunidade de servir o seu país no estrangeiro. De seguida apanhou um táxi que o levaria ao aeroporto de Berlim de regresso aos Estados Unidos da América para passar o Natal a casa junto da família no Michigan. Tinha, para isso, de fazer várias escalas. Primeiro em Frankfurt, de seguida em Londres, Heathrow e, de seguida, Nova Iorque antes de chegar a Detroit, Michigan.

    No dia 21 de Dezembro de 1988, o avião no qual viajava aterrou no aeroporto de Heathrow para reabastecer. Como o voo anterior estava sobrelotado ele foi recolocado num voo para mais tarde. Uma vez que avião em que seguia estava com a sua lotação a metade ele pensou que finalmente ia conseguir um espaço extra para dormir durante o voo para os EUA. Ele embarcou juntamente com os restantes passageiros e sentou-se alegre no lugar que constava no bilhete. Ao espreitar pela janela viu que o pessoal de terra, que numa primeira análise parecia estar a cumprir a sua função habitual, estava a carregar uma mala estranha, completamente diferentes das restantes, no avião.

    Entretanto, o Comissário de Bordo fez o anúncio pelo intercomunicador da partida juntamente com as habituais instruções finais antes da mesma.

    Senhoras e senhores muito obrigado por escolherem voar pela nossa companhia. O nosso voo terá duração de sete horas. As últimas bagagens estão a ser carregadas no porão. Dentro de breves momentos, iremos fechar as portas. Peço a todos para tomarem os vossos lugares e não se esqueçam de colocar os vossos cintos de segurança e colocar o assento na posição vertical. Este o voo 103 da Pan Am.

    O avião separou-se da porta de embarque e começou a percorrer a pista e acelerou os motores à medida que começou a levantar-se do chão. O jovem olhou para o solo pela última vez enquanto verificava que ele ficava cada vez mais distante e penou para si mesmo: Esta é última partida antes de poder voltar a pisar terra firme nos Estados Unidos.

    Às 19 horas locais deram-se as últimas comunicações com o avião. Foi a essa hora que, a partir de então, a vida do meu irmão se tornou numa memória.

    Quis-me beliscar para ver se era real. Era um autêntico pesadelo do qual eu tentava desesperadamente acordar mas que, por mais que tentasse, não conseguia. À medida que

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