Assassino - Filhos da Rebelião - Livro 1
By Elsa Day
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O fogo arde, não importa o quanto eles tentam negar. Nadia quer ser uma menina normal todos os dias. Ela quer se divertir, ser livre e se apaixonar. Mas há uma coisa que está em seu caminho; seu pai é o presidente do Moto Clube Perseguidores da Meia-Noite. O impiedoso pai motociclista de Nadia não vai deixar ninguém tocar sua filha. Hunter Flint é o braço direito forte e bruto de um MC rival, os Filhos de Rebelião. Hunter tem cicatrizes de batalha em sua pele, e está fechado para o amor. Ele foi para Queeenstown em uma missão mortal, que poderia dilacerar os Perseguidores da Meia-Noite. Quando os dois se encontram, a paixão entre eles pega fogo. Podem estes amantes malfadados ficar juntos... Ou será que a sua história de amor vai se espatifar e queimar?
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Assassino - Filhos da Rebelião - Livro 1 - Elsa Day
UM
Slayer
DUAS HORAS ANTES.
A porta rangeu quando a abri para a luz fluorescente do banheiro. O cheiro quente de urina e água parada me atingiu, rastejando em minhas narinas. Essa, claramente, não era uma das paradas de descanso mais limpa.
Mas isso não era importante. O que importava era que estava vazio. Parei na porta, tentando ouvir a presença de qualquer outra pessoa antes de continuar. Tudo o que eu consegui ouvir foi o zumbido das luzes fluorescentes piscando acima de mim. Isso e um pouco de água escorrendo de um cano estourado no chão. Não era bonito, mas também não matava.
Então eu relaxei. Fui até um dos mictórios e abri o zíper do meu jeans. A fumaça do meu cigarro mascavara um pouco do mau cheiro.
Eu deixei minha mente vagar. Apenas mais algumas horas e estaríamos em Queenstown. Era necessário chegar lá sem fazer barulho. Isso era tudo.
Já foi muito difícil fazer com que Jase e Brent não sacassem suas armas a cada dois segundos. Isso viria mais tarde. Por enquanto, era necessário deixar isso abaixado, então o elemento surpresa estaria do nosso lado.
Atrás de mim, a porta rangeu. Alguns passos caminharam vagarosamente para os mictórios. Eu não olhei para trás.
Os passos pararam por um momento, e, em seguida, ocuparam o espaço ao meu lado. Erro número um. Quem para ao lado de um cara quando o banheiro inteiro está vazio? Alguém à procura de problemas.
Eu conseguia sentir seus olhos em mim. Virei-me para encontrar o seu olhar, encarando seus olhos com um aviso no meu. Ele tinha um daqueles rostos estúpido, fino e oleoso. O tipo que simplesmente implorava por um soco.
— Bastante tatuagem, hein? — ele disse.
Erro dois. Eu fechei meu zíper e caminhei até a pia atrás de nós. Esse idiota estava patinando em gelo fino.
— Não me diga — eu disse sobre o barulho da água correndo.
Eu desliguei a torneira e sequei as mãos no meu jeans. Eu precisava abrir a porta. Estendi a mão para a maçaneta...
— O que está escrito nessa jaqueta? — perguntou o idiota. — Filhos da Rebelião? O que, você faz parte de algum clubezinho? Um grupinho? Eu sou do...
Erro três. Meus dedos colidiram com os ossos proeminentes do seu rosto. Ele cambaleou para trás, caindo contra os mictórios.
— Que merda é essa? — ele gritou.
O segundo soco pousou justamente em seu nariz. Meu braço voou e o osso se curvou sob a pressão. Num piscar de olhos, isso quebrou e o sangue jorrou do rosto. Ele levou as mãos ao rosto e o vermelho manchou sua pele.
— E-eu estou sangrando!
— Sim, não diga — eu disse.
Eu agarrei sua cabeça e a empurrei no mictório para que seu rosto encostasse contra um dos blocos de desinfetante sanitário azul. Ele gaguejou, tentando manter a água turva longe da sua boca e nariz.
— Então — eu disse. — Qual clube que você está?
— Eu? Eu? Eu não estou em nenhum clube! Eu apenas sou um cara normal...
Parei as merdas saindo da sua boca, batendo sua cabeça contra a porcelana. Então tirei meu cigarro dos lábios e pairei a ponta em brasa sobre sua testa.
— Não. Resposta errada. Vamos tentar de novo — eu disse. — Você estava se gabando de ser parte de um clube. Qual? Desta vez, uma resposta errada ganha um cigarro sendo apagado no rosto.
— Arrancada Tempestuosa! — ele gritou.
Bom. Não era dos Perseguidores da Meia-Noite. Então, isso seria fácil.
Apertei o cigarro em sua pele. Isso chiou, a pele exalando um cheiro horrível enquanto queimava e escurecia. Ele gritou.
— Sabe essa sensação? Lembre-se disso. Você vai ficar muito pior se disser que me encontrou. Eu vou te caçar até que você gostaria de nunca ter visto meu rosto. Entendido?
O idiota estava muito ocupado chorando para responder, então eu pressionei em seu rosto com mais força.
— Entendido?
— Sim, sim! — ele gritou. — Só pare, por favor!
— Bom — eu disse e joguei o cigarro.
Meu punho atingiu sua têmpora e ele foi nocauteado. Seu corpo caiu sobre o mictório, parecendo um punk que desmaiou depois de uma balada. Não muito suspeito.
Levantei-me e voltei para a pia. Minhas mãos estavam cobertas de sangue. Conforme a água corria sobre elas, a cuba ficou cheia com líquido cor de rosa. Doeu enquanto eu esfreguei com sabão.
Merda! O rosto desse porra deixou um corte na minha mão. Eu mantive minhas mãos para cima e dois crânios fantasmagóricos olharam para mim. Os nós dos meus dedos foram usados para escrever REBELDES
, mas havia tantas cicatrizes que