Feridos no coração
4/5
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About this ebook
Quando a tragédia atingiu a vida de Skye O'Hara, também trouxe Falkner Harrington, o enigmático sócio do seu pai, à sua vida. Skye precisava de tempo para pensar no que fazer agora, pelo que não pôde recusar o refúgio que Falkner lhe oferecia em sua casa.
Contudo, a impetuosa ruiva começou a desconfiar que Falkner tinha um plano secreto... sobretudo quando lhe propôs um casamento de conveniência...
Carole Mortimer
Carole Mortimer was born in England, the youngest of three children. She began writing in 1978, and has now written over one hundred and seventy books for Harlequin Mills and Boon®. Carole has six sons, Matthew, Joshua, Timothy, Michael, David and Peter. She says, ‘I’m happily married to Peter senior; we’re best friends as well as lovers, which is probably the best recipe for a successful relationship. We live in a lovely part of England.’
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Book preview
Feridos no coração - Carole Mortimer
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Carole Mortimer
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Feridos no coração, n.º 856 - Janeiro 2016
Título original: His Bid for a Bride
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7903-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Epílogo
Se gostou deste livro…
Prólogo
Era atracção sexual, pura e simples. Só que, para Skye, naquele momento, não tinha nada de pura nem de simples.
Sentia-se quente e febril, sabia que as suas faces deviam estar vermelhas, os seus olhos deviam brilhar mais do que era costume e tinha dificuldade em respirar. Tinha os mamilos duros sob a camisola cor-de-rosa justa e sentia um desejo ardente entre as pernas.
Era lamentável, apesar de não ter a certeza de gostar do homem responsável por aquelas sensações surpreendentes.
– Connor, não tenho a intenção de te vender Tempest só para que possa partir o pescoço à tua linda filha da primeira vez que tentar montá-lo diante dos seus amigos – estava a dizer Falkner Harrington ao pai de Skye, com um tom mordaz.
Falkner Harrington era arrogante, condescendente e sarcástico. Tinha o cabelo loiro e comprido, o que deveria parecer desapropriado, dado que tinha uma idade mais adequada a um estilo mais curto, mas que só reafirmava a sua masculinidade, pois marcava as suas feições duras, as sobrancelhas direitas, os seus olhos azuis, o seu nariz arrogante, os seus lábios sensuais, que, naquele momento, reflectiam desprezo, e o seu queixo quadrado; traços que realçavam o seu aspecto indomável.
Skye reconheceu que o seu pai, muito mais conservador, de fato e gravata, parecia um gato doméstico perante um felino selvagem.
– Skye começou a montar antes de saber andar – respondeu o seu pai, sorrindo. – Falkner, prometi à minha filha que lhe oferecia um cavalo árabe, quando fizesse dezoito anos – explicou, antes que o homem mais jovem pudesse continuar a escarnecer. – Além disso, tu sabes tão bem como eu que o carácter imprevisível de Tempest não se adequa ao circuito de saltos.
Aos trinta e dois anos, Falkner Harrington era um dos melhores cavaleiros de saltos do mundo, embora, tal como Skye sabia pelos jornais, fosse tão conhecido pelas suas proezas fora do circuito de saltos como dentro.
No entanto, na sua opinião, era preciso ter muito descaramento para falar com o seu pai de forma tão condescendente, quando a companhia de uísque dele fora a sua patrocinadora, durante os últimos sete anos. Também não gostava que a visse como uma menina rica que não percebia nada de cavalos e que só queria aquele cavalo, em particular, para fazer inveja aos seus amigos.
– Skye – disse Falkner com um tom de gozo, olhando para ela, com frieza. – Com o sobrenome O’Hara, não seria melhor chamar-se Scarlett?
Skye tinha a certeza de que o comentário tinha mais a ver com a sua cabeleira ruiva, pela cintura, presa num rabo-de-cavalo, do que com o seu sobrenome, e corou perante a rudeza daquele homem. Como se o nome dele fosse mais normal! Embora tivesse que admitir que condizia com o seu aspecto de viking.
– Tenho os olhos azuis – declarou ela, com um tom de voz defensivo, rouco e com sotaque irlandês.
– É verdade – respondeu Falkner, olhando para ela nos olhos, observando a beleza do seu rosto, a sua camisola cor-de-rosa sobre os seios duros, e as calças de ganga, que se ajustavam às suas pernas altas. – Tens quase dezoito anos – comentou, com cepticismo, como se lhe custasse a acreditar.
Media quase um metro e setenta e o seu cabelo, quando não estava apanhado, era uma mistura de louro, castanho e cor de cobre. A sua pele era pálida, perfeita, e a sua figura talvez estivesse mais perto da magreza do que da voluptuosidade, mas, mais tarde, Falkner teria tempo para a examinar.
Skye decidiu, indignada, que não havia nada que justificasse o facto de aquele homem olhar para ela como se não fosse mais do que uma menina mimada.
– Vamos, Falkner – prosseguiu o seu pai. – Não vai acontecer nada só por deixares que Skye lhe dê uma olhadela, não é?
– Não, claro que não! – exclamou Falkner, sem parar de olhar para Skye, como se estivesse a avaliá-la.
Ela detestou aquele olhar e desejou que ele a deixasse aproximar-se do garanhão, nem que fosse só uma vez. Suspirou e forçou um sorriso, algo difícil, tendo em conta que Falkner estava a insultar tanto o seu pai como ela.
– Eu adoraria ver Tempest, senhor Harrington. O meu pai não faz outra coisa senão enumerar as suas qualidades, desde que o viu na semana passada.
O olhar azul de Falkner Harrington fixou-se em Connor.
– Não sabia que vieste ver Tempest, Connor – murmurou.
Skye também olhou para o seu pai e, pelo seu olhar de recriminação, deu-se conta que acabava de fazer asneira.
– Vim tratar de negócios, perto daqui, na semana passada. Tu estavas fora, numa competição, mas o teu cavalariço teve a amabilidade de me deixar ver o garanhão de que tu tanto me falaste.
– A sério?
A sua expressão descarada não se alterou, mas, apesar disso, o seu descontentamento era quase palpável e Skye não tinha muitas esperanças de que o cavalariço saísse ileso, pelo menos verbalmente, daquela situação.
– É natural que o meu pai queira ver um cavalo que tem a intenção de comprar, não acha?
– Natural? – repetiu Falkner, olhando para ela, friamente. – Sim, seria, se eu soubesse que o teu pai pretendia comprar um cavalo! Sobretudo, Tempest!
– Por que iria você querer ficar com ele, se não serve para saltar? – perguntou Skye, consciente de que o seu pai, como patrocinador, sabia quanto custava sustentar um cavalo bom para competir, para não mencionar os que não eram.
– Será, precisamente, por não servir para isso que eu duvido que possa servir para uma jovem que acaba de tirar o aparelho dos dentes – replicou Falkner.
Skye irritou-se e perguntou-se como aquele homem podia saber que ela usara aparelho nos dentes, até há alguns meses. Pelo canto do olho, viu como o seu pai se mexia na cadeira, ao ver o seu mau humor a aumentar, mas estava muito indignada para se preocupar com isso.
– Quer dizer que não está disposto a deixar-me ver Tempest?
– Não tenho nada contra o facto de o veres – ele encolheu os ombros.
– Então?
– Só contra o facto de ficares com ele.
Skye abriu a boca, mas voltou a fechá-la quando o seu pai se inclinou para a frente e tocou no seu braço. Olhou para ele, consciente da frustração que o seu rosto devia revelar, e viu-o mexer a cabeça, de modo quase imperceptível, antes de se dirigir a Falkner.
– Como sabes, Falkner, tenho um estábulo bastante bom, na Irlanda, e a minha filha aprendeu a montar lá. É muito boa amazona. Até parece uma profissional!
– Sabes que o carácter de Tempest não é adequado para esse tipo de vida – respondeu ele, depois de dedicar outro olhar frio a Skye.
– Só queremos vê-lo – insistiu Connor.
– Se insistem… – murmurou Falkner, depois de olhar para o seu relógio, consciente de que devia aquilo ao seu patrocinador. – Tempest já devia ter regressado do seu galope.
Levantou-se e Skye compreendeu por que olhara para ela, de cima a baixo, com aquela arrogância. Com o seu metro e noventa e cinco, devia estar acostumado a sobressair entre as outras pessoas. Em comparação com ele, o seu pai, que ela admirava muito, parecia bastante mais baixo, apesar da largura dos seus ombros. Falkner Harrington também tinha as costas largas e as pernas musculadas.
O celeiro, tal como Skye descobrira quando o visitara com o seu pai alguns minutos antes, era uma construção enorme e, apesar do aspecto abandonado da casa, tanto por dentro como por fora, os estábulos e o picadeiro eram do mais alto nível. Skye pensou, contrariada, que deviam ser mesmo, visto que era a destilaria do seu pai, a O’Hara Whisky, que pagava aquilo tudo.
No entanto, enquanto os acompanhava, e apesar de todo o ressentimento que sentia por Falkner Harrington, apercebeu-se de que a atracção sexual que sentia por ele não parava de crescer.
Ele era um homem muito bonito e estava em boa forma. No entanto, era o seu magnetismo animal que a fazia estremecer de desejo e ter consciência de cada centímetro do seu corpo de um modo que, até então, não conhecia.
Contudo, aquelas sensações perderam toda a sua importância ao entrar no estábulo. O cavalo era fantástico: alto, preto e tão bonito que tirava o fôlego.
Tempest.
O seu pai contara-lhe que o garanhão tinha um porte magnífico e a delicadeza que caracterizava os cavalos árabes, mas não fizera referência à sua beleza impressionante.
– Obrigado, Jim.
Falkner Harrington tirou as rédeas das mãos do cavalariço, que acabava de treinar o garanhão, e acariciou o pescoço do cavalo.
– O que foi que eu te disse, Skye? – perguntou o seu pai, entusiasmado. – Não é o mais bonito…?
– Peço desculpa por interromper – disse uma mulher de meia-idade, que se aproximava deles. – Senhor O’Hara, telefone para si.
– Ah! – exclamou Connor, assentindo. – Posso deixar Skye aqui contigo por alguns minutos, Falkner? Preciso de atender esta chamada.
– Não te preocupes – respondeu Falkner. – Skye estará em segurança comigo.
Ela olhou para ele com ódio