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Sob o calor da paixão
Sob o calor da paixão
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Sob o calor da paixão

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About this ebook

O poder e a paixão eram muito perturbadores…
O ambicioso executivo Luke Bryant necessitava de uma estrela famosa que o ajudasse a lançar a sua loja de luxo, pois o seu êxito dependia disso. O que não necessitava era de Aurelie Schmidt, que já não era uma estrela do pop assim tão famosa e habitual na imprensa cor-de-rosa.
O primeiro concerto de regresso de Aurelie, pela mão do homem mais sexy que tinha conhecido em toda a sua vida, não correu exatamente como estava planeado. Mas Aurelie era mais dura do que parecia e não ia permitir que nenhum homem, por mais atraente que fosse, entrasse no seu coração, mesmo que se metesse entre os seus lençóis…
LanguagePortuguês
Release dateAug 1, 2015
ISBN9788468771182
Sob o calor da paixão
Author

Kate Hewitt

Kate Hewitt discovered her first Mills & Boon romance on a trip to England when she was thirteen and she's continued to read them ever since. She wrote her first story at the age of five, simply because her older brother had written one and she thought she could do it, too. That story was one sentence long-fortunately, they've become a bit more detailed as she's grown older. Although she was raised in Pennsylvania, she spent summers and holidays at her family's cottage in rural Ontario, Canada; picking raspberries, making maple syrup and pretending to be a pioneer. Now her children are enjoying roaming the same wilderness! She studied drama in college and shortly after graduation moved to New York City to pursue a career in theatre. This was derailed by something far better-meeting the man of her dreams who happened also to be her older brother's childhood friend. Ten days after their wedding they moved to England, where Kate worked a variety of different jobs-drama teacher, editorial assistant, church youth worker, secretary and finally mother. When her oldest daughter was one year old, she sold her first short story to a British magazine, The People's Friend. Since then she has written many stories and serials as well as novels. She loves writing stories that celebrate the healing and redemptive power of love and there's no better way of doing it than through the romance genre! Besides writing, she enjoys reading, traveling and learning to knit-it's an ongoing process and she's made a lot of scarves. After living in England for six years, she now resides in Connecticut with her husband, an Anglican minister, her three young children and the possibility of one day getting a dog. Kate loves to hear from readers.

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    Sob o calor da paixão - Kate Hewitt

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2013 Kate Hewitt

    © 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Sob o calor da paixão, n.º 44 - Agosto 2015

    Título original: In the Heat of the Spotlight

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-687-7118-2

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    Luke Bryant olhou para o relógio pela sexta vez, nos últimos quatro minutos, e sentiu que o sangue fervia.

    Aurelie estava atrasada. Olhou para Jenna, a diretora de Relações Públicas, que fez um gesto de desculpa. À sua volta, as pessoas que enchiam o vestíbulo elegante de mármore e vidro da Bryant começavam a ficar nervosas. Estavam há quinze minutos à espera que aparecesse a estrela pop, para a grande inauguração da loja, mas ela não se dignava a aparecer.

    Luke cerrou os dentes. Teria gostado de lavar as suas mãos, esquecer aquele assunto. Estivera ocupado, a resolver problemas no escritório de Los Angeles, e deixara os preparativos daquele lançamento nas mãos da sua equipa de Nova Iorque. Nunca teria pensado em contratar uma pessoa famosa como Aurelie. Como é que Jenna podia ter decidido fazê-lo?

    Voltou a olhar para ela, que mordeu o lábio inferior. Luke aproximou-se.

    – Onde está ela?

    – Vamos começar.

    – Então, o que está a fazer?

    – Está a preparar-se.

    Luke controlou o seu temperamento.

    – Não percebe que está atrasada mais de quinze minutos, para cantar uma única canção?

    – Penso que sim.

    Olhou para ela com dureza. Sabia que estava a zangar-se com a pessoa errada. Jenna era ambiciosa, muito trabalhadora e, se contratara uma personalidade como Aurelie para realçar a inauguração da loja, fora porque contava com bons estudos em marketing, que apoiavam a sua escolha. Jenna mostrara-se firme na sua opinião, de que Aurelie apelava ao grupo entre os dezasseis e os vinte e cinco anos de idade. Tivera três canções de êxito e ela própria tinha apenas vinte e seis anos.

    Segundo parecia, ainda despertava interesse no público. «Tal como um descarrilamento de comboios», pensou Luke, com amargura. «Porque não conseguimos desviar o olhar do desastre».

    Mesmo assim, entendia a motivação de Jenna. Contratara Aurelie, tinham feito publicidade e um número significativo de pessoas fora ver a antiga princesa pop a cantar, antes da reabertura oficial da loja. Como presidente das Lojas Bryant, o principal responsável era ele. Como sempre.

    – Onde está ela, exatamente?

    – Aurelie?

    – Quem haveria de ser? – até o nome era ridículo. O verdadeiro nome devia ser Gertrude ou Millicent. Ou, pior ainda, algo como Kitti ou Jenni. Em qualquer caso, era absurdo.

    – Está na sala dos empregados.

    Luke assentiu, sombrio, e dirigiu-se para o piso superior. Aurelie fora contratada para cantar e era o que ia fazer.

    No piso superior, o departamento das mulheres da Bryant estava silencioso, vazio. Os cabides de roupa e os manequins sem rosto pareciam acusá-lo, em silêncio. Aquele dia tinha de ser um êxito. As Lojas Bryant estavam há cinco anos em declive, tal como a economia. Ninguém queria luxos caros e era nisso que se tinham especializado durante o último século. Luke passara anos a tentar mudar as coisas, mas o irmão mais velho, Aaron, insistira em ter a última palavra e não queria fazer algo que, na sua opinião, rebaixava o nome Bryant.

    Depois de receber os últimos relatórios negativos, finalmente, Aaron decidira fazer mudanças e Luke rezava para que não fosse demasiado tarde. Se fosse, a culpa seria dele.

    E com razão. Era o presidente das Lojas Bryant, embora Aaron continuasse a tomar muitas decisões. Luke aceitava a responsabilidade daquilo que acontecesse no seu ramo das Empresas Bryant, incluindo a contratação de Aurelie.

    Bateu à porta da sala dos empregados.

    – Menina Aurelie? – porque é que aquela mulher não tinha um apelido? – Estamos à sua espera – tocou na maçaneta, mas a porta estava trancada. Voltou a bater, mas não obteve resposta.

    Permaneceu imóvel por um momento, recordando uma outra porta fechada e um silêncio muito diferente. Sentiu a dor ardente da culpa.

    «Tudo isto é culpa tua, Luke. Eras o único que a podia ter salvado», pensou.

    Afastou as lembranças com determinação. Apoiou o ombro na porta e deu-lhe um pontapé. A fechadura cedeu e a porta abriu-se.

    Luke entrou e olhou à sua volta. Havia roupa espalhada na mesa e nas cadeiras, e até alguma no chão, onde havia algo mais.

    Aurelie.

    Ficou em estado de choque, suspenso nas lembranças e, quando conseguiu andar, aproximou-se dela. Estava deitada num canto da divisão, com um vestido ridiculamente curto e as pernas afastadas.

    Baixou-se junto dela e avaliou os sinais vitais. Pareciam estáveis mas… O que sabia? Olhou para a cara, que estava pálida e levemente banhada em suor. Tinha um aspeto horrível. Supunha que, num sentido puramente objetivo, era bonita, com cabelo loiro, quase castanho-claro, uma figura esbelta, mas o rosto estava cinzento e parecia ser excessivamente magra.

    Tocou-lhe na face suada. Pegou no telemóvel para chamar o 112, sentindo o coração acelerado. Certamente, devia tratar-se de uma overdose. Nunca pensara que teria de passar por aquilo duas vezes na vida e um pânico antigo gelava-lhe as veias.

    Contudo, ela abriu os olhos e a mão dele deteve-se no telemóvel. Luke sentiu algo, ao ver a cor dos olhos dela. Eram azuis, da cor do Atlântico num dia frio e cinzento, cheios de tristeza. Pestanejou e lutou para se endireitar. Olhou para ele e algo frio brilhou na profundidade azul dos seus olhos.

    – Muito bonito – murmurou ela.

    Luke sentiu um grande alívio. Ajudou-a a endireitar-se, segurando-a pelas axilas, e ela apoiou-se nele.

    – O que tomaste? – perguntou.

    Levantou a cabeça para olhar para ele e sorriu.

    – O que quer que tenha sido, deixou-me indisposta.

    Pegou nela ao colo e dirigiu-se para a casa de banho. Encheu o lavatório com água fria e pôs-lhe a cara lá dentro, com um movimento brusco.

    Ela levantou a cabeça, como um gato escaldado.

    – Que demónios…?

    – Agora, estás um pouco mais sóbria, não é?

    Secou a cara com as mãos e virou-se para olhar para ele.

    – Oh, sim, estou sóbria! Quem és tu?

    – Luke Bryant – apresentou-se, com raiva reprimida. – Pago-te para atuar, princesa. Portanto, tens cinco minutos para recuperar e descer.

    Ela cruzou os braços. O rosto continuava cinzento e atormentado.

    – Maquilha-te um pouco – acrescentou Luke, virando-se para sair. – Estás horrível!

    Aurelie Schmidt, apesar de poucas pessoas conhecerem o seu apelido, limpou os últimos pingos de água da cara e pestanejou com força. Homem estúpido, contrato estúpido e estúpida por ter ido lá. Por tentar ser diferente.

    Respirou fundo e tirou uma barra de chocolate da mala. Abriu-a com um movimento brusco e olhou para a roupa espalhada pelo camarim improvisado. Jenna, a empregada da Bryant que a contratara, mostrara-se horrorizada ao ver a roupa que Aurelie escolhera, ao princípio.

    – Mas, tu és Aurelie. Tens uma imagem de marca.

    Uma imagem que caducara há cinco anos, mas que as pessoas continuavam a querer ver. Queriam vê-la, ainda que não soubesse se era porque gostavam das suas canções ou porque esperavam vê-la a cometer mais erros.

    Fora por isso que trocara as calças de ganga e o top vaporoso por um vestido curto. Ia maquilhar-se, quando desmaiara. E o senhor Bryant entrara e presumira o pior. O que não era de estranhar. Fizera o pior tantas vezes, que não podia incomodar-se quando alguém tirava a conclusão mais óbvia.

    Devorou a barra de chocolate e optou pela versão rápida da maquilhagem. Aplicar base na cara, lápis nos olhos e um batom atrevido. O cabelo estava horrível, portanto, apanhou-o e pôs muita laca. De todos os modos, provavelmente, as pessoas iam gostar de a ver um pouco confusa. Era para isso que estavam ali. Era por isso que a imprensa cor-de-rosa ainda a seguia, apesar de há mais de quatro anos não lançar um álbum novo. Porque todos queriam vê-la a fracassar.

    Há mais de vinte minutos que devia ter saído para ir cantar e sabia que a audiência devia estar impaciente. Luke Bryant ia incomodar-se cada vez mais. Sorriu com cinismo e saiu da divisão. Obviamente, Luke Bryant confiava muito pouco nela. E, certamente, não era o único.

    Sair do quarto, embora fosse improvisado como aquele, era sempre uma espécie de viagem astral para Aurelie. Deixava de ser ela, de estar no seu corpo e transformava-se na canção, na dança, na atuação. Numa Aurelie que o mundo conhecia.

    A multidão que estava diante dela formava uma massa sem rosto e pegou no microfone. O salto agulha prendeu-se numa fenda do chão e, por um instante, pensou que ia cair. Ouviu o burburinho das pessoas e soube que todos esperavam, alguns até desejavam, que caísse de bruços. Endireitou-se, sorriu, corajosa, e começou a cantar.

    Normalmente, não se apercebia do que fazia em palco. Simplesmente, fazia-o. Cantava, mexia-se e sorria. Para ela, era como uma segunda natureza ou, melhor dizendo, a primeira, pois a atuação, ser outra pessoa, era mais fácil do que ser ela própria. No entanto, ali, no meio de todo o fingimento, sentiu que algo ficava em silêncio no seu íntimo, apesar de estar a cantar.

    Luke Bryant olhava para ela, de pé, ao lado do cenário improvisado, afastado da multidão que estava reunida no vestíbulo. Olhava para ela com um rosto sombrio e olhos brilhantes. E, o pior de tudo, foi que deu por si a olhar para ele também. E uma parte dela não conseguia desviar o olhar, nem sequer quando se virou para a multidão.

    Luke observou Aurelie a começar a sua atuação e soube que funcionava em piloto automático, mas era suficientemente boa para não se importar. O corpo magro mexia-se com uma graciosidade elegante, sensual. A voz era clara e firme, mas também rouca e sugestiva, quando queria, uma mistura de sol e fumo. Era uma voz sensual e ela fazia muito bem o seu trabalho. Apesar de estar irritado com ela, conseguia reconhecer isso.

    E então, ela virou-se e olhou para ele. E sentiu… Necessidade. Uma necessidade física avassaladora, de a ter, mas mais do que isso, uma necessidade de… A proteger. Que ridículo! Nem sequer gostava dela. Desprezava-a. No entanto, no instante em que os seus olhares se encontraram, sentiu um puxão no coração e… Bom, num lugar óbvio.

    Ela desviou o olhar e respirou fundo, aliviado. Sem dúvida, estava cansado e muito enervado, ou

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