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Uma paixão secreta
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Ebook169 pages2 hours

Uma paixão secreta

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About this ebook

Segredos, mentiras... e paixão!
Jake Harrington tinha amado Sally apaixonadamente há alguns anos, mas tinham-no enganado para que se casasse com outra. Quando voltou a ser livre, Jake decidiu que tinha que recuperar Sally. Embora não fosse o momento adequado e as suas reputações estivessem em perigo, não tardaram a dar rédea solta à paixão... em segredo.
Manter o segredo provocava tensões entre eles, mas quando descobriram todas as mentiras que os tinham separado no passado, sentiram-se ainda mais unidos. Até que Sally lhe revelou um último segredo... o único que Jake nunca lhe poderia perdoar...
LanguagePortuguês
Release dateAug 1, 2014
ISBN9788468754024
Uma paixão secreta
Author

Catherine Spencer

In the past, Catherine Spencer has been an English teacher which was the springboard for her writing career. Heathcliff, Rochester, Romeo and Rhett were all responsible for her love of brooding heroes! Catherine has had the lucky honour of being a Romance Writers of America RITA finalist and has been a guest speaker at both international and local conferences and was the only Canadian chosen to appear on the television special, Harlequin goes Prime Time.

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    Book preview

    Uma paixão secreta - Catherine Spencer

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2003 Kathy Garner

    © 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

    Uma Paixão Secreta, n.º 734 - Agosto 2014

    Título original: Passion in Secret

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Publicado em português em 2004

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-687-5402-4

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversão ebook: MT Color & Diseño

    www.mtcolor.es

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Epílogo

    Volta

    Capítulo 1

    Mesmo que não estivesse a sentir o sopro do vento frio do Atlântico, os olhares hostis que lhe dirigiram as pessoas que rodeavam a sepultura teriam sido suficientes para gelar Sally até aos ossos. Ninguém disse nada, naturalmente. Os educados habitantes de Bayview Heights, a zona mais prestigiada de Eastridge Bay, jamais teriam manifestado a sua desaprovação antes que o corpo de uma das jovens mais conhecidas da sociedade local fosse enterrado.

    Claro que não. Guardariam os seus comentários para mais tarde, junto com o chá, o licor e as condolências na mansão dos Burton. Mas Sally não estaria lá para os ouvir. A omissão do seu nome na lista de convidados para homenagear uma vida tragicamente ceifada em plena juventude era uma acusação em si mesma, embora o seu nome tivesse sido oficialmente ilibado de culpas.

    – Do pó viemos e em pó nos transformamos... – o padre, com o seu paramento a abanar ao vento, entoou as últimas palavras da cerimónia.

    A mãe de Penélope, Colette, abafou um soluço e estendeu a mão para o caixão coberto de flores. Olhando dissimuladamente, Sally viu como Fletcher Burton segurava a esposa pelo braço e tentava consolá-la. Do outro lado, apoiado pesadamente na sua bengala, encontrava-se Jake com a cabeça inclinada. Tinha o cabelo, ainda que prematuramente grisalho, tão espesso como quando Sally lhe tinha tocado pela última vez, há oito anos.

    Ao sentir-se observado, ele levantou o olhar e apanhou-a a olhar para ele. Apesar de Sally saber que a única coisa que conseguiria era que os outros a censurassem ainda mais, não conseguiu desviar o olhar. E pior ainda, tentou enviar-lhe uma mensagem: «Não foi culpa minha, Jake!», mas apercebeu-se imediatamente que, como todos os outros, Jake considerava-a responsável. Viúvo aos vinte e oito anos por culpa dela, conseguia ver a acusação nos seus olhos azuis-claros, na linha da boca que em tempos a tinha beijado com o calor e a urgência dos dezanove anos.

    O vento fez com que o laço da elaborada coroa de flores dos Burton ondulasse como se Penélope tentasse abrir o caixão para sair. Se tivesse podido, tê-lo-ia feito, e rido de tanta solenidade.

    – A vida é uma montanha-russa – dizia ela sempre. – E tenciono aproveitá-la ao máximo antes de morrer. Quero ser um cadáver bonito!

    Ao recordar as suas palavras e o riso frívolo que as acompanhara, Sally questionou-se se os seus olhos estariam a lacrimejar por causa do frio terrível ou se, finalmente, começava a afastar o aturdimento que a dominava desde o acidente, permitindo-lhe sentir outra vez.

    Ao seu redor, As pessoas começaram a mover-se. O serviço religioso estava concluído. Colette Burton levou os dedos aos lábios e depois ao caixão como última despedida. Outros parentes fizeram o mesmo, excepto o viúvo e a sua família mais próxima. Ele permaneceu imóvel, o rosto indecifrável, os ombros direitos enfiados no uniforme de piloto naval. Os seus parentes rodearam-no, como se, ao fazê-lo, pudessem protegê-lo da enormidade da sua perda.

    Desviando o olhar, Sally chegou-se para o lado para deixar passar os pais de Penélope, os quais, desprezando-a abertamente, se dirigiram para a limusina que os esperava. Tinha assistido ao enterro por respeito a quem tinha sido sua amiga e porque sabia que a sua ausência daria azo ainda a maiores comentários do que os que seriam causados pela sua presença. Mas a mensagem transmitida pelos Burton tinha a concordância da restante assistência: Sally Winslow, tal como sempre, atraía complicações e não merecia nem compaixão nem cortesia. A mensagem era tão óbvia que Sally ficou surpreendida ao ouvir passos na neve na sua direcção e depois a voz de Jake.

    – Esperava que estivesses aqui. Como estás, Sally? – perguntou este ao chegar ao seu lado.

    – Tão bem quanto se pode esperar – disse com um nó na garganta. – E tu?

    – Na mesma – disse ele, encolhendo os ombros. – Vens a casa dos Burton depois do funeral?

    – Não, não me convidaram.

    Fitou-a com o rosto sério durante um momento.

    – Estás a ser convidada agora. Como marido da Penélope, convido-te. Foram amigas durante anos. Ela teria querido que estivesses presente.

    Ela não conseguiu olhá-lo nos olhos, não conseguiu suportar a sua voz fria e imparcial.

    – Eu não estaria assim tão certa disso – disse, dando a volta. – As nossas vidas seguiram caminhos separados. Já não estávamos de acordo em muitos assuntos. – «Especialmente sobre ti e a santidade do teu casamento», poderia ter acrescentado.

    – Para mim era muito importante que mudasses de opinião.

    – Porquê, Jake? – perguntou ela. – Também há anos que tu e eu deixámos de ser amigos íntimos. Considerando as circunstâncias presentes, não me ocorre um motivo válido para que queiras aproximar-te agora.

    – Foste a última pessoa que viu a minha mulher com vida. A última que conversou com ela. Gostava de falar contigo.

    – Porquê? – perguntou ela, reprimindo o seu pânico. – A informação da polícia deixa bem claro o que sucedeu naquela noite.

    – Eu li o relatório, e também ouvi as declarações dos meus sogros. Eles sabem que houve um acidente, mas tu sabes como e por quê.

    O pânico voltou a embargá-la.

    – Já disse tudo o que há para dizer, pelo menos uma dúzia de vezes.

    – Faz-me a vontade, Sally, diz-me mais uma vez – apontou a bengala que empunhava com a mão esquerda. – Deram-me alta do hospital militar da Alemanha há menos de vinte e quatro horas. Cheguei a casa esta manhã, muito cedo, precisamente a tempo do funeral. Soube de tudo por terceiros. Tenho a certeza que compreenderás por que é que gostaria de ouvir tudo dos lábios da única pessoa que esteve realmente lá quando a Penélope morreu.

    – O que é que pretendes conseguir com isso?

    – Talvez te recordes de algo que não te parecesse importante quando fizeste a tua declaração. Algo que complete as incríveis lacunas dos relatórios que recebi até agora.

    Pelos vistos, suspeitava que havia mais alguma coisa do que a bonita versão apresentada pela polícia. Sally receava isso. Não receava o que ele lhe pudesse perguntar, mas sim que ele descobrisse a dolorosa verdade por trás das mentiras que ela tinha contado para lhe evitar sofrimentos a ele e aos Burton.

    – Sally? – Margaret, a irmã mais velha de Sally aproximou-se deles. Uma ligeira ruga na sua testa indicava que achava totalmente inapropriado que Sally confraternizasse com o viúvo em frente a toda a assistência do enterro. – Temos que nos ir embora. Agora.

    – Sim – disse Sally, que, pelo menos desta vez, ficou agradecida por a sua irmã se imiscuir. Afastou-se de Jake. – Estava a explicar-lhe que não posso ir à recepção.

    – Claro que não podes! – a expressão de Margaret suavizou-se ao dirigir-se a Jake: – Lamento muito a tua perda, Jake. Que regresso a casa terrível. Mas receio que tenhamos que nos ir embora. Os meninos estão à minha espera.

    – A Sally veio contigo até aqui?

    – Sim. Desde o acidente, não tem muita vontade de conduzir. Afectou-a muito mais do que muitas pessoas pensam.

    – A sério? – o seu olhar abandonou Margaret para se centrar novamente em Sally, demasiado penetrante para o seu gosto. – Pelo menos, tu escapaste ilesa.

    – Tive sorte.

    – Pois tiveste. Muito mais do que a minha mulher.

    O frio e a recordação dos travões a chiar fizeram-na tremer, o cheiro a borracha queimada quando os pneus deixaram marcados dois riscos negros no pavimento. E, pior ainda, o corpo partido de Penélope projectado pelos ares e jazendo à beira do caminho, murmurando com um sorriso espectral nos lábios:

    – Sim, sou tonta. Caí da montanha-russa antes dela parar, Sal.

    Sally libertou-se da dolorosa recordação com um esforço.

    – Sim, tive sorte – disse, ao aperceber-se que Jake a observava atentamente. – Mas nem todas as feridas são visíveis. Ver morrer uma amiga não é algo fácil de superar.

    – Normalmente não.

    Apesar do seu comentário parecer cortês, Jake fê-lo com tanto desdém que ela, sem pensar nas consequências das suas palavras, explodiu.

    – Achas que estou a mentir?

    – Estás?

    – Santo Deus, Jake, mesmo que estejas magoado por causa do que aconteceu, parece-me que estás a passar dos limites! – apesar de Margaret estar sempre a criticá-la, não suportava que outras pessoas o fizessem e defendeu-a como uma leoa. – A minha irmã está destroçada com a morte da Penélope.

    A expressão do rosto masculino mudou, expressando resignação.

    – Sim – disse. – Claro que está. Desculpa, Sally, por insinuar o contrário.

    Sally assentiu, mas o seu suspiro de alívio foi interrompido quando ele prosseguiu.

    – Eu arranjo alguém que te leve a casa depois do funeral.

    – Agradeço, Jake, mas não. Já incomodei a Margaret. Nem me passaria pela cabeça incomodar-te a ti também, particularmente num dia como o de hoje.

    – Estarias a fazer-me um favor. E se tens medo...

    – Por que é que havia de ter medo? – interveio Margaret. – Ficou demonstrado que a morte de Penélope foi um acidente.

    – Eu sei, e também sei que mesmo assim nem todos aceitam essa versão.

    – Então, talvez tenhas razão. Talvez levá-la a casa dos Burton não seja uma ideia assim tão má – disse Margaret. Ficou pensativa por um momento para depois dar um ligeiro empurrão nas costas da irmã. – Sim, vai com ele, Sally. Enfrenta-os e demonstra-lhes que não tens nada de que te arrependeres.

    Sally ficou muda perante a mudança de atitude da sua irmã. Já tinha muito com que se preocupar para ainda ir à boca do lobo procurar mais problemas.

    – Não! – gritou quando recuperou a fala. – Não tenho que demonstrar nada a ninguém!

    Mas Margaret já se tinha afastado e entrava no carro que tinha estacionado a discreta distância dos da família.

    – Parece que a única alternativa que tens é demonstrá-lo – murmurou Jake, agarrando Sally pelo cotovelo antes que ela se fosse embora. – Não façamos esperar o motorista. Não posso falar por ti, mas eu não estou em condições de andar os quatro quilómetros de distância até à casa dos meus sogros, e muito menos com este tempo – elevou o olhar para o céu nublado. – Tivemos sorte que ainda não tenha nevado.

    Era óbvio que a adorável Sally Winslow estava a mentir. Por mais que estivesse há anos sem a ver, Jake lembrava-se muito bem dela para saber quando tentava esconder algo. O que o intrigava era por que o fazia.

    A sua implicação no acidente tinha ficado fora de cogitação. Então, por que é que não conseguia olhá-lo nos olhos? Por que é que olhava fixamente pela janela de maneira que a única coisa que ele conseguia ver-lhe era a nuca? Por que é que se sentava tão longe dele, como se temesse que a dor o fizesse agarrá-la pelo pescoço e obrigá-la a dizer a verdade?

    Atravessaram o portão de ferro da antiga mansão dos Burton, que içava a sua estrutura de granito escuro na penumbra do entardecer. Quando a limusina se deteve, Morton, o mordomo, abriu a dupla porta da

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