Atração devastadora
By Kim Lawrence
5/5
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About this ebook
Santiago Silva ficou horrorizado ao descobrir que o seu meio-irmão estava interessado em Lucy Fitzgerald, que tinha fama de ser uma mulher fatal e que, além disso, achava que a fortuna da família Silva era um objetivo fácil.
Furioso, Santiago decidiu intervir para lhe demonstrar que estava enganada. Muito acostumado a resistir ao perigo que representava uma mulher atraente, ficou impressionado com a ingenuidade de Lucy e decidiu que o lugar mais seguro para uma mulher tão bela era ao seu lado. Visto que não lhe iria partir o coração, ele era o único homem que podia possui-la sem perder a cabeça…
Kim Lawrence
Kim Lawrence was encouraged by her husband to write when the unsocial hours of nursing didn't look attractive! He told her she could do anything she set her mind to, so Kim tried her hand at writing. Always a keen Mills & Boon reader, it seemed natural for her to write a romance novel - now she can't imagine doing anything else. She is a keen gardener and cook and enjoys running on the beach with her Jack Russell. Kim lives in Wales.
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Book preview
Atração devastadora - Kim Lawrence
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2012 Kim Lawrence
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Atração devastadora, n.º 2178 - dezembro 2016
Título original: Santiago’s Command
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Dreamstime.com
I.S.B.N.: 978-84-687-9239-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Lucy Fitzgerald…?
Santiago, que mal ouvira a descrição entusiasta que o irmão fizera a respeito da última mulher com quem andara a sair, levantou a cabeça e olhou para ele com o sobrolho franzido, enquanto tentava identificar aquele nome que lhe era familiar.
– Conheço-a?
Ao ouvir a pergunta, o meio-irmão, que se detivera à frente do espelho, colocado sobre a lareira impressionante, riu-se. Observou a sua imagem com complacência, passou a mão pelo cabelo escuro e virou-se para olhar para o irmão com um sorriso rasgado.
– Se conhecesses Lucy, não te terias esquecido – prometeu, com toda a certeza. – Vais adorá-la, Santiago.
– Não tanto como tu te adoras, maninho.
Incapaz de resistir à beleza do seu reflexo no espelho, Ramón virou a cabeça para se observar e passou a mão pelo queixo, coberto pela barba incipiente, antes de responder:
– Podemos sempre melhorar o que é perfeito.
Na verdade, Ramón tinha a certeza de que, por muito que se esforçasse, nunca teria aquilo que o seu carismático irmão tivera e desperdiçara. Na sua opinião, era má educação o facto de Santiago não prestar atenção às mulheres que, evidentemente, se interessavam por ele, apesar de o pequeno alto que tinha no nariz, a marca que a sua afeição pelo râguebi deixara, tornar o seu perfil imperfeito.
Inclinou a cabeça e olhou para o homem que estava sentado atrás da secretária de mogno. Apesar de ter desperdiçado algumas oportunidades, o irmão não era um monge, nem um jogador.
– Achas que voltarás a casar? – Ramón arrependeu-se das suas palavras assim que as pronunciou. – Lamento muito, não queria… – e encolheu os ombros.
Tinham passado oito anos desde a morte de Madalena e, embora naquele tempo Ramón fosse apenas uma criança, ainda recordava o olhar horrível que a morte deixara nos olhos do irmão. Um olhar que reaparecia, quando se mencionava o nome de Madalena. E não só porque tinha algo que o fazia pensar sempre nela. A pequena Gabriella era a imagem viva da mãe.
Ao ver que Ramón se sentia incomodado, Santiago tentou ignorar o sentimento de culpa e o fracasso que o embargava sempre que pensava na morte da esposa, e sorriu.
– Portanto, essa tal Lucy está a fazer-te pensar em casamento? – perguntou, mudando de assunto, antecipando a resposta negativa do irmão. – Deve ser muito especial.
– É…
Santiago arqueou as sobrancelhas, ao ouvir a resposta do irmão.
– Muito especial. Casamento? – olhou para o irmão de forma desafiante e acrescentou: – Porque não? – parecia tão espantado como o irmão, ao ouvir aquelas palavras.
– Porque não? – repetiu Santiago. – Vamos ver… Tens vinte e três anos. E, há quanto tempo conheces essa rapariga?
– Tu tinhas vinte e um quando casaste.
Santiago baixou o olhar e pensou: «E olha como correu».
Consciente de que seria pior se se opusesse, encolheu os ombros e sugeriu:
– Talvez seja melhor conhecer essa tal Lucy?
– Vais adorá-la, Santiago. Vais ver, não serás capaz de o evitar. É perfeita! Como uma deusa – e suspirou.
Santiago arqueou uma sobrancelha e fez uma careta, antes de passar a mão pela pilha de correspondência por abrir que estava em cima da secretária.
– Se tu o dizes… – agarrou no primeiro envelope, levantou-se e contornou a secretária.
– Posso dizer que nunca conheci uma pessoa como ela.
– Essa tal Lucy parece ser excecional – Santiago nunca conhecera uma mulher perfeita, mas não quis dizê-lo a Ramón.
– Então, não tens objeções?
– Convida-a para o jantar de sexta-feira.
– A sério? Aqui?
Santiago assentiu, enquanto lia a carta que tinha na mão. A mãe de Ramón dizia que o jovem chumbara e que gostaria de saber o que tencionava fazer a respeito disso.
Santiago olhou para o irmão.
– Não me tinhas dito que terás de repetir o segundo ano – a madrasta insinuava que Santiago tinha culpa nisso.
E talvez tivesse razão. Sempre quisera que o irmão aproveitasse a liberdade que ele não tivera depois da morte prematura do pai. Mas, teria sido demasiado indulgente e protetor com o irmão?
Ramón encolheu os ombros.
– Para ser sincero, Biologia Marinha não é o que esperava.
Santiago olhou para ele, com os olhos semicerrados.
– Segundo me lembro, Arqueologia também não era. Ou… O que era? Ecologia?
– Ciências do Ambiente – corrigiu o irmão. – Acredita em mim, isso era…
– És muito inteligente, portanto, não compreendo como… Foste a alguma aula, Ramón?
– A algumas… Eu sei, Santiago. Mas vou aplicar-me. A sério, Lucy diz…
– Lucy? Ah, sim, a deusa. Lamento muito, esqueci-me.
– Lucy diz que ninguém pode privar-nos de ter uma boa educação.
Santiago pestanejou. Lucy não se parecia com as inúmeras mulheres com quem o irmão já saíra.
– Tenho vontade de conhecer Lucy – talvez o irmão precisasse de uma mulher que considerava que ter educação era bom.
Era demasiado cedo para avaliar.
No primeiro dia que passou na propriedade, Lucy não conseguiu fazer com que o carro de Harriet arrancasse, portanto, decidiu ir a pé até à vila. A distância não era um problema, mas o sol abrasador do meio-dia, em terras andaluzas, era insuportável.
Uma semana mais tarde, o carro de Harriet continuava a estar assente em tijolos, à espera da peça que o mecânico encomendara. E Lucy ainda tinha o nariz queimado, no entanto, já não lhe doía e a pele do rosto já recuperara a sua cor habitual.
Nesse dia, Lucy decidiu ir a pé para a vila, outra vez, em vez de apanhar um táxi, como Harriet lhe aconselhara. Saíra cedo e conseguira comprar tudo o que Harriet lhe pedira, antes de estar demasiado calor.
Eram apenas dez e meia quando chegou à ponte que atravessava o riacho, junto à propriedade de Harriet, onde havia uma casa pequena. Fora o resto da propriedade que chamara a atenção da amiga. Ao reformar-se, Harriet decidira cumprir o seu sonho e criar, perante o espanto dos ex-colegas de trabalho, um santuário para burros em Espanha.
Quando Lucy lhe dissera que era muito valente, a mulher que fora sua tutora na universidade respondera que, simplesmente, estava a seguir o exemplo da sua aluna favorita. Lucy não estava habituada a ser usada como modelo de referência e não comentara que a mudança que se dera no seu estilo de vida não fora uma escolha, mas sim uma necessidade.
Lucy avançou pelo relvado que descia até ao riacho e tirou as sandálias. Ao sentir a água gelada na pele quente, suspirou. Rindo-se, pisou as pedras até a água lhe chegar à barriga das pernas.
Tirou o chapéu, sacudiu o cabelo loiro, fechou os olhos e deitou a cabeça para trás, para sentir o sol no rosto. Era maravilhoso!
Santiago apertou as pernas, para que o cavalo avançasse para o riacho. Já sabia por que motivo o nome da rapariga lhe era tão familiar.
O disfarce de anjo sensual era bom, mas não assim tão bom. Não para alguém que possuía uma qualidade inesquecível. E Lucy Fitzgerald era assim!
Não usava o vestido vermelho e saltos agulha. Há quatro anos, os meios de comunicação social tinham usado essa imagem várias vezes, mas não duvidava de que era a mesma mulher que recebera a condenação moral, unânime, de um público indignado.
Não dissera nada para se defender, pois sabia que, se quebrasse o voto de silêncio, acabaria na prisão. Algo por que Santiago teria pago.
A imagem da esposa traída e chorosa surgiu na sua mente. A expressão valente daquela mulher, que não escondia o seu sofrimento emocional, contrastava com a atitude fria que Lucy Fitzgerald mostrara diante das câmaras.
Em circunstâncias normais, não teria lido para além da primeira linha de um artigo como aquele, mas a situação do publicitário que recorrera aos tribunais para se proteger de Lucy Fitzgerald tinha uma semelhança estranha com a que vivera, embora a uma escala menor.
No seu caso, a mulher cujo nome mal recordava, muito menos o rosto, que tentara tirar proveito dele a nível económico, fora mais oportunista do que desumana. Além disso, o facto de não ser casado, de não se importar com a opinião que os outros tinham dele, tornara-o um alvo menos vulnerável do que a vítima de Lucy Fitzgerald que, em vez de se render perante a ameaça de contar tudo aquilo que o amante fizera, conseguira uma ordem judicial para evitar que ela falasse.
A chantagem era uma arma dos covardes e mulheres como Lucy Fitzgerald representavam tudo aquilo que Santiago desprezava.
Olhou para ela de cima a baixo e reparou na blusa de algodão, e na saia que usava. Era como veneno, mas tinha um corpo que convidava a ter todo o tipo de fantasias pecaminosas.
Era demasiado provocadora para o seu gosto, mas era fácil compreender porque o irmão ficara deslumbrado. Era um caso de atração sexual, não de amor.