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80 políticos influentes do século XX
80 políticos influentes do século XX
80 políticos influentes do século XX
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80 políticos influentes do século XX

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Vidas dos Homens e Mulheres Fundamentais no último século

Biografías de Hitler, Lênin, Stalin, Churchill, Fidel Castro, Mussolini, Nasser, Nixon, Ché Guevara, Francisco Pi y Margall, José Antonio Primo de Rivera, Condoleezza Rice, Serrano Súñer, etc., etc.

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateNov 28, 2016
ISBN9781507164556
80 políticos influentes do século XX

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    80 políticos influentes do século XX - Borja Loma Barrie

    80 Políticos Influentes do Século XX

    Borja Loma Barrie

    80 Políticos Influentes do Século XX

    © BORJA LOMA BARRIE 2015

    Todos os direitos reservados.

    Harry S. Truman

    ––––––––

    Político norte-americano (1884-1972). Presidente (dois mandatos, 1945-1949 e 1949-1052). Ordenou lançar duas bombas atômicas sobre o Japão (1945). Iniciou a guerra fria (1945-1991) contra a União Soviética (1922-1991). Perseguiu o comunismo interior através da caça às bruxas (1946-1954).  Colocou em prática o Plano Marshall (1947) de reconstrução europeia depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Teve que enfrentar a Guerra da Coréia (1950-1953). Durante o conflito coreano foi o presidente mais impopular da história do país, com 68% de cidadãos que desaprovaram sua gestão (Gallup). Inventou a Doutrina Truman, que consistia no anticomunismo e no apoio dos Estados Unidos a qualquer nação que lutasse contra o comunismo, que foi estabelecida como eixo político-ideológico oficial em 12 de março de 1947, quando foi formalmente anunciada pelo presidente Harry S. Truman perante o Congresso. Respondia à afirmação de que o comunismo e o marxismo eram as duas principais ameaças aos Estados Unidos. Ainda que inicialmente tenha sido aplicada aos países europeus, continuou vigente em escala planetária durante muitos anos. Nela se consolidou a guerra fria e a da Coréia, entre muitas outras. Em seus anos iniciais assumiu a intervenção norte-americana na Grécia, país então imerso em uma guerra civil entre nacionalistas e comunistas, assim como na Turquia, cujos territórios setentrionais eram em parte reivindicados pela União Soviética. Em seu discurso explicando a Doutrina o presidente Truman afirmou que o comunismo era um sistema que se apoia na vontade de uma minoria, imposta à força na maioria. Apoia-se sobre o terror e a opressão, sobre o controle da imprensa e do rádio, sobre eleições pré-fabricadas e sobre a supressão das liberdades pessoais, razão pela que considerava que o dever dos Estados Unidos era sustentar os povos livres que resistem às tentativas de domínio efetuadas por minorias armadas ou através de pressões exteriores. Nasceu em 8 de maio em Lamar, Missouri, em uma família humilde. Emigrou para Kansas City. Ingressou na Guarda Nacional. Capitão da artilharia durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Ingressou em 1921 no Partido Democrata. Congressista e senador (1934-1940). Titular de uma Comissão do Senado (1941) para a Defesa. Descobriu corrupção entre um setor do exército e certas companhias de armamento. Vice-presidente (1943) na administração (1932-1945) de F. D. Roosevelt (1885-1945). Candidato democrata à presidência (1944). Presidente em 1945 (após o falecimento deste). Sua gestão política se caracterizou pelo estabelecimento da Doutrina Truman, que percebia a União Soviética e o marxismo em geral como os principais inimigos dos Estados Unidos. Ele assumiu a perpetuação do estado de guerra em diversas regiões do planeta. Entendeu, no entanto, que os conflitos, armados ou não, em pequena ou grande escala, poderiam ser um bom negócio para os Estados Unidos. Sua cruzada particular contra o marxismo fora do país coincidiu com a depuração de supostos comunistas da vida pública, social e cultural dos próprios Estados Unidos através das denúncias do senador (republicano) Joseph McCarthy (1909-1957) perante o Comitê de Atividades Antiamericanas (1947-1954). Participou da Conferência de Potsdam (1945, junto com Stalin e Atlee). Em 10 de agosto de 1945, o Japão lhe solicitou, através da diplomacia suíça, um armistício, após as duas explosões atômicas, ao qual se opôs. Exigiu a rendição incondicional. Dispôs o Plano Marshall de reconstrução europeia no pós-guerra para, entre outras razões, armar os países que poderiam se aliar aos Estados Unidos em sua luta contra os soviéticos. Dividiu assim o cenário político internacional em dois blocos de influência. Foi reeleito em 2 de novembro de 1948. Em 12 de junho de 1949 insistiu oficialmente em sua pretensão de rearmar os países europeus e contra a redução das ajudas do Plano Marshall. Em 1950, em plena guerra da Coréia, anunciou a descoberta, após vários anos de investigações científicas, da Bomba H ou de hidrogênio, cujo potencial destrutivo era muito maior que o da atômica. Em 1952 negou-se a se reeleger (foi sucedido por Eisenhower).

    ––––––––

    Lênin

    ––––––––

    Político e estadista russo (1870-1924). Modelo de revolucionário do século XX, desenvolveu justamente uma teoria sobre a prática revolucionária com influência em todo o planeta. Foi consagrado por quase toda sua existência por derrubar o czarismo. Fundador da União Soviética e líder bolchevique durante a Revolução Russa de 1917, sua doutrina política é denominada Leninismo, uma interpretação do marxismo concentrada na ditatura do proletariado para a realização do socialismo e da nacionalização dos meios de produção que caracterizou a primeira fase da revolução bolchevique. Também é denominada como Marxismo-Leninismo.

    Compreende três aspectos decisivos: em primeiro lugar, o estabelecimento de uma teoria revolucionária, sem a qual é impossível realizar a revolução. Em segundo, o estabelecimento de um partido revolucionário de vanguarda composto exclusivamente por revolucionários profissionais e decidido a mudar o rumo da história. Neste ponto se diferencia da ortodoxia marxista já que (Lênin) considerou que o proletariado não era necessariamente revolucionário por si mesmo, uma vez que a consciência socialista, de origem científica, somente poderia ser transmitida por intelectuais burgueses desde fora para o interior do proletariado, conceito inicialmente estabelecido pelo marxista Karl Kautsky. Em terceiro, a utilização objetiva e política da vontade emancipadora latente nos nacionalismos para a luta revolucionária contra o Estado burguês mas não para integrá-lo posteriormente na estrutura do Estado proletário porque o marxismo visa a emancipação da humanidade e não somente a de um país, uma nação ou uma classe social.

    É autor de vários textos clássicos sobre teoria política e revolucionária, ainda que quase nenhum tenha superado o tamanho do panfleto ou do breve ensaio. Nasceu em Simbirsk, vilarejo que mais tarde foi denominado Ulianovsk em sua honra, em uma pequena família burguesa. Seu nome verdadeiro era Vladimir Ilich Ulianov. Filho de um inspetor escolar e neto de um servo liberado por parte de pai e de um médico por parte de mãe. Seu pai sofreu represálias por se mostrar partidário à que a escola pública fosse aberta para todas as crianças russas. Seu irmão mais velho foi enforcado por participar em um atentado contra o czar Alexandre III quando Lênin tinha 17 anos de idade. Aluno brilhante no ensino fundamental, foi enviado para Kazán para distanciá-lo de possíveis influências políticas radicais e para que começasse na universidade a faculdade de Direito. Foi expulso da Universidade de Kazán por se manifestar contra as autoridades acadêmicas pouco depois de sua chegada e detido pela polícia czarista. Passou um ano exilado no campo, em Kokushino, se dedicando fundamentalmente à leitura de autores como Chernishevski, Marx e Engels, e outros cinco anos em Samara. É desta época seu primeiro texto, intitulado Os Novos Processos Econômicos na Vida Camponesa (1893). Nesse mesmo ano conseguiu se formar em Direito e se radicou em São Petersburgo, estabelecendo imediatamente contato com marxistas e revolucionários, sobretudo com militantes do Partido Operário Socialdemocrata da Rússia (POSDR). Em 1984 escreveu Quem são os Amigos do Povo e Como lutam contra os Socialdemocratas; e Sobre a Questão dos Mercados. Foi preso pela polícia em 1895 e condenado a três anos de exílio na Sibéria. Casou-se com Nadiezda Krupskaia, pedagoga, em 1898, na aldeia em que ambos cumpriam a pena. Seu casamento durou 30 anos. Terminou uma das suas obras mais importantes, O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia, em 1899, e em 1900 viajou para a Europa, reunindo-se na Suíça com Plejánov, líder Socialdemocrata, para mais tarde se estabelecer na Alemanha. Em Munique fundou o jornal Iskra (A Faísca), cuja redação seria o embrião do partido de vanguarda revolucionária. Em 1902 publicou um de seus folhetos mais representativos, intitulado O que fazer? Questões palpitantes do Nosso Movimento, que teve grande repercussão na Rússia. Apreensivo de ser preso viajou, nesse ano, para a Grã-Bretanha. Em Londres, fortaleza do capitalismo, e logo em Bruxelas, durante o II Congresso do POSDR, foi expulso da redação do Iskra pelos mencheviques, consumando-se a divisão e o enfrentamento entre estes e os bolcheviques. Depois de cinco anos, fez uma curta viagem à Rússia, motivado pela falida revolução de 1905. Teve que fugir perante a intensificação da repressão, via Finlândia, para Genebra, onde depois de se reunir com sua esposa, viajou em sua companhia para Paris. Após permanecer na Polônia durante um tempo se instalou na Suíça em 1914 para evitar a Primeira Guerra Mundial e tentou organizar uma frente pacifista internacional de partidos socialistas. Escreveu então O Imperialismo, Fase superior do Capitalismo; e A Falência da II Internacional. Em 1917 viajou novamente para a Rússia, ciente dos distúrbios revolucionários, e pouco antes de descer do trem que o trazia desde a Alemanha escreveu As Teses de Abril, um programa de ação revolucionária. Foi recebido com entusiasmo em Petrogrado mas suas teses revolucionárias não foram aceitas. Foi definitivamente considerado inimigo do governo provisório após os acontecimentos insurrecionais de julho, pelo que se viu obrigado novamente a fugir para a Finlândia, onde concluiu o texto O Estado e a Revolução. Em setembro, a tentativa de golpe de Estado contrarrevolucionário de Kornilov mudou completamente a cena política e, assim, o controle dos soviets de Moscou e de Petrogrado passou para os bolcheviques. Em seu retorno, em inícios de outubro, tomou a decisão de organizar uma insurreição armada e definiu juntamente com Leon Trotsky uma estratégia para derrubar o governo de Kerensky e alcançar o acesso ao poder dos bolcheviques, coisa que aconteceu em 8 de novembro. Em agosto de 1918, pouco tempo depois de abortar um golpe de Estado promovido por socialistas contrários à sua pessoa, foi vítima de um atentado no que levou dois tiros. Enquanto obteve o poder nacionalizou os meios de produção, bancos, trens, terras, minas, fábricas, etc. Em 1921 teve que se retificar perante o desgaste originado pela guerra, estabelecendo a Nova Política Econômica, que supunha certa atividade capitalista e que depois de cinco anos foi um sucesso. Nestes anos escreveria ensaios políticos como A Revolução do Proletariado e o Renegado Kautsky (1919); O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo (1920); e O Estado e a Revolução (1921). Em novembro de 1922, depois de seu segundo ataque hemiplégico, próximo de sua morte, ditou a Carta ao Congresso, conhecida como seu Testamento político e silenciado durante muitos anos. Tentou nomear Trotsky como seu sucessor na secretaria geral do Partido Comunista perante o receio que a figura brutal e arbitrária de Stalin lhe

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