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O Clube de Mistérios de Deise - Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria
O Clube de Mistérios de Deise - Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria
O Clube de Mistérios de Deise - Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria
Ebook55 pages39 minutes

O Clube de Mistérios de Deise - Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria

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About this ebook

Lendas e atividades sobrenaturais controlam a comunidade Corvinã. Uma destas lendas é o coração pulsante de Wendell Graven no cemitério da Montanha Sombria. Uma garota curiosa de 14 anos, Deise Silva, quer desvendar a verdade por trás deste estranho e misterioso fenômeno. Acompanhada por seu irmão mais velho, Mário, e seus dois amigos Laura e André, eles escolhem a noite do Dia das Bruxas para descobrir a verdade sobre o coração que bate na Montanha Sombria.

LanguagePortuguês
Release dateDec 29, 2016
ISBN9781507167250
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    O Clube de Mistérios de Deise - Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria - Leonard D. Hilley II

    O Clube de Mistérios de Deise

    Um coração que pulsa além do Cemitério na Montanha Sombria

    de

    Leonard D. Hilley II

    Deimosweb Publishing 2014

    O cheiro de folhas queimadas pairava no ar seco e os vizinhos apressavam-se em limpar quintais e bueiros antes que a rua fosse invadida por crianças pedindo doces ou travessuras. Ventoinhas zuniam e cortadores de grama com sacos enormes de coleta aparavam folhas e galhos do entulho. Enquanto estes podavam, algumas crianças corriam e mergulhavam nos montes, fazendo a folhagem explodir em uma chuva amarela, laranja e vermelha.

    Uma brisa fria soprava as folhas de tom pastel dos bordos grandes e dos carvalhos no final da Rua das Sombras, na comunidade Corvinã, onde os Silvas viviam. As folhas em espiral caiam e se espalhavam nos jardins das varandas, resvalando contra o concreto dos fundos do sobrado de tijolos.

    Na mesa de piquenique, Deise Silva e seu irmão Mário, terminavam de esculpir uma abóbora com os amigos André Campos e Luana Jordão. Cada um sentado de um lado da mesa com as cabeças de abóbora viradas de maneira que apenas o escultor pudesse ver até que chegasse o momento do grande show.

    Cigarras se aninhavam embaixo de arbustos grandes, reunindo-se para o último canto antes que a noite cruelmente fria clamasse pelo fim do verão e as canções da natureza se despedissem até a próxima primavera.

    – Estou coberta por gosma de abóbora –  disse Deise, rebatendo pedaços de semente e outros vestígios laranja de sua camiseta. Sua mão também estava cheia de grude e grãos.

    – Tem um pouco no seu cabelo –  disse André com um sorriso lento e zombeteiro. Ele era o menor do grupo, mas era musculoso e atlético. Seus olhos verdes e ansiosos observavam fitavam a sombra noturna, seu boné estava puxado para frente na cabeça. Ele usava uma camiseta branca e jeans batidos com mais sinais laranja que Deise.

    – Eca. Tem mesmo? – perguntou Deise, sacudindo seu cabelo curto e castanho para frente e para trás, tentando se livrar dos restos de abóbora.

    – Não, Deise. Ele está só zombando de você. – Luana respondeu fazendo careta. Ela tinha cabelos pretos compridos em um rabo-de-cavalo apertado. Os olhos castanhos encararam André por um tempo e então se voltaram para Deise. – Não tem nada no seu cabelo. Mas suas roupas têm. Eeeeeca.

    A pele pálida de Luana somada aos olhos escuros davam-lhe uma aparência de boneca de porcelana com narizinho fofo.

    – Isso não é novidade – disse Deise sorrindo. – Minha abóbora grandona estava cheia de grude nojento, puxei tão rápido que deve ter virado minha segunda pele.

    – Parece uma frase de Freddie Krueger – comentou André.

    – Pronto! – comunicou Mário enquanto virava sua abóbora. – Vou chamá-la de Ronaldinho.

    A abóbora tinha dentes grandes e olhos tortos. Deise, Laura e André caíram na risada.

    Mesmo tendo dezesseis anos, dois a mais que sua irmã e seus amigos, Mário era de longe o mais bobo, pregando peças com frequência, porém também era o mais tímido. Era alto, magro e não tinha nenhum pouco da coragem que a moleca da sua irmã Deise tinha, a não ser em situações que exigissem. Ela caçoava dizendo que ele não passava de um gato medroso que cresceu demais. Ele tinha seus

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