Contra ventos e marés
By Ann Major
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About this ebook
Tinha cometido um grande erro ao apaixonar-se, fazer amor e, por fim, casar-se com Anna Barton, E tudo isto pouco depois de conhecer aquela mulher, a quem ele, como detective, tinha por missão localizar. Mas Anna tinha fugido inesperadamente e seria preciso algo mais que dinheiro para obrigá-la a voltar… juntamente com a sua filha.
Nos planos iniciais de Connor não constava o feito de formar família, mas depois de ter conhecido Anna e deixar-se fascinar por ela, pretendia mantê-la ao seu lado. Para o bem e para o mal.
Ann Major
Besides writing, Ann enjoys her husband, kids, grandchildren, cats, hobbies, and travels. A Texan, Ann holds a B.A. from UT, and an M.A. from Texas A & M. A former teacher on both the secondary and college levels, Ann is an experienced speaker. She's written over 60 books for Dell, Silhouette Romance, Special Edition, Intimate Moments, Desire and Mira and frequently makes bestseller lists.
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Contra ventos e marés - Ann Major
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2009 Ann Major
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Contra ventos e marés, n.º 938 - abril 2017
Título original: The Bride Hunter
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9842-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezasseis
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
Albuquerque, Novo México
Connor Storm concentrou-se na sua presa, sentindo todos os músculos em tensão. Aquela mulher, que respondia pelo nome de código Anna Barton, conseguira esquivar-se ao seu melhor detective. Naquele momento, estava a tomar um café que acabava de comprar na cafetaria localizada atrás dela. Connor, escondido atrás de um pilar, tentava manter-se fora do seu campo de visão enquanto ambos esperavam o aviso para embarcar no avião.
Anna Barton tinha um rosto de porcelana, com o cabelo, loiro e brilhante, a cair-lhe pelos ombros. Connor gostava de mulheres de cabelo comprido, mas não gostou nada de dar por si a desejar acariciar aquele espesso cabelo ao mesmo tempo que abraçaria Anna Barton contra o seu corpo.
Maldita fosse! Desde a morte de Linda, esta era a primeira vez em que pensava numa mulher. Devia estar a regressar ao mundo dos vivos.
Aquilo era um trabalho. Um trabalho que devia ao seu irmão mais velho. E havia mais peixes no mar.
Mas o «peixe» que tinha ali ao lado era alto, atlético e tinha um belo rosto.
O avião estava com uma hora de atraso devido ao mau tempo. Olhou para o relógio com impaciência e desviou depois o olhar para as enormes janelas do aeroporto. O nevão tinha amainado e já se conseguia distinguir o final da pista.
Anunciaram pelos altifalantes uma mudança da porta de embarque do seu voo. Embarcariam pela porta dez em vez de pela porta catorze. Os passageiros que esperavam em redor desta última levantaram-se. Anna Barton afastou-se do quiosque à velocidade de um pássaro a levantar voo e correu para a porta catorze.
Connor fixou com firmeza o seu chapéu Stetson na cabeça e saiu atrás dela. O som das suas botas no chão do terminal do aeroporto era tão forte que a sua presa se voltou para ele e abriu os seus enormes olhos castanhos com uma expressão de alarme. Talvez temendo que se tratasse do repugnante ex-namorado que a assediava.
– Eh, menina! Precisará disto, se é que quer entrar nesse avião!
Quando Anna Barton parou, Connor ficou paralisado.
Todo o seu corpo exalava desconfiança. Connor sentiu-se satisfeito por ter afastado Sam Guerra daquela missão e ter ido ele pessoalmente.
Porque Anna Barton estava a tremer. Era evidente que ainda não confiava em desconhecidos, especialmente se estes eram homens atléticos que podiam dominá-la com facilidade. O namorado dela, Dwight Crawford, devia até ter sido muito pior do que aquilo que os relatórios do seu detective reportavam.
Connor deslizou o chapéu para trás e tentou esboçar um dos seus melhores sorrisos. Ela ficou tensa. Connor sorriu mais ainda e mostrou-lhe o cartão de embarque que lhe pertencia, o qual, na verdade, ele mesmo tirara da mala dela.
– Estava atrás de si e vi que deixou cair isto – mentiu.
Anna continuava a olhar para ele com receio. Connor tivera um dos seus melhores homens a tentar localizá-la durante muito tempo. Mas cada vez que ele conseguia aproximar-se dela, ela despistava-o mudando de identidade.
Estava muito pálida e a sua pele parecia tão suave que Connor sentiu vontade de acariciá-la. Maldição, o factor beleza estava a tornar-se um problema.
Mas aquilo era trabalho, recordou-se. Um trabalho que estava a fazer para Leo.
No entanto, os olhos de Anna Barton mostravam tanta vulnerabilidade, tanto medo, que ficava com vontade de agarrar o ex-namorado dela e dar-lhe uma boa lição. Aquela mulher, que tanto sofrera quando era uma miúda, não merecia que alguém tão repugnante como Crawford a assustasse.
Anna levantou o nariz. Era uma mulher elegante, uma mulher com classe. E tendo em conta a sua origem, nem outra coisa seria de esperar. No Texas, todas as pessoas relacionadas com o rancho Esporas de Ouro eram consideradas aristocratas.
O trabalho de Connor consistia em levá-la para casa. E ponto.
Era curioso que tivesse o mesmo corte de cabelo que Abby. Ele lera algures que podiam dar-se esses casos entre gémeos que tinham crescido separadamente. A surpreendente semelhança do seu penteado tornava-a idêntica à esposa do seu irmão Leo. Na verdade, não deveria ficar surpreendido com a parecença, visto que se tratava da irmã gémea de Abby, que fora raptada em criança.
O que era mesmo estranho era a intensidade com que o seu corpo reagia à presença dela…
– Becky – sussurrou, certo de que tinha encontrado a irmã de Abby.
Ao ouvir aquele nome, Anna estremeceu e arregalou os seus enormes olhos.
– Becky? Não sei a quem se refere, senhor, mas não sou eu.
– Peço desculpa, por um momento pensei que era alguém que conheço. Você é Anna Barton, mas receio que não possá ir para lado nenhum sem o seu cartão de embarque.
Mas Anna deu meia volta e dirigiu-se rapidamente para a porta de embarque.
– Anna Barton! – gritou Connor atrás dela.
Anna acelerou o ritmo dos seus passos, mas Connor alcançou-a em duas passadas.
– Anna! Anna Barton!
Como ela não parou, agarrou-a por um braço, talvez com força excessiva, porque quando Anna se voltou, chocou com ele e o copo de café que tinha na mão saiu a voar.
– Largue-me!
Os outros passageiros voltaram-se para eles. Felizmente, não estava por perto nenhum segurança.
– Lamento – disse-lhe Connor, abrandando a voz contra o seu cabelo, – devo-lhe um café.
Durante os segundos em que a reteve entre os seus braços, sentiu o calor daquele corpo que se retorcia contra o seu, inspirou a fragrância do seu perfume e o cheiro fresco do seu champô. E a tentação de enredar a mão no seu cabelo comprido tornou-se quase irresistível.
Um voltar de cabeça e os seus lábios ficaram a apenas uns centímetros dos de Anna. Quando deu por si a olhar para aqueles lábios, o coração começou a bater-lhe a toda a velocidade.
– Você é Anna Barton? – perguntou com voz rouca, mostrando-lhe o seu cartão de embarque.
Anna leu o seu nome no cartão, olhou-o com uma expressão acusadora, tirou-lho das mãos e guardou-o no bolso.
– Porque me chamou Becky?
– Acho que não ficaria mal agradecer-me.
– Fiz-lhe uma pergunta.
– Como já lhe disse, lembrou-me alguém.
– Pois bem, não sou essa pessoa. Nunca o tinha visto na vida e não tenho o hábito de fazer amizades nos aeroportos, portanto, por favor, deixe-me em paz.
– Lamento, estava só a tentar ajudá-la.
Os olhos de Anna resplandeciam de fúria e um leve rubor cobria as suas faces. Quanto mais perto dela estava, mais intenso lhe parecia o calor do seu corpo e maior era a vontade de abraçá-la, de saboreá-la, de beijar aqueles lábios húmidos e tentadores.
Ela também fixou o olhar na sua boca. Por um instante, pareceu conter a respiração.
Com um suspiro que parecia de desejo, afastou o olhar e empurrou-lhe o peito.
Connor, contra a sua vontade, soltou-a e ergueu as mãos num gesto de rendição.
Anna endireitou as mangas do casaco e alisou o cabelo comprido. Depois, franziu a testa e partiu em busca da sua porta de embarque.
Tinha umas boas ancas. E sabia como movê-las ao caminhar.
Mas aquilo era um trabalho, lembrou-se Connor.
Desejou não tê-la assustado, porque precisava de ganhar a sua confiança. Tinha de convencê-la a voltar para o Texas com ele. Mas como ia conseguir levá-la para Houston?
Fosse como fosse, iria consegui-lo. Anna Barton era cunhada de Leo. E a esposa de Leo vivia de coração partido por causa do seu papel no rapto da irmã quando eram pequenas. Estava convencida de que Leo conseguiria descobrir o paradeiro da sua irmã e essa era a razão pela qual Leo pedira ajuda a Connor.
– Tens que encontrá-la, por mim e pela Abby. A Abby não descansará até a encontrares – dissera-lhe Leo. – É como se tivesse perdido uma parte de si mesma.
Leo criara Connor depois da morte da sua mãe e Connor sentia que devia tudo ao seu irmão. Portanto, aquilo não era apenas um trabalho. Tratava-se de uma dívida familiar. E não havia nada a que ele desse mais importância do que à sua família.
A hospedeira de bordo anunciou que o avião estava cheio e pediu aos passageiros que se sentassem no primeiro lugar que encontrassem disponível.
– Olá – disse Connor, dirigindo um sorriso radiante a Anna. Ela fingia estar concentrada no catálogo de uns grandes armazéns. – Importa-se que me sente ao seu lado? – Anna franziu a testa sem levantar os olhos. Tirou a carteira do banco e colocou-a aos pés.
Antes de se sentar, Connor tirou o chapéu Stetson e prendeu-o no banco da frente. Era tão grande, ou o banco tão pequeno, que os seus ombros roçavam Anna, permitindo-lhe voltar a sentir o calor do seu corpo.
– Em que é que está tão interessada em comprar? – perguntou-lhe.
Anna virou uma página, ignorando a pergunta.
– Você é daquelas pessoas que odeiam conversar quando viajam de avião?
Anna passou outra página, desta vez com mais veemência.
– Então deve ser como eu. A minha regra é,