O aristocrata e a modelo
By Lucy Monroe
2.5/5
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About this ebook
Amber Taylor parecia inocente… e isso interessava ao milionário espanhol Miguel Menéndez, todavia, como modelo que era, Amber vendia a sua inocência todos os dias.
Os dotes de sedução de Miguel não demoraram a fazer com que Amber se sentisse verdadeiramente bonita pela primeira vez na sua vida.
O romance não devia ser mais do que uma breve aventura com uma modelo, mas Miguel recebeu dela o presente mais bonito do mundo… a sua pureza.
Lucy Monroe
USA Today Bestseller Lucy Monroe finds inspiration for her stories everywhere as she is an avid people-watcher. She has published more than fifty books in several subgenres of romance and when she's not writing, Lucy likes to read. She's an unashamed book geek but loves movies and the theatre too. She adores her family and truly enjoys hearing from her readers! Visit her website at: http://lucymonroe.com
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Book preview
O aristocrata e a modelo - Lucy Monroe
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Lucy Monroe
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O aristocrata e a modelo, n.º 1060 - maio 2017
Título original: Taken: the Spaniard’s Virgin
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9818-9
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Baixa a cabeça um pouco para a esquerda. Assim. Boa, Amber, boa.
Amber Taylor mexeu-se na direcção do fotógrafo, com o sol ardente espanhol a queimar-lhe a pele apesar do protector de factor elevado de protecção que tinha por baixo do brilho corporal. Mas não se queixava. A sessão de fotografias era a sua primeira campanha importante, tal como o seu primeiro grande contrato internacional.
Com vinte e quatro anos ou se encontrava prestes a dar o grande salto como modelo ou começava a deslizar para a mediocridade. E a mediocridade não era uma opção. Estava no mundo da moda desde a adolescência e sacrificara sono, chocolate e vida social pela carreira eleita. Estava decidida a triunfar.
O facto de a sua mãe estar ao seu lado ajudava. A viúva que a criara sozinha, Helen Taylor era uma mulher espantosa. Sacrificara-se pela sua carreira e amava-a o suficiente para lhe recordar quando fazer exercício e quando não comer… demasiado.
Estava há tanto tempo com uma dieta baixa em calorias, que há tempo que já não passava fome. Helen certificava-se de que a comida que Amber ingeria fosse muito nutritiva. Até abandonara a sua própria comodidade para poder contratar um treinador pessoal para a sua filha. Helen Taylor proporcionara-lhe o que precisava para pôr o corpo em forma perfeita para ser modelo.
O apoio que a sua mãe brindara ao seu sonho representava tudo para Amber e tinha a plena intenção de lho pagar com o sucesso.
– Muito bem… levanta o telefone como um ar de vitória e sorri.
Levantou o fino telemóvel no ar e ofereceu o seu sorriso, um que o seu agente dizia que prometia o mundo e tudo o que havia nele.
À sua esquerda ouviu-se um assobio e uns formigueiros inesperados percorreram-lhe as costas e os braços. Era como se alguém com um olhar eléctrico a observasse. O que era uma tolice. Mas sentiu-se tocada. Até mesmo acariciada.
Esforçando-se para esquecer aquela sensação estranha, aumentou a intensidade do seu sorriso e o assobio voltou a ouvir-se. Era baixo e sugestivo. Custou-lhe não contrair os músculos das coxas. Nunca reagia daquela maneira.
Nunca.
Praguejou ao mesmo tempo que mantinha o sorriso para os numerosos cliques da máquina do fotógrafo. O que se passava?
– Uma pausa – a voz ouviu-se com autoridade e com um leve sotaque castelhano.
O fotógrafo fez uma pausa e Amber pousou o telemóvel que estivera a segurar numa mesa próxima. Foi vestir um robe ténue, mas duas mãos elegantes e masculinas apareceram antes das dela.
Segurou o robe aberto para que ela introduzisse os braços nele.
– Tens de tapar essa pele perfeita do calor do sol.
Permitiu-lhe que lhe subisse o robe pelos braços dominada por uma sensação de irrealidade. Ainda nem sequer vira a sua cara e já sentia que se conheciam intimamente. Impossível.
E levemente aterrador.
– De quem foi ideia tão pouco brilhante de trabalhar à hora mais quente do dia? – perguntou, num tom de voz que chegou até aos ouvidos do fotógrafo.
– É a luz, senhor Menéndez. Agora é perfeita – indicou o director da campanha, num tom de voz muito menos autoritário.
Pelo canto do olho, Amber viu que o fotógrafo desaparecia.
– Será que não somos civilizados? Será que a sesta não requer descanso e não trabalho na hora mais quente do dia?
– Lamento muito, senhor. Se soubesse que queria fiscalizar a sessão, tê-la-íamos preparado para uma hora diferente.
O homem que estava por trás de Amber riu-se, um som quente e exuberante, como chocolate a verter sobre um gelado de baunilha.
– Não estou preocupado comigo.
Ela voltou a experimentar aquele impulso estranho de contrair as coxas e teve de se obrigar a afastar-se das mãos que descansavam sobre os seus ombros naquele instante. Quando desejara prolongar o contacto de um homem? Não recordava uma só vez. Os homens eram colegas de trabalho ou assistentes numa sessão fotográfica, mais nada.
Virou-se para olhar para o homem que transtornava o seu equilíbrio e obteve a primeira impressão de Miguel Menéndez. O seu cérebro começou imediatamente a catalogar a informação que tinha dele.
A sua família geria a Indústrias Menéndez, a casa-mãe da empresa de telemóveis que realizava o anúncio para o qual trabalhava. Assim como o seu avô e o seu pai ainda desempenhavam um papel activo na direcção do negócio, os analistas concordavam que era Miguel o responsável pela expansão que a Indústrias Menéndez experimentara nos últimos cinco anos.
Para além de competir ao máximo nível no negócio de telemóveis da Ásia e da Europa, negociara investimentos noutras empresas de alta tecnologia que tinham originando lucros enormes para o consórcio multimilionário de mais de cem anos dirigido pela família. Não era o único membro da sua geração envolvido na empresa, porém, até ao momento, fora o que tivera mais sucesso.
Amber descobrira o que pudera sobre a empresa e o produto que devia representar… como fazia sempre que começava um trabalho. Como dizia a sua mãe, não fazia mal estar preparada. Embora tivesse a clara impressão de que nada poderia tê-la preparado para ver o milionário em pessoa pela primeira vez.
As fotografias que acompanhavam os artigos nos jornais económicos importantes nem se aproximavam da essência do homem. As imagens bidimensionais nunca tinham insinuado o puro magnetismo animal que irradiava nem o poder da sua presença masculina.
Um metro e oitenta e cinco de um exemplar magnífico. Miguel Menéndez tinha um corpo pelo qual a maioria dos modelos masculinos teria sacrificado um ano de salário. Alto, fibroso e musculado, enchia a sua camisa e calças Dolce & Gabanna como se as tivessem feito à medida dele. E provavelmente fora assim. Assim como reconhecia o corte e o estilo do estilista, havia algumas diferenças subtis que davam a entender que a roupa daquele homem nem sequer fora comprada na passarela.
Uns olhos cinzentos observavam-na com um interesse brilhante, moderado por um humor que a surpreendia. O homem fazia com que sentisse os joelhos fracos e, tendo em conta que ela passava parte do seu tempo com alguns dos homens mais atraentes do planeta, era algo que não lhe agradava.
Sim, as suas feições e o seu cabelo preto e ondulado eram de cortar a respiração, mas havia algo mais. E foi esse «algo mais» que a levou a dar outro passo atrás no silêncio incómodo que caíra depois do seu último comentário.
Sorriu, mostrando brevemente uns dentes brancos.
– A minha preocupação é por esta bonita mulher, cuja beleza não acho que se veja potencializada pelas queimaduras do sol.
– Temos Amber protegida com um creme de factor cinquenta – indicou o fotógrafo, com desdém.
Menéndez semicerrou os olhos.
– Vejo que tem mangas compridas e um chapéu. Muito sensato… enquanto ela finge que fala ao telefone em pouco mais do que três triângulos de roupa.
– É uma modelo.
O que resumia tudo. O seu corpo era uma ferramenta. Para vender produtos para eles e conseguir os sonhos para ela. As coisas eram assim e Amber nem sequer se importava.
Mas, aparentemente, o senhor Menéndez sim. Agradeceu não por ser a receptora daquela olhar peculiar. O fotógrafo afrouxou a gola da camisa e olhou para o director da campanha à procura de ajuda. O director olhava para o magnata como se o seu chefe tivesse uns chifres na cabeça.
– É uma mulher bonita. Devíamos cuidar dela e não maltratá-la de semelhante maneira se realmente queremos usar a sua imagem para encorajar os clientes a usar os nossos produtos – virou-se para ela e o olhar gélido desapareceu. – Embora ainda não tenha a certeza do que uma mulher sem quase nada vestido e a cobertura de um telemóvel têm em comum.
Ela riu-se, contente com a sua confusão.
– O meu corpo já foi usado para vender baterias de carros. Realmente não tenho a certeza da ligação que existe entre ambos, mas sinto-me agradecida por acharem que há uma correlação. E, na verdade… Fiz sessões de fotografias no deserto da Califórnia durante o Verão. Isto não é pior. Acredite em mim.
Um sorriso brincou nas comissuras daqueles lábios perfeitos.
– Mas nós somos mais civilizados do que os californianos, não somos?
– Se é o que acha… – descobrira que alguns europeus viam os americanos como bárbaros.
Ele inclinou a cabeça.
– Disseste o teu corpo? – ela encolheu os ombros. – Sem dúvida, és tu quem vende os produtos.
– A minha imagem, que essencialmente é o meu corpo.
Ele abanou a cabeça.
– Não. Há milhares de mulheres realmente bonitas que podiam estar onde te encontras agora. É o espírito que há dentro de ti que brilha quando sorris como quando eu cheguei.
Tinha razão. Ser modelo era muito mais do que exibir partes corporais, mas poucos o viam dessa maneira. No entanto, o seu corpo continuava a ser o instrumento principal da sua profissão. O que não soava muito bem quando pensava nisso. Não abriu a boca para o manifestar. Simplesmente, sorriu e disse:
– Obrigada.
– O sorriso… é real? Ou consegues activá-lo para outras pessoas tal como fazes para a máquina fotográfica?
A pergunta foi como um