A Estrela Encantada - Uma Fábula de Boa Noite

Antonia Romagnoli

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A Estrela Encantada

Uma Fábula de Boa Noite

A história

Estrela é uma criança muito triste: faz tempo que sua mamãe está doente e ninguém encontra a cura.

Um dia, durante um passeio no bosque, junto à avó, Estrela encontra Penélope, um pássaro mágico, que a conduz consigo à procura de uma estrela encantada que pode curar todas as doenças.

Inicia assim uma viagem fantástica, através dos Reinos do Sol e da Lua, onde sonho e realidade se misturam, onde a magia confunde as coisas e onde nunca, nada, é como parece.

Conseguirá Estrela salvar a sua mamãe?

Um conto que nasceu para ser lido em voz alta, para acompanhar as crianças pequenas durante o sono, mas também adequado a quem se envolve com as primeiras leituras. Graças a uma linguagem simples, à divisão de breves capítulos e a uma narração de conto de fadas, lembra as histórias mais clássicas, mas com um toque de modernidade.

Para transmitir uma mensagem de esperança e de confiança aos pequenos leitores.

-Dedicado aos meus filhos,

as minhas estrelas encantadas.-

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Créditos

Todos os direitos são de propriedade exclusiva da autora.

A arte gráfica da capa foi realizada por Antonia Romagnoli,

Ilustração de Natalia Maroz

©Antonia Romagnoli, 2016 primeira edição.

Qualquer referência a fatos reais acontecidos e/ou a pessoas realmente existentes, deve ser considerada puramente casual.

Estrela no bosque

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Era uma vez, não faz muito tempo, ou talvez ontem, ou até mesmo hoje, uma menina que se chamava Estrela.

Estrela mesmo, como aquela que brilha no céu nas noites mais mágicas.

Era uma menina muito linda, com longos cabelos loiros e grandes olhos que pareciam pedaços do céu de tão claros e brilhantes que eram.

Estrela, no entanto, era muito triste, porque sua mãe, já a alguns meses, estava doente e agora quase não se levantava mais da cama.

Muitos médicos vieram visitá-la, senhores muito sérios e altivos, que entravam em casa com uma maleta misteriosa, talvez cheia de injeções, mas todos iam embora sem entender como curar a mãe de Estrela.

Assim, a pequena viu, dia após dia, todos ficarem muito tristes, e ela também se tornou triste.

Somente a vovó conseguia ainda sorrir. E, felizmente, tinha a vovó!

Estrela a amava muito. Ficava com ela todas as tardes depois da escola, porque o pai, que trabalhava em uma grande fábrica sombria longe de casa, não podia lhe fazer companhia.

A vovó sempre tinha muitas ideias divertidas, conhecia muitos jogos, e aqueles que não conhecia, inventava: como quando cortávamos estrelas de cartolina e juntas transformávamos o teto da cozinha em um grande céu.

Como foi divertido! E que lindo foi fixá-las por horas, com o nariz para cima, imaginando lugares mágicos e distantes...

Depois, no entanto, as estrelas eram tiradas, e voltavam a ser aquilo que sempre foram: somente pedaços de papel.

No dia em que começa a nossa história, Estrela, como sempre, voltou da escola com sua mala vermelha.

A vovó, naquela tarde, no entanto, tinha em mente algo realmente especial: não queria ficar trancada em casa, porque lá fora havia um lindo sol quente e brilhante; queria passear no bosque.

— Conheço um lugar — disse à netinha, — onde nesta estação, crescem os morangos. Morangos vermelhos e suculentos. Vamos?

Estrela nunca tinha visto morangos de verdade em meio aos campos, mas somente aqueles que cresciam no supermercado nas cestas de plástico, e estava muito curiosa para descobrir se o sabor deles era diferente, assim, pusera-se a saltitar feliz, ansiosa para fazer o pequeno passeio.

A vovó não era muito velha, só um pouquinho, e sabia dirigir o carro grande do vovô: então, carregaram uma linda cesta com merenda, e a sua aventura começou.

***

A vovó pegou uma estrada longa e reta que se distanciava da cidade, e logo as casas e os prédios ficaram para trás.

Primeiro atravessaram um campo plano e cultivado, onde à esquerda e à direita haviam somente harmoniosos campos verdes, depois começou a subida, e se encontraram em meio às árvores.

Estrela olhou ao redor, procurava no verde os pontinhos vermelhos, que eram os seus morangos, mas não conseguia vê-los, porque o carro andava rápido e o prado parecia um grande rio