A sua perdição
By Miranda Lee
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About this ebook
Jordan lutara com todas as suas forças para esquecer Gino Bortelli, o arrogante e sexy italiano com o qual, anos atrás, tivera um romance que acabara bruscamente… mas continuava a sentir a falta das suas carícias.
Então voltou de repente para a sua vida! Mais rico, mais sexy e ainda mais arrogante, Gino continuava a ter a capacidade de a excitar. Contudo os anos também tinham passado para ela, que agora era mais sábia… e tinha a certeza de que, se voltasse a cair nos braços dele, seria a sua perdição. O que não imaginava era que Gino tinha um ás na manga: descobrira alguma coisa sobre ela e estava disposto a utilizar essa informação. Queria voltar a ter Jordan na sua cama e, por muito que se envergonhasse disso, ela também o desejava.
Miranda Lee
After leaving her convent school, Miranda Lee briefly studied the cello before moving to Sydney, where she embraced the emerging world of computers. Her career as a programmer ended after she married, had three daughters and bought a small acreage in a semi-rural community. She yearned to find a creative career from which she could earn money. When her sister suggested writing romances, it seemed like a good idea. She could do it at home, and it might even be fun! She never looked back.
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A sua perdição - Miranda Lee
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Miranda Lee
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A sua perdição, n.º 1110 - agosto 2017
Título original: Blackmailed into the Italian’s Bed
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-259-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
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Capítulo 1
Apoiado contra a janela do quarto do hotel, com as mãos nos bolsos das suas calças, Gino observava fixamente a rua, o trânsito barulhento a avançar lentamente e as pessoas que saíam apressadamente do trabalho para desfrutarem do fim-de-semana na tranquilidade do seu lar.
Onde seria o lar dela? Ter-se-ia casado? O seu coração estava acelerado enquanto fazia aquelas perguntas. Sabia que era injusto, mas desejava que não fosse casada. No entanto, depois de dez anos, uma mulher como ela, bonita e inteligente, só podia estar casada. Algum homem inteligente devia tê-la caçado. Àquela altura, teria pelo menos dois filhos.
O som do telefone interrompeu os seus pensamentos. Dirigiu-se para ele consultando o seu relógio. Cinco e meia da tarde. Desejava que fosse o detective da agência e não Claudia. Não lhe apetecia falar com Claudia naquele momento.
– Gino Bortelli – atendeu, pegando no auscultador.
– Senhor Bortelli?
Era uma voz de homem. Gino respirou fundo, aliviado.
– Sou Cliff Hanson, da Confidential Investigations.
– É um prazer falar consigo. O que descobriu? – perguntou Gino.
– Acho que localizámos a menina que procurava, Jordan Gray. Custou-nos um pouco, pois é um nome muito comum. Felizmente, só há uma Jordan Gray com a descrição que nos deu a viver em Sidney.
– Então, não é casada? – perguntou Gino, tentando conter a emoção.
– Não. Continua solteira e não tem filhos. E tinha razão. É advogada. Trabalha para a Stedley & Parkinson. É um escritório de advogados norte-americano que tem uma sede aqui em Sidney.
– Eu sei – redarguiu Gino, atónito.
Acabara de estar naqueles escritórios a assinar um contrato naquela mesma tarde. Era possível que se tivesse cruzado com ela sem dar por isso.
– Na verdade, é a grande promessa do seu departamento, a secção de processos civis. Recentemente, ganhou um caso importante contra uma grande empresa de seguros.
«Não há dúvida, é ela», pensou Gino, enquanto um sorriso irónico se desenhava no seu rosto. Jordan odiava as companhias de seguros com todas as suas forças. Depois de uma tempestade terrível destruir a casa dos seus pais, a companhia de seguros rejeitara as suas reivindicações servindo-se miseravelmente das cláusulas escondidas do contrato. O pai de Jordan tentara lutar contra eles legalmente, gastando até ao último cêntimo que tinha. Depois de ter perdido a última apelação e de se ter endividado, morrera com um ataque de coração causado pelo stress, deixando a sua mulher e ela sozinhas.
– Pode dar-me a morada e o número de telefone? – perguntou Gino.
– Só a morada. Ainda não conseguimos encontrar o número de telefone. Os advogados como a menina Gray costumam ter números não registados.
– Então, dê-me a morada – pediu Gino, sentando-se a uma secretária que continha tudo o que um homem em viagem de negócios podia precisar, com acesso à Internet incluído.
Escreveu a morada num caderno. Era um apartamento em Kirribilli, um elegante bairro portuário da zona norte de Sidney, muito perto da ponte. Arrancou a folha do caderno e pô-la na sua carteira.
– Vive sozinha? – perguntou.
– Ainda não sabemos, senhor Bortelli. Só estamos a tratar deste caso há algumas horas. Para descobrir os pormenores da vida sentimental desta menina precisamos de um pouco mais de tempo. Já não conseguimos descobrir muito mais através do telefone e da Internet.
– De quanto tempo precisa? – perguntou Gino.
– Provavelmente, mais algumas horas. Por enquanto, já conseguimos uma fotografia recente dela, da sua carta de condução. Além disso, tenho um dos meus melhores agentes à espera que a menina Gray saia do seu escritório esta tarde para a seguir.
– É necessário fazer tudo isso? – perguntou Gino, sentindo-se incomodado com aquela violação da privacidade de Jordan.
– Se quer saber a situação pessoal da menina já esta noite, tal como nos indicou, é.
Efectivamente, era necessário. Tinha um voo reservado para a manhã seguinte para ir para Melbourne. Era espantoso pensar que, quando chegara de avião a Sidney no dia anterior, Gino não tinha nenhuma intenção de investigar a vida de Jordan. No entanto, durante o trajecto no táxi que o levara até à cidade, as lembranças que tentara enterrar durante a última década tinham ressuscitado como se tentassem vingar-se dele. Sentira a necessidade de saber o que se passara com ela. Sentira-se tão alterado que mal conseguira dormir.
De manhã, a sua curiosidade transformara-se em obsessão. De modo que telefonara a um amigo polícia de Melbourne que lhe dera o contacto de uma agência de detectives de confiança ali mesmo, em Sidney. Às dez da manhã já começara a procura daquela estudante de primeiro ano de Direito com quem passara alguns meses tão maravilhosos há dez anos.
Gino sentia-se confuso. No caso de descobrir que não havia nenhum homem na sua vida, o que faria? Ia pedir Claudia em casamento naquela semana. Até já comprara o anel. O que raios procurava ao perseguir um antigo amor que certamente nunca lhe daria uma segunda oportunidade? Só queria vê-la mais uma vez. Ter a certeza de que era feliz. Mais nada. Qual era o problema disso?
– Mantenham-me informado de tudo! – ordenou, com brusquidão.
– Assim o faremos, senhor Bortelli.
Capítulo 2
Jordan voltou a olhar para o relógio de parede desejando que chegassem as seis horas. Então, podia inventar uma desculpa e regressar a casa. Como todas as sextas-feiras às cinco da tarde, tinha ido à sala de conferências para participar na happy hour, um costume que tinha lugar em todos os escritórios da Stedley & Parkinson há quarenta anos, quando os fundadores da empresa nos Estados Unidos o tinham iniciado. Os directores não gostavam que os empregados não aparecessem ou saíssem demasiado cedo.
Normalmente, Jordan não se importava de ir. Mas aquela semana fora difícil, pessoal e profissionalmente. Não se sentia com forças para cochichar com os outros, por isso refugiara-se num canto com um copo de vinho branco.
– Estás a esconder-te?
Jordan viu como Kerry se dirigia para ela com uma bandeja de aperitivos. Era a grande chefe, a mulher mais bonita da sala e a pessoa mais parecida com uma amiga íntima que Jordan alguma vez tivera. Era ruiva natural, tinha uma cara muito bela, olhos azuis e uma pele brilhante e sardenta.
– Não me apetece muito falar – respondeu Jordan, tirando um canapé da bandeja. – Isto é de quê?
– Espinafres e cogumelos – respondeu Kerry. – Estão óptimos e não engordam.
– Hum, está delicioso! – exclamou Jordan, saboreando-o. – Vou comer outro.
– Come todos os que quiseres – replicou Kerry, observando-a. – O que se passa? O Sedutor foi-se embora outra vez e deixou-te sozinha?
Jordan olhou para ela com desagrado quando a ouviu chamar Sedutor a Chad, a alcunha que lhe tinham dado no dia em que chegou ao escritório cheio de amabilidade e com aquele grande sorriso de estrela de cinema americana. Nenhuma mulher do escritório resistira aos encantos do filho único e herdeiro de Jack Stedley. Todas tinham tentado sair com ele, incluindo Kerry. Mas fora por Jordan que ele se interessara e tinham saído juntos durante os últimos meses.
– Vá lá, podes contar-me – sussurrou Kerry, num tom conspirador. – Não sou uma bisbilhoteira como certas pessoas.
Era verdade. Uma das muitas virtudes de Kerry era a discrição. Com um casamento fracassado e várias relações atrás das costas, a sua amiga vivera situações parecidas muitas vezes e a última delas acontecera há muito pouco tempo. E, apesar de tudo, Kerry continuava a aceitar a vida com tanto optimismo como sempre, uma atitude que Jordan admirava e, às vezes, chegava a invejar.
Jordan olhou para os seus belos olhos azuis e, abrindo uma excepção, decidiu confessar o que se passava.
– Chad pediu-me em casamento ontem à noite.
– Oh! – exclamou Kerry. – E qual é o problema? Devias estar nas nuvens.
– Disse-lhe que não.
– Disseste o quê? – perguntou a sua amiga, espantada. – Espera um momento…
Kerry passou a bandeja a um colega e pegou num copo de champanhe.
– Não posso acreditar! – exclamou Kerry, com incredulidade. – O rapaz de ouro pede-te em casamento e tu dizes que não?
– Não lhe disse exactamente que não, mas também não disse «sim»