Mito e Realidade
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Book preview
Mito e Realidade - W. T. von Schneider
MITO
E
REALIDADE
As proezas nada bucólicas de um herói narrador
Schneider, - Wanderson Thomaz Reis De Azevedo, (1992-)
Dados Autor: (55) 99171-0409 / (55) 99108-4832
E-mail: marileyschneiderthomaz@gmail.com / wreisdeazevedo@yahoo.com.br
Santa Maria/ RS/ Brasil.
Agosto 2017.
Texto Integral.
1° Edição.
ISBN: 978-3-95926-518-8
Verlag GD Publishing Ltd. & Co KG, Berlin
E-Book Distribution: XinXii
www.xinxii.com
Capa e contracapa: arte de Matheus Henrique, exceto da obra de Vincent Van Gogh, Noite Estrelada Sobre o Ródano, 1888.
Contos: Literatura. Literatura Portuguesa. Ficção.
Copyright © Reservados todos os direitos desta obra ao autor acima referido como (Schneider), nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida através de qualquer método, nem ser distribuída e/ou armazenada em seu todo ou em partes através de meios eletrônicos sem a permissão expressa do autor acima referido como (Schneider), conforme lei n° 9610, de 19/02/1998.
A CÓPIA E FOTOCÓPIA DE QUALQUER FOLHA DESTE LIVRO É ILEGAL E CONFIGURA UMA APROPRIAÇÃO INDEVIDA DOS DIREITOS INTELECTUAIS E PATRIMONIAIS DO AUTOR. (2017)
Sem amor, força e a dedicação, coragem e determinação de uma mãe, não somos nada, é a você minha mãe Mariley Schneider que dedico minha primeira obra literária.
Pelos sorrisos, amor, e pelos leves enlaces dos diálogos sem fim, da prima filosofia a mais simples palavra, a ti Danilo Barbiero dedico estas linhas para que possas sorrir sempre mais.
´´...Na verdade o sentido da vida é o amor, é a essência de tudo, pois tudo que fizemos deve haver ´´Amor.`` `` Mariley Schneider.
SUMÁRIO
Contos
Contos da tempestade, restos de um navio amaldiçoado
Um, dois, três. Um, dois, três. Um, dois, três.
Sentença postem vita – 1852
Medo. O diálogo das trincheiras
CONTOS
De modo algum invenção de minha cabeça, de modo algum invenção de histórias ficcionais, de modo algum epopeias sem destinos, de modo algum apenas contos. Todas as histórias aqui descritas são como que pequenos traços do cotidiano de cada um, fruto das ilusões e medos, felicidades e pensamentos que constantemente se constroem dentro de cada ser., portanto ao começar a ler, vire as páginas com cuidado, leia e relei, pois a escrita está tomada de contextos hilários e desconexos, e muitas vezes a ironia é a estrada seguida para se dizer o que não se quer falar ou mesmo gritar. Aqui o que fala é a mente, em seu estado cru, a história como se vem criada na capacidade inteligível, entes de ser minhas, estas histórias são de todos e vão a todos, sigamos assim este nosso herói narrador.
Contos da tempestade, restos de um navio amaldiçoado
A carestia era imperturbável, jazia duas semanas que vento algum tocava as velas de nossa nau, padecíamos como cães em sarjetas imundas, tudo era salgado, como a lágrima de nossas mulheres a nos esperar e a guardar no singelo coração o resto da esperança que ainda não pode ser destruída pelo triste destino de cada homem a bordo.
Logo ventos sopraram, a fatídica alegria se tornou em insuportável desgraça; fomos assolados por uma bravia tempestade que começou a tarde e se prolongou pela madrugada, o vento feroz não nos levou a lugar algum, fomos antes rodeados pela tempestade, ela nos rodeou como a um fantasma faminto pela áurea dos vivos, ficou a rodear-nos, sua larga coluna espectral negra, as turvas aguas, os raios que encandeciam os mastros, o terror da noite se transformou em dia, e o dia que se tornou tão negro quanto o fundo abismal do inferno, sua longa imensidão negra nos contornava de todo lado, como que a nos colocar no bojo sombrio de um saco de pandora, bramia o casco, saturnais mestres da esgrima do céu flamejavam suas espadas de raios reluzentes, o duelo magnânimo que se trava a cada levantar escurecido de uma tempestade no mar.
Contudo não afundamos, a deriva era nosso destino, forças nos puxavam de um lado e de outro, a espuma branca cobria a todo o momento a nau, a borbulha faminta de uma boca que deseja tragar a todos os que desafiam suas ferozes colunas de profundos alicerces de sal. Em cada raio podia sentir o longo destino a que estávamos sendo jogados, sentia as garras dos mais antigos demônios a nos puxar, seus urros, suas mãos, sentia sua antiga força a se colocar de todo modo em nossa nau, e ao mesmo tempo sentia os deuses a nos puxar a cima, seus brilhos que se traduziam em estocadas brilhantes, que chamamos de raios, o delicado equilíbrio infernal, que sustenta os marinheiros no mar, os deuses antigos, as garras famintas dos demônios antigos do mar, todos a clamar por nossa ruina e os outros a prestar ajudar.
Nada devia amedrontar tais homens, porém entoavam uma longa celeuma de pavor, e que os deuses nos perdoem por tais horrores que ousamos dizer.
Aqui não sei o que é pior, se continuar a buscar forças atlânticas para escrever, ou simplesmente deitar a pena, e debulhar lágrimas sobre o papel pelos amigos que tombaram neste fim horrendo, sendo tragados de todos os lados por sereias malditas que agitam com suas longas caldas o mais calmo mar. Tento, mas a força me falta, escrever e escrever é o destino de todo o homem que tem em sua mente o terror perturbador de um passado de mistério terrores que quando ousa anunciar em sua taverna favorita é tido como um velho louco. Os homens pensam, porém poucos meditam sobre seus destinos, aquilo que mais se tornou amado de nosso lado é o que acabou por nos destruir de um modo mais simples e pacifico, pacifico estes que foi o tumulo de cada