Uma ilha para o amor
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About this ebook
Quando a jovem Rhianne Pickering aceitou trabalhar para o importante empresário grego Zarek Diakos, soube imediatamente que era um erro… já que nenhum outro homem conseguira alterá-la tanto como ele! Contudo precisava daquele emprego.
Zarek considerava Rhianne a secretária perfeita. Todavia, numa viagem em que Rhianne o acompanhou à linda ilha de Santorini, Zarek percebe que as habilidades da menina Pickering tinham sido menosprezadas. Ele precisava de uma esposa… e sob o sol quente do Mediterrâneo mostraria a Rhianne que era uma proposta que ela não poderia recusar!
MARGARET MAYO
Margaret Mayo says most writers state they've always written and made up stories, right from a very young age. Not her! Margaret was a voracious reader but never invented stories, until the morning of June 14th 1974 when she woke up with an idea for a short story. The story grew until it turned into a full length novel, and after a few rewrites, it was accepted by Mills & Boon. Two years and eight books later, Margaret gave up full-time work for good. And her love of writing goes on!
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Uma ilha para o amor - MARGARET MAYO
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2009 Margaret Mayo
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Uma ilha para o amor, n.º 1238 - março 2018
Título original: The Santorini Marriage Bargain
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9188-016-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
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Capítulo 1
Rhianne ouviu o ruído de travões antes de ver o carro. Contudo, então, já era demasiado tarde. Absorta no seu sofrimento, não se lembrara de olhar antes de atravessar a rua. A parte dianteira do veículo chocou contra ela e atirou-a para o outro lado da calçada. Ficou deitada sobre o asfalto em completo silêncio. Sentiu-se como se tudo tivesse parado. Não ouviu o ruído do trânsito, nem nenhuma voz, nem pássaros a cantar. Nada. Só imperou uma estranha calma.
Porém, então, ouviu uma voz. Uma voz profunda de homem.
– Porque não olhou para onde ia?
Ela própria perguntou-se porque não teria olhado ao atravessar. Obrigou-se a virar a cabeça e a olhar para o possuidor daquela voz profunda. Obviamente, era o homem que a atropelara. Atrás dele estava o seu carro com a porta do condutor aberta e o motor ligado.
– Porque não olhei? – perguntou Rhianne com a mesma dureza que aquele homem usara. – Porque é que o senhor não olhou? Isto é uma rua muito transitada e devia ter estado muito atento.
– Está ferida?
O facto de ele ter demorado tanto a perguntar-lhe aquilo zangou ainda mais Rhianne. Fechou os olhos, já que precisou de parar de olhar para aquela bonita cara de homem, cara que se aproximou demasiado dela. O homem baixara-se e estava a olhar para ela.
– Consegue ouvir-me?
Aquele estranho pensava que ela desmaiara! Rhianne abriu os olhos e levantou-se. Sentiu-se fraca, mas pensava que não partira nada. As suas pernas ainda a mantinham de pé e conseguia mexer os braços. Sentiu a anca um pouco dorida e supôs que, no dia seguinte, estaria arroxeada, contudo, além disso, estava bem.
Quando olhou à sua volta, apercebeu-se de que uma multidão se congregara no lugar. As pessoas tinham curiosidade e preocupação reflectidas nas suas caras. Contudo, a única cara que ela viu com clareza foi a do homem que lhe estendera a mão para a ajudar a levantar-se… mão que ignorara.
– A culpa foi minha. Desculpo-me – disse ele, olhando para ela intensamente com uns lindos olhos castanhos.
Sob qualquer outra circunstância, ter-lhe-iam parecido uns olhos muito atraentes. Porém, naquele momento, só viu os olhos de um homem que interpretara um papel decisivo no facto de ela ter feito uma figura ridícula em público. Ainda que, na verdade, a culpa não fosse só dele… Contudo, nunca o admitiria.
Ouviu o murmúrio das vozes das pessoas à medida que a multidão dispersava.
Desejou que não tivesse acontecido nada, que nada tivesse mudado… que ela continuasse a estar no emprego que adorava e que não tivesse feito aquela descoberta horrível sobre Angus.
– Desculpas aceites – respondeu, apercebendo-se de que o homem ainda estava a olhar para ela de perto.
– Foi, certamente, um erro da minha parte – insistiu ele. – Desculpo-me sinceramente. Se puder fazer alguma coisa para…
Pela primeira vez desde o incidente, Rhianne apercebeu-se de que aquele homem não era inglês. Tinha a pele azeitonada e o cabelo escuro e ondulado, assim como um sotaque profundo e atraente.
– Não se preocupe – replicou. – Não estou ferida. Pode ir-se embora. Eu… – repentinamente, a cabeça começou a dar-lhe voltas e levou uma mão à testa.
Imediatamente, uns braços fortes seguraram-na e apoiaram-na num corpo musculado. Mesmo estando atordoada, conseguiu perceber que aquele homem se cuidava muito. Respirou fundo, mas, ao sentir como a fragrância dele invadia os seus sentidos, desejou não o ter feito. Soube que sempre que cheirasse aquele cheiro recordaria aquele momento.
– Está ferida – insistiu o homem que a atropelara. – Deixe-me levá-la a casa, é o mínimo que posso fazer. Ou precisa de um médico? Levo-a a…?
– Não, não é nada! – interrompeu ela.
– Então, levá-la-ei a casa.
– Não! – exclamou Rhianne, com mais determinação. Não tinha nenhum lar… acabara de sair do único que tivera até àquele momento. Não conseguiria suportar regressar.
– Nesse caso, levá-la-ei para minha casa – declarou ele, de maneira imperativa. – Não posso deixá-la sozinha nestas condições.
– Em que condições? – perguntou ela, chegando-se para atrás. Os seus olhos azuis ficaram esbugalhados. – Estou bem. Só tenho algumas nódoas negras, é só isso.
– O que precisa é de uma boa chávena de chá, não é essa a maneira inglesa de fazer as coisas? A culpa é minha por a ter atropelado e tenho de me certificar de que não sofre nenhum efeito secundário sério.
Rhianne já não conseguiu continuar a protestar. Com o braço apoiado no dele, deixou-se guiar por aquele estranho até ao seu veículo. Ao ajudá-la a entrar no carro, apercebeu-se de outro cheiro, a couro, um couro luxuoso e suave. Era um veículo grande. E caro.
Perguntou-se quem seria aquele homem. Apercebeu-se de que estava preocupado. Tinha um fato cinzento-escuro elegante, uma camisa branca e uma gravata cor de mostarda.
– Posso fazê-lo sozinha – declarou, quando ele se aproximou para a ajudar a pôr o cinto de segurança.
Contudo, aquele homem ignorou as suas queixas e pôs-lhe o cinto. Ao tê-lo tão perto, ela sentiu-se chocada com tanta beleza masculina. Era um estranho perigosamente atraente.
Novamente, a fragrância dele encheu o ar. Era uma leve fragrância a almíscar. Rhianne apercebeu-se de que ele estava a ter um grande impacto nela e desejou não estar a cometer um grande erro ao permitir que a levasse a sua casa.
Na verdade, não sabia nada a respeito dele. Nem sequer sabia o seu nome. Pensou que obviamente aquele homem se sentia culpado pelo acidente, já que, se não, ela não estaria ali sentada. O esforço de pensar foi demasiado e teve de fechar os olhos. Só os abriu outra vez quando o veículo parou.
Olhou à sua volta e viu um edifício impressionante. Mas não era uma casa, era um hotel. Inquieta, perguntou-se para o que o usaria e se tinha por hábito levar mulheres indefesas para lá.
– Vive num hotel? – perguntou-lhe, alheia ao nervosismo que a sua voz reflectiu. Sentiu que o seu coração acelerava e deu por si estranhamente maldisposta.
– Vivo nas águas-furtadas, que é uma suíte. Venha… – respondeu, estendendo-lhe a mão, – permita-me que a ajude a subir. Garanto-lhe que estará perfeitamente segura. O meu principal objectivo é certificar-me de que não sofreu nenhum mal. Sou completamente responsável pela situação.
– A culpa não foi sua – declarou Rhianne. – Eu não vi por onde ia.
Aquele estranho arqueou uma sobrancelha em jeito de aviso da declaração enfática que ela realizara quando afirmara que a culpa fora toda dele.
– Eu devia tê-la visto e ter conseguido esquivá-la. Mas não falemos disso agora. Vamos para a minha suíte para que beba uma chávena de chá. Depois, poderá contar-me o que a perturbava tanto… a ponto de nem sequer me ver aproximar.
Rhianne quase respondeu que não havia nada que a perturbasse. Mas mudou de ideias. Certamente, aquele homem estava a pô-la à prova, estava a tentar descobrir que problema havia. No entanto, ela não tinha nenhuma intenção de partilhar as suas intimidades com um estranho.
Enquanto se aproximavam do hotel a pé, sentiu como ele a segurava pelo cotovelo e não conseguiu evitar perguntar-se novamente se estava a fazer o correcto. Não queria beber chá nem que tivesse pena dela. Na verdade, não devia estar ali. Invadida pelo pânico, afastou-se dele e teria saído a correr se aquele homem não a tivesse agarrado pelo braço.
– Não está em condições de ir sozinha a lado nenhum – insistiu ele, com firmeza. – Se tem medo de mim, posso pedir que um membro feminino do pessoal do hotel suba para cuidar de si. Embora lhe garanta que não será necessário – acrescentou, olhando para ela fixamente.
Tudo o que Rhianne conseguiu ver nos olhos dele foi sinceridade. Sentiu-se um pouco parva e respirou fundo.
– Não será necessário – indicou, sem saber que outra coisa dizer para não parecer ainda mais idiota.
Aquele era o pior dia da sua vida e o facto de um completo estranho ser amável com ela quando a tinham traído de uma maneira tão horrível fê-la sentir-se agradecida e com vontade de chorar ao mesmo tempo. E aquilo não era uma coisa que costumasse fazer. Era muito raro chorar, já que crescera num ambiente familiar no qual fora necessário ser forte e sempre se sentira orgulhosa do facto de conseguir lidar com qualquer situação.
Contudo, naquele momento, aquele homem estava a vê-la no seu momento mais difícil… coisa que não era boa para o seu orgulho. Enquanto subiam no elevador até às águas-furtadas do hotel, sentiu-se desassossegada. Tinha o seu cabelo castanho despenteado e o medo reflectido nos olhos.
– Esta é a sua residência permanente? – perguntou, para quebrar o silêncio. Não compreendeu porque alguém escolheria viver num hotel. – Ou está aqui por assuntos de negócios?
– Ambas as coisas. São os negócios que me mantêm aqui e esta suíte é muito conveniente. Tem tudo o que preciso.
Aquele homem tinha aspecto de ter muito dinheiro. Via-se na maneira como estava vestido, na sua forma de se comportar e na confiança que irradiava. Mas havia mais do que aquilo. Mesmo no seu estado de angústia, Rhianne apercebeu-se de que era um encanto. Supôs que deslumbrava todas as mulheres que conhecia. Era bonito, doce, tinha um corpo perfeito e um brilho nos seus olhos castanhos que, se ela não estivesse tão consternada, talvez lhe tivesse afectado os sentidos.
Porém, naquele momento, era imune a qualquer homem, por muito bonito e rico que fosse. Não queria ter nenhuma relação