Amante do seu marido
By Penny Jordan
3/5
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About this ebook
Kate chegou ao escritório como em qualquer outro dia… todavia deparou-se com uma incrível surpresa: o novo director executivo era o seu ex-marido. O milionário Sean Howard ficara destroçado depois da sua separação com Kate. Ao vê-la novamente percebeu que a atracção continuava a existir… e a paixão podia reacender-se com um único beijo…
Pouco tempo depois, Kate não só ia para a cama com o seu chefe… como também se transformara na amante do seu marido.
Penny Jordan
Penny Jordan, one of Harlequin's most popular authors, sadly passed away on December 31, 2011. She leaves an outstanding legacy, having sold over 100 million books around the world. Penny wrote a total of 187 novels for Harlequin, including the phenomenally successful A Perfect Family, To Love, Honor and Betray, The Perfect Sinner and Power Play, which hit the New York Times bestseller list. Loved for her distinctive voice, she was successful in part because she continually broke boundaries and evolved her writing to keep up with readers' changing tastes. Publishers Weekly said about Jordan, "Women everywhere will find pieces of themselves in Jordan's characters." It is perhaps this gift for sympathetic characterisation that helps to explain her enduring appeal.
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Amante do seu marido - Penny Jordan
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Penny Jordan
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Amante do seu marido, n.º 885 - Abril 2016
Título original: Mistress to Her Husband
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2006
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8328-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Já soubeste?
Confusa, Kate, que acabava de chegar do dentista, olhou para Laura, a sua colega de trabalho, que parecia estar à beira de um ataque de nervos.
– De quê?
– John vendeu a empresa – respondeu Laura. – O novo dono vem cá amanhã... amanhã de manhã, para nos entrevistar a todos.
O facto de a empresa mudar de direcção não era necessariamente algo mau, mas Kate compreendeu a preocupação de Laura. Com certeza que ia haver mudanças, algo que implicaria uma reestruturação do Departamento de Pessoal e talvez até o despedimento de alguns trabalhadores.
Kate esperava que não fosse assim. Ela só trabalhava naquela empresa há seis meses, mas fora muito difícil conseguir aquele emprego. De facto, passara um ano a trabalhar e a estudar ao mesmo tempo para aumentar as suas habilitações profissionais.
– Sabes a quem vendeu John a empresa? – perguntou a Laura, afastando o seu cabelo castanho da cara.
A sua companheira de trabalho abanou a cabeça e encolheu os ombros.
– Bom – disse Laura, – acho que isto era de prever. Afinal de contas, John andava há tanto tempo a pensar em reformar-se… A verdade é que, como ele e a mulher não têm filhos, se eu fosse a ele também teria decidido vender a empresa para passar o resto dos meus dias a desfrutar à grande e à francesa do apartamento luxuoso que ouvi dizer que eles têm em Miami.
Enquanto ouvia a sua companheira, Kate sentou-se à sua secretária e ligou o computador. O pequeno negócio que o seu chefe, John Loames, montara há quase quarenta anos, dedicava-se à venda de maquinaria e de materiais de construção. Era um negócio rentável, mas desde que começara a trabalhar na empresa como secretária-executiva, Kate notara que John parecia cada vez menos inclinado a procurar novos clientes e mercados. Era pena, porque o negócio tinha potencial... razão pela qual não achava estranho que alguém tivesse querido comprá-lo.
– Desde que soube disso esta manhã, não consegui concentrar-me no trabalho por mais de dez minutos seguidos – confessou Laura. – Não quero perder o meu emprego.
– Bom, a mudança não tem de ser necessariamente má – retorquiu Kate, tentando acalmar os ânimos. – Este é um negócio com futuro. Tem muitas possibilidades de expansão e, se quem comprou a empresa vier vê-lo, não só não despedirá ninguém, como também criará novos postos de trabalho. A menos, claro, que o novo dono já tenha um negócio semelhante a este e só queira absorvê-lo – acrescentou com um tom mais pessimista.
– Oh, não digas isso, Kate, por favor... Roy e eu acabámos de pedir um crédito ao banco para fazermos obras na casa – contou Laura, estremecendo. – Estou a tentar engravidar – explicou, corando ligeiramente. – Não posso dar-me ao luxo de ficar sem emprego... A propósito, John disse-nos que amanhã temos de estar aqui mais cedo. Segundo parece, o novo dono pediu-lhe claramente para estarmos aqui às oito horas.
– Às oito horas? – indagou Kate, empalidecendo ligeiramente.
– Sim – Laura suspirou. – É uma chatice, não é? E eu que detesto madrugar...
O problema de Kate, no entanto, não era ter preguiça de se levantar cedo. Para ela, era completamente impossível chegar ao escritório às oito horas. O jardim-de-infância só abria àquela hora e, mesmo que lá pudesse deixar Oliver às sete e meia, não conseguiria chegar ao escritório às oito horas. Só de pensar nisso sentiu um aperto no estômago.
Trabalhar e ser mãe eram duas «actividades» difíceis de conjugar, sobretudo quando tinha de se criar um filho sozinha. Como se isso não bastasse, os empresários não eram muito receptivos à ideia de contratar mulheres com filhos pequenos. Por isso, Kate decidira não mencionar na entrevista de emprego que tinha um filho pequeno, de forma que ninguém na empresa conhecia a sua situação pessoal. Dificilmente ia poder desculpar-se por chegar um pouco mais tarde no dia seguinte sem que o seu segredo fosse descoberto.
– O que tens? – perguntou Laura, curiosa ao notar como ela estava tensa.
– Eh... nada, nada, estou bem.
Não gostava de mentir, mas precisava daquele emprego para poder dar a Oliver pelo menos uma décima parte das condições materiais que teria se o seu pai não a tivesse abandonado antes de ele nascer.
Kate ficou furiosa só de pensar em Sean. O dinheiro que ela ganhava mal chegava para pagar a hipoteca da casa que comprara a alguns quilómetros da cidade, as facturas e as despesas mais básicas, como a comida e a roupa, mas ela e Oliver estavam melhor sem ele.
Além disso, ela tinha a esperança de poder subir de escalão na empresa e ganhar mais dinheiro. O chefe do seu departamento ia reformar-se dentro de dois anos e ela estava a esforçar-se ao máximo para John lhe conceder o lugar.
Faltava-lhe pouco para fazer vinte e cinco anos e Oliver cinco. Era o quinto aniversário do seu filho e o quinto ano que ela passava sozinha, o quinto ano que estava sem...
Kate apressou-se a afastar aqueles pensamentos da sua mente. Não ia ter uma crise de autocompaixão, não ia deixar que o que podia ter acontecido e não acontecera destruísse a paz e a estabilidade que tanto lhe tinham custado a alcançar.
Tentou mentalizar-se de que devia concentrar-se no futuro e não no passado, mas… e se o novo dono da empresa começasse a reduzir o pessoal? Bom, era melhor não ser pessimista. Como dissera a Laura, talvez a mudança fosse para melhor, talvez o negócio se expandisse e elas tivessem mais oportunidades de ascender na carreira. Sim, tinha de ser optimista.
Parada à porta do jardim-de-infância, Kate sentiu uma onda de amor maternal ao ver como o seu filho sorria ao vê-la e corria para ela. Quando se inclinou para pegar nele ao colo e o apertou contra o seu peito, chegou à conclusão de que não importava quantos sacrifícios tivesse de fazer para o seu filho ter o melhor.
Passeou o olhar pela sala, onde já não havia crianças, e franziu ligeiramente o sobrolho. Ela decidira ir viver para ali com Oliver porque queria que ele crescesse sentindo-se parte de uma comunidade, queria dar-lhe o tipo de infância que ela teria gostado de ter, mas todos os dias tinha de percorrer a distância que separava a vila da cidade para ir trabalhar e Oliver tinha de esperar bastante tempo até ela ir buscá-lo.
Se tivesse podido escolher, Kate não teria querido que Oliver fosse filho único, sem outro parente que não ela. Não, teria gostado que ele tivesse um pai que o amasse, irmãos...
Kate sentiu uma pontada de dor no peito.
«Passaram cinco anos, Kate», pensou, «quando vais parar de pensar nisso?»
Só uma mulher sem auto-estima nem amor-próprio poderia continuar a pensar num homem que a traíra e abandonara. Era irónico que aquele mesmo homem lhe tivesse jurado amor eterno, que lhe tivesse dito que partilhava os seus sonhos, que, da última vez que tinham feito amor, lhe tivesse sussurrado que queria que tivessem um filho, que queria que aquele bebé crescesse rodeado de amor... Era tudo mentira! Passadas algumas semanas, ele abandonara-a, deixara-a sozinha, com o coração partido e todas as suas esperanças feitas em fanicos.
E pensar que, para estar com ele, ela enfrentara os seus tios, que a tinham criado e que não tinham voltado a dirigir-lhe a palavra por se ter casado com ele! Não que aquilo a tivesse afectado muito, pois nunca teria querido que eles fizessem parte da vida do seu filho. Eles tinham cuidado dela desde que ficara órfã, sim, mas tinham-no feito por obrigação, não por gostarem dela. E, naquela época, ela estava tão carente de afecto...
– Ollie estava a ficar preocupado.
Kate franziu a testa perante a crítica implícita no comentário de Mary, a educadora de infância do seu filho.
– Lamento, sei que cheguei um pouco mais tarde do que é normal, mas houve um acidente nas redondezas.
Mary, uma mulher gordinha de meia-idade, sorriu. Tinha um temperamento afável e jovial e as crianças adoravam-na.
– Calma, não faz mal. Ollie é um anjo, quase não dá trabalho.
Passados dez minutos, Kate e o seu filho estavam em casa. Tratava-se de uma casa pequena situada no centro da vila. A parte da frente dava para uma praceta com muitas árvores e um lago onde nadavam vários patos e cisnes e a parte de trás dava para um jardinzinho.
Oliver era um menino de constituição robusta e cabelo escuro encaracolado, herança do pai que ele nunca vira.
Kate gostaria de se esquecer da existência de Sean. Contudo, o facto de a maioria dos companheiros do seu filho no jardim-de-infância ter um pai, fizera com que o menino começasse a questionar-se e a fazer-lhe perguntas nos momentos mais inesperados.
Kate suspirou. Até ali, Oliver mostrara-se satisfeito com as suas respostas, mas o seu coração encolhia-se cada vez que via a ansiedade com que ele observava Tom Lawson, o pai do seu melhor amigo, a brincar com o seu filho.
Sean saiu do Mercedes e ficou a olhar para o edifício em frente ao qual estacionara.
O fato que trazia vestido dava-lhe um ar elegante. Sob o casaco, sobressaíam os músculos obtidos durante os anos que passara a trabalhar como pedreiro para várias empresas de construção civil, fazendo a promessa de que um dia as coisas seriam diferentes, que seria ele a dar ordens e não a recebê-las.
Sean aprendera a valer-se por si mesmo desde muito tenra idade, dado que fora abandonado aos seis anos pela sua mãe, uma hippy toxicodependente, e tinham-no levado para um centro de protecção de menores. Saíra de lá aos dezoito anos e começara a trabalhar, fazendo quase qualquer trabalho que lhe oferecessem, e aos vinte e três anos começara a estudar à noite para tirar o curso de Gestão de Empresas. Festejara o seu trigésimo aniversário vendendo a companhia que criara de raiz pela «módica» quantia de vinte milhões de dólares. Poderia ter parado de trabalhar imediatamente e ter-se dedicado a viver dos rendimentos, mas gostava de desafios e era capaz de ver o potencial de pequenas empresas como a de John Loames, que acabava de comprar. Não, não ia reformar-se e viver numa ilha paradisíaca. A sua vida mal acabava de começar, só tinha trinta e cinco anos.
Sim, tinha trinta e cinco anos... e grandes planos para