Maria Chuteira

CAPÍTULO UM

Rowen

Ei, novato! Como foram as primeiras duas semanas?

Daniel Zavaro senta-se no banquinho do bar ao lado do meu. Tudo que eu sempre quis desde que eu podia andar era jogar futebol para se viver, e agora eu faço isso. Muitas pessoas diriam que era inevitável. Ou que eu não tive que trabalhar tão duro quanto os outros. Eles podem pensar que conhecem meu pai. Mas eles realmente não o conhecem. Ou me conhecem. E eles não tem ideia do esforço que fiz para me afastar de sua reputação, para que eu construísse a minha. Não tenho vergonha de admitir que estou realmente orgulhoso do que conquistei.

- Muito bem até agora. Obrigado por perguntar. - Daniel é o capitão do Texas Mutiny, o time pelo qual eu jogo há alguns anos. Não só ele é um cara incrível, ele é realmente respeitado na liga por ser um homem de honra, de família, lenda local e líder fantástico. Fiquei realmente entusiasmado quando descobri que ia trabalhar com ele. O maior escândalo que ele esteve envolvido em toda a carreira é namorar alguém com um filho nos últimos meses.

Esse é o tipo de escândalo que posso lidar. Eu sou muito desinteressante para desfrutar do drama público.

As pessoas pensam que eu sou tímido, mas não sou. Eu apenas gosto de observar. Eu gosto de assistir os movimentos subtis que eles fazem. Os seus atos. Sinto que eu realmente conheci todos dessa maneira, ao invés de encher espaço com conversas sem mente.

Considerando o nível de ruído no lobby deste hotel, onde meus companheiros de equipe estão passando, eu posso ser o único que se sente assim.

Daniel me bate no ombro - Queremos que você se sinta bem recebido pela equipe, Rowen. Você tem uma habilidade incrível de pensar quatro ou cinco passes à frente e ter cruzamentos assassinos...

Eu sorrio para o encorajamento. Não só sou membro do Mutiny, meu capitão está apontando minhas habilidades. Como um novato. Eu não deveria me sentir tão animado, porque é meu trabalho. Mas é uma euforia total ouvir essas palavras vindo dele.

- Eu espero que você explore minhas habilidades pelo bem da equipe. – eu começo a tomar um gole do meu uísque, mas mudo de ideia, abaixando-o para o bar e volto para poder ver a ação na sala –É para isso que estou aqui, afinal.

- Ei, deixe-me fazer uma pergunta. – ele se inclina mais perto, e meu sorriso vacila – Por que você é meio-campista?

- Você quer dizer, em vez de atacante? – não há motivo para ter cuidado. Ele obviamente conhece minha herança.

- Sim. Não me interprete mal. Você é fantástico no que faz. Estou curioso por que você escolheu a defesa.

Eu rodo meu copo, fazendo o Jameson girar. Tenho certeza de que parece que estou gostando da bebida, mesmo que eu não esteja – Resposta fácil. Você quer ser comparado ao seu pai toda a sua vida e quão grande ele é, sempre com medo de que você nunca alcance essa grandeza?

Um olhar estranho cruza o rosto de Daniel, mas ele o cobre rapidamente. Não posso ter certeza, mas depois de anos observando pessoas, estou disposto a apostar que eu acidentalmente atingi um nervo.

- Justo o suficiente. – ele diz depois de tomar um gole de sua bebida – Agora, qual é o verdadeiro motivo?

Eu sorrio. Eu deveria saber que Daniel veria através de mim. Ele é o capitão, afinal – Meu pai é um ótimo atacante.

- Provavelmente o maior.

- Definitivamente o melhor. Mas isso nunca foi quem eu sou. Sou agressivo no campo, mas não como ele. Adoro a ideia de proteger os outros jogadores. De proteger o goleiro e apoiar pessoas como você para que você possa realmente brilhar. – eu rio e bato em seu peito, roubando seu ar – Além disso, seu abdômen nunca vai se comparar com o meu, já que eu corro mais do que você.

Ele bate no meu braço – Isso doeu, babaca.

- Desculpa.

- Não peça desculpa. Os melhores jogadores são os melhores porque sabem quem são e onde podem ser os mais valiosos. Isso é uma coisa rara, cara. Estou impressionado.

Eu encolho os ombros e sinto minhas bochechas vermelhas. É a maldição de ser meio irlandês. Cabelo e bochechas vermelhas flamejantes para combinar quando estou envergonhado – Ei, a equipe não sabe quem é meu pai, não é?

- Eu não disse a eles. – diz Daniel, apoiando-se no bar e olhando para a equipe – Você não quer que eles saibam?

- Não. – digo rapidamente – Deixe-me mostrar que meu sou primeiro.

- Justo.

Meu pai é Ryan Flanigan. Ele é uma lenda no futebol europeu. Jogou como atacante para alguns dos mais prestigiados times europeus da Premier Football League. Suas estatísticas são surreais. Ele fez, em media, cerca de quarenta e cinco gols por temporada, o que era inédito naquela época, para não mencionar todas as assistências que não foram registradas com precisão há muito tempo. Ninguém poderia alcançar seu vigor. É muito o que viver.

Além disso, fui um dos únicos três rapazes que foram recrutados para os profissionais da faculdade. Todos os outros foram para clubes menores para se manterem em desenvolvimento, então eu entendo por que eu preciso mexer minha bunda todos os dias. Não só sou o novato, eu sou o novato com o máximo para provar.

- O que você vai fazer quando descobrirem? – Daniel pergunta.

- Eu vou esperar que eu mostrei que eu cheguei aqui por mim, não por ele. – eu sorrio amplamente – E então eu vou oferecer seu autógrafo tantas vezes quanto for preciso para que eles me deixem em paz. – eu brinco.

Daniel ri e me cutuca no ombro – Bom plano. Então, a Universidade do Sul de Michigan. Essa é uma boa universidade. Você gostou?

- Muito. Boas pessoas, bom programa atlético. Não se pode vencer isso.

- No que você é formado?

Eu sorrio – No que mais? Cinesiologia.

Ele ri.

- Eu sei que é um estereótipo, o atleta com um diploma em cinesiologia. Mas eu honestamente não consigo imaginar minha vida sem futebol, você sabe?

- Eu sei. Estou envelhecendo e comecei a pensar sobre o que vou fazer quando me aposentar.

- Você não é tão velho.

- Não, mas em um certo ponto, você para de fingir que esta carreira vai durar para sempre e faz outros planos. Tipo como as outras pessoas fazem planos para viajar e viver a aposentadoria do governo.

- Eu acho que algum dia eu poderia treinar ou mesmo ser treinador. Quem sabe? – nós dois nos viramos quando um pequeno grupo dá uma risada estridente – Eu tenho um pouco de tempo para descobrir.

- Você realmente tem muito tempo, Novato. – ele me dá um tapinha nas costas e se levanta – Você precisa de outra bebida?

- Nah, estou bem, cara. – eu levanto meu copo para mostrar que ainda tenho bebida.

- OK. Se você precisar de alguma coisa, apenas grite.

- Obrigado.

Ele se afasta, deixando-me para observar as pessoas. Estou fascinado por alguns deles. Há um casal em uma esquina. Ela está vestindo um vestido azul, brilhante, cabelo puxado para um tipo de coque extravagante. Ele está em um terno, mas ele está desgrenhado. Sua gravata está solta e torta, botão superior desfeito.

Ela está pronta para um encontro. Parece que ele está a caminho do passeio.

Quanto mais eu os observo, mais fascinado estou por quão afastado da situação ele parece. Claro, ele está acompanhando a conversa educadamente, mas é óbvio que ela está carregando a situação. Seu telefone está na mesa, virado para cima. E enquanto ele nunca o pega, sempre que ele acende, ele olha para ele e desliza para desligá-lo novamente.

Sua decepção mostra sempre que ele faz isso. É sutil o suficiente que não perceba, mas está lá. Isso me faz querer interromper para que eu possa levá-la para outro lugar e mostrar-lhe como ela deve ser tratada. Mas é claro que não vou. Eu não me importo com o conflito, além do que está no campo.

- Você pode querer afastar os olhos deles. – diz alguém ao meu lado. Uma mulher senta no banco Daniel, desocupado – Você está começando a parecer um maníaco.

Esqueço completamente o casal que estava assistindo. Ela é, de longe, uma das mulheres mais lindas que já vi na minha vida, e isso quer dizer muito, considerando a escolha do meu pai na carreira e as hordas de fãs que acompanham.

Seu longo e brilhante cabelo escuro cai pela metade das costas. Seus olhos são um marrom profundo. Seus lábios são grossos e rosados, e perfeitamente em forma de coração. Ela está deslumbrante.

Eu tento recuperar minha inteligência para que ela não pense que sou um perdedor total. Sentado aqui sozinho, All Star nos meus pés e meu boné de marca registrada puxado baixo sobre minha testa, eu não sou exatamente a face do sucesso.

- Eu não estou olhando para eles, eu estou observando. – eu explico.

Ela enruga a testa para mim – Há uma diferença?

- Sim. – parece que estou interessado agora. Eu acho que vamos ver onde uma pequena conversa leve nos leva – Um maníaco observa as pessoas porque ele tem algum plano desonesto sobre como incorporá-las em sua vida. Ele não se importa se eles estão com medo ou se eles não querem ir junto com ele. Ele faz de qualquer jeito.

- O fato de que você sabe muito sobre o processo de pensamento de um maníaco é um pouco estranho, você sabe?

- Eu tenho que saber a diferença se eu vou me defender de ser agrupado nessa categoria.

- Ah. – ela diz com um sorriso – Faz sentido. O que você está observando?

Eu coloco minha bebida no bar atrás de mim. Não estou bebendo. Não há motivo para aguentar mais – Estou fascinado pelo comportamento humano, pelo que as pessoas dizem quando não estão dizendo nada. Quais são as informações sobre os outros, por que não estamos prestando atenção às pequenas nuances?

- Hum… - ela olha na mesma direção que eu e observa o casal – Então, quais descobertas você fez sobre eles?

- Bem, seu comportamento não mudou muito.

- Como assim?

- Ele está fingindo não brincar com seu telefone, mas ele está. Ele faz pequenas conversas, mas seus olhos continuam vagando para o jogo na tela. Ele está tentando, mas não o suficientemente. Ele não está na dela.

- Se ele está entediado, por que ele ainda está aqui?

- Eu acho que é um encontro armado. – eu deduzo – Veja o quão legal ela parece? – ela assente com a cabeça – Ela quer um relacionamento, um parceiro, talvez para se estabelecer, talvez não. Ele, por outro lado, provavelmente é um cara legal, mas ele não está pronto para se comprometer com ninguém. Ele está desconfortável porque ele não quer deixar seu amigo chateado, aquele que o colocou nisso, mas ele sabe que isso não vai dar em lugar algum.

Ela ri – Você obteve tudo isso da observação?

Eu encolho os ombros e sorriao – Eu criei a maior parte disso, mas foi a linguagem corporal que me levou às minhas conclusões.

Ela gira em seu banquinho e acena para o barman – Mesmo se você estiver errado, a história é interessante.

- Oh, eu não estou errado. – eu digo com confiança enquanto eu viro também. Eu estendo minha mão em sua direção – Eu sou Rowen, por sinal.

- Rowen Flanigan, o novato. Eu sei quem você é. – ela diz, balançando a mão – Eu sou Tiffany Wendel. Sou amiga da equipe.

- É um prazer conhecê-la, Tiffany. Você está por aqui por muito tempo?

- Na verdade, estamos indo para a casa de Mack Shivel para uma festinha. Quer vir?

Não posso dizer se ela está flertando comigo ou não, mas eu me sinto extremamente atraído por ela. Estou realmente gostando de falar com ela. Além disso, há o benefício adicional de conhecer mais meus colegas de equipe – Claro, eu irei. Você precisa de uma carona?

- Nah. – ela diz e pega sua bebida – Eu vim com amigos.

- Vejo você lá então, Tiffany.

Ela junta-se ao grupo de mulheres com quem veio e me mostra o sorriso mais bonito. Acho que estou apaixonado.

CAPÍTULO DOIS

Tiffany

Hmmm, hmmm, hmmm.

Eu tento me concentrar, apesar do zumbido ao lado da minha orelha. Isso acontece toda vez que Santos LaGuajardo e eu nos juntamos. Ele não é um amante terrível, mas quando ele está chegando perto, mas ainda não é o gol da vitória, ele geme. Eu deveria estar acostumada com isso agora, mas é uma distração de cada vez.

Eu me concentro no impulso liso de seu pênis e no som da carne na carne. Essas são as coisas que me excitam.

Seus lábios encontram o meu e sua língua mergulha na minha boca, imitando o movimento do resto do corpo – Você está chegando perto? – ele sussurra.

- Sim. – eu sussurro de volta – Incline seus quadris um pouco... Oh, sim. Direito. – eu o beijo novamente, e ele volta a zumbir com a língua na minha boca.

Naquele momento, Mack Shivel entra e fecha a porta atrás dele.

- Porra! – Santos amaldiçoa e para, olhando para Mack enquanto se sentava na cadeira ao lado da janela. Consequentemente, minha perseguição para o Grande O termina também – Toda vez, cara! Chego tão perto disso e você arruinou minha maldita concentração.

- Foda-se você. – Mack abre suas calças e tira seu pau, acariciando-o lentamente – Volte já para isso. Eu quero assistir e estou cansado de esperar pela minha vez.

- Sasha não vai comparecer hoje à noite? – eu desafio quando as capas são tiradas da cama, revelando Santos e eu em toda a nossa glória nua. As narinas de Mack piscam quando seus olhos arqueam meu corpo.

A maioria das outras mulheres ficaria ofendida ou envergonhada se alguém entrar com eles fazendo sexo e sentar-se para assistir para que pudessem se aliviar. Eu não. Para mim, é poderoso. Adoro o sexo. Adoro todos os tipos de sexo. E eu amo meus meninos Mutiny.

- Ela está fora com Christian. – diz Mack enquanto Santos beija meu maxilar, ficando irritado novamente – Você sabe o quanto ele se irrita comigo assistindo.

- Sim.

As sensações me levaram novamente quando Santos beijou meu peito, puxando um dos meus mamilos na boca. Arco minhas costas e me viro para olhar Mack enquanto eu cavo minhas unhas nos ombros de Santos. Os olhos de Mack são nublados, e Santos está gemendo novamente.

- Foda-se, eu adoro assistir seus peitos saltando quando ele fode você. – diz Mack. Ele aperta seu eixo um pouco mais e esfrega a lubrificação fora da ponta – Eu quero vê-lo fodê-lo por trás. Santos, virou-a, cara. Deixe-me ver você acertar.

Sem dizer uma palavra, Santos puxa-me, me posiciona nas mãos e os joelhos, bate o meu traseiro com força o suficiente para me fazer chiar e mergulha dentro de mim. Todos nós três gememos enquanto ele entra em mim.

- Foda mais forte. – instrui Mack, e Santos cumpre – Pegue esse quadril sexy e bata, irmão.

Ele faz, e quase grite. Estou tão perto.

- Puxe seus mamilos. Tiff, esfregue seu clitóris, querida. Foda, estou perto.

Eu movo minha mão para baixo e esfrego enquanto Santos rola meu mamilo entre o polegar e o indicador. O zumbido cresce mais alto.

- Olhe para mim, Tiffany. – Mack praticamente rosna – Olhe para mim enquanto eu vejo você ser fodida.

Ao vê-lo, um golpe e um puxão e um tirão me jogam em êxtase.

- Isso, Tiffany. Venha, querida. Deixe-me ver você gozar.

Isso é tudo o que é preciso. Eu atiro minha cabeça para trás com um gemido quando as primeiras ondas me alcançam. Estou vagamente ciente de que Mack geme por caraaaaaaaalho, pois ele também encontra sua conclusão. Mas Santos não para de se mudar, e meu orgasmo continua e vai. Ele bate no meu quadril com tanta força, acho que ele me machuca, e seu zumbido se torna um gemido. Ele puxa nossos quadris tão firmemente quanto ele pode, cavalgando o último dele e meus espasmos.

Eu colapso na cama, Santos entrando em colapso em cima de mim. Os únicos sons são de nós três, que respiramos pesadamente, e o ruído revelador da festa fora da porta.

- Eu me sinto muito melhor agora. – diz Santos quando ele se ajeita – Eu acho que minhas pernas foram baleadas do jogo. Eu precisava de uma mudança de posição para gozar.

Mack pega a camisa branca de Santos no chão e limpa o suor do peito – Eu também precisava disso. Você sabe que eu quero ver que esse corpo quente quando eu gozo. Não consigo ver sua bunda nua se cobrindo com isso.

Santos grita enquanto ele se afasta de mim e dispõe do preservative – Sim. Porque eu estava tão preocupado com o seu orgasmo quando entrei aqui. Ei! Essa é minha camisa, idiota.

Eles continuam a briga enquanto se vestem. Eu, no entanto, rolo e puxo as cobertas acima do meu peito. Eventos como esses não são comuns, mas já tive testemunhos do time antes. Às vezes, mais de um. Às vezes, torna-se um trio. Às vezes, um trio com uma audiência. Tanto faz. O sexo é uma parte da vida, e ser amiga dos jogadores significa que eu tenho o bom tipo sempre que eu quiser.

- Obrigado, Tiffany. – diz Santos, amarrando os sapatos – Isso foi fantástico. Apenas o que eu precisava para relaxar depois do jogo de hoje à noite. – ele me beija na testa carinhosamente – Você vai voltar ou se esconder aqui um tempo?

- Eu acho que posso ficar por alguns minutos. – eu digo, rolando para o lado e inclinando minha cabeça em uma mão – Vocês dois me usaram.

Santos sorri – Eu vou pegar uma cerveja. Eu vou ver você lá fora.

- Você quer companhia? – pergunta Mack enquanto Santos sai.

Levanto uma sobrancelha – Olhar não era suficiente? Você precisa tocar agora?

Ele ri – Eu não. Tenho alguém em mente que pode precisar relaxar um pouco. E eu acho que sua marca de relaxamento pode estar bem no seu campo.

Eu encolho os ombros – Veremos. Talvez eu não esteja interessado.

Ele me bate na bunda e se dirige para a porta – Vou enviá-lo de qualquer maneira. Ele precisa abrir mais. Eu acho que você vai ajudá-lo muito bem. – Mack não olha para trás quando ele sai.

Eu escuto os sons da festa na sala de estar. Christian riu alto e há um grito de uma das meninas. O som fraco de coisas que saltam em uma mesa está lá também.

Isto é o que fazemos depois de quase todos os jogos em casa. O Mutiny Texas joga de março a novembro. É uma temporada longa e dura. Há muitas viagens. Muitos músculos doloridos de cicatrizes intensas. Então eles gostam de festejar, e eles gostam de me convidar, eu e minhas meninas.

A maioria das pessoas nos chama de fanáticas ou maria-chuteiras. Nós não namoramos os jogadores. Nós apenas nos divertimos com eles. Nós gostamos de passar um bom tempo juntos, e ninguém julga as proclividades de ninguém. É divertido.

- Próximo! – eu ouço Mack gritar, e eu rolo meus olhos. Ele não tem vergonha.

A porta se abre, e eu o ouço falar com alguém – Sua vez, Novato. – ele empurra alguém para o quarto e bate a porta atrás dele.

Eu me sento – Rowen?

Seus olhos se arregalam, e um rubor sobe no pescoço quando ele repara na minha aparência. Eu sorrio para ele – Você decidiu vir. Eu estava pensando se você apareceria. Estou feliz por estar aqui.

- Eu... Hum... – ele está tendo dificuldade em descobrir o que ele está tentando dizer – Eu sinto muito. Devo deixá-la sozinha para se vestir.

Ele se vira, mas eu chamo – Espere! – ele para – Está tudo bem, Rowen. Não tenho vergonha nem nada.

- Não, mas eu meio que tenho.

Nunca me ocorreu que ele seria tão modesto. A maioria dos jogadores vê uma garota nua em uma festa e vai trás ela. Quero dizer, é por isso que estamos aqui. Me atinge. E me confunde. E eu acho gentil.

- Eu não percebi que isso iria deixá-lo desconfortável. – eu digo – Dê-me um segundo. – eu visto meu jeans e minha camisa vermelha do Mutiny sem qualquer roupa íntima – Você pode virar agora.

Ele vira lentamente para me olhar – Obrigado. – ele diz – Eu não estava esperando que você fosse, hum... você deveria ser...

- Nua? – eu pergunto com um sorriso.

- Sim. – ele diz com pressa e empurra as mãos nos bolsos.

- Quer sentar? – eu ando até a mesa pequena e sento-me em uma das cadeiras. Ele toma um segundo para pensar sobre isso, mas finalmente segue minha liderança. Seus movimentos são minúsculos e lentos, como se ele ainda não estivesse bem com a situação – Você pode relaxar. – eu digo – Só porque estamos aqui não significa que tenhamos que fazer sexo. Podemos conversar também.

Ele balança a cabeça e morde o lábio. Ele olha ao redor da sala, observando como ele fez no bar. Nunca conheci ninguém que gosta de ver as coisas, a maioria das pessoas não presta atenção – Então você é uma maria-chuteira.

Paro de surpresa. Não é tão simples como responder sim ou não – Isso é do que algumas pessoas me chamam.

- Do que você se chama?

- Uma fã.

- Uma fã. – sua voz morre.

Eu encolho os ombros – Super-fã?

- Provavelmente é mais preciso.

- Porque eu tenho relações sexuais com alguns dos jogadores. – essa conversa está começando a me irritar. Não tenho que justificar minhas ações para ele ou ninguém.

Ele olha para cima, assustado e o rubor está de volta – Me desculpe. – ele diz suavemente e tira o boné da cabeça, revelando um choque de cabelo vermelho. A cor me lembra a Carrot Top, mas Rowen é muito mais atraente do que o comediante ruivo – Não quero fazer julgamento ou nada. Eu sei que existe uma coisa como fãs fanáticas, mas nunca encontrei uma. Você é diferente do que eu imaginava que fosse.

Eu puxo um joelho para o meu peito e repouso meu queixo quando ele puxa o boné de volta. Estou surpresa que ele não tenha feito isso antes. Eu suponho que ele jogou futebol toda a vida dele. Ele não esteve nas festas? Não consigo imaginar que a bola da faculdade seja muito diferente do profissional a este respeito – Como você me imaginou?

Ele respira fundo e olha para a parede mais distante – Eu acho que eu imaginei alguém que se parece mais com um colega de rua, com quem ninguém realmente fala, apenas um pouco de arrasta para uma sala de trás para fazer sexo.

- Você faz parecer tão sujo.

Ele encolhe os ombros – Eu não comecei a ser convidado até algumas semanas atrás. Eu realmente não tinha um quadro de referência.

- Mas nem mesmo na faculdade? Também existe na faculdade.

- Ah, não! – ele levanta as mãos na defensive – Meu treinador era