Direito Tributário
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Direito Tributário - Deusmar José Rodrigues
Direito Tributário - 4ª edição
© Deusmar José Rodrigues
J. H. MIZUNO 2015
Revisão:
Celia Siebert
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Maurício Amormino Júnior, CRB6/2422)
R696d
Rodrigues, Deusmar José.
Direito tributário (inclui planejamento tributário e modelo ações judiciais) / Deusmar José Rodrigues.
Leme: J. H. Mizuno, 2015.
Inclui referências.
1. Direito financeiro. 2. Direito tributário – Brasil. 3. Direito tributário - Legislação. I. Título.
Índice para o Catálogo Sistemático
1. Direito Fiscal : Brasil 343.8104
2. Impostos : Legislação 343.8104
3. Legislação Fiscal 343.8104
Nos termos da lei que resguarda os direitos autorais, é expressamente proibida a reprodução total ou parcial destes textos, inclusive a produção de apostilas, de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, reprográficos, de fotocópia ou gravação.
Qualquer reprodução, mesmo que não idêntica a este material, mas que caracterize similaridade confirmada judicialmente, também sujeitará seu responsável às sanções da legislação em vigor.
A violação dos direitos autorais caracteriza-se como crime incurso no art. 184 do Código Penal, assim como na Lei n. 9.610, de 19.02.1998.
O conteúdo da obra é de responsabilidade do autor. Desta forma, quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais concernentes ao conteúdo serão de inteira responsabilidade do autor.
Todos os direitos desta edição reservados à
J. H. MIZUNO
Rua Prof. Mário Zini, 880 – Cidade Jardim – CEP: 13614-230 – LEME/SP
Fone/Fax: (19) 3571-0420
Visite nosso site: www.editorajhmizuno.com.br
e-mail: atendimento@editorajhmizuno.com.br
Dedico esta edição a Gilciene Veloso Borges, exemplo de profissional, esposa e mãe para todos que com ela têm o privilégio de conviver.
Apresentação
Alterações nos textos legais e infralegais, e, especialmente, a evolução da doutrina e da jurisprudência sempre nos impulsionam a manter o livro atualizado.
Nesse cenário de constantes mudanças, temos a honra de trazer a público a 4ª edição deste livro, revista, atualizada e ampliada.
Nesta edição especial, fomos além e introduzimos temas transversais, como o Planejamento Tributário, temática ausente em obras de perfil similar.
Outra inovação está na inserção de um capítulo sobre Processualística Tributária, com abordagem doutrinária, e um lado eminentemente prático, com modelos de peças judiciais.
Movidos pelo propósito de cooperar, desde logo agradecemos aos nossos preclaros leitores pela acolhida deste trabalho.
O Autor
Lista de abreviaturas
Sumário
Capítulo 1
O Direito
O Direito
1.1 Concepções filosóficas acerca do direito
1.2 Conceito de direito
1.3 Direito Natural
1.3.1 Conceito de Direito Natural
1.4 Direito Positivo
1.4.1 Conceito de Direito Positivo
1.5 Direito Privado e Direito Público
1.5.1 Conceito de Direito Privado
1.5.2 Conceito de Direito Público
1.6 Ciência do Direito
1.7 Ciência do Direito e Direito Positivo
Capítulo 2
O Estado
2.1 O Estado moderno
2.2 Formas de Estado
2.3 O Estado como pessoa
2.4 O Estado brasileiro
2.4.1 O Estado Financista
Capítulo 3
Atividade Financeira do Estado
3.1 Definição de atividade financeira do Estado
3.2 Móvel da atividade financeira estatal
Capítulo 4
Direito Financeiro
4.1 Conceito de Direito Financeiro
4.2 Institutos Jurídicos de Direito Financeiro
4.3 Classificação das receitas públicas
4.3.1 Categorias de receitas públicas
4.3.2 Crítica às classificações
Capítulo 5
Direito Tributário
5.1 Introdução
5.2 Conceito de Direito Tributário
5.3 Direito Tributário Material e Formal
5.3.1 Direito Tributário Material
5.3.2 Direito Tributário Formal
5.4 Autonomia do Direito Tributário
5.4.1 Antecedente doutrinário
5.4.2 Entendimento majoritário
Capítulo 6
Norma Jurídica Tributária
6.1 Norma jurídica
6.2 Norma jurídica tributária
6.2.1 Norma de conduta
6.2.1.1 Estrutura da norma de conduta
6.2.2 Hipótese de incidência e consequência
Capítulo 7
Fontes do Direito Tributário
7.1 Vocábulo equívoco
7.2 Espécies de fontes
7.3 Fonte constitucional
7.4 Fontes formais superiores
7.4.1 A Constituição Federal
7.4.2 Emenda constitucional
7.4.3 Lei Complementar
7.4.4 Lei ordinária
7.4.5 Lei delegada
7.4.6 Medida provisória43
7.4.6.1 Medida provisória em Direito Tributário
7.4.7 Decreto Legislativo
7.4.8 Resoluções
7.4.9 Tratados ou convenções
7.5 Fontes formais inferiores
7.5.1 Decreto regulamentar
7.5.2 Normas complementares
7.5.2.1 Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas
7.5.2.2 Decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa
7.5.2.3 Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
7.5.2.4 Convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Capítulo 8
Vigência da Legislação Tributária
8.1 A lei tributária no tempo
8.2 Critérios para resolução de conflito de leis da tributação
8.3 Princípio da territorialidade
8.4 Anterioridade da lei tributária
Capítulo 9
Interpretação da Legislação Tributária
9.1 Prólogo
9.2 Interpretação das normas tributárias
9.2.1 Interpretação literal
9.2.2 Interpretação benigna
9.2.3 Interpretação econômica
9.3 Integração da legislação tributária
Capítulo 10
Aplicação da Legislação Tributária
10.1 Qualificação jurídica
10.2 Fatos geradores futuros
10.3 Fatos geradores pendentes
10.4 Lei retroativa
Capítulo 11
Economia Lícita e Ilícita de Tributo
11.1 Planejamento tributário
11.2 Elisão
11.3 Evasão
11.4 Fraude à lei tributária
11.5 Simulação
11.6 Sonegação63
Capítulo 12
Os Tributos
12.1 Importância
12.2 Conceito
12.3 Finalidade
12.4 Categorias
12.4.1 Impostos
12.4.1.1 Classificação jurídica
12.4.1.1.1 Impostos reais e pessoais
12.4.1.1.2 Classificação do CTN73
12.4.1.1.3 Classificação fundada no elemento quantitativo do fato gerador
12.4.1.2 Classificação econômica
12.4.1.2.1 Imposto direto
12.4.1.2.2 Imposto indireto
12.4.2 Taxas
12.4.2.1 Conceito
12.4.2.2 Classificação
12.4.2.2.1 Taxa de polícia
12.4.2.2.2 Taxa de serviço
12.4.2.3 Taxa, preço público e tarifa
12.4.2.4 Base de cálculo das taxas
12.4.3 Contribuição de melhoria
12.4.4 Empréstimos compulsórios
12.4.4.1 Referência histórica
12.4.4.2 Conceito
12.4.4.3 Classificação
12.4.4.3.1 Empréstimos compulsórios excepcionais (ou emergenciais)
12.4.4.3.2 Empréstimos compulsórios especiais (ou de caráter urgente)
12.4.5 Contribuições (parafiscais ou especiais)
12.4.5.1 Denominação
12.4.5.2 Natureza jurídica
12.4.5.3 Classificação
12.4.5.3.1 Contribuições sociais
12.4.5.3.2 Contribuições de intervenção no domínio econômico
12.4.5.3.3 Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas
12.4.5.3.4 Finalidade
Capítulo 13
Competência
13.1 Soberania fiscal
13.2 Federalismo e competência
13.3 Evolução normativa
13.4 Classificação
13.4.1 Competência privativa
13.4.2 Competência comum
13.4.3 Competência residual
13.4.4 Competência cumulativa (ou múltipla)
13.5 Bitributação e bis in idem
13.6 Competência no CTN
13.6.1 Capacidade tributária
Capítulo 14
Limitações do Poder de Tributar
14.1 Princípios e regras superiores
14.2 Conceito
14.3 Classificação
14.4 Imunidades
14.4.1 Classificação
14.4.2 Lista das imunidades na CF/8885
14.4.3 Imunidades e o STF
14.5 Limitações principiológicas
14.5.1 Princípio da legalidade
14.5.1.1 Matérias submetidas à estrita legalidade
14.5.1.2 Exceção ao princípio da estrita legalidade
14.5.2 Princípio da irretroatividade da lei tributária
14.5.3 Princípio da Anterioridade da lei tributária
14.5.3.1 Exceção ao princípio da anterioridade
14.5.4 Princípio da igualdade (ou da isonomia)
14.5.5 Princípio da vedação de tributo confiscatório
14.5.6 Princípio da liberdade de tráfego
14.5.7 Princípio da uniformidade geográfica da tributação
14.5.8 Princípio da capacidade econômica do contribuinte
14.5.9 Princípio da livre concorrência
Capítulo 15
Obrigação Tributária
15.1 Teoria legal das obrigações
15.2 Obrigação tributária principal ou acessória
15.2.1 Obrigação principal
15.2.2 Obrigação acessória
15.3 Fato gerador da obrigação tributária
15.3.1 Classificação
15.3.1.1 Instantâneo
15.3.1.2 Periódico
15.3.1.3 Continuado
15.3.1.4 Presumido
15.3.2 Aspectos da hipótese de incidência
15.3.2.1 Aspecto material
15.3.2.2 Aspecto pessoal
15.3.2.3 Aspecto temporal
15.3.2.4 Aspecto espacial
15.3.2.5 Aspecto quantitativo
15.4 Sujeito ativo
15.4.1 Ente político como sujeito ativo
15.4.2 Ente não político como sujeito ativo
15.5 Sujeito passivo
15.5.1 Sujeito passivo da obrigação acessória
15.5.2 Sujeito passivo da obrigação principal
15.5.2.1 Contribuinte
15.5.2.2 Responsável
15.5.2.2.1 Substituto
15.5.2.2.2 Sucessor
15.5.2.2.3 Terceiro
15.6 Capacidade tributária passiva
15.7 Domicílio tributário
15.8 Solidariedade
15.9 Responsabilidade por infração
15.9.1 Denúncia espontânea
Capítulo 16
Crédito Tributário
16.1 Comentários iniciais
16.2 Lançamento
16.2.1 Conceito
16.2.2 Natureza jurídica
16.2.3 Modalidades
16.2.3.1 Lançamento por declaração
16.2.3.2 Lançamento por homologação
16.2.3.3 Lançamento de ofício
16.2.4 Alteração
16.3 Suspensão da exigibilidade do crédito tributário
16.3.1 Moratória
16.3.2 Depósito
16.3.3 Reclamações e recursos
16.3.4 Concessão de medida liminar em mandado de segurança
16.3.5 Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada
16.3.6 Parcelamento
16.4 Extinção do crédito tributário
16.4.1 Pagamento
16.4.2 Demais modalidades de extinção
16.4.2.1 Compensação
16.4.2.2 Transação
16.4.2.3 Remissão
16.4.2.4 Decadência
16.4.2.5 Prescrição
16.4.2.6 Dação em pagamento em bens imóveis e decisão judicial passada em julgado
16.4.3 Repetição de indébito tributário
16.5 Exclusão do crédito tributário
16.5.1 Isenção
16.5.1.1 Classificação
16.5.1.2 Revogação de isenção condicionada
16.5.2 Anistia
16.5.2.1 Classificação
16.6 Garantias e privilégios do crédito tributário
16.6.1 Presunção de fraude à execução
Capítulo 17
Administração Tributária
17.1 Atividade do Poder Executivo
17.2 Fiscalização
17.3 Dívida ativa
17.4 Certidões negativas
Capítulo 18
Os Impostos em Espécie
18.1 Impostos federais
18.1.1 Imposto sobre importação de produtos estrangeiros
18.1.2 Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados
18.1.3 Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza
18.1.3.1 Imposto de renda da pessoa física
18.1.3.2 Imposto de renda da pessoa jurídica
18.1.4 Imposto sobre produtos industrializados
18.1.5 Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários
18.1.6 Imposto sobre propriedade territorial rural
18.1.7 Imposto sobre grandes fortunas
18.1.8 Outros impostos
18.2 Impostos estaduais
18.2.1 Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos
18.2.2 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior
18.2.3 Imposto sobre propriedade de veículos automotores
18.3 Impostos municipais
18.3.1 Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
18.3.2 Imposto sobre transmissão inter vivos
, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição
18.3.3 Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, Ii, definidos em Lei Complementar
Capítulo 19
Planejamento Tributário
19.1 Definição
19.2 Passo a passo
19.3 Planejamento antijurídico
19.4 Declaração do imposto de renda da pessoa física
19.4.1 Dependentes
19.4.2 Instrução
19.4.3 Saúde
19.5 Não incidência do imposto de renda da pessoa física
19.6 Isenção do imposto de renda da pessoa física
19.6.1 Catálogo da Instrução Normativa RFB n.º 1.500/2014
19.6.2 Isenções de outros tributos
19.7 Para pessoas jurídicas e figuras equiparadas
19.7.1 Simples nacional
19.7.2 Lucro presumido
19.7.3 Lucro real
19.7.4 Outros
Capítulo 20
Processualística Tributária
20.1 Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária
20.1.1 Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributário com pedido de repetição de indébito
20.2 Ação anulatória de débito fiscal
20.2.1 Ação anulatória de débito fiscal com pedido de repetição de indébito
20.3 Ação de repetição de indébito
20.4 Mandado de segurança
20.5 Ação de consignação em pagamento
20.6 Embargos à execução fiscal
20.7 Exceção de pré-executividade
20.8 Ação de execução fiscal
20.9 Medida cautelar fiscal
20.10 Modelos de peças processuais
20.10.1 Ação declaratória de inexistência de relação jurídico tributária cumulada com repetição de indébito e tutela de urgência
20.10.2 Ação anulatória de débito fiscal cumulado com repetição de indébito e tutela de urgência
20.10.3 Ação de consignação em pagamento com tutela de urgência
20.10.4 Mandado de segurança com pedido de liminar
20.10.5 Contestação em medida cautelar fiscal
20.10.6 Embargos a execução fiscal com pedido tutela de urgência
20.10.7 Exceção de pré-executividade
20.10.8 Agravo de instrumento com pedido de tutela recursal
20.10.9 Apelação com pedido de efeito devolutivo
20.10.10 Embargos infrigentes
20.10.11 Recurso especial
20.10.12 Recurso extraordinário
REFERÊNCIAS
Capítulo 1
O Direito
1.1 Concepções filosóficas acerca do direito
Existem alentados tratados e singulares monografias sobre o conceito de Direito. No entanto, nenhum conseguiu contemplar toda a complexidade desse fenômeno. Muitas dificuldades apresentam-se pelo caminho. Entre elas podemos citar a dificuldade de se elaborarem definições reais ou convencionais, o fato de ser a palavra Direito ambígua, além de esta conter uma forte carga emotiva.
Pensava-se que a Ciência do Direito tivesse ensejo de oferecer um conceito universal de Direito. Como o objeto de estudo da Ciência do Direito são as próprias normas, a busca da universalidade não seria alcançada, posto que, assim, se ateria à especificidade de cada ordenamento jurídico. Com isso, o enfoque haveria de ser outro. Propôs-se que a noção universal fosse uma indagação de caráter filosófico, no campo da Filosofia do Direito. Três importantes vertentes filosóficas – representadas pelas doutrinas de orientação sociologista¹, pelo positivismo jurídico² e pelas teorias jusnaturalistas³ – tentam dar o conceito perseguido.
1.2 Conceito de direito
A eleição de um conceito, dentre tantos franqueados por juristas e não juristas, reveste-se de uma necessidade imperiosa para os fins desta exposição, mas adverte-se, aqui, sobre sua insuficiência. Dante Alighieri⁴ cunhou um dos mais memoráveis conceitos de Direito, concebendo-o assim: O Direito é uma proporção real e pessoal, de homem para homem, que, conservada, conserva a sociedade; corrompida, corrompe-a
.⁵
1.3 Direito Natural
Direito Natural é o nato, forjado pela natureza humana e oposto ao Direito Positivo⁶. Identifica-se pelo norte que traça ao poder legiferante, impedindo-o de violar os mais caros princípios jurídicos. Seus principais caracteres são a universalidade, já que não está adstrito tão-somente a um território; a imutabilidade, posto que o Estado, mesmo que o desejasse, não teria como revoga-lo, tal qual faria com o Direito legislado; experimenta-se contato com ele por meio da razão e não de leis escritas; é desprovido de coação.
1.3.1 Conceito de Direito Natural
O Corpus Juris Civilis⁷ plasmou o Direito Natural nos termos seguintes:
O Direito Natural é o que a natureza tem ensinado a todos animais; um Direito não peculiar à raça humana, mas compartilhado por todas criaturas vivas, sejam habitantes do ar, terra ou mar⁸.
Mas, no sentido moderno, o Direito Natural é tido como o que decorre de princípios impostos à legislação dos povos cultos, fundados na razão e na equidade, para que regulem e assegurem os direitos individuais, tais como os de vida, de liberdade, de honra e de todos os direitos patrimoniais, que asseguram a própria existência do homem⁹.
1.4 Direito Positivo
O Direito Positivo notabiliza-se pela aderência a um determinado território; é mutável, na medida em que o processo legislativo prevê o rito para introdução de normas no ordenamento jurídico total e as formas pelas quais essas normas possam evadir-se ou deixar de ter validade; representa ato de vontade do Estado ou da sociedade; é coativo porque independe da vontade das pessoas a ele submetidas.
1.4.1 Conceito de Direito Positivo
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela Assembleia Nacional da França, em 26 de agosto de 1789, como produto jurídico do movimento que a história qualificou de Revolução Francesa, já dizia que a lei é a expressão da vontade geral¹⁰. Tal assertiva transformava-se na regra-guia do novo Estado, robustecendo o princípio da legalidade. A primazia da lei e, portanto, do Direito Positivo, acabava de ser reafirmada. O ideal subjacente era o de que passava a lei a reger condutas, seja permitindo-as, proibindo-as ou impondo-as.
Nos dias atuais, o legislador constitucional ou ordinário não resiste à tentação de invadir a seara reservada à doutrina para proclamar conceitos, fazendo-os no corpo das leis¹¹.
É indubitável que entre as disposições jurídicas, por exemplo, de um código, há muitas que não implicam mandado nem proibição de nenhum gênero. Uma consideração mais precisa das mesmas demonstra que, por si sós, carecem de toda significação. Somente a adquirem em união com outras proposições jurídicas, com as quais formam mandados e concessões e somente então recebem natureza de proposições jurídicas, pois unicamente é direito o que tem efeito de tal, ou seja, o que influi na vida coletiva dos homens, ordenando-a e dando-lhe forma. Portanto, são somente partes de proposições jurídicas, proposições jurídicas incompletas. Sua necessidade resulta das exigências da técnica legislativa¹².
Não ignorando a realidade e sabendo que as definições legais deviam fazer-se excepcionalmente e quando imprescindíveis, busquem-se no magistério da doutrina as palavras que bem possam desvelar esta categoria de Direito. "Positivo é o Direito institucionalizado pelo Estado. É a ordem jurídica obrigatória em determinado lugar e tempo"¹³. Por isso, não é demais enfatizar que o direito positivo é o complexo de normas jurídicas válidas num dado país
¹⁴.
As duas interpretações retrocitadas dão-nos uma visão panorâmica do Direito Positivo. Impende acrescer que os princípios gerais de Direito e os costumes¹⁵ formam, com a lei, o seu suporte dogmático.
1.5 Direito Privado e Direito Público
Costuma-se, ainda, secionar o Direito Positivo em dois ramos, surgindo, dessa partilha, o Direito Privado e o Direito Público. Desse modo, fica afastada a presunção de prevalência de um sobre o outro, apregoada pelos defensores da teoria monista do Direito.
Algumas teorias tentam fornecer critérios para que o exegeta possa saber se está diante de texto legal que veicula norma de Direito Público ou Privado.
Os adeptos da teoria dos interesses preponderantes sustentam que, se o interesse imediato for privado, se tratará de regra de Direito Privado; se público, cuidar-se-á de regra de Direito Público. Essa teoria não satisfaz plenamente, pois nela também não há elementos legais ou doutrinários os quais possam precisar o que venha a ser interesse público ou privado.
Mesma sorte teve a teoria da natureza da relação jurídica. Os defensores desta teoria veem a relação jurídica em um plano vertical, em que a pessoa de Direito Público estaria no topo e a pessoa do particular na base. Daí a subordinação de uma parte e a supremacia da outra. Não há como admitir a proeminência de um sujeito em detrimento da pessoa posicionada no outro polo da relação jurídica. In casu, não haveria uma relação jurídica, mas uma relação de poder, com o que o Direito não compactua.
De minha parte, afirmo, ao falar de regime de direito público, que ele deve ser buscado diretamente nas normas jurídicas. Portanto, só poderei dizer que certos bens (os públicos) são juridicamente diferentes de outros (os bens privados) depois de constatar que as normas jurídicas dão a eles tratamentos diferenciados¹⁶.
A distinção com fulcro no regime jurídico trabalha com dados concretos: as normas de Direito posto. Quiçá o maior atributo deste critério esteja em lidar com dados objetivos e, por conseguinte, superar os demais critérios construídos sobre bases imateriais. Entretanto, isso não coloca essa teoria a salvo de críticas. O Direito é mais amplo do que as normas escritas que o externam e a lei não hesita em conferir certos privilégios às pessoas jurídicas de Direito Público.¹⁷
1.5.1 Conceito de Direito Privado
O Direito Privado regula os direitos e as obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações jurídicas, na esteira do que prevê o Código Civil brasileiro, aprovado pela Lei nº 10.406, de 10/01/02.
1.5.2 Conceito de Direito Público
O Direito Público rege as relações jurídicas entre o Estado, inclusive suas autarquias e fundações públicas, e os particulares, bem como fornece as normas de organização e competência de órgãos e agentes administrativos.
1.6 Ciência do Direito
O ordenamento jurídico dos países descendentes do Direito da família romano-germânica¹⁸ traduz-se em um elenco de normas de variados graus de hierarquia. A norma que dá sustentação às demais é a Constituição. Ela regulamenta diretamente algumas matérias e prevê quem e quais os órgãos que poderão elaborar as demais leis e atos normativos.
O objeto da Ciência do Direito há de ser precisamente o estudo desse feixe de proposições, vale dizer, o contexto normativo que tem por escopo ordenar o procedimento dos seres humanos, na vida comunitária. O cientista do Direito vai debruçar-se sobre o universo das normas jurídicas, observando-as, investigando-as, interpretando-as e descrevendo-as segundo determinada metodologia. Como ciência que é, o produto de seu trabalho terá caráter descritivo, utilizando uma linguagem apta para transmitir conhecimentos, comunicar informações, dando conta de como são as normas, de que modo se relacionam, que tipo de estrutura constróem e, sobretudo, como regulam a conduta intersubjetiva. Mas, ao transmitir conhecimentos sobre a realidade jurídica, o cientista emprega a linguagem e compõe uma camada lingüística que é, em suma, o discurso da Ciência do Direito¹⁹.
1.7 Ciência do Direito e Direito Positivo
A Ciência do Direito compõe-se de proposições descritivas, produzidas por cientistas. Tais proposições são verdadeiras ou falsas, tudo a depender da conformação com o Direito Positivo.
O Direito Positivo compreende o conjunto de normas produzidas por órgãos autorizados pela Constituição do país. As normas dizem-se válidas ou inválidas, consoante sejam ou não elaboradas em sintonia com os ritos prefixados e se afinem ou não com as normas superiores.
1 Advoga essa teoria que o Direito é criado e aplicado pelo homem, tendo vigência social.
2 Para quem defende essa doutrina, o Direito constitui um conjunto de normas elaboradas por quem está autorizado e dentro do iter procedimental previsto. São consideradas primárias as normas que preveem sanção em caso de não realização do mandamento nelas encartado.
3 Certos valores são fundamentais para essa visão filosófica, avultando o da justiça.
4 Poeta italiano que nasceu em 1265, em Florença, e faleceu em 1321, em Ravena.
5 Apud REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 1987, p. 60.
6 Não estamos a dizer que a maioria das normas de Direito Positivo seja incompatível com o Direito Natural. Contudo, não negamos também que há formulações legais que colidem com alguns direitos naturais, tais como a pena de morte e as lesões corporais, nos países em que elas estão institucionalizadas.
7 Código do Imperador Justiniano (527-565).
8 Em inglês: The law of nature is that which she has taught all animal; a law not peculiar to the human race, but shared by al