Matemática a distância
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Matemática a distância - KATIA REGINA RODRIGUES DE OLIVEIRA GOUVEIA
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Dedico esta obra à minha família: meus pais Alarico e Reni,
minha irmã, Kênia, meu marido Fernando e a minha filha,
Maria Fernanda; pelo amor que me envolve.
Também aos professores de Matemática que buscam alcançar
êxito em seu árduo, mas gratificante trabalho.
PREFÁCIO
Este trabalho é escrito por uma professora de Matemática que tomou para si a tarefa de pensar sobre o que temos chamado de dificuldades de aprendizagem. Corajosa e comprometida com seu papel, Kátia Regina Rodrigues de Oliveira Gouveia resolveu encarar essa questão como objeto de sua pesquisa no mestrado em Educação na PUC-Goiás, a qual tive a responsabilidade de orientar.
A experiência como professora de conteúdos relacionados à Matemática em cursos superiores se somou à de aluna do curso de licenciatura em Biologia a distância para que essa pesquisadora se indagasse sobre a aprendizagem de conteúdos matemáticos a distância: se a prática, os estudos e as pesquisas revelam diversos e profundos obstáculos enfrentados pelos alunos para aprender Matemática em situações presenciais, como essa situação se configura no contexto de cursos a distância?
Um dos méritos deste trabalho é tomar como ponto de partida questões que emergem da experiência da autora e que abarcam desafios a serem enfrentados por professores e alunos da educação superior em nosso país. Mas a realidade empírica é apenas o ponto de partida: em uma perspectiva dialética, a autora não se acomoda à mera descrição do fato ou ao levantamento descritivo de suas relações causais explicativas.
A tarefa aqui assumida é a de caracterizar a aprendizagem dos conteúdos matemáticos em cursos a distância, a partir de um referencial teórico-metodológico que forneceu elementos para compreender a situação analisada. Os conceitos de mediação e de formação de conceitos foram assim adotados para a análise da aprendizagem de conteúdos da disciplina Cálculo de um curso de licenciatura em Física a distância pelo Sistema da Universidade Aberta do Brasil.
O leitor irá se deparar com situações pedagógicas instigantes e com a interpretação astuciosa da pesquisadora, no exercício de ir e vir entre as considerações de ordens política e pedagógica sobre a constituição recente de cursos de formação de professores a distância no Brasil, as discussões teóricas sobre a abordagem histórico-cultural e a descrição detalhada da situação de ensino aprendizagem de Cálculo no curso de licenciatura em Física. Quando e por que os alunos buscam a ajuda do professor ou do tutor? Como o tutor responde às demandas dos alunos? Como se manifestam as dificuldades de aprendizagem de Cálculo e quais as reações de professores-tutores e alunos diante delas?
A pesquisa aqui apresentada não sucumbe à armadilha de estudar o tema em uma perspectiva instrumental, atribuindo a causa das dificuldades pedagógicas diagnosticadas aos aspectos técnicos dos recursos utilizados. A falta de domínio técnico-pedagógico dos equipamentos adotados na educação on-line não é suficiente para explicar os obstáculos à aprendizagem de Cálculo. Como a pesquisa investiga a organização do trabalho pedagógico, sua análise não pode se resumir ao tipo de tecnologia utilizada, mas sim à pedagogia adotada.
Em outras palavras, a organização do trabalho pedagógico em cursos a distância que fazem uso dos recursos tecnológicos digitais em rede não podem ser analisados em razão das funcionalidades técnicas desses recursos. As possibilidades de interatividade e de colaboração favorecidas pelas ferramentas da internet não se transmitirão automaticamente para as práticas pedagógicas on-line. É a concepção de ensino e aprendizagem adotada pelo professor que irá orientar sua prática com uso das tecnologias digitais.
Por essa razão, a autora faz referência aos elementos do ato didático para analisar as práticas em questão: a forma como o conteúdo é abordado, as estratégias e os recursos didáticos, as relações que se estabelecem entre os sujeitos que ensinam e aprendem. Assim, podemos compreender que a fragilidade da mediação pedagógica identificada não se dá em função da falta de habilidade do professor para manipular os recursos do ambiente virtual de aprendizagem, mas na maneira como este compreende o papel do ensino e da aprendizagem de Cálculo. Nesse caso, a disciplina não visa à formação de conceitos, mas à reprodução de fórmulas mecânicas.
Esse é outro mérito desta obra: o tema pedagógico é tratado com base em fundamentos educacionais (teoria histórico-cultural), e não em prescrições técnicas. Não se trata de impor ao professor um conjunto de regras a serem seguidas, mas de propor uma reflexão que lhe permitirá certa autonomia na condução de seu trabalho.
E isso conduz a outro aspecto da maior relevância, que, se não é o núcleo desta pesquisa, lhe diz respeito de forma importante: a formação de professores como um processo teórico-prático, e não como uma apologia da prática em si e por si.
Vale a pena conferir: este livro certamente contribuirá para que o leitor coloque em questão as relações entre as tecnologias e os processos educativos a distância.
Joana Peixoto
Doutora pela Universidade Paris 8 Vincemes Saint-Denis - UP8/França
Goiânia, manhã de dezembro de 2015
APRESENTAÇÃO
Este livro é fruto de inquietações que apareceram durante a experiência docente, iniciada em 1994, quando ingressei no curso de Licenciatura em Ciências, habilitação plena em Matemática. Naquele momento, percebi que estava diante de um desafio: ser professora de Matemática, uma disciplina temida por muitos.
Após a conclusão do curso, iniciei uma especialização em Educação Matemática e surgiu a possibilidade de trabalhar no ensino superior, mais precisamente no curso de Pedagogia.
Trabalhar nesse curso foi muito importante para a minha formação profissional, pois percebi a necessidade do professor em mediar, observando, analisando e intervindo em todo o processo de ensino e aprendizagem.
Logo em seguida, comecei a trabalhar também em outros cursos do Ensino Superior, ministrando disciplinas como Matemática Aplicada à Administração e Cálculo Diferencial e Integral. Nesse momento, as dificuldades apresentadas pelos acadêmicos na aquisição do conhecimento específico e a alta porcentagem de reprovações nessas disciplinas chamaram minha atenção.
Em 2008, passei a frequentar o curso de licenciatura em Ciências Biológicas, na modalidade a distância, oferecida pela UFG. Nesse curso, havia encontros quinzenais: um para a realização das avaliações das disciplinas e outro para as aulas de laboratório. Nesses encontros, além das aulas, nós, acadêmicos, discutíamos sobre o curso e as dificuldades em relação à sua realização.
Em um desses encontros, prestes à realização da avaliação da disciplina de Matemática e observando a ansiedade e a angústia dos colegas, veio uma questão que me acompanhou por algum tempo. Em cursos presenciais, em que são oferecidas disciplinas relacionadas à Matemática, como Cálculo, Álgebra, Estatística e outras, o professor acompanha seus alunos, geralmente, com quatro horas semanais, conduzindo o processo de ensino e aprendizagem dessa disciplina. Ainda assim, de acordo com as práticas docentes, percebe-se o alto índice de reprovação. Então, daí vem a questão: como as dificuldades na aprendizagem de conteúdos matemáticos se processam na aprendizagem a distância?
Outro fato que chamou a atenção durante a realização do curso foi que, além dos obstáculos apresentados na compreensão dos conteúdos específicos das disciplinas, os acadêmicos tinham dificuldades em utilizar as Tecnologias