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Vinte mil léguas submarinas
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Vinte mil léguas submarinas

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Vinte Mil Léguas Submarinas – título original Vingt mille lieues sous les mers – é considerada sua principal obra e foi escolhida para inaugurar a coleção Clássicos em 80 páginas pela sua criatividade inigualável, previsões tecnológicas geniais e narrativa de aventura que encanta os jovens desde 1870.
O professor Aronnax e seus companheiros Ned Land e Conselho embarcam no Nautilus, a maravilha criada pelo misterioso Capitão Nemo. Viajam por todos os mares, participam de caminhadas submarinas, batalhas contra polvos gigantescos, navios de guerra e ameaças desconhecidas. Encontram naufrágios, tesouros, plantas e animais, de uma forma que apenas o gênio de Júlio Verne poderia conceber.
É um prazer a releitura de Vinte Mil Léguas Submarinas e um desafio traduzi-lo e adaptá-lo para uma versão em oitenta páginas. Mas o resultado é o melhor da obra, que permanece encantadora e criativa quase cento e cinquenta anos depois.
LanguagePortuguês
Release dateNov 16, 2017
ISBN9788592797256
Vinte mil léguas submarinas
Author

Júlio Verne

Julio Verne (Nantes, 1828 - Amiens, 1905). Nuestro autor manifestó desde niño su pasión por los viajes y la aventura: se dice que ya a los 11 años intentó embarcarse rumbo a las Indias solo porque quería comprar un collar para su prima. Y lo cierto es que se dedicó a la literatura desde muy pronto. Sus obras, muchas de las cuales se publicaban por entregas en los periódicos, alcanzaron éxito ense­guida y su popularidad le permitió hacer de su pa­sión, su profesión. Sus títulos más famosos son Viaje al centro de la Tierra (1865), Veinte mil leguas de viaje submarino (1869), La vuelta al mundo en ochenta días (1873) y Viajes extraordinarios (1863-1905). Gracias a personajes como el Capitán Nemo y vehículos futuristas como el submarino Nautilus, también ha sido considerado uno de los padres de la ciencia fic­ción. Verne viajó por los mares del Norte, el Medi­terráneo y las islas del Atlántico, lo que le permitió visitar la mayor parte de los lugares que describían sus libros. Hoy es el segundo autor más traducido del mundo y fue condecorado con la Legión de Honor por sus aportaciones a la educación y a la ciencia.

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    Vinte mil léguas submarinas - Júlio Verne

    Junior

    Capítulo 1

    Era o assunto de todos os portos. Em 1866, não se falava em outra coisa na Europa, na América, e até nos portos mais longínquos do Pacífico.

    Tinha acontecido de novo. O mar estava calmo e o céu ia escurecendo sem uma única nuvem, apenas uma névoa preta que saía da chaminé do cargueiro. Ninguém viu a coisa se aproximando, apenas quando chegara em alta velocidade e em linha reta com o navio. O marujo sobrevivente descreveria, depois, que só conseguira ver a cabeça, como se fosse um imenso crocodilo: apenas os olhos brilhantes e amarelados na superfície, o resto do corpo submerso.

    Foi tudo muito rápido. Um impacto do monstro contra o casco reforçado, uma explosão – o marinheiro não sabia explicar o que havia acontecido primeiro. O navio foi ao fundo rapidamente, partido em dois. Quase todos que estavam a bordo morreram.

    Os boatos corriam pelos sete mares sobre estanhos acontecimentos ao sul do Equador. Um monstro, cercado de mistérios, aterrorizando capitães, almirantes e a marujada. Do tamanho de um transatlântico, rápido como uma bala, duro com um encouraçado de ferro e aço.

    Tinha sido visto na costa da Austrália, mas também no Atlântico, poucos dias depois. Nem as águas tranquilas do Mediterrâneo poderiam estar livres da rota da criatura errante e extremamente veloz.

    Os jornais falavam no monstro e o assunto tomou conta das conversas em cafés e salas de reunião das grandes empresas de navegação. Muitos tripulantes já começavam a desertar, com medo de morrer na próxima travessia.

    O navio Escócia conseguiu chegar à Inglaterra depois de uma séria colisão com um rochedo fora dos mapas ou um objeto de grande massa. Por pouco não foi ao fundo, com vários porões alagados. Para surpresa geral, o navio foi examinado e descobriu-se um rombo de formato triangular. Não parecia causado por uma batida, mas sim pelo corte preciso de algo ainda mais duro que as chapas do navio.

    O pesquisador francês Pierre Aronnax estava em Nova Iorque, voltando de uma expedição científica ao Nebraska. Era o autor de um livro chamado Os mistérios das profundezas submarinas e foi envolvido nas discussões sobre o terrível monstro que ameaçava a navegação. O professor francês tinha um criado, a quem chamava de Conselho. Ele estava sempre às ordens e nunca reclamava de nada.

    A Marinha norte-americana resolveu agir. Enviou para o mar a fragata Abraham Lincoln, armada até os dentes. Deveria caçar e capturar o falado monstro das profundezas.

    Como especialista em vida marinha e suas criaturas, Aronnax foi convidado a participar da aventura. Embarcou com Conselho, curioso e desejando encontrar a misteriosa criatura. E sair vivo para contar!

    Havia um clima de nervosismo no Abraham Lincoln já nos primeiros dias de viagem. Vigias perscrutavam as águas com binóculos, todos procurando sinais do monstro maligno. O capitão do navio prometia um bônus para o primeiro que detectasse a criatura.

    Rumaram em direção à América do Sul e ao Estreito de Magalhães. Mas navegaram por meses sem nenhum sinal do monstro.

    Chegaram ao extremo sul das Américas e entraram nas águas muito azuis do Pacífico, com os ânimos renovados e os vigias novamente atentos a qualquer sinal do misterioso habitante das profundezas. Mas, novamente, os meses se passaram e continuavam sem qualquer contato com a famosa ameaça marinha. O Capitão Farragut finalmente decidiu suspender as buscas.

    Aronnax ficou desanimado. Um canadense que sempre conversava com ele, chamado Ned Land, também não esperava a desistência. Era um arpoador experiente e audacioso. Tinha esperanças de ser o homem que daria cabo da ameaça com seu arpão. Ele gostava de ouvir as histórias do Professor Aronnax e suas explicações sobre baleias, leões-marinhos e polvos gigantescos.

    Quando a fragata já se aproximava dos portos asiáticos, Ned Land gritou alarmado:

    – Monstro a estibordo!

    Capítulo 2

    Após o grito de Ned Land, os homens correram para a amurada de estibordo. E, então, viram uma coisa apavorante, enorme, talvez do tamanho do Abraham Lincoln. Era escuro, mas dois grandes olhos emitiam uma luz tão forte que iluminava as águas à sua frente.

    Farragut berrou ordens sobre postos de combate e prontidão dos canhões e bacamartes. A artilharia começou rapidamente, alguns tiros caindo na água, enquanto os homens calibravam as miras. Outros projéteis pareciam acertar o alvo, mas nada mudava a trajetória ou a velocidade do monstro.

    Finalmente, um tiro acertou em cheio. A estranha criatura mudou a rota e começou a descrever um longo círculo em torno do navio.

    Ned Land pegou seu melhor arpão e desceu ágil em um bote, como fazia para arpoar as baleias.

    O monstro veio novamente em linha reta – desta vez, pelo outro lado e em uma velocidade ainda maior. Atingiu o navio em cheio, destruindo a lateral e jogando marujos no convés e

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