Autores Clássicos de Sociologia da Educação
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Autores Clássicos de Sociologia da Educação - Erivanio da Silva Carvalho
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Para Raimunda da Silva Carvalho e
Wilson Assis de Carvalho
PREFÁCIO
Foi com surpresa e muita alegria que recebi o convite do Professor Doutor Erivanio da Silva Carvalho para prefaciar o presente livro. E, com maior impulsividade ainda, aceitei o convite. Nessa atividade, ponho-me muito mais na condição de leitor privilegiado – que lê a obra antes de ela ser publicada – do que na condição de prefaciador.
Sem querer ser pretensioso, identifiquei-me, muito, com o conteúdo deste livro. Principalmente, identifiquei-me com a ideia de escrever sobre a disciplina com a qual trabalhamos. Acredito que só temos autonomia profissional quando temos autoria. Ou seja, escrevemos sobre o que lecionamos, mesmo que seja um simples apontamento. A autoria, por um lado, humaniza-nos e, por outro, dá-nos acesso a uma condição de vida e trabalho mais plenamente humana.¹
Tenho o privilégio de trabalhar ao lado do professor Erivanio – no curso de Pedagogia do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão – e, por isso, posso afirmar que esta obra é um reflexo de seu trabalho. Percebe-se sua presença no estilo de escrita e no conteúdo de cada capítulo. Vínculo esse que é perceptível, também, em seus posicionamentos quando de sua participação nas reuniões coletivas do corpo docente do curso.
O leitor encontrará nesta obra uma cuidadosa leitura dos clássicos da Sociologia da Educação. Escrever sobre esse tema, nos dias atuais, em que impera um explícito patrulhamento ideológico direcionado às Ciências Humanas e Sociais, é um ato de coragem. Mas o autor é professor. Especialmente, é professor formador de professor. Coragem e ousadia são elementos que não faltam a quem exerce a atividade docente não apenas como o cumprimento de uma obrigação, como é o caso do nosso autor. Quem tem um comportamento profissional dessa natureza, não se fragiliza e nem se deixa levar pelas sutilezas das armadilhas intelectuais que têm invadido as mídias e multimídias nos últimos anos.
Estruturalmente, o livro não seguiu uma linearidade como, normalmente, fazem a maioria dos autores que escrevem sobre os clássicos. Na primeira unidade, o autor traz as elucidações conceituais da ciência sociológica. Na segunda, aborda a Teoria Social Crítica. Na terceira, traz a Teoria Social Conservadora. Essa estrutura não é gratuita. Entendo que, com essa organização, o autor quer enfatizar a postura do não absoluto, do não imutável. E, com isso, abre margem para o relativo, traz a ideia de inversão da ordem. Mostra que o mundo é visível, é concreto e está aí na nossa frente. Mas, também, é invisível à primeira vista. Para enxergá-lo precisamos sair da obviedade. Por fim, aborda na quarta e última unidade os Estudos Culturais. Nessa unidade o autor traz os instrumentais que permitem ao leitor/estudante/professor entender as relações entre a sociedade e a educação.
Ciente da difícil tarefa de educar, sem que o próprio processo educativo transforme-se num instrumento de manutenção do sistema, o autor inicia esta obra indagando se temos que estudar os autores clássicos. E sutilmente nos responde que temos, sim, e nos faz uma recomendação e defende uma tese. A recomendação é que não devemos nos poupar do esforço da apropriação das grandes produções teóricas que a humanidade já produziu. A tese é que os clássicos nos libertam da ingenuidade ao emancipar-nos política e intelectualmente. Nesse sentido, o autor aborda os clássicos com análise própria. Recria-os com o crivo de sua própria crítica e os situa no tempo presente. Para tanto, foi claro e simples, usando palavras acessíveis do modo mais nítido possível. Mas, mesmo usando a simplicidade na exposição de suas análises, não dispensou o rigor metodológico – que nada tem a ver com rigidez – de quem está atento às questões educacionais de nosso tempo.
Esta obra é, sem dúvidas, uma grande possibilidade de contrapormo-nos à ocorrência de um fenômeno bastante presente em nossas escolas. Trata-se da adoção de uma atitude pragmática e imediatista que, em nome de um dinamismo das aulas e de uma suposta autonomia dos alunos, vem colocando em segundo plano os fundamentos teóricos necessários à análise de qualquer objeto ou situação e, também, desconsiderando que o espírito científico, próprio da ciência, exige a apropriação das categorias conceituais para poder explicar o objeto que se estuda, seja ele pertencente ao mundo físico ou ao mundo social. Desconsiderando, também, que sem essa apropriação corre-se o risco de pensar e analisar o fenômeno estudado com base nas aparências, sem a devida fundamentação. Parto do princípio de que toda e qualquer atividade desenvolvida sem que se tenha conhecimento dos fundamentos teóricos que a orientam, é um trabalho alienado, principalmente o trabalho docente.
Acredito que dentre as discussões trazidas no texto, uma delas é de singular relevância para quem é professor ou estudante de licenciaturas. Ela está no fato de que este trabalho poderá diminuir a descrença na contribuição do pensamento sociológico clássico na formação do professor. O autor demonstra que não somente isso é possível, mas, principalmente, necessário.
Imperatriz, abril de 2018.
Francisco de Assis Carvalho de Almada
Doutor em Educação
Professor adjunto do curso de Pedagogia do Centro de Ciências Sociais,
Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão
APRESENTAÇÃO
O livro Autores Clássicos de Sociologia da Educação propõe-se a dar continuidade aos estudos sobre a origem da sociedade atual, reavivando alguns elementos de memória que os estudantes trazem das aulas de Sociologia, História e Filosofia do ensino médio, para agora, na universidade, em um momento de uma maior maturidade – e conhecendo os caminhos da pesquisa – descobrir outras proposições. Ele precisa deparar-se com a sociedade capitalista em sua concretude, como estudante trabalhador que no transcurso histórico atual busca refletir o tempo e lugar em que nasceram as primeiras fábricas. Para isso, o presente livro capitula as condições em que esse modelo de sociedade foi implantado sob a égide das filosofias idealistas, das promessas iluministas e a proposta da escola pública.
Entretanto, não basta explorar tão somente a história. A nossa proposta expõe o trabalho do professor, o que está acontecendo no Brasil e a necessidade de reagirmos, bem como de refletirmos a partir de alguns temas nos quais estamos todos envolvidos no dia a dia, além de confrontar alguns dos conceitos dos autores críticos e consagrados no campo da sociologia, como Engels, Marx, Gramsci, Weber e Bourdieu, conhecendo também os conservadores como Comte e Durkheim. O desafio é tornar as nossas reações, perante as injustiças e desigualdades, mais balizadas por uma reflexão iniciada no campo da teoria social crítica. A partir da reflexão de algumas concepções e o significado do materialismo histórico dialético – na forma como explicaram Marx e Engels, no período em que ainda eram jovens – enveredamos-nos pelos capítulos e discussões para encarar a teoria social conservadora, confrontando os significados e concepções de sociedade, homem e educação. A ideia de refletir os principais conceitos no contexto histórico em que foram produzidas ensejam discussões sobre os acontecimentos mais recentes no Brasil, em que teve lugar o golpe de 2016, a recente prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o permanente contato com temáticas no campo dos Estudos Culturais
.
Porto Alegre, janeiro de 2018
Erivanio da Silva Carvalho
Sumário
UNIDADE I
A NATUREZA SOCIOLÓGICA
INTRODUÇÃO DA PROPOSTA DE ESTUDOS
O QUE É SOCIOLOGIA
².¹ Um olhar para as questões sociológicas
².² O parâmetro hegemônico idealista
UNIDADE II
A TEORIA SOCIAL CRÍTICA
SOCIALISMO E MARXISMO
³.¹ As elites do atraso no Brasil e o golpe de ²⁰¹⁶
TEORIA SOCIAL CRÍTICA E A CONCEPÇÃO DE TRABALHO
⁴.¹ A concepção de trabalho na visão de Marx
⁴.² O significado de Práxis
UMA CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA
A REVOLUÇÃO FRANCESA E O MATERIALISMO HISTÓRICO
O NASCIMENTO DAS FÁBRICAS
⁷.¹ O socialismo utópico
⁷.² O jovem Engels em Paris
⁷.³ O jovem Marx em Paris
⁷.⁴ A Mercadoria: uma leitura na visão de Marx
⁷.⁵ O caráter fetichista da