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Saudades do paraíso
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Ebook118 pages1 hour

Saudades do paraíso

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About this ebook

Este livro, de caráter ensaístico, traz uma abordagem erudita e sensível de algumas memórias do autor, assim como um diálogo com obras que ele apresenta ao leitor com a leveza das grandes literaturas.
Saudades do Paraíso, como o próprio autor afirma, foi escrito quando ele tinha 30 anos. Publicado em 1997. Agora, publicado novamente com mínimas alterações.
De 1997 para cá muitas coisas aconteceram. Saudades do Paraíso foi, apenas, mais um prenúncio do belo e vasto conjunto de obras que viria posteriormente, visto que não foi o primeiro livro de Marco Lucchesi. Poemas, traduções (com a seriedade e rigor que merecem), ensaios, romances. Inúmeras obras, meticulosamente, organizadas. Publicações, muitas, no exterior. Enfim, um escritor que jamais parou. Possui sensibilidade e erudição das mais raras e caras que jamais guardou para si mesmo. Quando menos se espera eis Marco Lucchesi ora prefaciando, ora apresentando um livro com rigor, sinceridade e a extraordinária sensibilidade que jamais o abandona.
LanguagePortuguês
PublisherBT Acadêmica
Release dateMar 26, 2019
ISBN9788594850782
Saudades do paraíso

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    Saudades do paraíso - Marco Lucchesi

    Sumário

    Capa

    Prefácio: Dos estilhaços da memória

    Saudades do Paraíso - Apresentação Autor

    Moradas

    O jardim das delícias

    A paciência dos dias

    Teatro de sombras

    O rosto perdido

    Ocaso no Saara

    O fio de Ariadne

    Noturno

    Praias do tempo

    Ilha do desterro

    Uma tarde no Cairo

    O Caos e a estrela

    Elogio da sombra

    Soledades

    Sobre o autor

    Marco Lucchesi

    SAUDADES DO PARAÍSO

    São Paulo | Brasil | Março 2019 

    1ª Edição Impressa 1996

    2ª Edição Revista e Atualizada – Ebook

    Big Time Editora Ltda.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP 08235-010

    Fones: (11) 2286-0088 | (11) 2053-2578

    Email: editorial@bigtimeeditora.com.br

    Site: bigtimeeditora.com.br

    Blog: bigtimeeditora.blogspot.com

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    Conselho Editorial:

    Ana Maria Haddad Baptista

    (Doutora em Comunicação e Semiótica/PUC-SP)

    Catarina Justus Fischer

    (Doutora em História da Ciência/PUC-SP)

    Lucia Santaella

    (Doutora em Teoria Literária/PUC-SP)

    Marcela Millana

    (Doutora em Educação/Universidade de Roma III/Itália)

    Márcia Fusaro

    (Doutora em Comunicação e Semiótica/PUC-SP)

    Vanessa Beatriz Bortulucce

    (Doutora em História Social/UNICAMP)

    Ubiratan D’Ambrosio

    (Doutor em Matemática/USP)

    Ficha Catalográfica

    LUCCHESI, Marco. Saudades do Paraíso. 152 pp. – São Paulo: BT Acadêmica, 2019.

    ISBN 978-85-9485-078-2 | 1. Ensaios 2. Literatura brasileira 3. Estudos literários. Título.

    Produção Editorial

    Editor Coordenador: Antonio Marcos Cavalheiro

    Capa: Ninil Gonçalves

    Ilustrações: Rose Marie Silva Haddad

    Diagramação: Pedro Monte Cavalheiro

    Prefácio: Dos estilhaços da memória

    São muitas, seguramente, as coisas

    que ainda querem ser cantadas por mim:

    tudo o que mudo ressoa,

    o que no escuro subterrâneo afia a pedra,

    o que irrompe através da fumaça.

    Ainda não ajustei contas com a chama,

    nem com o vento e nem com a água...

    É por isso que a minha sonolência

    abre-me, de par em par, os portões

    que levam à estrela da manhã.

    ..............................................................................

    Nem morto ele voltou

    à sua antiga Florença

    Ao deixá-la, não olhou para trás.

    (...)

    mas não se esqueceu dela ao chegar ao Paraíso.

    Anna Akhmátova

    Saudades do Paraíso, como o próprio autor afirma, foi escrito quando ele tinha 30 anos. Publicado em 1997. Agora, publicado novamente com mínimas alterações.

    De 1997 para cá muitas coisas aconteceram. Saudades do Paraíso foi, apenas, mais um prenúncio do belo e vasto conjunto de obras que viria posteriormente, visto que não foi o primeiro livro de Marco Lucchesi. Poemas, traduções (com a seriedade e rigor que merecem), ensaios, romances. Inúmeras obras, meticulosamente, organizadas. Publicações, muitas, no exterior. Enfim, um escritor que jamais parou. Possui sensibilidade e erudição das mais raras e caras que jamais guardou para si mesmo. Quando menos se espera eis Marco Lucchesi ora prefaciando, ora apresentando um livro com rigor, sinceridade e a extraordinária sensibilidade que jamais o abandona.

    Este escritor captura, naturalmente, com seu olhar iluminado, exalando cintilações, a vida naquilo do que é mais intenso. Eterniza instantes como blocos de mármore que resistem aos umbrais do tempo. Tudo o que lhe cai nas mãos é imediatamente lido pelo viés da reflexão, do nobre, do subterrâneo: Mas havia nele algo insondável. Uma solidão arraigada a cuja singularidade nenhuma outra espécie de solidão podia contrastar. Um drama silencioso, em estado bruto, parecia marcar-lhe os gestos apolíneos e os olhos fundos, habitados pela distância. Algo que raiava ao paradoxo, pois o fogo da solidão que o consumia era ao mesmo tempo o fogo da solidão que lhe dava forças para seguir vivendo. E, também, pelo raríssimo viés da imaterialidade dos signos regidos pela delicadeza, ternura: Manhãs dolorosamente ensolaradas. Manhãs perfumadas de hortelã e alfazema. Terra molhada de chuva. Margaridas.

    A reedição deste livro possui uma grande importância. Marco declara: Por que trazê-lo a público se já não representa quem sou, tão afastado de meu atual futuro do presente? Suas ideias me abandonaram. Um espelho quebrado este livro. Em alguma parte dele meu rosto se reflete. Exatamente por isso. Marco tem leitores, seguramente, que acompanham seu percurso. E sabe-se: quando realmente nos apaixonamos por um escritor queremos ler tudo aquilo que escreveu. Queremos saber como pensava e se colocava em outros momentos de sua vida, tal qual o próprio poeta declara neste livro: Fui desde sempre um leitor radical de cartas, diários, literatura de viagem e de outras formas da assim chamada literatura menor. Como precisasse descobrir a todo o custo o que sentiram, viveram e sofreram meus autores prediletos. Como precisasse compreender, através de suas vidas, a precariedade da existência. Como precisasse olhar para um mundo esquálido e me espantasse ao encontrar vida entre as ruínas.

    Além disso, vale ressaltar, o conjunto de obras de Marco Lucchesi tem sido objeto de estudos, continuamente, em diversos graus, não somente por estudantes, (em especial, os universitários), mas, inclusive, por pesquisadores de diversas áreas. Também por esta razão o relançamento de Saudades do Paraíso é de grande valor. Fundamental. Nas palavras do autor: E a memória servindo como ponte entre as manhãs que me afagavam e os céus impressentidos do futuro.

    Ana Maria Haddad Baptista

    SAUDADES DO PARAÍSO

    Saudades é um livro dos meus trinta anos. Ligeiramente revisto.

    Por que trazê-lo a público se já não representa quem sou, tão afastado de meu atual futuro do presente?

    Suas ideias me abandonaram. Um espelho quebrado este livro. Em alguma parte dele meu rosto se reflete.

    O estilo é antigo, mediado pelos livros.

    Velhas feridas. Mundo incerto que começava a percorrer com febre e adesão.

    ML

    Massarosa 19 de janeiro de 2018

    Só o esquecimento é que condensa,

    e então minha alma servirá de abrigo.

    Mário de Andrade

    Je te connais et t’admire en silence.

    Arthur Rimbaud

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