Vitória vai à escola: Afetividade como elo entre o cuidar e o educar na educação Infantil
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Vitória vai à escola - Mariana Parro Lima
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Coordenação Editorial: Kátia Ayache
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Assistência Editorial: Augusto Pacheco Romano, Érica Cintra
Capa: Renato Arantes Santana de Carvalho
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Edição em Versão Impressa: 2015
Edição em Versão Digital: 2016
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À Vitória com amor.
O ser humano não vive só. A história da humanidade mostra que o amor está sempre associado à sobrevivência. Sobrevive na cooperação. Se a mãe não acolhe o bebê, ele perece. É o acolhimento que permite a existência. Numa de suas parábolas, Jesus fala do camponês lançando sementes ao solo. Algumas caem nas pedras e são comidas pelas aves, outras caem num solo árido e resistem por pouco tempo. Mas há aquelas que encontram boa terra e crescem vigorosas. Assim também nós precisamos de um solo acolhedor para nos desenvolver. Nosso solo acolhedor é o amor.
Humberto Maturana
Sumário
Folha de rosto
Página de Créditos
Dedicatória
Epígrafe
Prefácio
Um conto para encantar Vitória
Capítulo 1: O Caminho Percorrido
Capítulo 2: De Corpo Presente
1. Garotinha sapeca: corpo e infância
2. Garotinha carente: o toque como linguagem
3. Garotinha problema: afetividade como elo entre o cuidar e o educar
Capítulo 3: O Tecer dos Retalhos
1. O Tecido
2. As Fitas
Quadro 1: Formação e experiência profissional das professoras
3. Os laços
4. O nó
Quadro 2: Vivências com as professoras
Primeiro tema — Estreitando os laços
Segundo tema — O corpo de quem educa/cuida
Terceiro tema — Afetividade na Escola
Capítulo 4: Formação e Saberes – reflexão sobre o lugar da afetividade na educação infantil
1. Garotinha amada: propostas para a Formação Continuada de Professores da educação infantil
Quando os sapatos já não apertam mais
Referências
Paco Editorial
Prefácio
Eliana Ayoub
Faculdade de Educação da Unicamp
Este livro de Mariana Parro Lima e Adilson Nascimento de Jesus aborda a temática da afetividade no contexto da educação infantil.
Escrito num tom narrativo e poético, traz para a cena uma discussão que nem sempre está presente nas pesquisas acadêmicas.
Preocupados em compreender o caráter afetivo que constitui as relações humanas e, sobretudo, as relações educativas, os autores consideram a afetividade como elo entre o cuidar e o educar na educação infantil.
Passando por temas como o corpo e a infância, a afetividade na educação infantil, o toque como linguagem, as relações entre cuidado e educação na educação infantil, a escola como lugar de construção e interação, entre outros, os autores enfatizam que o despertar corporal dos profissionais que trabalham na educação infantil ainda é um desafio nos cursos de formação inicial e continuada de professores. Nessa perspectiva, convidam-nos a repensar o papel da professora e do professor de bebês e crianças pequenas e a formação desses sujeitos que atuam nessa etapa educacional, alertando-nos para a necessidade de que essa formação contemple um estudo das várias linguagens que fazem parte do mundo das crianças.
A esse respeito, nossa experiência no curso de pedagogia da Faculdade de Educação da Unicamp, na disciplina Educação, corpo e arte
(que é ministrada por docentes das áreas de educação física e de arte, inclusive pelo autor deste livro), tem se caracterizado como um relevante momento de discussão e vivência de propostas no âmbito de diferentes linguagens corporais e artísticas em suas relações com o processo educacional. No entanto, considero que somente uma disciplina no currículo, apesar de ser um espaço nessa direção, não é suficiente para dar conta do aprofundamento que a área da educação requer sobre as temáticas concernentes ao corpo e à arte na escola, sobretudo na esfera da educação infantil.
Para os autores desta obra, pautando-se em pesquisas acerca da relevância do toque para o desenvolvimento humano, como os estudos de Ashley Montagu (antropólogo britânico), segundo o qual o toque é a principal forma de linguagem dos sentidos que nos permite sermos socializados, a linguagem do toque ganha um significado especial quando nos reportamos à educação infantil, especialmente no trabalho com crianças que ainda não falam. Portanto, é fundamental pensarmos na importância do toque como uma linguagem que permite um encontro afetivo entre professoras(es) e crianças.
A partir da pele, do toque, do contato entre os corpos, as relações entre adultos e crianças e das crianças entre si, vão se construindo e ganham significado. Pensar o toque como um encontro entre professores e crianças. Refletir sobre um corpo infância que cuidamos e educamos na escola e que abriga a vida de uma época, de uma sociedade, de uma família, e está pronto para escrever seu pedaço nessa história. (p. 15)
O estudo teórico foi aprofundado durante a realização de uma pesquisa de campo com professoras de uma creche da rede pública do município de Piracicaba/SP, a fim de encontrar outras possibilidades para discutir e compreender a dimensão da afetividade no processo de ensino-aprendizado das crianças pequenas.
A finalidade primordial da pesquisa de campo, introduzir para as professoras a prática da Shantala, estilhaça-se e ganha novos contornos, revelando que quando o pesquisador entra em campo disposto a olhar, escutar, tocar e tocar-se pelo outro, a pesquisa abre-se para outras possibilidades. Afetados pelo contexto da escola, a ideia inicial foi transformando-se e, com todo o apoio e comprometimento da diretora, tomou-se a decisão de se trabalhar o corpo e o toque com as professoras para, a partir dessa proposta, estimular reflexões referentes ao cuidado, ao acolhimento e à afetividade na escola.
A intenção era de que a auto percepção corporal pudesse abrir caminho para que elas pudessem vivenciar a importância de se trabalhar os afetos na educação de crianças, que ultrapassa os livros, as pesquisas, a formação acadêmica, mas que toca a pele e envolve as emoções e traz sentido. Só assim seria possível desenvolver, junto às crianças, um trabalho baseado na afetividade, no amor,