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Perdão
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Perdão

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"Uma linda história, recheada de emoções e reviravoltas, com um final impressionante. Esse é, com absoluta certeza, o livro mais emocionante que já li nos últimos tempos. A leitura é fácil e te captura do início ao fim. O autor consegue a difícil proeza de nos transportar para dentro do livro. Sofremos, rimos, choramos e torcemos pelos personagens."

Giovanna Weber


"Estava sentindo muita falta de um livro assim, onde os personagens se despem de suas convicções em busca do amor verdadeiro. Mas além de nos presentear com um lindo caso de amor, o Fabio Rejgen nos brinda com uma espetacular aula de história sobre os dilemas entre judeus e árabes, e ainda nos faz viajar no tempo pela linda e mágica cidade de Cambridge."

Luana Martins de Freitas

"Sob o aspecto histórico é um livro extremamente enriquecedor. O Fabio tem o talento de conseguir misturar ficção e realidade de modo crível. Os personagens são muito bem construídos, as histórias são bem amarradas e o texto é muito bem escrito. Um novo e jovem autor que nós leitores, que gostamos de boas histórias, acabamos de ganhar. Uma grata revelação."

Rodrigo Menezes de Amorim Junior

PERDÃO: UMA HISTÓRIA DE AMOR E ÓDIO ENTRE A GUERRA E A PAZ
Perdão' é uma história de um amor impossível. Um verdadeiro "Romeu e Julieta do Oriente"! Passado no início da década de 1970, Ben, que serviu o exército de Israel, e Kalila, egípcia pertencente a uma tradicional família muçulmana, são dois jovens que se encontram por acaso em Cambridge, na Inglaterra, onde seguiram para estudar História. Completamente envolvidos por esse amor, eles passam a conviver com um dilema: a improvável aprovação de suas famílias. Mas isso não teve tempo de acontecer. Separados pela Guerra do Yom Kipur, conhecida também como a Guerra do Dia do Perdão, entre judeus e egípcios, Ben retorna ao exército de Israel enquanto Kalila se casa um egípcio. Será que o amor entre eles será capaz de mudar o rumo do destino que foi traçado?// Sobre o autor do livro: Fabio Rejgen, conhecido nos meios literários como o Nicholas Sparks brasileiro, é publicitário e trabalhou como designer por muitos anos. Nasceu em 1974 e mora no Rio de Janeiro
Sua intenção é poder levar, além de entretenimento, também cultura às pessoas. Acredita que, assim, consegue contribuir um pouco para um mundo melhor.
LanguagePortuguês
PublisherViés
Release dateOct 10, 2018
ISBN9788594496430
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    Book preview

    Perdão - Fabio Rejgen

    Copyright © 2018 Fabio Rejgen 

    Editor: Guilherme Tolomei  

    Diagramação e Capa: Rodolfo Pomini

    Revisão: Bruna Brezolini 

    Todos os direitos reservados à Editora Lugre é uma marca da CJT Comunicação e Tecnologia

    Rua Mário Portela, 106 – Laranjeiras Rio de Janeiro – RJ CEP: 22241-000

    www.grupocjt.com.br // contato e envio de originais: contato@grupocjt.com.br

    É proibida a reprodução deste livro sem a prévia autorização do autor e da editora. 

    SOBRE O AUTOR: 

    Fabio Rejgen, conhecido nos meios literários como o Nicholas Sparks brasileiro,  é publicitário e trabalhou como designer por muitos anos. Nasceu em 1974 e mora no Rio de Janeiro

    Sua intenção é poder levar, além de entretenimento, também cultura às pessoas. Acredita que, assim, consegue contribuir um pouco para um mundo melhor.

    POR QUE ESCREVI ESTE LIVRO 

    Falar sobre perdão foi um enorme aprendizado para mim. No período em que escrevi o livro eu vivia alguns conflitos em minha vida pessoal. Travava uma batalha interna entre o querer perdoar e não conseguir. A eterna luta entre a razão e o coração.

    Quem nunca passou por isso? Uma raiva que te cega ao ponto de passarmos por cima até mesmo do que é mais importante: o amor.

    As cenas vivenciadas por Ben e Kalila, os personagens principais, e todas as situações pelas quais tiveram que passar, me fizeram refletir sobre o que eu estava fazendo com a minha própria vida e com a vida de quem estava a minha volta.

    O perdão é o gesto mais nobre que um ser humano pode ter. Perdoar é uma tarefa dolorosa, mas que te liberta quando ela acontece de forma verdadeira.

    Esse livro acabou sendo o meu grito de liberdade. Com ele, consegui colocar para fora todos os meus fantasmas. E com isso, construí uma história crível e incrível. Como a minha...

    DEDICATÓRIA  

    Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus. Sem Ele nada disso teria sido possível!

    Meu amor e agradecimento eternos aos meus pais, Aron e Esther Rejgen; ao meu filho e o que de melhor fiz na minha vida, João Lucas Ferreira Rejgen; à minha esposa, Renata Diniz; ao meu irmão Flavio Rejgen e à minha cunhada Perla Joffe; aos meus tios e tias; primos e primas. Sem eles, eu não seria nada.

    Um agradecimento mais do que especial aos meus amigos e a essas pessoas que colaboraram, e muito, para que esse sonho se tornasse realidade, principalmente Rafael Marques, Luciana Brun, Flavio Ribeiro, Bruno Simões, Ricardo Silveira, Luciano Habiliu, Rogério Portugal Filho, Mauro Ramos, Alexandre Goldsmid, Sérgio Almeida e Mauro Wainstock. 

    Também o meu mais profundo respeito, admiração e agradecimento ao Cláudio Marques e ao Guilherme Tolomei, que sempre acreditaram em mim.

    A todos esses, que me apoiam e, principalmente, me aturam, o meu mais sincero MUITO OBRIGADO... De coração!

    PRIMEIRO CAPÍTULO

    O ponteiro do relógio bateu cinco da tarde. Como em todos os dias, há mais de quarenta anos, pontualmente comecei a apreciar o meu chá com leite e scones, os tradicionais bolinhos ingleses.

    Sempre muito bem arrumados em suas louças de porcelana branca, decorados com um fino fio prata em suas bordas, os três scones, recheados com creme e geleia de morango, repousavam no pequeno prato que estava em cima da mesinha de ferro fundido, também branca, enquanto a quentura do chá misturado ao leite reagia com o frio de quatro graus daquele dia, fazendo com que a fumaça saísse densa da xícara, tornando ainda mais nublada a vista por trás do vapor.

    O chá, um legítimo Earl Grey, deve ser servido sem açúcar, para que se possa preservar todo o seu paladar natural. Aliás, todo chá deve ser servido sem açúcar.

    Esse é o meu blend preferido, feito à base de chá preto e óleo essencial de bergamota. Tem uma linda tonalidade âmbar e é produzido pela Twinings, uma empresa que existe há mais de trezentos anos e que em 1837 tornou-se o chá oficial da Família Real Britânica, autorizado pela rainha Vitória, que simplesmente amava as suas bebidas.

    O nome do chá mais famoso da Inglaterra é uma homenagem ao primeiro-ministro britânico Earl Grey, que além de ser o autor da reforma eleitoral feita no país em 1832, também foi o responsável pela introdução dessa infusão no Reino Unido no início da década de 1830.

    Para os ingleses, o chá é tão essencial quanto a água. 

    Peguei a xícara, dei um gole e a devolvi ao pires. Apanhei um dos scones, o parti com as mãos e, enquanto colocava uma das metades de volta no prato, levava a outra parte à minha boca. Sempre adorei esse ritual, onde fico sentado na cadeira de palha entrelaçada com assento almofadado grená que fica na varanda, à esquerda de quem entra na casa. A casa que ela sonhou a vida inteira...

    O imóvel é amplo e confortável. E recebe diariamente a visita de incontáveis esquilinhos em busca de comida. Fica no número 300 da Abbey Road, uma rua residencial, pacata e extremamente arborizada, mas que perdeu sua tranquilidade na década de 1960, quando quatro rapazes cabeludos de Liverpool iam até lá para gravar seus álbuns, no famoso estúdio musical que leva o mesmo nome da rua e que se localiza no início dela, próximo à estação do metrô da St. John's Wood, um ilustre distrito da cidade.

    Passar por aquele pedaço da região, perto do estúdio, é passar pela história. Atravessar a faixa de largas e compridas listras brancas pintadas no asfalto preto, que ficam ainda mais bonitas por conta do contraste, é fazer parte dessa história.

    Creio que essa deva ser a faixa de pedestre mais famosa do mundo. E que se tornou célebre e eternizada pelo simples fato de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr a terem atravessado em 1969 para a foto que estamparia a capa do disco que leva o mesmo nome da rua e do estúdio.

    Depois disso, milhões de pessoas de todo o mundo passaram a atravessar diariamente essa faixa de pedestre em Abbey Road, copiando os passos feitos pelos Beatles anos antes naquela foto. Mesmo com o sinal aberto! A lei de trânsito inglesa é extremamente rigorosa. Obriga os motoristas a pararem em frente à faixa na mais simples demonstração de um pedestre querer atravessar a rua.

    E se a rigidez do trânsito britânico já é assim em qualquer lugar do Reino Unido, imagina na Abbey Road...

    Lembrar-me dessa faixa fez meus olhos se moverem imediatamente para as grandes pedras que passam por cima da grama verdinha que toma conta de todo o quintal. Sempre sinto uma enorme paz interior toda vez que observo esse gramado. Gosto quando chove e sobe aquele delicioso cheirinho de terra molhada...

    Quando isso acontece, fico parado, observando o orvalho aconchegado na grama e as gotas escorregando pelas folhas do carvalho que já existia nessa casa. Para mim são como crianças brincando no parque em um dia de sol, deslizando e caindo no chão, se espalhando ou simplesmente se juntando às outras gotas que formam as poças de água na terra molhada.

    A casa, do início do século XX, foi construída praticamente no centro dos trezentos metros quadrados do terreno. O jardim fica na frente. Tem um estilo romântico, tipicamente inglês. Ocupa em torno de um terço do espaço. É cercado por helênios e plantas coloridas e perfumadas. Tem uma cerquinha branca na entrada, baixinha, feita de ripas de madeira pontiagudas, e arbustos que delineiam as laterais do terreno, separando das casas vizinhas.

    As grandes pedras em tamanhos irregulares em cima do gramado, colocadas ao longo do caminho, desenham todo o percurso entre a portinha da cerca e o deck da varanda, que acolhe a cadeira de palha entrelaçada com assento almofadado grená e dá as boas-vindas a quem chega.

    Essa casa era o maior sonho de Kalila, o grande amor da minha vida.

    ***************************************************

    Vim parar na Inglaterra na década de 1970. Mais precisamente, no início do ano de 1973. Um ano que fervilhou com o cessar-fogo entre os Estados Unidos e o Vietnã; com a responsabilidade assumida pelo presidente norte-americano Richard Nixon no escândalo de Watergate; com Marlon Brando recusando o Oscar de melhor ator em 'O Poderoso Chefão' como protesto contra o tratamento dado aos índios; e com as mortes de gênios das artes como o pintor Pablo Picasso e o ator e mestre em artes marciais Bruce Lee.

    Parece que foi ontem. Mas lá se vão mais de quarenta anos...

    Eu era tão novo nessa época. Tinha somente 24 anos. Era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones. Aliás, amo até hoje! Estava, portanto, no lugar certo. Como um menino em um parque de diversões...

    Era janeiro. Havia chegado somente dois dias antes do meu ingresso em uma das mais conceituadas instituições de ensino do planeta: a Universidade de Cambridge. Fui para lá para poder estudar História. Estar no mesmo lugar onde estudaram gênios como Charles Darwin era algo surreal para mim.

    Cambridge tem cerca de vinte por cento de sua população formada exclusivamente por estudantes. Seu ano letivo é dividido em três períodos, que duram entre oito e nove semanas: o Michaelmas, que vai de outubro a dezembro; o Lent, de janeiro a março; e Easter, de abril a junho.

    Era segunda-feira. Meu primeiro dia de aula na faculdade. E eu já estava bem atrasado. Logo no primeiro dia!

    A primeira aula começava às oito da manhã e eu havia acordado bem cedo para que nada desse errado.

    O despertador que estava na cabeceira da cama tocou às seis da manhã. Estiquei o braço para desligá-lo e, ao abrir somente um dos olhos, minha primeira vontade foi o de jogá-lo contra a parede. Fazia um frio siberiano. A sensação térmica era abaixo de zero. O aquecedor mal dava conta da temperatura gélida que estava naquela aconchegante casa alugada por mim em Lode, uma pequena e tranquila cidade do interior, que fica a 10 km de Cambridge.

    Na verdade, Lode é uma vila, com casas simples, ruas calmas e habitantes tranquilos.

    Embora Cambridge ofereça inúmeras hospedagens, escolhi Lode para ficar afastado de toda a confusão e agitação da vida boêmia de Cambridge. Eu estava lá para estudar. Então, tinha que ficar totalmente concentrado.

    Estava muito frio. Mas eu tinha que levantar. Afinal, era o meu primeiro dia de aula...

    Então, respirei fundo e levantei. Lavei meu rosto, escovei meus dentes e me arrumei. Olhei no espelho do banheiro, ainda um pouco embaçado devido ao vapor da água aquecida que saía da quase congelada torneira da pia. O rosto não estava tão mal para quem havia dormido somente poucas horas naquela noite. Somente a barba estava por fazer. Mas não daria tempo de raspá-la.

    Na verdade, eu nunca soube se meu rosto não estava ruim mesmo ou se teria sido o vapor no espelho que não havia me permitido ver os efeitos daquela noite mal dormida...

    Havia me deitado tarde separando todo o material para esse dia tão especial. Deixei tudo arrumado em cima da escrivaninha, uma mesa velha, mas feita com boa madeira, que ficava no meu quarto, bem próxima à janela.

    Era por essa janela que eu conseguia ver a rua e como estava o tempo. Adorava olhar as pessoas andando para lá e para cá. Isso me dava uma sensação de ter sempre alguém por perto e diminuía um pouco a solidão que já sentia naqueles dias em que eu estava longe de Avraham e Esther, meus pais, que haviam ficado em Israel.

    Eu venho de uma família polonesa. Meus pais moravam em Varsóvia, antes da Segunda Guerra Mundial. A Polônia foi um dos países que mais sofreu nessa guerra, quando várias de suas cidades, principalmente a capital Varsóvia, foram completamente destruídas pelos bombardeios nazistas.

    Boa parte da família acabou morta nos campos de concentração. Mas meus pais conseguiram escapar. Eles fugiram para o Brasil em 1941 e se refugiaram em uma casa de cômodo no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A América do Sul se tornou uma espécie de porto seguro para os milhares de judeus que conseguiram escapar dos horrores de Hitler.

    Embora na Polônia tenha aprendido com o meu avô a profissão de ourives, no Brasil meu pai trabalhou como mascate, negociando eletrodomésticos de porta em porta, enquanto a minha mãe cuidava da casa.

    A adaptação deles foi bastante rápida, principalmente por causa da sempre generosa receptividade do povo brasileiro. Todas as histórias que eu sempre ouvia deles sobre o Brasil eram fascinantes, com exceção do calor que fazia por lá. Eles jamais haviam sentido algo igual no frio de Varsóvia.

    Embora estivessem muito bem instalados e conseguindo sobreviver de forma digna, com o final da Segunda Guerra e o aumento da pressão do Movimento Sionista, que defendia o retorno dos judeus a Israel após séculos de perseguições e diásporas, meu pai começou a considerar a ideia da imigração.

    Foi graças a esse movimento que começou na Europa no fim do século XIX e fez referência ao Monte Sião, a colina onde ficava o templo de Jerusalém, que Israel foi oficializado como um Estado.

    Depois de chegarem a Israel, meu pai se consolidou como comerciante. Com o conhecimento que já tinha adquirido como ourives e a habilidade que desenvolveu em negociar, abriu uma joalheria em Jaffa, a parte mais antiga de Tel Aviv, onde eu nasci e cresci. Foi graças a essa loja que ele conseguiu fazer um bom dinheiro e nos dar uma vida confortável e boa educação.

    Minha mãe era aquela legítima iídiche mame... Mãe judia, mesmo! Abraçava a causa e colocava toda a família debaixo de suas asas. Além de tomar conta da casa, ainda cuidava de mim e do meu irmão Judah, um ano mais novo do que eu e que acabou indo mais tarde trabalhar com o meu pai na loja.

    Lógico que eu já havia ficado várias vezes longe da minha família por causa do meu trabalho. Mas dessa vez seria por um tempo muito além do que eu já havia ficado em qualquer outra oportunidade.

    Nossa... quanta saudade eu sentia daquela comidinha deliciosa que minha mãe fazia. Quando criança, eu adorava ficar sentado à mesa na cozinha, conversando com ela enquanto ela preparava o jantar. Sem perceber, eu começava a entender e assimilar os segredos dos ingredientes e suas combinações. Estudava pela manhã. E quando estava em casa, era maravilhoso vê-la cozinhar. Ela fazia o melhor guefilte fish do mundo, um bolinho de peixe, clássico da culinária ashkenazim. Nós, judeus, temos duas origens: ossefaradim, de uma linhagem árabe, e os ashkenazim, da linhagem europeia.

    Eu sempre fui fascinado pela importância histórica e a influência do meu povo, o povo judeu, na história da humanidade. Porém, eu queria mais. Queria uma visão imparcial sobre como o restante da humanidade entendia o Velho Testamento, a nossa Torá. E mesmo já com uma formação acadêmica, resolvi deixar meus pais em Israel para fazer uma outra faculdade, em Cambridge, uma das instituições de ensino mais tradicionais do mundo.

    Embora o céu estivesse surpreendentemente azul, fazia frio, muito frio, naquele dia. Era inverno no Reino Unido.

    Na verdade, no Reino Unido, parece inverno o ano inteiro. Por sua localização ser muito próxima do extremo norte do planeta, o frio nessa região é ainda mais pesado do que em outros também famosos países europeus. Embora o verão seja realmente quente, quando as pessoas aproveitam para se divertir nos diversos parques que existem pelas cidades, a maioria dos dias do ano são cinzentos e, talvez por isso, os ingleses tenham sempre esse ar meio blasé.

    O frio na Europa é rígido. É tão intenso que só de respirar, dá para sentir o corpo congelar, como se estivesse sendo transformado em um gigante boneco de gelo.

    Em determinados lugares do continente, a neve impede até mesmo as pessoas de saírem de suas próprias casas. O acúmulo de gelo é tão grande que em certos locais a neve chega a fechar a passagem das portas. E a temperatura é tão baixa que pessoas morrem de frio. Literalmente.

    Mas mesmo assim, algumas cidades do Reino Unido são roteiros obrigatórios de turistas do mundo inteiro. As cidades escocesas Edimburgo, conhecida por seus fabulosos castelos, e Loch Ness, do misterioso Monstro do Lago Ness, e as inglesas Londres, com suas incríveis atrações, e Liverpool, da maior banda de rock ’n’ roll de todos os tempos, são quatro das cidades turísticas mais visitadas do planeta.

    O Reino Unido é um dos poucos países que ainda cultiva a figura máxima da monarquia, hoje representada pela Rainha Elizabeth II. É uma nação que já passou por grandes batalhas e possui um naipe dos maiores e melhores reis e rainhas da história, como Vitória, Henrique VIII e Ricardo III, esse mais famoso por ter se tornado uma famosa peça teatral pelas mãos de William Shakespeare do que propriamente pelo legado que deixou em seu tão pouco tempo de reinado.

    Esse é um lugar de muita história. E foi por

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